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HISTÓRIA DO AMAZONAS ANDREIA

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O ESTADO DO AMAZONAS
Com uma área de 1.559.148.890 km², localizado na região Norte o Amazonas é o maior estado do Brasil. 
O nome Amazonas tem origem indígena, vem da palavra amassunu, que significa ruído das águas. Este nome foi dado pelo capitão espanhol Francisco Orelhana quem batizou a região após descer o Rio Amazonas em 1541. 
O Amazonas faz limites com, ao norte estado de Roraima e Venezuela; a leste com o Pará; a noroeste com a Colômbia; a sudeste com o Mato Grosso; ao sudoeste com o Peru e o Acre e ao sul com Rondônia. São 62 municípios e uma população, aproximada de 4,2 milhões de habitantes. A principal cidade é a capital Manaus 
HISTÓRIA 
Segundo o Tratado de Tordesilhas (1494), firmado entre Espanha e Portugal, a Espanha era a “dona” da maior parte do território que hoje conhecemos como Amazônia. À Portugal cabia somente uma pequena porção situada mais ao Leste. 
Em 1750, Portugal e Espanha assinam novo tratado em substituição ao Tratado de Tordesilhas, que há muito tempo não vinha sendo respeitado.
O TRATADO DE MADRI tinha por objetivo aclarar controvérsias territoriais, sociais, políticas, econômicas, entre outras. Para evitar desavenças foram enviados representantes dos dois reinos ao interior das colônias a fim de apurar os locais em questão e posteriormente confirmar a posse, atestando o "uti possidetis".  
Essas negociações foram baseadas no Mapa das Cortes (também chamado “Mapa dos confins do Brazil”) - produzido em 1749, para ser aplicado na elaboração do Tratado de Madri – utilizando-se de rios e montanhas para demarcação dos limites, consagrando do uti possidetis, ita possideatis (“você pode continuar a possuir como você possui ou quem possui de fato, deve possuir de direito”.), esboçando o que viria a ser o contorno do Brasil nos dias atuais. 
Divisas do Brasil - Expansão das divisas do Brasil - Tordesilhas e Tratado de Madrid Museu de Santana de Parnaíba pelo Escritório Julio Abe – 2014 - https://sdrous.wixsite.com/desenho/blank?lightbox=image1flg
A ampliação dos domínios portugueses na Amazônia está estreitamente ligada ao crescente movimento bandeirante. Os portugueses entraram pelo no nordeste indo de Pernambuco chegando ao Maranhão (1612) onde se depararam com franceses que haviam fundado a cidade de São Luís. Na Amazônia encontraram holandeses, ingleses e alemães que já haviam formado feitorias. Após a expulsão dos franceses, Francisco Caldeira Castelo Branco fundou o Forte do Presépio de Belém, dando início à ocupação da Amazônia.
A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL 
A distancia entre a, recém-anexada, Amazônia e o resto da colônia tornava difícil à administração, para reduzir este incomodo foi planejada uma administração para a região, que consistia em: 
A anexação da Amazônia ao Estado português ocorreu num período em que se desenvolvia a colonização do Brasil. A distância entre a Amazônia e o Brasil criava dificuldades administrativas. Daí é que a organização administrativa da região foi concebida da seguinte forma: 
Em 1652, extingue-se o Estado do Maranhão, cuja administração abrangia do Ceará ao atual Estado do Amazonas.
Cria-se o Estado do Maranhão e Grão-Pará cuja administração compreendia a mesma unidade territorial anterior, tendo sua dede administrativa transferida para Belém em 1737. 
Em 1772 o Estado do Grão-Pará e Maranhão é dividido em dois, criando-se as unidades de Maranhão e Piauí e, Grão-Pará e Rio Negro.
COLONIZAÇÃO 
Com a decisão de Portugal de tomar posse da região e a construção do forte do Presépio, em 1616, intensificou-se o processo de colonização. 
Portugueses, ingleses, franceses, holandeses e até irlandeses “lutavam” pela Amazônia. Na luta pela conquista da região empregaram a força das tribos indígenas, aliadas ou inimigas, porém, agora, os portugueses queriam, além da força, o domínio da alma dos nativos proibindo-lhes o uso de sua língua o que tornava a comunicação ainda mais difícil, o que chega a ser irônico, já que os estrangeiros dependiam do conhecimento que os nativos tinham da região.
OURO VERMELHO
Na luta pelo território e a posse das riquezas ali contidas, colonos de diferentes nacionalidades se alojaram na área praticando intenso comércio e explorando a mão de obra indígena, adquirida através do processo de Descimentos.
Descimentos eram expedições de convencimento dos índios, para que estes descessem, espontaneamente, de suas aldeias para aldeamentos religiosos, essa pratica existiu desde o princípio da colonização com a finalidade de catequização, para tanto os missionários prometiam uma vida melhor para quem aceitasse, caso houvesse resistência, os missionários usavam a estratégia do medo através de ameaças. Depois disso, esses índios eram mantidos em aldeias de repartição de onde eram alugados e repartidos entre colonos, missionários e o serviço real.
 Os índios de repartição, considerados livres, eram aqueles que haviam aceitado o descimento sem oferecer resistência;
Além dos índios de repartição havia os índios de corda. Nesse período foram criadas tropas de resgate que tinham por objetivo realizar trocas comerciais entre portugueses e tribos aliadas. Os índios recebiam bugigangas como colares, panelas e espelhos, e, em troca entregavam prisioneiros de guerras, eram os índios de corda. Esses índios “resgatados” podiam ser escravizados pelo período de dez anos em agradecimento por terem sido salvos da morte. Contudo, antes de se completarem os primeiros dez anos, quando os primeiros escravizados deveriam ser libertados, houve uma mudança na legislação que estabelecia que o período de escravização passava a ser vitalício.
Outra forma de captura de nativos para o trabalho escravo eram as Guerras Justas. Tropas de guerra invadiam os territórios indígenas com o propósito de aprisionar o maior numero possível de nativos, incluindo mulheres e crianças. Porém havia regras, a guerra só era considerada justa, caso:
a. Os nativos atacassem e roubassem os colonos;
b. Se negassem a colaborar com os portugueses na luta contra outras tribos ou na defesa de suas vidas;
c. Impedissem a pregação do Evangelho, indo contra o Cristianismo;
d. Se aliassem a outras nações europeias, como franceses, holandeses, ingleses e irlandeses.
Nesse período a organização do trabalho indígena estava a cargo dos Capitães de Aldeia que tinham como atribuições, representar a Coroa portuguesa fazendo cumprir as atribuições por ela impostas; comandar o recrutamento e escravização indígena; distribuição e aluguel dos nativos; julgar e estabelecer penas; controlar o pagamento dos salários aos índios, para que estes não fossem trapaceados pelos colonos.
Havia também os colonos missionários e as ordens religiosas.
Os Colonos Missionários tinham por objetivo, além dos interesses econômicos, converter os nativos à religião e disciplina-los para o trabalho.
A Coroa portuguesa enfrentava dificuldades para se estabelecer na região devido à presença dos franceses, que incitavam constantes agressões entre sacerdotes, pescadores e predadores de índios, havia ainda a resistência dos Manaus que, aliados a tribos vizinhas, lutavam ferozmente contra sertanistas e coletores de especiarias além da presença de missões jesuíticas espanholas. Diante deste quadro, precisando estabelecer sua posição, a Coroa decide buscar o trabalho missionário. O território é então divido entre varias ordens religiosas que deveriam converter os índios ao catolicismo, ensinar a língua portuguesa incorporando-os ao domínio politico. A organização deveria ser em núcleos urbanos focando a força de trabalho em atividades extrativistas e agrícolas.
A Coroa havia perdido seu império asiático e precisava dar continuidade a seu comercio de especiarias, tendo o Amazonas se mostrado muito rico, incentivou que os religiosos explorassem economicamente seus domínios. 
Havia um conjunto de normas que regulava o “funcionamento” das missões o Regimento das Missões. Este documento previa o direito a guarda dos nativos capturados aos missionários reservando 20% destes à Coroa portuguesa. Com isso os religiosos poderiamdoutrinar e socializar os índios, o que garantia maior facilidade para convencê-los a executar as tarefas impostas, como extração de madeira, frutos e drogas do sertão. O Regimento das Missões previa que todas as formas de apressamento (descimentos, guerras justas e resgates) deveriam ser acompanhadas por missionários.
O Regimento das Missões durou sete décadas e foi grande responsável pela destruição, física e cultural, de muitas tribos amazônicas.
O Regimento das Missões só teve fim no governo do Marques de Pombal que expulsou os jesuítas, e instituiu o Regimento do Diretório dos Índios.
ERA POMBALINA 
Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marques de Pombal, foi nomeado Primeiro-Ministro No reinado de D. José I, tendo ficado no cargo por mais de 25 anos decidindo o destino de Portugal e da Colônia.
Em seu governo Pombal instituiu uma politica intervencionista com o objetivo de organizar a administração de forma a obter maior eficácia na exploração da colônia.
Entre as medidas adotadas por Pombal destacamos:
- Incentivos estatais para a instalação de manufaturas.
- Criação da Capitania de São José do Rio Negro, hoje Estado do Amazonas.
- Criação da Companhia de Comércio do Estado do Grão-Pará e Maranhão, estimulando as culturas do algodão, do arroz, do cacau, etc., 
- Extinção do sistema de capitanias.
CAPITANIA DE SÃO JOSÉ DO RIO NEGRO 
Fundada em março de 1755, por ordem de uma Carta Régia do Rei D. José I, a Capitania de São José do Rio Negro, a capital seria a Vila de São José do Javari, sendo transferida dois anos depois para a aldeia de Mariuá, atual Barcelos. De 1779 a 1786 a administração da Capitania passou por oito juntas governativas provisórias. Mesmo independente, a nova Capitania ainda era subordinada ao Estado do Grão-Pará e Maranhão. 
As linhas que definiam as fronteiras à época eram bem diferentes das atuais, a capitania abrangia o Amazonas, Roraima, parte do Acre e parte do que hoje é o Mato Grosso. 
Francisco Xavier de Mendonça Furtado (irmão do marques de Pombal), primeiro como governador do Pará, depois como Comissário de Limites e Demarcações, levou muitos benefícios, administrativos, econômicos, financeiros e culturais para a Amazônia, mas é a criação de núcleos ativos, levando-se em conta a enormidade da população indígena entrada na mestiçagem, que mais se destaca.
O Amazonas deve à Mendonça Furtado e Manuel da Gama Lobo D’Almada, então governador da Capitania, sua investida de expansão sócio econômica. A iniciativa de D’Almada de implantação de serviços administrativos e de indústrias veio auxiliar a população amazônica que vivia em verdadeira situação de miséria.
Graças ao esforço e dedicação de Lobo d’Almada a sede da Capitania é transferida, em 1792, para o Lugar da Barra, atual Manaus, tornando-se sede definitiva de São José do Rio Negro em 1808. 
COMPANHIA GERAL DO GRÃO-PARÁ E MARANHÃO
Em 1752 o Conselho Ultramarino português autorizou a capitania do Grão-Pará a constituir uma companhia para o tráfico de escravos africanos. O governador da capitania, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, tentou arrecadar fundos para por em pratica o projeto, porém, não alcançou se objetivo, a solução foi pedir ajuda. Uma comissão de moradores foi à Portugal na tentativa de persuadir capitalistas portugueses a entrar na sociedade. Após a autorização de rei Dom José I, a comissão alcançou seu objetivo.
A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão obteve a concessão de monopólio de toda importação e exportação por um período de 20 anos, sendo proibido o comercio a varejo.
A Companhia desempenhou grande influencia na vida da colônia. A Revolução Industrial e a Guerra da Independência americana aumentaram a procura dos produtos da colônia, favorecendo suas atividades. Além de inserir o trabalho escravo africano no Pará e no Maranhão, a Companhia foi, também, responsável pela inserção de sementes de arroz e o melhoramento dos processos de cultura do algodão o que veio a aumentar o comercio e a exportação dessa fibra. A Companhia não se limitava a navegação nos mares onde possuía exclusividade, suas rotas iam além, aportavam na Índia, China e na costa Africana, além de percorrer toda a costa brasileira. Logo o reflexo da prosperidade se fez sentir. A região enriquecida estreitou laços com a metrópole e a relação comercial com o sul se tornou quase inexistente. A prosperidade se fez notar, também, na capital do Maranhão, São Luís, que teve seu perfil urbano grandemente influenciado, a maior parte dos casarões que formam o Centro Histórico, Patrimônio Mundial da Humanidade, foram construídos nesta época.
O sucesso e a prosperidade geraram abusos de toda espécie deixando a Companhia à beira da falência. Ao final do prazo, a concessão de exclusividade não foi renovada. Maria I, sucessora de Dom José I, determinou a extinção da Companhia, porém, o encerramento definitivo só se deu em 1914.
O ESTADO DO GRÃO-PARÁ E RIO NEGRO 
 Em 1772 o Estado do Grão-Pará e Maranhão foi repartido, o Maranhão foi desmembrado e a capitania passou, então, a ser Grão-Pará e Rio Negro. Unificada em 1821 passa ser a província do Grão-Pará, o que não deixou a população de Rio Negro satisfeita.
AGITAÇÕES AUTONOMISTAS 
Em setembro de 1821, o então governador do Rio Negro, Manuel Joaquim do Paço recusou-se a jurar a Constituição do Porto de 1820, que previa entre outras coisas a volta da família real para Portugal e a recolonização do Brasil, por este ato foi deposto pela população que promoveu a destruição das principais obras publicas empreendidas pelo governador, entre elas: a capela de Nossa Senhora dos Remédios e o passeio público, arborizado com tamarindeiros. Após essa revolta da população o governo passou a ser exercido por sucessivas juntas provisórias.
Rio Negro lutava por autonomia e defendia o movimento pela independência. As noticias demoravam a chegar, Rio Negro só ficou sabendo da proclamação da independência em novembro de 1823 e, imediatamente, declarou seu apoio e adesão.
Conflito de Lages 
Devido à falta de pagamento do soldo dos praças, o soldado Joaquim Pedro da Silva, lidera um levante no quartel da Barra em abril de 1832. 
Em junho do mesmo ano, dois meses depois do levante no quartel da Barra, o povo, insatisfeito com a subordinação política do Rio Negro ao Grão-Pará, sob a coordenação dos freis, José dos Santos Inocentes, Joaquim de Santa Luzia e Inácio Guilherme da Costa, promove um levante e proclama a Província do Rio Negro. 
A vila de Borba manteve-se fiel ao governo do Grão-Pará, já Serpa e Barcelos abraçaram a ideia e se juntaram à Província do Rio Negro. Com um agrupamento de mil homens e 30 peças de artilharia, vindas do forte de Tabatinga, os revoltosos entrincheiraram-se em Lages e nos sítios de Bonfim para enfrentar as forças legalistas. Em 5 de maio o coronel Domingos Simões da Cunha Bahiana, saiu de Belém com 50 soldados e a canhoneira (navio armado com um ou mais canhões) de guerra “Independência”, durante o percurso foi recebendo reforços, o navio Patagônia em Cametá e o Andorinha em Santarém. A revolta foi abafada, mas os revoltosos conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Inocentes, porém, seu navio foi interceptado na região do Mato Grosso e o frei foi obrigado a retornar à Barra. Em fim os amazonenses conseguem enviar seu representante à Corte que conseguiu a criação da Comarca do Alto Amazonas. Entre 1835 e 1840 ocorre a Guerra dos Cabanos ou Cabanagem e o Amazonas permanece fiel ao Império, como “recompensa”, em 1850, o Amazonas torna-se uma província autônoma se separando, finalmente, do Pará. 
Cabanagem – Guerra dos Cabanos
Movimento popular que aconteceu no Pará e no Amazonas entre 1835 e 1840, tendo a participação da população mais pobre, tapuios, caboclos e negros, esta parte da população vivia em cabanas, daí o nome do movimento. Os cabanos viviam em situação de miséria, explorados por fazendeiros e autoridades políticas, militares e religiosas. O conflito se deu na esperança de melhorar a situação de miserabilidade e injustiça social.
NoPará o movimento foi reprimido pelo general Soares Andrea e no Amazonas pelo comandante Miranda Leão.
COMARCA DO ALTO AMAZONAS 
Em 1833 o governo da Província do Pará estabeleceu através de decreto a divisão da Província em três Comarcas, Grão-Pará, Alto Amazonas e Baixo Amazonas. A Comarca do Alto Amazonas substituiu a Capitania de São José do Rio Negro e reduziu seu território, opondo-se as pretensões autonomistas. O decreto elevou o Lugar da Barra à Vila de Manaus e passou a ser a sede da Comarca do Alto Amazonas. À Manaus ficaram subordinadas as freguesias (pequenas povoações) de, Saracá, Serpa e Santo Elias do Jaú e as povoações de Amatari, Jatapu e Uatumã.
PROVÍNCIA DO AMAZONAS
A Necessidade de ocupação definitiva e a ameaça de expansão do Peru que, apoiado pelos Estados Unidos, queria intercionalizar o rio Amazonas, fechado à navegação internacional desde o Tratado de Madri, além da reivindicação da posse da margem esquerda do Solimões, entre Japurá, Tabatinga e os territórios ao sul do Amazonas e Acre, foram fatores decisivos para a criação província do Amazonas. Em 5 de setembro de 1850 a Lei 582 criou a Província do Amazonas permitindo, finalmente, sua emancipação do Pará. 
Para anular a ameaça peruana, em outubro de 1851 o Brasil assinou um tratado com o Peru, no qual o Brasil cedia a região reivindicada no Solimões e o Peru concordava que se mantivesse o rio Amazonas fechado à navegação internacional.
A Província do Amazonas teve como primeiro presidente João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, que instalou a província, em 1 de janeiro de 1852.
As atividades econômicas da província eram insignificantes. Após dois anos da instalação da província os principais produtos de exportação eram a piaçava, borracha, salsaparrilha, pirarucu, café, tabaco, manteiga de ovos de tartaruga, entre outros.
O atraso em que vivia a Comarca do Alto Amazonas se abrandou com a instalação da província. Foi fundada a Biblioteca Pública e o primeiro jornal “O 30”, de propriedade de Manuel da Silva Ramos, que circulou seu primeiro numero em maio de 1851. Logo depois surgiram outros jornais como o “Amazonas” que acabou se transformando no veículo dos atos oficiais. O Amazonas foi também a primeira casa publicadora do Amazonas. O jornal e a Biblioteca foram a premissa do desenvolvimento cultural local. Depois vieram o teatro e as escolas profissionais, o Instituto de Educandos Artífices, o seminário episcopal e o Ginásio Amazonense Pedro II. 
Entre 1852 e 1889, aflorou o entusiasmo pelo teatro floresceu, e as academias de artes e letras. Até a construção do Teatro Amazonas inaugurado em 1896, Manaus contou com cinco teatros. O panorama cultural desta época é digno de nota, mesmo antes da construção do Teatro Amazonas, vários artistas se apresentaram nos teatros manauaras. O florescimento das artes e cultura amazonenses merece um capítulo a parte.
Começam a navegar grandes navios de linhas locais (cabotagem) e também linhas internacionais para Europa e América do Norte, ligando o Amazonas à cultura europeia, mesmo afastado do Rio de Janeiro e de São Paulo a Província teve seus dias de glória impulsionados, em grande parte, pelo comércio da goma elástica (borracha), que enriqueceu o Estado. As famílias abastadas enviavam seus filhos para estudar na Europa. Aos poucos as cabanas vão dando lugar a grandes construções adornadas por fontes. Da Europa vinha toda sorte de mercadorias, pontes de ferro, casas de ferro pré-fabricadas, material elétrico, automóveis, vestuário, móveis, tudo que fosse moda em Londres e Paris. Surgem os primeiros cinemas e a população da província assistiu o sobrevôo de Santos Dumont a Paris com poucos dias de diferença. Toda essa evolução material e cultural acabou chamando a atenção do governo central que preocupado com a defesa, instalou uma Capitania dos Portos e um Comando de Armas em Manaus, além de uma flotilha de guerra. O Amazonas participou da Guerra do Paraguai e da Guerra de Canudos.
Ao longo do Império até o final da Província, vários cientistas visitaram o Amazonas dando conhecimento ao mundo da zoologia, fitologia, folclore e linguística amazonense. Nesse período o Amazonas viveu seu apogeu. Os principais acontecimentos desse período foram, entre outros:
- Primeira viagem do navio a vapor “Guapiçu” em 1843; 
- Criação das diretorias de Índios; 
- Elevação da vila de Manaus para cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra de São José do Rio Negro, em 1848;
- Autorização da navegação internacional nos rios, Amazonas, Tocantins, Tapajós e São Francisco. 
FUNDAÇÃO DE MANAUS 
A ocupação portuguesa na região aonde viria a surgir a cidade, começa em 1659 com a chegada dos carmelitas. No local foi construído o Forte de São José da Barra do Rio Negro, a data de construção deste forte é controversa entre os historiadores e varia entre 1667 e 1697. A fundação de Manaus, em 1669, se deu a partir desta fortificação.
Com a criação da Capitania de São José do Rio Negro a sede da capital ficou em Mariuá (atual Barcelos), porém, com medo das invasões espanholas o governador Lobo D’Almada, em 1791, voltou a sede para Lugar da Barra (Manaus). Em 1799, o Capitão-geral do Grão-Pará volta a sede para Mariuá. Em consequência a esta mudança administrativa Lugar da Barra entrou em decadência. Em 1807 o então governador da capitania, José Joaquim Victório da Costa, transferiu, definitivamente, a administração da Capitania para Lugar da Barra.
Em 1848, a Lei 147 de 24 de outubro, eleva a Vila de Manaus à categoria de Cidade da Barra de São José do Rio Negro, somente em 1856 a cidade recebeu o nome definitivo de Manaus.
A BORRACHA
Charles Marie de la Condamine levou amostra de látex para a Academia de Ciências Naturais de Paris. Porém, comercial e industrial pelo látex só veio a aumentar a partir da segunda metade do século XIX, depois que Charles Good-year em 1839 e Hancock, em 1842, descobriram o processo de industrialização. A vulcanização da borracha a tornou mais resistente e quase impassível às variações de temperatura, assegurando sua elasticidade e impermeabilidade, o uso do produto avançou pela Europa e pelos Estados Unidos, aumentando a procura dessa matéria-prima no mercado mundial. A mão-de-obra utilizada na produção era a do indígena e a do caboclo. Com o tempo essa mão-de-obra se tornou incapaz de atender a demanda, gerando a necessidade de procurar “novos braços”. Os governos passaram, então, trazer mão-de-obra nordestina. Os nordestinos passaram a se instalar ao longo dos rios, do Amazonas e do Pará, para então adentrarem na floresta e começar sua empreita. Começa nesse período a penetração nos rios Purus, Juruá, Bolívia (Acre) e Peru. Esse povoamento se deu de forma desordenada, aproximadamente de meio milhão de nordestinos vieram para a Região Amazônica. Os nordestinos usavam a técnica do arrocho para a extração do látex; eram feitos cortes profundos na árvore e, depois, era amarrado um cipó para de espremê-la. 
No começo os extratores se lançaram às atividades predatórias, já que a exploração era passageira, não se formando a propriedade fundiária. Com pico da borracha, a situação modificou-se, o sistema predatório de aniquilamento das árvores tornou-se ultrapassado, a concorrência entre os que viviam da extração do látex tornou necessária a ocupação permanente da terra. O que acabou gerando conflitos entre os seringalistas e os seringueiros contra os índios ou, ainda, entre os próprios seringalistas. Eram erguidos, o barracão central e os menores (esses barracões serviam como armazém de borracha defumada) a margem dos rios. O barracão central era construído de madeira ou palmeira, coberto de zinco e levantado sobre barras de madeira para proteger contra as enchentes. O barracão principal era a casa do seringalista, o depósito de produtos de abastecimento dos seringais e o escritório. Com o desenvolvimento das atividades e os grandes lucros, as casas foram tomando a forma de chalés europeus. Os barracões menores eram feitos de palmeira e cobertos de palha; neles moravam os empregadosdo seringal. O “centro” era o interior do seringal, onde se instalavam e trabalhavam os seringueiros. Próximo a ele, situava-se outra barraca onde se fazia a defumação do látex. 
A primeira tarefa era a abertura de caminhos para a coleta do látex. Cada caminho tinha, em média, cem ou duzentas árvores. Cada seringueiro tinha, a seu cargo, três caminhos, trabalhando um a cada dia. .A tarefa de coleta era feita no verão, geralmente começando em maio indo até novembro. O seringueiro saía de madrugada para o caminho, levando uma lanterna na testa, a “poronga”, um rifle a tiracolo e um facão na cintura. Os seringueiros faziam pequenos cortes nas árvores e, depois, colocavam uma tigelinha para coletar o látex. A volta acontecia entre duas e três horas da tarde, quando fazia uma rápida refeição e, depois, passava à defumação do látex. A borracha era classificada conforme seu acabamento, apresentação, resistência e impermeabilidade.
Os estabelecimentos comerciais que abasteciam o seringal, dele recebendo a borracha eram chamados de Casa Aviadora. Estes estabelecimentos realizavam, também, as operações de venda no exterior. Toda a despesa necessária à instalação do seringal era financiada pela casa aviadora que, pela transação, cobrava juros e comissões. O abastecimento do seringal era feito na época da coleta do látex. Os produtos aviados consistiam em utensílios para a extração, vestuários, alimentação, remédios etc., que eram vendidos a créditos ao seringalista e transportados ao seringal pelos navios-gaiola pertencentes às casas aviadoras. O fruto do aviamento era, também, debitado na conta do seringalista. 
Desde o início do século XVIII o regatão, aventureiros que iam vender quinquilharias ao homem amazônico, marcou presença na paisagem social da Amazônia, a princípio, eram os portugueses ou os caboclos que exerciam essas atividades; depois, foram substituídos por judeus, sírios, libaneses. O regatão acabou enfraquecido pela presença das casas aviadoras. Essa atividade era considerada ilegal pelos seringalistas que, possuíam o monopólio sobre o fornecimento de mercadorias ao seringal. 
A corrida pela borracha apareceu, pela primeira vez nos registros de exportação brasileira em 1827, a modesta exportação de trinta e uma toneladas. Durante muitos anos, nem toda a exportação do Amazonas era feita diretamente para o exterior; grande parte descia ao Pará e seguia rumo à Europa. A partir de 1850, a goma elástica passou a ser o principal produto de exportação do vale do Amazonas, fazendo desaparecer as produções de café, tabaco, algodão, salsa, cravo e diminuindo a produção de cacau. Até 1845, o Pará possuía, além da indústria extrativa, a manufatureira, produzindo sapatos, mochilas impermeabilizadas etc., exportando a borracha manufaturada. De 1850 em diante, começou a ser mandada para o exterior apenas a borracha bruta e pouco manufaturada. Até o início do século XIX, não existiam, no País, fábricas de artefatos de borracha. Na medida em que o mercado internacional solicitou a utilização da borracha como matéria-prima industrial, o Brasil foi aumentando sua produção. A partir de 1852, a exportação se manteve em crescimento: em 1852: 1632 toneladas; em 1875: 7 729 987 toneladas; em 1900: 24 301 456 toneladas. A época de “ouro” da borracha se deu entre a última década do século XIX e os primeiros anos do século XX. 
O botânico inglês Sir Henry Wikhan, em1876, enviou, clandestinamente, 70.000 sementes de seringueira para a Inglaterra. Destas, vingaram 7.000 mudas, as quais foram levadas para o Ceilão e, posteriormente, para a Malásia, Samatra, Bornéu e outras colônias britânicas e holandesas, onde se passou a produzir uma goma de qualidade superior à nativa amazônica. A partir daí, a produção amazônica despencou vertiginosamente, principalmente com a queda de preço do produto no mercado internacional. A produção asiática superou a nativa. 
LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS NO AMAZONAS 
Devido à grande quantidade de mão-de-obra indígena os negros tiveram pouca participação na produção de riquezas na Amazônia. Além disso, em 1873, foi criada a Sociedade Emancipadora Amazonense, que tinha por finalidade arrecadar fundos para libertar os escravos. Outras entidades surgiram, tais como, a Comissão Central Abolicionista Amazonense Primeiro de Janeiro; Libertadora Vinte e Cinco de março; Cruzada Libertadora; Clube Juvenil Emancipador Cinco de Setembro; Clube abolicionista Manacapuruense; Libertadora Codajaense; e Amazonense Libertadora. Em 24 de maio de 1884, foram libertados os escravos de Manaus. E, em 10 de julho do mesmo ano, foi a vez da libertação dos escravos da província.
A libertação dos escravos negros ocorreu no governo de Theodoreto Souto. 
ANEXAÇÃO DO ACRE 
O ciclo da borracha acabou originando um conflito internacional. Em busca de novas seringueiras milhares de nordestinos ultrapassaram os limites do território brasileiro e chegaram ao Acre (então pertencente à Bolívia). Em 1898, a Bolívia instalou uma alfândega no rio Aquiri, em Puerto Alonso, iniciando a cobrança de pedágios. Os brasileiros se recusaram a pagar, dando origem a repressões e revides. Os seringalistas expulsaram os bolivianos. Dando inicio ao conflito. Por essa época, a Bolívia deu inicio a negociações com empresários internacionais para organizar uma companhia destinada a explorar o Acre. A empresa teria apoio militar dos Estados Unidos. Em 1899 o Estado do Amazonas financiou uma segunda rebelião com o objetivo de incorporar o território ao Amazonas. Em 1900, houve uma terceira rebelião. Com medo os bolivianos aceleraram as negociações com os grupos estrangeiros da Bélgica e dos Estados Unidos. Era uma tentativa de tirar a Inglaterra do mercado da borracha. Em 1902, aconteceu a quarta revolta. O conflito teve início em Xapuri, e foi proclamado Estado Independente do Acre. A luta prosseguiu pela bacia do Purus. Em janeiro de 1903, Puerto Alonso foi tomada, passando a se chamar Porto do Acre. Em novembro de 1903, foi assinado o Tratado de Petrópolis entre Brasil e Bolívia. Por este tratado, a Bolívia vendia o Acre por dois milhões de libras, e o Brasil terminaria a construção da estrada de ferro Madeira–Mamoré. 
ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMORÉ 
A construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, era o sonho de todos que viviam na região no final do século XIX e princípio do século XX. A construção da estrada de ferro visava ligar as bacias dos rios Guaporé, Mamoré e Beni, à navegação livre dos rios Madeira e Amazonas, até alcançar o Oceano Atlântico, contornando o problema representado pelas dezenove cachoeiras existentes entre Guajará-Mirim e Santo Antônio, sua construção viria a criar condições para que as riquezas minerais e florestais existentes naquela região pudessem ser exploradas. A necessidade de implantação da ferrovia foi defendida inicialmente por um representante graduado da marinha de guerra americana, que em meados do século XIX previa a abertura do Amazonas e seus tributários ao comércio de todas as nações. As primeiras tentativas para concretizar a idéia, foram realizadas pela companhia americana P. T. & Collins, empreiteira da obra do início de 1878 a agosto de 1879, quando seus técnicos e operários abandonaram os trabalhos que faziam e retiraram-se da área, deixando para trás seis quilômetros de linha férrea construída e uma locomotiva Baldwin. Em 1891 foi criada, pelo coronel norte-americano George Church a Madeira-Mamoré Rail Co., que assinou contrato com a empresa inglesa Public Works e obteve condições para construir a ferrovia a partir de um empréstimo de dois milhões de libras esterlinas, feito pelo governo boliviano junto a bancos de Londres. Mas pouco tempo depois a Public Works retirou-se do negócio sob a alegação de insalubridade no local da obra, e processou o coronel Church. Ao longo dos anos outras empreiteiras foram contratadas para dar continuidade ao trabalho, mas acabaram desistiram ou falindo no meio do caminho. Porém, o Tratado de Petrópolis pactuado em 1903 com a Bolívia, obrigava o reinício das obras,o que foi feito em 1907, sendo concluído em 1912, quando o percurso de Guajará-Mirim a Porto Velho, com 365 quilômetros, aproximadamente, finalmente foi inaugurado. A construção da ferrovia foi concluída por Percifa Farquhar, fundador da Madeira-Mamoré Railway, através de concessões feitas pelo governo brasileiro, a empresa May, Jeckyll & Randolph, ficou encarregada da construção da parte física. Cenário espetáculo trágico e audacioso, os trilhos da Madeira-Mamoré se assentaram sobre a vida de milhares de operários que nela trabalharam. Cerca de 6.000 trabalhadores morreram de forma trágica nas frentes de trabalhos da Madeira-Mamoré: naufrágios, mortes por flechadas de índios, afogamentos, picadas de animais silvestres, e doenças como malária, febre amarela, febre tifóide, tuberculose, beribéri, e outras além de acidentes na construção. A Madeira-Mamoré foi batizada de “Ferrovia do Diabo”, tendo sido desativada em julho de 1972, ainda mantém em atividade em um trecho de sete quilômetros, entre Porto Velho e Cachoeira de Santo Antônio, marco da fundação da cidade de Porto Velho. A velha locomotiva Baldwin, chamada de “Coronel Church” em homenagem ao militar norte-americano que idealizou as primeiras tentativas de construção, se encontra no Museu Madeira-Mamoré e foi incorporada ao acervo histórico do estado de Rondônia. A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma das últimas linhas de trem a vapor no Brasil, e a única na Amazônia. Sua história faz parte do Patrimônio Histórico Nacional brasileiro e é também história e patrimônio dos construtores americanos, ingleses, chineses, espanhóis, dinamarqueses, caribenhos, italianos e alemães, entre outras nacionalidades. Representa também a memória viva de seus trabalhadores e seus descendentes que ainda residem principalmente nas cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim no Estado de Rondônia. 
REPÚBLICA NO AMAZONAS
Proclamação da República no Amazonas
Em 1889 tem inicio no Amazonas o movimento republicano. Um grupo de intelectuais da classe média (empregados do comércio, jornalistas, professores e políticos) criou, em Manaus, o Clube Republicano do Amazonas, lançando seu manifesto no dia da inauguração, logo recebendo o apoio do Partido Conservador e do Partido Liberal. O Amazonas vivia isolado dos acontecimentos do resto do País, em Manaus não havia telégrafo, a linha de telegráfica chegava somente até Belém. A notícia da Proclamação da República só chega a Manaus em 21 de novembro de1889. A República no Amazonas foi proclamada por uma junta governativa. O governo provisório era composto pelo coronel Pereira do Lago, capitão-de-fragata Lopes da Cruz, Emílio Moreira, Joaquim Sarmento, Cavalcante de Albuquerque e Carvalho Leal. Em 22 de novembro junta assinou o termo de posse perante a Câmara Municipal de Manaus dando inicio a suas atividades administrativas. A Assembléia Provincial reconheceu o Governo Provisório. A adesão no interior do foi completa. Reinicia-se a luta política entre liberais e conservadores pelo poder político e privilégios no Amazonas. Escolhido à revelia, o primeiro presidente do Governo Provisório foi o tenente de engenheiro Augusto Ximeno de Villeroy, que dissolveu a Assembléia Provincial e as Câmaras Municipais e em seguida, nomeou vários conselhos para os municípios do Amazonas. Determinou várias reformas administrativas, entre as quais: a criação do Instituto Normal Superior, fundição do Ginásio Amazonense e a Escola Normal e extinção do Museu Botânico. O governo de Augusto Ximeno, também, realizou as eleições para representação amazonense na Constituinte de 1891. Licenciado, Augusto Ximeno entregou o governo ao tenente engenheiro Eduardo Gonçalves Ribeiro, que não decepcionou o espírito positivista ao receber os encargos da administração do Estado, procurando obter apoio da base popular para manter-se no governo, tendo sido afastado do cargo a 4 de abril de 1891, retornou no dia 12 seguinte, pela vontade popular, em manifesto firmado por 363 pessoas dentre as de maior influência em Manaus, nele permanecendo até 5 de maio de 1891, quando transferiu o cargo ao Barão de Juruá, Guilherme José Moreira, 1. ° Vice-Governador. Em reconhecimento a seus serviços foi promovido a Capitão de 1.ª classe em junho de 1891. Retornou ao cargo de Governador do Estado quando da renúncia do Coronel. Gregório Thaumaturgo de Azevedo, mesmo estando em pleno exercício do cargo foi o candidato do partido Democrata para a chefia do Poder Executivo estadual, em 1892,. Eduardo Gonçalves Ribeiro governou o Amazonas no período de 23 de julho de 1892 a 23 de julho de 1896. Morreu em Manaus em 14 de outubro de 1900 de causas não esclarecidas. Em seu governo Eduardo Ribeiro, criou a Comarca de Antimari, Humaitá e Coari; iniciou a construção do Teatro Amazonas; elevou à categoria de vila a paróquia de Fonte-Boa e declarou feriado nos dias 13 de março, 10 de julho, 5 de setembro e 21 de novembro. 
PROJETOS DE INTERVENÇÕES NA ECONOMIA NA AMAZÔNIA
Em 1912, o governo federal lançou um programa intitulado “Plano de Defesa da Borracha”, que estabelecia um estímulo à produção e industrialização da borracha, à migração, à saúde, ao setor de transportes, à produção agrícola alimentar e à pesca. O programa abrangia todos os estados brasileiros onde havia árvore produtora de goma elástica.
No intuito de fugir das manobras dos ingleses e holandeses de reduzir a produção da borracha no sudeste asiático, a Ford do Brasil, fez um projeto de exploração da borracha silvestre e a plantação de mudas em Santarém, chamado de Fordlândia. O projeto, no entanto, não deu certo. Fungos e falta de mão-de-obra contribuíram para que o projeto não tivesse sucesso. A Fordlândia foi permutada, em 1934, por uma área mais próxima de Santarém. 
TENENTISMO NO AMAZONAS OU A REBELIÃO DE 1924, EM MANAUS
A decadência do Ciclo da Borracha causou violenta recessão gerando um clima de instabilidade política no Estado do Amazonas. Desde a proclamação da República no Amazonas e em função da enorme receita do Estado, em decorrência ao Ciclo da Borracha, a cada eleição se intensificavam as disputas políticas, entre as oligarquias locais. Quando se inicia a decadência do Ciclo da Borracha crise política se acentuou. No Brasil todo, foi instalada a política oligárquica, desde a chegada dos cafeicultores ao poder. A maior exemplo dessa politica oligárquica instituição da “política dos governadores” ou do “café-com-leite” pela qual, o governo brasileiro era escolhido entre os paulistas e os mineiros, que, por sua vez, recebia o apoio do Senado, representantes das oligarquias estaduais. Em todo o Brasil, havia práticas comuns como o coronelismo, a fraude eleitoral, a perseguição política, a corrupção e o voto de cabresto. Surgiram, então, vários movimentos contrários a essa política, dentre eles o Tenentismo. Surgido nas Forças Armadas, entre os jovens da baixa oficialidade, o Tenentismo estendeu-se de 1922 a 1934, opondo-se frontalmente ao sistema republicano vigente, que privilegiava apenas as oligarquias estaduais e fazia proliferar a corrupção e a violência na política brasileira. O movimento recebeu apoio de militares de patentes superiores e civis provenientes da classe média urbana, que pregavam a moralização das políticas públicas, maior centralização do Estado, voto secreto e restauração das forças militares. O levante de 1922, que teve seu ápice no episódio do Dezoito do Forte, acabou fracassando. Em julho de 1924 uma nova rebelião tenentista, foi deflagrada, a capital paulista foi tomada e ocupada por 22 dias. Esse segundo do Tenentismo, é que influenciou a rebelião de Manaus. A estratégia era tomar várias capitais do País e, concomitantemente, ocupa a capital da República e tomar o poder. Para fragmentar os rebeldes, o governo federal, optou por transferir esses militares para outras cidades, principalmente no Norte. Para Manaus, foram transferidos, entre outros, os tenentes Alfredo Augusto Ribeiro Júnior e José Azamor. A oficialidade do exército na região era basicamente constituída de militares ”rebeldes”vindos de outros Estados como forma de desmontar possíveis focos de rebelião. O tiro saiu pela culatra. Em 1924, o clima de inquietação e de descontentamento com o governo de Rego Monteiro, em Manaus, era geral. A população vivia numa grave crise econômica, e o grupo oligárquico dominante perseguia seus opositores. Percebendo a conjuntura favorável à rebelião, os militares rebeldes, decidiram liderar o movimento na cidade. Esta rebelião não se limitou a Manaus. Ao contrário, ainda sob influência do plano proposto pelos militares, em 1922, o movimento se estendeu pelo Nordeste até chegar a capital da República. Em meio a esse clima de revolta, surge a rebelião de 05 de julho de 1924, em São Paulo, o que colaborava para aumentar ainda mais o entusiasmo dos militares e a população de Manaus e Belém que, a essa altura, já via o movimento tenentista com simpatia. O lançamento da candidatura de Aristides da Rocha para o governo do Amazonas, de 1925 a1929, acendeu o estopim que levou os militares à ação decisiva de iniciar o levante. Explode a Rebelião. Mesmo alertado pelo presidente da República, Arthur Bernardes, sobre a preparação da rebelião militar em Manaus, o governador em exercício, Turiano Meira, não tomou nenhuma iniciativa para desarticular o movimento e, em 23 de julho de 1924, deflagrou-se a revolta. O governador fugiu pelos fundos do palácio, enquanto os militares tomavam a sede do governo pela frente, impondo, por meio das forças das armas, o 1. ° tenente Alfredo Augusto Ribeiro Junior à frente do governo dos revoltosos, que agora dominavam Manaus. O tenente Ribeiro Júnior, logo após tomar o poder, verificou que os salários dos funcionários públicos estavam atrasados já fazia seis meses. Por isso, instituiu o Tributo de Redenção, que foi o confisco das contas bancárias dos milionários, suspeitos de corrupção, e dos imóveis do governador Rego Monteiro, levados a leilão, para que fosse efetuado o pagamento dos proventos dos funcionários públicos foram presos autoridades e elementos ligados ao grupo Rego Monteiro. As estações telegráficas, telefônicas e do vapor Bahia do Lloyde Brasileiro foram tomadas. As idéias do movimento foram divulgadas através do Jornal do Povo, reservistas foram convocados para a luta armada. Logo em seguida, alcançaram outros pontos, fazendo com que a rebelião chegasse ao município de Óbidos, no baixo Amazonas.
A estratégia de combate à repressão do governo central aos militares rebeldes deu-se por etapas. Primeiro o movimento que havia tomado São Paulo foi reprimido. Em seguida, desfez o motim sergipano. Restando acabar com a rebelião do Norte, para o que foi montada uma operação mais ampla. Sob o comando do general João de Deus Menna Barreto, o destacamento do Norte saiu do Rio de Janeiro no dia 2 de agosto chegando a Belém no dia 11, onde permaneceu para estudar as condições, os propósitos e as posições dos rebeldes. O primeiro passo do destacamento do Norte para iniciar a repressão seria a tomada em Santarém, fazendo-se passar por rebeldes, obtiveram informações preciosas referentes às operações dos rebeldes. Depois, as forças do destacamento do Norte tomaram Alenquer e Óbidos seguindo para Manaus. Em 28 de agosto, o tenente Ribeiro Junior e seus companheiros militares e civis integrantes do movimento foram aprisionados. Chegando ao fim, dessa forma, o movimento de 1924, em Manaus, 
GRANDES PROJETOS PARA A AMAZÔNIA
Em 1953, foi criada por Getúlio Vargas a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), que tinha por objetivo promover o desenvolvimento da produção agrícola e pecuária, além d a integração da região à economia nacional. 
Em 1957, Juscelino Kubitscheck, atendendo à idéia de desenvolvera região amazônica, foi criada a Zona Franca de Manaus, uma área de livre comércio com isenção fiscal. 
Em 1966, Castelo Branco, cria a pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em substituição a SPVEA. A SUDAM seria responsável pela coordenação, supervisão, elaboração e execução de projetos de outros órgãos federais. Para tal, poderia criar incentivos fiscais e financeiros especiais para atrair investidores privados nacionais e estrangeiros. Foi a partir da SUDAM que os setores agrícolas, pecuários, indústrias de bens e de mineração passaram a ganhar maior dinamismo. O Banco de Crédito da Amazônia passa a ser o Banco da Amazônia S.A. (BASA). 
Em 1967, foi criada a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). A Zona Franca de Manaus teve como objetivos: 
1 - Instalar no interior da Amazônia Ocidental um programa de desenvolvimento Industrial, Comercial e Agropecuário; 
2 - Gerar emprego e renda na Amazônia Ocidental, propiciando um efeito multiplicador na economia regional; 
3 - Buscar a ocupação econômica da Amazônia Ocidental e suas regiões fronteiriças; 
4 - Atenuar as desigualdades existentes entre as duas amazônias e as demais regiões do Brasil. 
O setor comercial foi o primeiro a fortalecer-se com a reformulação do projeto Zona Franca de Manaus. Nos primeiros anos, logo após sua reformulação, a Zona Franca funcionou como um grande Shopping Center para todos os brasileiros. O Governo Federal, à época, não permitia importações nem a saída de brasileiros para o exterior. A Zona Franca funcionou como uma válvula de escape para as pessoas de melhor poder aquisitivo, que encontravam em Manaus as novidades importadas de todo o mundo. Por conta dessa corrida às compras, a cidade ampliou seus serviços, ganhou hotéis de 4 e de 5 estrelas, um aeroporto internacional e atraiu investidores das mais diversas procedências. Nessa época, as importações não tinham limites, havia apenas cinco restrições, que permanecem até hoje, armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passeio e artigos de perfumaria, para estes itens já importação só poderia ser feita mediante o pagamento de todos os impostos. Do leite em pó holandês ao cristal da Bohemia ou à gravata italiana, tudo era vendido livremente no comércio da cidade, com permissão de serem levadas, como bagagem acompanhada de passageiro saído de Manaus, seis unidades de cada produto importado de uso pessoal, o que tornava a viagem um grande atrativo. Segundo dados da Junta Comercial do Amazonas, só em 1967, foram registradas 1.339 novas empresas, oferecendo, pelo menos, o dobro desse número em novas oportunidades de trabalho aos amazonenses. A partir de 1975, o Governo Federal baixou o Decreto-Lei Nº 1.435, modificando o artigo 7º. do decreto anterior, alterando a alíquota do Imposto sobre Importação de mercadorias para o território nacional. As importações foram limitadas em US$300.000.000,00 (trezentos milhões de dólares), divididos entre o comércio e a indústria, que, a partir de então, teria de praticar índices mínimos de nacionalização em seus produtos. Com novas pressões da indústria nacional, o comércio da Zona Franca passou a importar apenas os produtos que ainda não eram fabricados no Brasil, como medida de proteção à indústria instalada em outras regiões do País, com reflexos na emergente indústria da Zona Franca, que também tem de cumprir índices de nacionalização em seus produtos. No final dos anos 70, vêm a liberação das viagens ao exterior e a permissão para entrada no País de bagagem procedente do exterior até 100 dólares. Começam as dificuldades do setor comercial da Zona Franca de Manaus, que, a partir de então, só recebe consumidores em determinadas épocas do ano, com grandes promoções. Durante toda a década de 80, o setor comercial promove pacotes turísticos para atrair visitantes, e a SUFRAMA organiza Feiras e Exposições de Produtos da Zona Franca de Manaus em várias capitais brasileiras como forma de divulgar o produto local e captar novos investimentos. O número de empregos gerados, nessa época, atingiu a casa dos 80 mil. Nos anos 90, veio a abertura do mercado brasileiro ao produto estrangeiro. O País inteiro passa a importar de tudo um pouco, com alíquotas do imposto de importação bastante reduzidas. Para adequar o regime fiscal e de importaçõesda Zona Franca de Manaus à nova política industrial e de comércio exterior do Brasil, o Governo Federal deu nova redação ao § 1º do art. 3º e ao art. 7º e 9º do Decreto-Lei Nº 288/67, com a sanção da Lei Nº 8.387, de 30 de dezembro de1991. Os efeitos nas atividades comerciais e no turismo doméstico foram devastadores, com muitos hotéis e estabelecimentos comerciais tradicionais fechando as portas e demitindo funcionários, o que reduziu o número de empregos para 30 mil. O novo século iniciou com esse quadro pouco alterado, com pequenos períodos de aquecimento e outros de retração.
Os primeiros projetos industriais da Zona Franca começaram a se implantar em 1969, embora o marco do setor industrial seja o ano de 1972, com a inauguração do Distrito Industrial. O começo não foi diferente de outros lugares: importava-se o produto acabado em partes e com peças desagregadas para montagem do produto final. O Amazonas precisava criar empregos para evitar que os amazonenses migrassem para outras regiões, e a Zona Franca era, justamente, o projeto de desenvolvimento concebido pelo Governo Federal para ocupação racional da região, por brasileiros. Para adequar-se à nova ordem, a indústria local ainda nascente teve que substituir alguns componentes e insumos importados por similares produzidos no Brasil. A Zona Franca de Manaus, sob o pretexto de harmonização com o parque industrial brasileiro, só podia produzir bens que não fossem produzidos em outras regiões. Os índices mínimos de nacionalização eram progressivos, o que possibilitou o surgimento de uma indústria nacional de componentes e de insumos em várias regiões, sobretudo em de São Paulo, de forma que, no final da década de 80, para cada dólar gasto com importações, a Zona Franca comprava o equivalente a quatro dólares no mercado nacional. Alguns produtos, como TVs em cores, alcançaram índices de 93% de nacionalização. Na década de 80, a economia brasileira sofreu as conseqüências de fenômenos externos como a desvalorização do dólar americano, a valorização da moeda japonesa e o excesso de protecionismo nas economias industrializadas. Tudo isso restringiu as perspectivas de exportações, provocando o desequilíbrio do balanço de pagamento, que, associado a fatores internos como a queda do poder aquisitivo do povo brasileiro e a inflação resistiram a todos os planos econômicos implementados nos diversos Governos no período e fez com que o Brasil entrasse nos anos 90 em grave processo de recessão. 
Em setembro de 1968, foi lançada a pedra fundamental do Distrito Industrial, no mesmo ato governador do Estado, Danilo Duarte de Mattos Areosa, aprovou também o primeiro projeto industrial para instalar-se na ZFM: o da indústria Beta S/A, fabricante de jóias e de relógios, que funcionou até meados da década de 90. Os trabalhos de infra-estrutura começaram no final de 1969, com a instalação das redes de energia elétrica, água e esgotos, além da abertura da malha viária. Todas as obras foram feitas com recursos próprios. Em 1972, o Distrito recebe a primeira indústria, a CIA – Companhia Industrial Amazonense, ocupando uma área de 45.416 m², para produção de estanho, e, logo em seguida, a Springer, para produção de aparelhos de ar condicionado. O Distrito possui estação de captação e tratamento de água, rede de esgotos sanitários e de telecomunicações e sistema viário com 48 km de ruas asfaltadas e com manutenção própria. A área dispõe de hospital, creche, centro de treinamento do SENAI, entidades das classes empresariais e trabalhadoras, escolas de tecnologia, centros de pesquisa, hotéis de 4 estrelas, pistas apropriadas para caminhadas e ciclismo, quadras de esportes e áreas de lazer, bares, restaurantes e shopping center. Os lotes são vendidos às empresas a preço simbólico, com prazo de 10 anos para pagamento. Em 1980, a SUFRAMA adquiriu uma área de 5.700 ha, contígua à do Distrito já ocupado, para expansão. Nessa área, já estão instaladas algumas empresas, nos 1000 ha que receberam toda a infra-estrutura necessária à ocupação, havendo, inclusive, áreas destinadas à construção de conjuntos habitacionais para os trabalhadores. Da mesma forma que o Distrito menor, essa área foi planejada preservando-se áreas verdes em proporção às áreas construídas, para que o equilíbrio ecológico seja mantido. Planos de Integração 
Em junho de 1970, o governo federal adotou o Plano de Integração Nacional (PIN); em julho do mesmo ano, o Instituto de Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). 
Em 1971, criou-se o Programa de redistribuição de Terras e Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste (PROTERRA). 
Entre 1971 e 1978, foram construídas várias rodovias importantes: Transamazônica, Perimetral Norte, Cuiabá-Santarém e Manaus-Caracarai (BR–174). 
Em 1974, foi criado o Programa de Pólos Agropecuários e Agro minerais da Amazônia (POLA-AMAZÔNIA). 
Em 1994, foi criado o Plano Estratégico do Desenvolvimento do Amazonas (PLANAMAZÔNIA), estimando investimento na ordem de US$3,14 bi, para os quais seriam cinco prioridades: 
1 - Meio Ambiente; 
2 - Infra-estrutura; 
3 - Distrito Industrial e ZFM; 
4 - Formação de recursos humanos; 
5 - Desenvolvimento de Pesquisas Científicas. 
No governo de Amazonino Mendes, foi elaborado um programa de reestruturação da economia do Amazonas. Esse Programa econômico pretendia dar prioridades para o setor primário (agricultura). 
TRANSAMAZÔNICA
Inaugurada em  de 1972, a Transamazônica foi planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país. Inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil quilômetros de comprimento, conectando as regiões Norte e Nordeste do Brasil com o Peru e o Equador, permanece, ainda hoje, sem pavimentação em boa parte. Depois o projeto foi modificado para 4 977 km até Benjamin Constant, porém a construção foi interrompida em Lábrea totalizando 4 260 km.
Os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Alguma informação era obtida apenas nas visitas ocasionais a algumas cidades próximas. O transporte geralmente era feito por pequenos aviões, que usavam pistas totalmente precárias.
Por não ser pavimentada, o trânsito na Rodovia Transamazônica é impraticável nas épocas de chuva na região. Os genocídios[5] e desmatamento em áreas próximas à rodovia é um sério problema ocasionado por sua construção e é muito criticado pelos povos indígenas e ambientalistas.
GREVE DOS METALÚRGICOS DE 1985
A política brasileira dos anos oitenta foi marcada por movimentos contestatórios contra a ditadura militar e organizações sindicais, que faziam grandes mobilizações pelo Brasil inteiro, a exemplo do ABC paulista, em que aparecem vários líderes sindicais e políticos, tais como Luiz Inácio Lula da Silva. Foi nesse período que várias correntes políticas, ideológicas, trabalhistas e setores da Igreja, como a Pastoral Operária, criaram o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). 
Em fevereiro de 1984, ocorreu a eleição para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos. Após a eleição, a primeira grande batalha sindical ocorreu na campanha salarial, e a nova diretoria provocou a primeira convenção coletiva. Depois de uma série de discussão com representantes das empresas, que duraram 13 dias, não houve acordo entre as partes, e o resultado foi a deflagração da greve no dia 1 de agosto de 1985. Os representantes das empresas ameaçaram entrar na justiça e pedir a ilegalidade da greve e demitir os operários por justa causa, caso não houvesse o retorno das atividades. As condições conjunturais foram analisadas por vários setores que estavam envolvidos no movimento e resolveram convocar uma Assembléia Geral para 7 de agosto de 1985. Nessa Assembléia, decidiu-se pelo retorno das atividades. Apesar das reivindicações não terem sido alcançadas, naquele momento, os ganhos políticos para a classe trabalhadora manauense foram enormes, pois, a partir desse momento, outras categorias profissionais passaram a se mobilizar contra a estrutura econômica que achatava o salárioe promovia demissões em massas. 
CLUBE DA MADRUGADA
O Clube da Madrugada, criado em novembro de 1954, é uma associação literária e artística brasileira. Os ecos da Semana de Arte Moderna de 1922, apesar de terem chegado tardiamente a Manaus, contribuíram no sentido de que fosse escrito, segundo A. Coutinho e J. Galante de Souza, "um capítulo importante da história da literatura amazonense" (Coutinho e Souza, Enciclopédia de Literatura Brasileira, p. 496). O poeta Jorge Tufic, um dos fundadores do Clube da Madrugada, influenciado pelo movimento da Poesia Concreta, criou a Poesia de Muro. Jorge Tufic leva tais experimentos ainda mais longe, mediante a inclusão de elementos extra verbais no texto poemático. Um dos mais ativos participantes do Clube era um eclesiástico, o Pe. Luiz Ruas, autor de uma reunião de poemas, "Aparição do Clown", que mereceu elogiosos comentários do filólogo Raimundo Nonato Pinheiro (Pe. Nonato Pinheiro), membro da Academia Amazonense de Letras. O contista Adriano Aragão sobre o Clube da Madrugada, comentou: "(...) O Clube da Madrugada nunca possuiu sede própria: seus escritores sempre se reuniram embaixo de um mulateiro (grande árvore da Amazônia) na Praça da Polícia . Mas sua existência transcendeu os limites geográficos dessa Praça. E, hoje, é reconhecido não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo (...)" (Rev. O Pioneiro, Brasília). As reuniões do Clube da Madrugada acontecem ao abrigo da sombra de uma árvore imponente da Praça Heliodoro Balbi, entre os prédios, de linhas neoclássicas, da Polícia e do Colégio Estadual. 
FESTIVAL FOLCLORICO DE PARINTINS 
O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no último fim de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas. O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local. O festival é realizado desde 1965 e já teve vários locais de disputa como a quadra da catedral de Nossa Senhora do Carmo, a quadra da extinta CCE e o estádio Tupy Cantanhede. Até que em 1987, o governador Amazonino foi assistir o festival, no mesmo local onde é o Bumbódromo, mas era um tablado. Ele gostou tanto da festa que prometeu construir um local do tamanho que o festival merecia e, no ano seguinte, em 1988, inaugurava o Bumbódromo. Até 2005 era realizado sempre nos dias 28, 29 e 30 de junho. Uma lei municipal mudou a data para o último fim de semana desse mesmo mês.
RESUMINDO...
A área que hoje corresponde ao Estado do Amazonas nem sempre pertenceu a Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, a região do Amazonas pertencia à Espanha.
Após o descobrimento do Brasil, a região foi alvo de exploradores portugueses, o que acabou influenciando no Tratado de Madri, de 1750. 
O Amazonas se tornou uma província através de um decreto assinado por Dom Pedro II em 1850.
A ocupação da região ocorreu como resultado dos ciclos econômicos. Até o início do século XX, a exploração da borracha foi o chamariz para a introdução de vilas e povoados.
Após o sucesso da exploração da borracha por ingleses e holandeses em suas colônias na Malásia, a região enfrentou estagnação econômica.
Com o objetivo de acelerar o processo de crescimento industrial da região o governo federal, a partir de 1950 e, em 1967 criou a Zona Franca de Manaus, hoje denominado Polo Industrial de Manaus. 
Economia 
 A economia do Estado está baseada, principalmente, nas atividades de extrativismo, mineração, indústria e pesca. Os principais produtos agrícolas cultivados no estado incluem a laranja, a mandioca, o arroz e a banana. Entre os minerais existentes, destacam-se o calcário, a gipsita e o estanho. 
A produção industrial recebeu significativo impulso a partir de 1967, quando foi criada a Zona Franca comercial e industrial de Manaus, com o objetivo de promover o desenvolvimento da região. Destacam-se no parque industrial do Estado, a produção de materiais elétricos e de comunicação; a indústria metalúrgica e de extração mineral; a fabricação de relógios; e a indústria alimentícia e de bebidas. 
A pesca é uma das principais atividades econômicas da população amazônica e o alimento básico para o seu sustento. Existem várias espécies de peixes nos inúmeros rios da região, entre os quais se destacam o tucunaré, o dourado amazônico, o gamitana e a pescada. As piranhas, cuja carne é muito apreciada por pescadores, habitam quase todos os rios da Amazônia. No entanto, raramente encontram-se em concentrações suficientes para causar o perigo que a elas é freqüentemente atribuído. O pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, é encontrado em abundância nos rios amazônicos. Podendo atingir dois metros de comprimento e pesar até 150 kg, suas escamas são utilizadas como lixas e sua carne é muito apreciada pelos habitantes da região. O peixe-boi, uma das espécies mais exóticas da Amazônia, encontra-se em risco de extinção, por ser presa fácil de caçadores. Trata-se de um mamífero que pode alcançar até três metros de comprimento e 400 kg de peso.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas é o 16.º maior do país, tendo destaque o setor terciário. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2017, o PIB amazonense era de 93,2 bilhões, enquanto o PIB per capita era de 22 936,28. Pará e Amazonas respondem, juntos, por aproximadamente 70% da economia da região norte.
Em termos de infraestrutura para investimentos em novos empreendimentos, o estado alcançou o segundo melhor desempenho do país nos últimos anos, sendo superado apenas pelo Distrito Federal. O Amazonas é um dos estados que mais cresce economicamente.  Ao lado do Pará, é o estado que mais influencia na economia do Norte brasileiro. Em 2010, a economia do Amazonas passou a representar 1,8% da economia brasileira, um aumento de 0,1 pontos percentuais comparado a 2009.
Setor primário
De todos, o setor primário é o menos relevante para a economia estadual. Representava em 2017 apenas 6 % da economia do Amazonas.[ Segundo o IBGE, o estado possuía em 2011 um rebanho bovino de 1 439 597 cabeças, além de 13 685 equinos, 81 851 bubalinos, 671 asininos, 947 muares, 94 435 suínos, 21 488 caprinos, 69 131 ovinos, 18 389 codornas, 1 300 coelhos e 4 076 184 aves. Entre as aves, 2 801 449 eram galinhas e 1 274 735 galos, frangos e pintinhos. No mesmo ano, o estado produziu 52 033 mil litros de leite de vacas. Foram produzidos 72 088 dúzias de ovos de galinha e 48 394 quilos de mel-de-abelha.
O Amazonas é o maior produtor de fibras do Brasil, com participação de 87% da produção nacional. Os maiores produtores da fibra no Amazonas são da região das calhas dos rios Negro e Solimões, como, Anamã, Autazes, Careiro, Careiro da Várzea Manacapuru,   Vila Rica de Caviana, Caapiranga, Iranduba, Manaquiri, Novo Airão, Rio Preto da Eva, Manaus, Beruri, Coari, Codajás e Anori. A produção total desses municípios anualmente varia de 20 a 200 toneladas de juta, e de malva gira em torno de 100 a 744 toneladas. Manacapuru e Beruri se destacam com a produção média de 70 a 100 toneladas de juta.
O estado detinha 3% da produção de leite de vacas e 7% do valor da produção do mesmo, entre os estados da Região Norte do Brasil. Além deste, a produção de ovos de galinha no estado representava 57% da produção entre os estados da Região Norte, e 53% do valor da produção entre os mesmos estados. Sobre o mel de abelha, a produção do estado representava 5% entre os estados de sua região e 11% no valor da produção. É notável também que o estado produziu 354 mil dúzias de ovos de codorna em 2011, representando 29% da produção daRegião Norte e o valor da produção de ovos de codorna ficou em 26%.[144] Na lavoura temporária são produzidos abacaxi, arroz, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo, juta, malva, mandioca, melancia, milho, soja, tomate e trigo. Os maiores valores de produção na lavoura temporária foram de mandioca (519.911 mil reais), abacaxi (87.291 mil reais) e malva (16.495 mil reais). Na lavoura permanente são produzidos abacate, banana, borracha natural, cacau, café, coco, dendê,  guaraná, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, palmito, pimenta-do-reino, tangerina e urucum
A agropecuária registrou, em 2008, um aumento de 23,7% na composição do PIB do estado, o terceiro maior desempenho entre os estados do país naquele ano. Em relação à indústria madeireira, é produzido carvão vegetal, lenha e madeira em tora. 
Na silvicultura, o estado produz produtos alimentícios como o açaí, castanha-do-pará (também chamada castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia) e umbu, além de látex coagulado e produtos oleaginosos. Há também produção de fibras, como o buriti e piaçava. O estado caracteriza-se com a segunda maior produção de açaí, sendo superado apenas pelo Pará. 
Setor secundário
Responsável por 29,5% do PIB do Amazonas, de acordo com dados IBGE de 2017, o setor secundário destaca-se na Grande Manaus pelo fato da região concentrar boa parte das indústrias presentes no estado. O Polo Industrial de Manaus consolidou-se como o terceiro maior centro industrial do Brasil.  Municípios com grandes indústrias no estado, excluindo-se Manaus, são Itacoatiara, Coari, Iranduba, Manacapuru e Tabatinga, onde originam-se unidades madeireiras e de materiais de construção. 
O setor secundário cresceu gradativamente no Amazonas. A participação relativa do setor industrial no PIB do estado, que era de 14,7 % em 1970, passou para 19,00% em 1975 e 37,2% em 1980, o que fez com que a variação percentual do crescimento real do produto industrial regional tenha alcançado 826,28 % na década de 1970. 
Em sua história recente, o Amazonas possui participação majoritária no produto industrial da Região Norte, detendo 48 % entre os sete estados regionais.
A Zona Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo Industrial de Manaus, é o principal centro industrial da região Norte e um dos maiores do Brasil. Foi implantado pelo regime militar brasileiro com o objetivo de viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promovendo melhor integração produtiva e social dessa região ao país e garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras.  É considerado um dos mais modernos da América Latina e tem como abrangência os estados da Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima) além de dois municípios do estado do Amapá (Macapá e Santana). Segundo dados da SUFRAMA, o faturamento total do Polo Industrial obtido em 2016 foi de R$ 74,7 bilhões. Suas indústrias são voltadas, em geral, para a produção de produtos eletroeletrônicos, plásticos, madeireiros e pólo de duas rodas. 
Seus principais polos industriais são:
Região Metropolitana de Manaus; maior polo de riqueza estadual, concentra a maioria indústrias no Amazonas, onde a capital do estado detém o oitavo maior PIB municipal do Brasil. O faturamento desse polo é em média cerca de US$ 20 bilhões por ano, com exportações superiores a US$ 2,2 bilhões. São mais de 700 fábricas de grande, médio e pequeno porte que fabricam uma grande quantidade da produção brasileira de motocicletas, televisores, monitores para computadores, cinescópios, telefones celulares, aparelhos de som, DVDs players, relógios de pulso, aparelhos de refrigeração, bicicletas, produtos químicos, madeiras, tijolos, bebidas e materiais de construção.
Coari; quarta maior economia do estado, apresenta concentrações de indústrias alimentícias, madeireira e de tijolos.
Parintins; a indústria na cidade é composta basicamente por micro e pequenas nos setores de madeireira, alimentos, gráfica, naval, oleira, química e vestuário.
Setor terciário
O Porto da Hermasa em Itacoatiara recebe toneladas de grãos do Centro-Oeste do país e exporta para o mundo inteiro através do rio Amazonas.
O setor terciário é o mais importante do PIB amazonense, corresponde a metade das atividades econômicas do estado. Em 2017, a participação dos serviços representava 50,2 % do valor total adicionado à economia de todo o estado. 
Segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Amazonas abrigava, em 2009, cerca de 4 530 unidades empresariais.  Aproximadamente 774 357 habitantes exerciam a função de empregados no setor público ou privado, revelado pelo censo de 2010. Destes, 419 804 empregados exerciam atividades profissionais com carteira de trabalho assinada e 259 972 profissionais não possuíam carteira de trabalho assinada. 374 116 habitantes eram autônomos e 94 582 habitantes eram funcionários públicos estatutários ou militares. Destacam-se também, o número de pessoas que trabalhavam na produção para o próprio consumo, cerca de 128 130 pessoas e 33 141 que declararam não receber remuneração por suas atividades profissionais. Na questão salarial, 444 398 pessoas declararam receber até um salário mínimo, 360 494 pessoas declararam receber entre 1 e 2 salários mínimos, 86 546 pessoas declararam receber entre 3 a 5 salários mínimos e 7 928 declararam receber mais de 20 salários mínimos.[ É no estado que se registra a menor porcentagem de trabalhadores que exercem seu trabalho fora de seu município de origem. Apenas 1,4% dos habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua atividade profissional em outro município que não seja o seu domiciliar. O nível de ocupação de pessoas empregadas com mais de 10 anos no estado, foi registrado em 48,5 estando abaixo da média nacional, de 53,3. Dados do Censo brasileiro de 2010 indicaram a existência de 1 466 464 pessoas economicamente ativas no estado, sendo que destas, 1 323 402 exerciam alguma ocupação no período em que ocorreu o censo e 143 058 encontravam-se desocupadas. Em contrapartida, 1 261 576 pessoas declararam não serem economicamente ativas. Entre os habitantes que declararam serem economicamente ativos, o maior número está na faixa etária dos 25 a 29 anos, onde 226 703 habitantes são ativos na economia, em um total de 323 533 que vivem no estado. O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde 87 960 habitantes dos 125 349 que vivem no estado são ativos na economia. É notável ainda, o número de crianças e adolescentes que exercem alguma atividade profissional e movimentam a economia: 43 233 em um total de 400 422 habitantes entre 10 e 14 anos. O número de habitantes com mais de 70 anos que declarou estar em idade ativa na economia também é notório: 16 338 em um total de 88 949 habitantes nesta faixa etária que vivem no estado. Quanto a sua pauta de exportação, é representada principalmente por motocicletas (20,60%), outros preparos comestíveis (20,28%), telefones (13,81%), navalhas e lâminas de barbear (12,46%) e compostos de materiais preciosos (3,83%).
Cultura
A cultura amazonense tem seu referencial em três raízes étnicas bem distintas entre si, sendo essencialmente de base ameríndia e europeia. A Secretaria de Estado da Cultura é o órgão vinculado ao Governo do Estado do Amazonas responsável por atuar no setor de cultura do estado. Tem como secretário Robério Braga.[190] O estado é sede de importantes monumentos e entidades culturais, como a Academia Amazonense de Letras, fundada em 1918, e a Academia de Ciências e Artes do Amazonas. 
A Amazônia é um mundo místico e desconhecido, lar de inúmeras criaturas hostis e — dizem — sobrenaturais. Durante séculos, histórias foram contadas sobre cobras gigantes que habitam o fundo dos rios, animais selvagens que espreitam da escuridão da selva, entidades não humanas que assombram os moradores das aldeias e vilas. Figuras lendárias como Saci, Matinta Pereira, Boiúna, Vira-porco, Mapinguari, Sereias e Muiraquitãs estão presentes no imaginário e nos pesadelos daquelesque vivem embrenhados nesse universo.
ALGUMAS LENDAS AMAZONICAS
Lenda das Amazonas 
As índias Icamiabas, que significa “mulheres sem maridos”, tinham a sua própria tribo, onde não viviam homens.
Uma vez por ano elas recebiam índios numa festa com o objetivo de acasalarem. No ano seguinte, depois de terem dado à luz, entregavam os filhos do sexo masculino aos pais e criavam as meninas, oferecendo aos pais muiraquitãs, um amuleto em forma de sapo.
Navegadores deram o nome de amazonas às índias Icamiabas. Isso porque, desde a Antiguidade, ouviam falar em guerreiras que se recusavam a viver com homens e que usavam o arco e flecha como poucos o faziam. Para tanto, elas tiravam um dos seus seios permitindo manusear de melhor forma o arco e a flecha. A palavra “amazonas” decorre da junção de a-Mazón, que significa “mulher sem seios”.
Ao atravessar o que hoje é conhecido como o rio Amazonas, esses navegadores avistaram mulheres com essas características e lutaram com elas, acreditando que se tratassem das mesmas guerreiras de que já tinham ouvido falar, batizando assim o maior rio do Brasil.
Lenda do Boto 
Segundo a lenda, o boto-cor-de-rosa vive no rio Amazonas, de onde sai durante as festas populares da região.
Ao sair do rio o boto se transforma em um rapaz atraente e bem arranjado que, além de paletó branco, usa um chapéu - acessório que tenta esconder o rosto e, principalmente, o seu nariz comprido, característica que lembra o boto.
Durante as festas, o boto passa a noite toda em forma humana, ocasião em que aproveita para seduzir as moças que acabam por engravidar. Ao amanhecer, se transforma em animal e volta para o rio.
A lenda do boto é usada para justificar a gravidez de mulheres solteiras ou fora do casamento, motivo pelo qual, para se referir a essas crianças, surge o ditado popular “a criança é filho do boto”.
Lenda da Cobra Grande 
Certa vez, uma índia engravidou de uma das espécies de cobra grande existentes na região amazônica e teve um casal de gêmeos, Honorato e Maria. Como os filhos tinham o aspecto de cobras, a mãe lançou as crianças ao rio.
Honorato era bom, enquanto Maria era perversa e fazia mal aos pescadores e aos animais do rio. Assim, para acabar com as atitudes malvadas da irmã, Honorato resolveu matá-la.
Segundo a lenda, Honorato assumia a forma de homem nas noites de lua cheia, altura em que aproveitava para passear pela terra, o seu grande desejo.
Havia uma forma de libertar Honorato da terrível maldição de se transformar em cobra, mas ninguém tinha coragem de fazê-lo, até que um dia um soldado consegue feri-lo na cabeça e colocar leite na sua boca. A partir daí, o encanto foi quebrado e Honorato passou a viver com sua mãe.
Lenda do Uirapuru 
Quaraçá, um índio muito valente e que gostava de tocar flauta, tinha se apaixonado por Anahí, que era a mulher do cacique de uma tribo na região do Amazonas.
Sofrendo com esse amor impossível, o infeliz Quaraçá pede ajuda ao deus Tupã. Comovido com o índio, Tupã resolve transformá-lo em um pássaro, o uirapuru, já que ele gostava tanto de canto e de passear pela floresta na companhia da sua flauta.
E, assim, o índio pôde ficar perto da sua amada, pousando no seu ombro enquanto a índia se encantava com aquele belo pássaro. Acontece que o cacique também ficou encantando com o canto do pássaro e, um dia, tentando prendê-lo, perdeu-se na floresta.
Assim, a amada de Quaraçá ficou sozinha e ele poderia revelar o seu amor, mas para isso era preciso que ele tomasse novamente a forma humana, o que apenas seria possível se a índia descobrisse a identidade do pássaro de que ela gostava tanto.
Lenda da Vitória Régia 
A índia Naiá estava apaixonada por Jaci, o deus da lua. Na tribo, os índios costumavam dizer que Jaci buscava as índias mais belas para namorar e as transformava em estrelas.
Assim, todas as noites Naiá aguardava a chegada de Jaci com o desejo de que ela o conseguisse seduzir. Até que um dia, vendo a lua refletida no rio, Naiá inclina-se para beijá-lo e acaba caindo na água e se afogando.
Comovido com o que tinha acontecido à índia, Jaci resolve homenageá-la, mas em vez de transformá-la em uma estrela como as outras, a transforma em uma vitória-régia.
E daí tem origem a vitória-régia, conhecida como “estrela das águas”, uma planta aquática nativa da Amazônia.
Fontes: 
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/maodeobra_indigena.html
http://lhs.unb.br/atlas/Capitania_de_S%C3%A3o_Jos%C3%A9_do_Rio_Negro
https://idd.org.br/um-breve-historico-da-formacao-do-estado-do-amazonas-i/
https://www.aatt.org/site/index.php?op=Nucleo&id=647
https://www.passeidireto.com/arquivo/54789148/historia-do-amazonas
http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias/efmm/exposicao-fotos-EFMM-3.shtml
https://periodicos.ufpa.br/index.php/amazonica/article/viewArticle/156/229
https://www.todamateria.com.br/lendas-regiao-norte/
EXERCÍCIOS (questões de vestibulares da Universidade Estadual do Amazonas – UEA)
(Vestibular 2003)
1 - Assinale a alternativa que situa corretamente o movimento cabano na crise da Regência. 
(A) Uns começavam a temer a violência crescente e a pobreza das massas, como Clemente Malcher, que pretendeu manter a vinculação ao Império e permanecer no poder indefinidamente. 
(B) Os poderes legislativos dados à situação pela recente alteração constitucional induziram as facções regionais de oposição a se aproveitarem politicamente das indefesas massas populares, como na Cabanagem. 
(C) No movimento cabano, alguns, como o Cônego Batista Campos, esperavam fazer a maioria na Assembléia Legislativa Provincial recém-criada, para obter as reformas que defendiam. 
(D) A instabilidade econômica, social e política da Amazônia nos anos posteriores à independência originava-se do agravamento da subordinação da elite local aos interesses britânicos desde o Ato Adicional de 1831. 
(E) O movimento cabano, apesar de abolicionista, foi a continuação da guerra de independência, também reprimida por esquadra britânica.
Alternativa C
Resposta comentada: a Cabanagem foi um movimento revolucionário com características populares. A revolta foi uma tentativa de modificar sua situação miserável e de injustiça social. 
(vestibular 2004)
2 – Desde as suas origens, pode-se distinguir no tenentismo duas correntes distinta, do ponto de vista ideológico: a política e a social.
No Amazonas, os rebeldes criaram o Tributo de Redenção e sustentaram-se no poder por 30 dias.
Assinale a alternativa correta sobre a Comuna de Manaus.
(A) A liderança comunista de Luís Carlos Prestes é marcante no movimento tenentista do Amazonas, pelo radicalismo socializante e antiimperialista da Comuna de Manaus. 
 (B) Do Amazonas ao Rio Grande do Sul, o tenentismo não apresentou o esperado reformismo social e político, mas a dominância do pensamento romântico e pequeno-burguês, identificando ação individual e situação histórica. 
 (C) Em São Paulo, sobressaía o reformismo político; no Sul, o social; mas, no Norte, a criação do Tributo de Redenção restaura a tradição católica nas lutas sociais iniciadas, na década de 1830, pelo Cônego Batista de Campos. 
 (D) A Comuna de Manaus buscou realizar, na prática, medidas sociais de socorro aos pobres, combate a especuladores de alimentos, disciplina dos interesses estrangeiros e promoção de justiça social. 
(E) A ausência de reformismo político e de dissensões, como as que dividiam o exército no Sudeste, fez surgir o radicalismo socialista no tenentismo amazonense em 1924.
Alternativa D
Resposta comentada:
(vestibular 2005)
3 - Embora aprovado por unanimidade na Câmara de Deputados, em 1912, o Plano de Defesa da Borracha não foi executado: foi combatido pelo senador paulista Francisco Glicério, que alegava despesas muito altas, enquanto o deputado amazonense Luciano Pereira protestava, denunciando que a União “tem sido mãe para o Sul, mas madrasta para o Norte”. 
Assinale a alternativa que explica as circunstâncias do abandono do Plano de Defesa da Borracha, em 1912. 
(A) As circunstâncias políticas daquele período comprometiam

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