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1 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E ÉTICA PROFISSIONAL 2 Sumário INTRODUÇÃO A RELAÇÃO INTERPESSOAL E ÉTICA PROFISSIONAL .... 4 HUMANIZAÇÃO .............................................................................................. 5 ÉTICA .............................................................................................................. 7 MORAL .......................................................................................................... 10 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL ......................................................... 11 ....................................................................................................................... 13 ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................................. 13 RELAÇÃO OBJETIVO/SUBJETIVO .............................................................. 15 O SISTEMA DE SAÚDE ATUAL E A ÉTICA PROFISSIONAL ...................... 19 O CONTEXTO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS .................................... 21 UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO INOVADORA ........................................ 22 A FORMAÇÃO ÉTICA E PROFISSIONAL NA REALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE ................................................................................................ 24 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 28 3 FACUMINAS A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 INTRODUÇÃO A RELAÇÃO INTERPESSOAL E ÉTICA PROFISSIONAL Neste contexto será abordado a importância da Relação Interpessoal e da Ética Profissional, conceito de ética e moral, o que diz respeito a ética profissional, que momento inicial a ética profissional, o quão importante a ética é fundamental para a convivência no ambiente de trabalho, deve-se ser ético com o seu colega de profissão e no cargo que você ocupa dentro da empresa, para o Gestor em Saúde Pública é imprescindível a ética no ambiente de trabalho, seja na gestão de um grande hospital onde é responsável por vários setores e pessoas, seja em uma UBS (Unidade Básica de Saúde), onde o Gestor é fundamental. 5 Tem-se falado em humanização no ambiente de trabalho. Mas o que é humanização e para que serve? Humanizar significa respeitar o trabalhador enquanto pessoa, enquanto ser humano. Significa valorizá-lo em razão da dignidade que lhe é intrínseca. Isso apresenta vários desdobramentos. Por exemplo, o relacionamento interpessoal –necessidade social, conforme MASLOW (2000), ou fator higiênico, segundo a teoria herzbergiana – deve se pautar pelo diálogo, sem o qual as relações entre os indivíduos resvala para conflitos vários. A dignidade jamais deve ser esquecida ou colocada em segundo plano. A prática da humanização deve ser observada ininterruptamente. O comportamento ético deve ser o princípio de vida da organização, uma vez que ser ético é preocupar-se com a felicidade pessoal e coletiva Numa sociedade em que, em geral, valores éticomorais são vilipendiados, é urgente a necessidade de se humanizarem as organizações. Estas não devem perder de vista a razão maior graças à qual se dá a sua criação: a promoção humana em todos e quaisquer aspectos (não somente os econômicofinanceiros e tecno-científicos), até mesmo, e principalmente, sob a ótica coletiva. HUMANIZAÇÃO O desenvolvimento científico-tecnológico tem levado muitas organizações a buscar de forma desenfreada o lucro econômico-financeiro à custa da necessária valorização real do homem, notadamente dos indivíduos que nelas trabalham. Paradoxalmente, até mesmo organizações cujo lucro visado não é econômico- financeiro resvalam para isso. A cultura predominante nessas instituições caracteriza- se por considerar as pessoas meros recursos que devem contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais. Relegam a abordagem sistêmica, que estuda o homem como uma totalidade e não apenas como profissional cuja vida deveria se restringir ao ambiente de trabalho. O relacionamento interpessoal saudável, por exemplo, às vezes não encontra guarida no âmbito organizacional, gerando os mais diversos conflitos e, portanto, 6 “desumanizando” as organizações. A desconsideração dos valores humanos e da ética também são exemplos de realidades “desumanizadoras”. ROMÃO (2002) registra: Mas, o pior de tudo isso [o autor faz referência à reengenharia, à terceirização e à globalização como modismos, dentre outros que ele relaciona] foi o fruto gerado: a desvalorização do ser humano, que participou desses processos, tentando ajudar sua empresa, e hoje é descartado, como se somente números pudessem indicar lucros, e ótimos resultados fossem o melhor diagnóstico de um negócio. Hoje temos que nos preparar para viver a era emocional, onde a empresa tem de mostrar ao colaborador que ele é necessário como profissional, e antes de qualquer coisa que é um ser humano com capacidades que agregadas à produção da empresa, formarão uma equipe coesa em que o maior beneficiado será ele mesmo com melhoria em sua qualidade de vida, relacionamentos com os pares e, principalmente, o cliente que sentirá isso quando adquirir o produto ou serviço da empresa gerando a fidelização que tanto se busca. O melhor negócio de uma organização ainda se chama gente, e ver gente integrada na organização como matéria-prima principal também é lucro, além de ser um fator primordial na geração de resultados. MORGAN (1996: 142) diz que “a natureza verdadeiramente humana das organizações é a necessidade de construí-la em função das pessoas e não das técnicas”. O PAPA JOÃO PAULO II apud MASLOW (2000: 61) assevera que: O propósito da empresa não é simplesmente lucrar, mas ser vista em sua base como uma comunidade de pessoas que, de várias formas, estão se esforçando para satisfazer suas necessidades básicas e que formam um grupo particular no serviço de toda a sociedade. O lucro é um regulador da vida de um negócio, mas não é o único regulador; outros fatores, humanos e morais, também devem ser considerados, pois, a longo prazo, serão igualmente importantes para a vida do negócio. A empresa humanizada, consoante VERGARA e BRANCO (2001: 20), é: [...] aquela que [...] agrega outros valores que não somente a maximização do retorno para os acionistas. Nesse sentido, são mencionadas empresas que, no âmbito interno, promovem a melhoria na qualidade de vida e de trabalho, visando à construção de relações mais democráticas e justas, mitigam as desigualdades e diferenças de raça, sexo ou credo [e não apenas em tais aspectos], além de contribuírem para o desenvolvimento e 7 crescimento das pessoas. Discutir a humanização no ambiente de trabalhoé impostergável, e a efetiva vivência num ambiente organizacional cujos valores maiores incluam a humanização trará grandes benefícios para os indivíduos, as organizações e a sociedade em geral. ÉTICA A abordagem sobre o tema da ética será voltada para uma conceituação aplicada à prática, contudo, acredito que é importante que saibamos um pouco sobre os antecedentes filosóficos que serviram de base para a construção do conceito que muitos autores utilizam atualmente. Sá (2009) em sua obra ensina que ética deve ser compreendida como “a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes”. Observe este primeiro conceito que se trata de um estudo científico, ou seja, embasado em normas e o devido rigor. Ainda analisando este conceito, você vê que a ética relaciona a conduta de uma pessoa à sua relação com outra pessoa. Podendo lembrar daquela frase que todos conhecemos: “a liberdade de uma pessoa termina quando começa a liberdade do outro”. Existe um limite para nosso convívio, existem regras que impomos e que desejamos que sejam respeitadas. (ARANTES, 2013) É bom sabermos que ética se trata de um termo trazido pelos trabalhos de Pitágoras no século VI a.C., ou seja, há mais de 2.600 anos atrás! Também Aristóteles, no século IV a.C., há mais de 2.400 anos, falou sobre a ética em sua obra “Ética a Nicômaco”. Figura 1: Relacionamento Interpessoal Fonte:https://blog.softwarerh.com.br/relacionamento-interpessoal/ 8 Então podemos dizer que a Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. (GLOCK, 2003) E o estudo da ética conforme ensina Srour (2003) está vinculado “aos códigos e normas que regulam as relações e condutas entre os agentes sociais, os discursos das normas que identificam, em coletividade, o que é certo ou errado fazer”. Observe que neste conceito, temos presentes alguns componentes importantes para a compreensão da ética. São eles: as normas reguladoras; a distinção da ética segundo o grupo social; a escolha entre o certo e o errado. Ao normatizar a convivência entre os indivíduos, a ética examina a moral. Evidencia-se a necessidade de serem observados pelas organizações os atuais anseios da sociedade por uma atuação ética. Tal necessidade requer a conscientização de todos sobre a importância da ética na atualidade. Assim, o tema “ética” faz-se imprescindível na pauta das discussões, porque, dentre as necessidades do homem contemporâneo, a necessidade ética desponta como uma das mais prementes. Figura 3: Aristóteles Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fil osofia/aristoteles.htm Figura 2: Pitágoras Fonte: https://www.escolasanti.com.br/pitag oras-e-os-pitagoricos/ 9 A intrincada teia de relacionamentos integra a vida do ser humano, tornando inafastável a necessidade da discussão sobre ética, porque “A dimensão ética começa quando entra em cena o outro. Toda lei, moral ou jurídica, regula relações interpessoais, inclusive aquelas com um Outro que a impõe.” (ECO, 2002: 9). Consoante ZOBOLI (2002: 8): “[...] uma vez que a empresa, enquanto uma organização social, deve dar conta de funções que a sociedade dela espera e exige assumindo suas responsabilidades neste âmbito, ela está obrigada a tomar decisões com implicações éticas”. Daí ser possível afirmar que “a empresa que busca somente os resultados ou as vantagens imediatas é suicida, a responsabilidade a largo prazo é uma necessidade de sobrevivência e neste aspecto a ética constitui um fator importante para os ganhos. Por si só, a ética não é condição para um bom negócio, mas o propicia.” (ZOBOLI, 2002: 8) A sociedade atual exige das empresas um comportamento ético – a esse propósito cita-se a conscientização dos consumidores sobre a necessidade de defesa de seus direitos. CARAVANTES (2002: 71) afirma: [...] a economia de mercado e o sistema econômico em que vivemos como que alijaram valores fundamentais ao convívio social: o bom cedeu lugar ao útil; o correto, ao funcional; o futuro, ao imediatismo; e o social, ao individualismo exacerbado. Nesse contexto, há uma verdadeira inversão valorativa [...]. Antes que alguma mudança venha a ocorrer, há que se repensar valores e atitudes hoje prevalentes, permitindo que o útil venha a se subordinar ao bom; a especulação desenfreada ao trabalho honesto e sério; o personalismo ao social; a racionalidade funcional à substantiva. Destaca-se a Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresa CE/UNIAPAC BRASIL, da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa do Brasil, cujos seguintes princípios, entre outros, merecem ser transcritos: “ Embora o desejo de lucro permaneça o estímulo da atividade econômica, o dirigente de empresa não tem direito de sobrepô-lo ao dever de servir a sociedade a que pertence. [...] 33 - O homem é o centro da vida econômica; negligenciá-lo será ofender a dignidade humana e votar a empresa ao malogro. [...] 34 - Tal como as técnicas nela utilizadas estão ordenadas aos fins da empresa, assim os fins da empresa estão subordinados ao homem”. 10 (ASSOCIAÇÃO DE DIRIGENTES CRISTÃOS DE EMPRESA DO BRASIL, 2002). MORAL É comum se dizer que ética e moral são a mesma coisa. Na verdade, são conceitos diferentes, conforme veremos a seguir. Enquanto a ética diz respeito à disciplina teórica e à sistematização por meio de regras a serem seguidas e que estabelecem o que é bom para a coletividade, já a moral direciona a prática cotidiana. O senso comum ainda apresenta alguma confusão entre o que é ética e o que é moral. (ARANTES, 2013) A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum, moral diz respeito ao indivíduo inserido no contexto social e que os padrões éticos estabelecem a norma a ser seguida pelas pessoas na busca pelo convívio para o bem. (GLOCK, 2003). 11 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL O relacionamento interpessoal –necessidade social, conforme MASLOW (2000), deve ser pautado pelo diálogo, sem o qual as relações entre os indivíduos resvalam para conflitos vários. Jamais deve-se esquecer a dignidade ou coloca-la em segundo plano. A prática da humanização deve ser observada em todo momento. O comportamento ético deve ser o princípio de vida da organização, uma vez que ser ético é preocupar-se com a felicidade própria e todos a sua volta. (COSTA, 2004) Figura 4: ÉTICA x MORAL Fonte: https://versarpedagogia.blogspot.com/2018/ 02/reflexao-etica-x-moral.html 12 Um dos primeiros pesquisadores das Relações interpessoais foi o psicólogo Kurt Lewin. MAILHIOT (1976), ao citar uma das pesquisas realizadas por esse psicólogo, afirma que ele chegou à constatação de que “A produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente relacionadas não somente com a competência de seus membros, mas sobretudo com a solidariedade de suas relações interpessoais”. Schutz, um outro psicólogo, trata de uma teoria das necessidades interpessoais: necessidade de ser aceito pelo grupo, necessidade de responsabilizar- se pela existência e manutenção do grupo, necessidade de ser valorizado pelo grupo. Tais necessidades formam a tríade de que fala MAILHIOT (1976), quando este faz referência aos estudos de Schutz: necessidades de inclusão, controle e afeição, respectivamente. (COSTA, 2004) Ao escrever acerca da humanização no ambiente de trabalho, COSTA (2002) aponta as relações interpessoais como um dos elementos que contribuem para a formação do relacionamento real naorganização: É mister observar a operação real da organização, aqui incluídas as relações interpessoais, que constituem a sua seiva vital. Os elementos formais (estrutura administrativa) e informais (relacionamento humano, que emerge das experiências do dia-a-dia) integram-se para produzir o padrão real de relacionamento humano na organização: como o trabalho é verdadeiramente executado e quais as regras comportamentais implícitas que governam os contatos entre as pessoas – esta é a estrutura de contatos e comunicações humanas a partir da qual os problemas de política de pessoal e de tomada de decisões podem ser compreendidos e tratados pelos administradore. Os autores concordam veementemente em reconhecer a grande importância do tema “relações interpessoais” tanto para os indivíduos quanto para as organizações, relativamente à produtividade, qualidade de vida no trabalho e efeito sistêmico. 13 ÉTICA PROFISSIONAL A ética profissional inicia muito antes do profissional entrar no mercado de trabalho, ela começa na fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser permeado por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu. A partir do momento que você escolheu determinada profissão você tem o dever de cumprir o código de ética imposto por essa área escolhida, o código de ética da empresa que você for trabalhar e o código de ética do conselho que venha regulamentar a sua profissão, por isso o profissional deve sempre estar antenado e Figura 5: Pilares do Relacionamento Interpessoal Fonte:https://expertisegp.com.br/blog/5-pilares-da-relacao- interpessoal/ 14 bem informado do seu código de ética, para que o mesmo possa em momento oportuno agir legitima e imparcialmente nas decisões venha a tomar. Figura 6: Bases da ética Profissional Fonte: http://professorvila ni.blogspot.com/2 012/02/etica-e- compromisso- profissional.html 15 RELAÇÃO OBJETIVO/SUBJETIVO Sem pretensões de criar uma periodização ou uma taxonomia, é possível verificar que a relação objetivo/subjetivo no campo da saúde pública sofreu alterações ao longo do tempo, podendo ser identificados pelo menos três padrões principais que, em linhas gerais, se sucederam cronologicamente, mas que até hoje convivem. O primeiro corresponde à saúde pública tradicional, constituída à imagem e semelhança da tecno-ciência e do modelo biomédico. O segundo resulta da influência do pensamento social, principalmente em sua vertente estruturalista histórica, sobre o pensamento biomédico, constituindo propriamente o campo da saúde coletiva. O terceiro representa o esforço das ciências sociais em disputar com as ciências naturais a primazia do conhecimento sobre o objeto saúde. 16 A saúde pública moderna, hoje considerada tradicional, nasce sob a égide do pensamento positivo, lidando com a "objetividade" dos modelos de explicação do processo saúde-doença. Desde a medicina social anglo-saxônica, em luta contra os miasmas, até a saúde pública francesa pasteuriana, às voltas com os micróbios, as práticas sanitárias fundaram-se na objetividade do saber científico. No início deste século, sob a inspiração da obsessão anti-microbiana, políticas e práticas de saúde pública disseminaram-se através do paradigma "campanhista" de organização sanitária. Sob a lógica do modelo biológico/ecológico que estabelecia nexos causais na cadeia agente/hospedeiro/meio, tratava-se de implementar políticas e ações voltadas para a interrupção do ciclo material de transmissão, agindo sobre qualquer um de seus estágios, inclusive o homem, seja como doente, seja como hospedeiro. O homem era o objeto de uma ação sanitária que não tinha sujeitos, mas agentes técnicos portadores de um conhecimento técnico positivo, tornado norma sanitária a ser seguida por todos. Soberana na sua positividade e na sua autoridade técnica, a saúde pública submetia tudo e todos às suas prescrições. É curioso observar que neste paradigma de organização sanitária a saúde pública terminou tendo de lidar com subjetividades de oposição, explicitadas na resistência popular às medidas sanitárias compulsórias, como as vacinas, borrifações etc. O segundo padrão, o da saúde coletiva, representa o primeiro momento de incorporação do social aos cânones do pensamento sanitário, o que ocorreu a partir dos anos 60. Primeiro como "variável" influente na distribuição de riscos e agravos entre as pessoas, depois incorporando-se ao modelo de explicação do processo saúde-enfermidade. É quando se desnaturaliza o conceito de "história natural das doenças", introduzindo-se o social como poderoso diferencial de riscos sanitários, associando-os à fragilidade e aos riscos sociais. No plano das práticas, é dessa época e com base nessa concepção mais complexa do processo saúde-enfermidade, que a saúde pública, rebatizada como saúde coletiva, consagra sua inserção definitiva no plano das políticas sociais. Aproxima-se das ideias de cidadania e de democracia, consolidando seus compromissos com a 17 universalidade e a equidade, e ganha em dimensão política, incorporando a sen arsenal de práticas terapêuticas a ação social ou política. No que diz respeito à questão objetivo/ subjetivo, a entrada do social, a despeito de enriquecer o modelo explicativo, altera pouco sua positividade, já que a realidade, embora constituída e conformada com a interveniência do social, uma vez estabelecida, permanece como um molde objetivo, em um modelo onde as pessoas e coletividades estariam submetidas a riscos externos a elas. Ou seja, no que diz respeito à gênese das doenças, as realidades permaneciam, embora socialmente determinadas, redutíveis à objetividade de fatores de risco à saúde. A subjetividade, neste modelo, é assumida ao nível dos sujeitos que se constituem na ação social dirigida a remover ou neutralizar os fatores sociais geradores do fato sanitário "objetivo". É conhecido aqui o predomínio da tradição marxista ou estruturalista histórica, cuja vertente italiana cunhou a noção de "consciência sanitária", para designar a apropriação do conhecimento técnico acerca da história "social" da doenças e da seletividade social dos riscos sanitários, como requisito para a constituição de sujeitos sociais e políticos e, portanto, de agentes de transformação. A subjetividade aqui admitida é aquela que brota da necessidade coletiva e que se organiza em sujeitos coletivos — no Estado, no partido, nas organizações classistas e comunitárias — portadores de projetos políticos de intervenção/interação nas estruturas que moldam socialmente as realidades sanitárias. Essa matriz de pensamento social, filiada ás correntes estruturalistas e deterministas, estaria referida á vertente das ciências sociais "mais diretamente vinculada à epistemologia e à metodologia positivistas das ciências naturais", segundo a classificação proposta por Santos (1994). A outra vertente, segundo o autor, "de vocação anti-positivista, caldeada numa tradição filosófica complexa, fenomenológica, interacionista, mito-simbólica, hermenêutica, existencialista, pragmática", teria desempenhado um papel matricial na marca pós-moderna do paradigma emergente, aportando, só posteriormente, sua 18 contribuição ao campo sanitário, quando então fixa o já mencionado terceiro padrão de relação objetivo/ subjetivo. Situam-se, neste terceiro padrão, as críticas aos efeitos mórbidos da modernidade e da medicina tecnológica feita já desde os anos 60. Denunciando a morbidade autoprovocada pela sociedadehumana através da tecnociência, os assim denominados "movimentos contraculturais" de então atribuíam esses efeitos a um excesso de intervenção humana no natural, a uma espécie de excesso de ciência. Illich (1975) foi um dos expoentes do movimento de denúncia da iatrogenia do modelo biomédico, chegando a cunhar o conceito de "contra-produtividade social", para designar o fenômeno de que "quanto mais ação medicalizada pela saúde, menos saúde". Analogamente aos movimentos operários que se voltaram contra as máquinas para resistir à tecnificação do trabalho, tal postura termina por reificar a ciência e reduzi-la a seus efeitos indesejáveis, num certo "naturismo" que implica em abrir mão da autoria humana da ciência. Embora expressiva de um estado de espírito próprio de toda uma época e testemunha da perda progressiva de prestígio da ciência como caminho retilíneo e irreversível para o progresso, tal corrente não logrou um porte conceitual suficiente para se firmar. Permaneceu marginal, às vezes folclórica, alimentando um discurso extremado e defensivo em relação à ciência como instrumento da competência humana de reformar a vida. Entretanto, em relação ao padrão anterior, representa um avanço, ao criticar a essência do modelo biomédico e suas conexões com o complexo urbano-industrial. Ou seja, ataca a tecno-ciência, não porque seus frutos seriam socialmente mal distribuídos ou inacessíveis, mas por serem ineficazes, enganadores e morbogênicos. O seu amadurecimento leva ao aparecimento do "construcionismo", corrente da antropologia social que se desenvolve no campo da saúde e da medicina, e expressa o descontentamento e a decepção com as prerrogativas de objetividade e de universalidade reivindicadas pelo pensamento científico e, assim, pelo modelo sanitário biomédico. Aparece assim como "guardiã de um tesouro de saberes 19 desprezado ou destruído por uma modernidade arrogante que se julgava detentora da verdade" (Carrara, 1994). Aqui, a subjetividade é francamente dominante. A doença é destituída de objetividade e reduzida a mera invenção social, mera ideologia. Procura "mostrar de que maneira a medicina se origina do social e produz o social" (Herzlich apudCarrara, 1994). Declara que a medicina "não realiza a decodificação do orgânico ou da doença, mas sim a sua construção a partir de categorias cognitivas socialmente dadas que manipula". O SISTEMA DE SAÚDE ATUAL E A ÉTICA PROFISSIONAL 20 Inúmeras mudanças sociais, éticas, econômicas e políticas vêm sendo observadas em âmbito mundial, que, de forma incisiva, têm atingido os sistemas de saúde. Gerou-se, então, um enorme desafio na condução destes, tanto para os responsáveis envolvidos com o planejamento e a atenção em saúde, como para os órgãos formadores de recursos humanos para o setor da saúde. O acesso à saúde de qualidade não é um direito real da maioria dos brasileiros e este acesso não depende somente de uma transformação das condições de vida, mas também de mudanças no modelo de atenção à saúde a fim de se assumir uma concepção ampla da mesma, cerceada de preceitos éticos e morais que transformem a qualidade dos serviços de saúde. Entre outros problemas na saúde, está a questão dos recursos humanos nesta área, sendo que há muitas críticas na formação de seus profissionais, algumas delas relacionadas às atitudes éticas ou às relações profissionais. Vive-se um esgotamento do modelo tradicional de sua formação e esta não está sendo adequada às necessidades atuais. Para tanto, são necessárias estratégias que sensibilizem e mobilizem todos que precisam se envolver na construção de mudanças, a fim de se atingir a reflexão crítica das relações em saúde. E, neste contexto de mudanças, é inerente formar profissionais com perfil social e ético capaz de aprender a aprender, trabalhar em equipe, comunicar-se, relacionar-se com o outro e ter percepções ágeis de ações. Assim, os órgãos formadores têm uma enorme responsabilidade na profissionalização, para que esta seja condizente com soluções aos novos paradigmas sociais, éticos e econômicos que surgem no processo de construção do sistema de saúde. Necessita-se, então, de uma formação diferenciada da que ocorre atualmente. 21 O CONTEXTO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Acerca das relações humanas, estas se dão cada vez mais no âmbito da razão instrumental, uma razão de domínio, despótica, tornando o homem insensível à realidade, que só conhece o que faz, deseja uma realidade de certezas e segurança, e que não deixa nada à “improvisação da natureza”. Para o autor, a plenitude da relação, entretanto, é alcançada quando se tem um caráter recíproco dos homens, em que se abrem âmbitos de correlação que potencializem as duas pessoas em uma relação que o homem manifesta-se em sua plenitude, com reciprocidade e mútua responsabilidade para com o outro, produzindo e manifestando o conhecimento do próprio ser, da própria condição pessoal, do crescimento de humanidade. Contudo, com o desenvolvimento tecnológico na saúde, com a descoberta de medicamentos e o uso de aparelhagens modernas, surgiram novos valores no campo das relações interpessoais. Afloraram-se novos conhecimentos científicos e colocaram-se em questão conflitos nunca antes gerados. Tornaram-se necessárias, 22 assim, reflexões éticas sobre o impacto que os avanços tecnológicos propiciaram nas relações dos seres humanos. E sobre o comportamento ético que se estabeleceu nas relações interpessoais, visam-se reflexões acerca dos valores impressos nas relações humanas, repletas de valores e anti-valores que se chocam a partir de então. Desta forma a Famema pretende, em seu currículo inovador, proporcionar a seus estudantes de medicina, o desenvolvimento de suas relações interpessoais acopladas ao desenvolvimento de atitudes e reflexões éticas na sua formação. UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO INOVADORA Na Famema, a Unidade de Prática Profissional (UPP) passou, a partir de 2003, a contribuir para a formação diferenciada do profissional de saúde, estabelecendo, 23 para tanto, desempenhos e atitudes de acordo com o profissional de saúde que a sociedade necessita. Nesta formação, o estudante é motivado a se comunicar claramente e a desenvolver capacidades para um adequado trabalho em equipe, de modo a satisfazer as necessidades de saúde de pacientes, famílias, da comunidade. Participa da exploração de problemas e situações, em que traz consigo capacidades prévias (conhecimento, valores, representações e experiências), para a construção de objetivos de aprendizagem e sua formação ético-profissional. Busca, então, informações e faz a análise crítica, discussão, articulação, integração e aplicação destas em sua formação profissional. Dessa forma, surge o currículo inovador em que a aprendizagem é individualizada e tem como objetivo estimular o estudante a desenvolver a capacidade de aprender a aprender na realidade na qual se insere. Com isso, coloca-se em prática a pedagogia crítica, em que se incorpora a experiência do acadêmico ao currículo, e o entendimento e resolução das contradições sociais e éticas que se vive E, nesta perspectiva, a UPP objetiva no plano curricular da Famema enfrentar esses desafios da formação dos profissionais de saúde, utilizandose, para tanto, cenários de prática - aprendizagem diversificada e condizente com as situações reais vivenciadas pela comunidade mariliense, utilizando-se, para tanto, a situação serviço - Unidade de Saúde da Família (USF). Portanto, a UPP propicia, na formação dos estudantes de medicina já na primeira série da Famema, a instrumentação necessária para a integralidade de sua aprendizagem. Nesta unidade educacional, há interdisciplinaridade quando estes trabalham juntos e com uma equipe de USF - estudantes de enfermagem,agentes comunitários, médico e enfermeiro do serviço e ou docentes médicos e enfermeiros, dentista, assistente social, psicóloga, auxiliares de enfermagem - na resolução de problemas e necessidades de saúde da comunidade abrangente da área da USF. Elaboram planos de ação conjuntos, o que propicia pesquisa-ação e diálogo de saberes com os diversos sujeitos - tutores, consultores, profissionais de saúde, colegas -, vivenciam situações reais dos princípios éticos e morais, abordam 24 diferenças históricas, culturais e sociais na construção da integralidade da atenção à saúde. A FORMAÇÃO ÉTICA E PROFISSIONAL NA REALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE Nesta categoria, os estudantes de ambas as séries do curso de medicina demonstram a importância que o cuidado à saúde da comunidade, na ABS, traz para uma construção de postura profissional diferenciada, notadamente na formação de profissionais que saibam respeitar a cultura das pessoas, seus costumes e valores, e que se empenhem na melhora na qualidade de vida da comunidade, estabelecendo, para tanto, vínculos de forma ética e respeitosa. Elliot Turiel, que propõe a teoria dos domínios de conhecimento social, construídos como estruturas sociocognitivas que se organizam, destaca-se nesta categoria ao elucidar a importância dos seres humanos organizarem e desenvolverem seus conhecimentos a partir de suas interações sociais com a comunidade. Esta 25 importância é expressa em uma perspectiva construtivista complexa e não-linear, na qual os estudantes constroem o conhecimento moral e social através do envolvimento com o ambiente e a cultura de seus pacientes, sem é claro desconsiderarem suas prerrogativas pessoais de moral. “É um desafio lidar com essas questões, como a cultura e a vida das pessoas, suas vivências. Temos que tentar melhorar a qualidade de vida das pessoas, esse que é o desafio”. (E2M1) Os pacientes da minha área eles são bastante carentes. Se preocupam se não vamos lá, gostam da preocupação que temos com a saúde deles. (E2M2) Destaca- se neste momento um processo de sintonia com a teoria piagetiana, de sólida base cognitivista e interacionista, em que se amplia a discussão do desenvolvimento moral no ensino da ética na formação médica, agora não mais como conteúdo a ser “depositado” no conhecimento estudantil, mas como uma formação ética e profissional construída cognitivamente através de interações com os pacientes em suas distintas dimensões, que oportunizam a aquisição de novos referenciais e conceitos. Há, então, um equilíbrio progressivo, no qual o estudante, ao lidar com as diversas situações, tenta compreendê-las, dentro de uma passagem constante do estado de equilíbrio para o de desequilíbrio, mas que resulta num equilíbrio superior e que contribui para a eficiência de uma ação no ambiente social. Para Piaget, o contexto social constrói o conhecimento e o juízo moral, e estar junto às pessoas interagindo com as mesmas exige organização cognitiva de si e do mundo, movendo o sujeito em sua evolução, e nesta inclui-se sua formação profissional. Para tanto, estes estudantes se colocam na condição alheia das outras pessoas, aprendendo a valorizar cada situação pessoal, a fim de estabelecerem melhor a relação médico-paciente em seu aprendizado profissional. Observa-se que os estudantes demonstram grandes respeito à pessoa humana, aprofundando suas relações com o outro, ouvindo-o para tentar entender suas razões. Aprendem a escutar seu paciente sem transferir expectativas e ansiedades, e esta escuta não significa necessariamente realizar o pedido que lhe está sendo feito, mas exercitam o compartilhamento da angústia de seu paciente na impossibilidade da realização de 26 determinados pedidos, aliviando sofrimentos e dividindo impotências, que é diferente de abandonar o paciente à própria sorte. “O mais importante desse primeiro contato com a população foi me colocar um pouco no lugar dos pacientes. E isso ajuda-nos a entender como são as outras pessoas do nosso mundo e aprender com o paciente a se colocar no lugar dele.” (E1M1) Os estudantes, na construção de suas posturas ética e profissional, dentro da UPP, optam por respeitar a dignidade humana, não passando por cima de toda experiência de vida e formação de uma história pessoal, entendendo e compreendendo o outro sem impor seus valores, diferentemente do que fazem os profissionais que sozinhos decidem a “melhor” conduta a se tomar para o paciente, justificada em seu conhecimento científico e na sua autoridade moral. O mais importante é chegar e conversar com o paciente, procurando ser ético, sabendo se colocar no lugar do outro. Em primeiro lugar, você esta precisando dele porque se ele não se dispuser a te ajudar, você não vai aprender. Ele está fazendo um favor para gente e não a gente está fazendo um favor para ele. E sempre procurar respeitar o paciente, sua cultura. Porque às vezes é um choque de costumes e conhecimentos, tem que respeitar suas vontades. (E3M1) Demonstram, então, maturidade ao lidarem com informações dos pacientes, assim como atitudes profissionais condizentes com o que se espera de futuros profissionais médicos que serão. Com isso, coloca-se em prática a pedagogia crítica, em que se incorpora a experiência do acadêmico ao currículo, e o entendimento e resolução das contradições sociais e éticas que se vive. Entretanto Esta estratégia educacional mobiliza a construção de mudanças, notadamente ao se pretender atingir a reflexão crítica e ética das relações em saúde, trazendo para a formação a capacidade de aprender a aprender, trabalhar em equipe, comunicar-se, relacionar-se com o outro e construir uma prática ética e reflexiva nas relações com o outro. Uma realidade se forma então, crítica e inovadora dos sujeitos, em que se pretende uma nova forma de estar e viver a formação médica, 27 confrontando valores e explorando problemas e situações na construção de uma notável formação profissional. Portanto, é primordial a inserção em cenários de práticas, como o da Atenção Básica em Saúde, desde o início do curso médico, para se construir saberes condizentes com as reais necessidades de saúde da população. Tem-se, então, como desafio, incentivar novas experiências, como a da Famema, e a constante (re)construção da UPP, a fim de torná-la ainda mais responsável por processos de mudanças sociais, culturais e educacionais na formação dos profissionais médicos. O ensino da ética nos cursos de medicina, ainda hoje, caracteriza-se quase que exclusivamente pela abordagem deontológica. Esse enfoque dos direitos e deveres profissionais gerou o modelo norte-americano de medicina defensiva, que ameaça instalar-se entre nós. O caminho da ética passa a ser pavimentado por leis e os médicos, orientados por advogados. Há que se buscar novos modelos de ensino, pois a sociedade assim o pede. A rígida deontologia calcada nos antigos mandamentos hipocráticos encontra-se exaurida. A modernidade desconstruiu o médico semideus e o quer humano, sensível e não mais um pai autoritário e despótico. Logo, a Famema, através da UPP, propõe formar médicos que tenham a preocupação com a promoção de qualidade de vida dos pacientes, o respeito à autonomia destes pacientes, a construção de posturas éticas adequadas em seu processo de ensino-aprendizagem; afinal, o estudante passa a vivenciar as relações do dia a dia com as quais conviverá futuramente em sua profissão. 28 BIBLIOGRAFIA ARANTES, E. Ética e relações interpessoais. Rede e-tec Brasil, Instituto Federal Paraná, 2013. COSTA, W. S. Resgate da humanização no ambiente de trabalho. 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