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TRABALHO nº 3 - Sociedade simples e empresária

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – SOCIEDADE SIMPLES
1. O que diferencia uma sociedade simples de uma sociedade empresarial? RESPOSTA: 
A sociedade simples é uma sociedade entre duas ou mais pessoas, que tem como objetivo a prestação de serviços por meio de seus sócios. Neste tipo de parceria, os sócios exercem a suas profissões ou prestam serviços de natureza pessoal.
A atividade desenvolvida pelos sócios deve estar diretamente ligada com a atividade desenvolvida pela sociedade.
Podemos citar como exemplo, a parceria entre médicos, nutricionistas, dentistas, advogados, pesquisadores e escritores, entre outros profissionais, que formam uma sociedade para oferecer serviços alinhados com as suas atividades pessoais.
No tocante às sociedades empresárias, estas tem como objetivo a atividade econômica organizada para a produção e/ou circulação de bens ou de serviços. Ou seja, a atividade empresarial está diretamente relacionada aos meios de produção de produtos ou serviços.
Mas o que significa “atividade econômica organizada”? Esse termo refere-se ao ao fato de que o produto ou serviço que resulta desta sociedade é produzido pela empresa e não diretamente pelos seus sócios.
As sociedades empresárias são registradas na Junta Comercial. Já quando predomina a atividade pessoal dos sócios, a sociedade pode ser registrada como simples no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
2. De que forma deverá ser o contrato de uma sociedade simples e aonde deverá ser registrado? RESPOSTA:
A sociedade simples poderá ser de responsabilidade ilimitada ou limitada. A sociedade simples ilimitada, também chamada de sociedade simples stricto sensu ou pura, é de responsabilidade ilimitada - ou seja, caso a sociedade não possa arcar com as suas dívidas, os sócios deverão pagá-las. Na sociedade simples limitada, a responsabilidade dos sócios é limitada à sua contribuição para o capital social - ou seja, corre-se apenas o risco de perder os bens ou dinheiro já anteriormente investidos.
A sociedade simples ilimitada é a única que permite a entrada de sócios que contribuem apenas com serviços (sócio de serviço). Além disso, algumas profissões regulamentadas apenas podem usar a sociedade simples ilimitada, por estarem legalmente proibidas de limitar a sua responsabilidade (ex: advogado).
No contrato social, devem estar indicados, além do capital social e da distribuição das quotas, o nome, a sede e as atividades que serão desenvolvidas pela sociedade. Deve-se, ainda, indicar as pessoas que serão responsáveis pela administração, sejam elas sócias ou não. Também poderão ser escolhidas cláusulas facultativas, tais como a previsão de conselho fiscal.
Antes de constituir a sociedade, é necessário:
· verificar se algum dos sócios possui impedimentos legais para participar ou gerenciar uma sociedade junto à Receita Federal;
· realizar a consulta de viabilidade (disponibilidade do nome e da sede ou filial da sociedade) pelo site da Junta Comercial do Estado da sede da sociedade, bem como de suas filiais;
· consultar o órgão competente para verificar se existem exigências suplementares para a sociedade (ex.: OAB, CRM, CREA, etc.);
· consultar o Registro Civil de Pessoas Jurídicas do local para verificar se existem sociedades com o mesmo nome escolhido.
Feitas as consultas prévias, o contrato deverá ser integralmente preenchido e, então, assinado por todos os sócios, pelos administradores e por duas testemunhas.
Se o sócio for representado (por procurador ou por seu representante legal - genitores, tutor ou curador), o seu representante deverá assinar sozinho o contrato social. Se o sócio for assistido (sócio menor de idade entre 16 e 18 anos), ele e seu assistente (genitores, tutor ou curador) deverão assinar conjuntamente o contrato social.
Quando se tratar de microempresa ou de empresa de pequeno porte, não será necessária a assinatura de advogado. Caso contrário, um advogado regularmente inscrito na OAB deverá visar o contrato.
A sociedade simples tem seus atos (constituição, alteração e extinção) registrados no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou agência deverá ser averbada no Registro Civil da respectiva sede.
3. Qual é o prazo para o registro do contrato de constituição de uma sociedade simples? RESPOSTA:
Os sócios têm o prazo de 30 (trinta) dias para levar o contrato social para registro no Registro Civil de Pessoas Jurídicas do local onde será a sede. 
4. O que significa “subscrição e integralização” das quotas e quando deve ocorrer? RESPOSTA:
Integralizar é realizar o capital social, ou seja, efetivar o pagamento das quotas subscritas.  No ato de abertura da sociedade, os sócios informam quanto, quando e como integralizarão as suas quotas. No contrato social, poderá ser estabelecido se a forma de pagamento será em dinheiro, bens ou créditos à sociedade. Direitos como patente de invenção ou certificado de registro de marca também podem ser subscritos como forma de participação societária.
A integralização poderá ser à vista ou dividida em parcelas conforme o acordado entre os sócios.  O sócio remisso poderá ser cobrado judicialmente pelo montante devido, ou ter a sua participação reduzida ao montante eventualmente integralizado, ou ainda ser expulso da sociedade.
5. Caso o contrato social silencie a respeito das atribuições dos administradores de uma sociedade simples, quais os atos que eles poderão praticar e quais os atos que eles não poderão praticar? RESPOSTA:
Caso o contrato social da sociedade simples silencie acerca dos poderes e atribuições dos seus administradores, entende-se que estes podem praticar todos e quaisquer atos pertinentes à gestão da sociedade, salvo oneração ou alienação de bens imóveis, o que só poderão fazer se tais atos constituírem o próprio objeto da sociedade (DINIZ, 2013). É o que dispõe o art. 1.015 do Código Civil: “no silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir”. Assim, nada dispondo o contrato social, reconhece-se aos administradores poder geral de administração.
6. Caso ocorra a prática de ato com excesso de poder por parte dos administradores, em que situações poderá ser oposto a terceiros? RESPOSTA:
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir. 
Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: 
I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade; 
II - provando-se que era conhecida do terceiro; 
III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade. 
Em suma, a teoria ultra vires societatis é caracterizada pelo abuso de poder por parte do administrador, o que ocasiona violação do objeto social lícito para o qual foi constituída a empresa.
7. Em que situação será irrevogável os poderes do sócio que for investido na administração da sociedade simples? E em que situação será revogável os poderes dos administradores? RESPOSTA:
São irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração por cláusula expressa do contrato social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios. 
Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a quem não seja sócio.
8. Qual é o prazo que o sócio que se retirar, for excluído, ou por causa de morte, não se exime das responsabilidades pelas obrigações sociais anteriores? RESPOSTA:
Conforme dispostono artigo 1.032 do CC, a retirada, exclusão ou morte do sócio não exime a si e nem aos seus herdeiros da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores pelo prazo de 02 (dois) anos após a sua retirada formal da sociedade.
9. De que forma se dissolve a sociedade simples? RESPOSTA:
Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
II - o consenso unânime dos sócios;
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
10. Caso uma pessoa seja admitida como sócia de uma sociedade simples, qual a sua situação em relação às dívidas sociais anteriores à sua admissão? RESPOSTA:
Imaginemos que o sócio A está ingressando agora em determinada sociedade limitada que já possui dívidas no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). O quadro societário passou a ser composto pelos sócios A, B e C que são titulares respectivamente de 90%, 5% e 5% das quotas do capital social. 
Poderíamos pensar que o sócio A se eximiria do pagamento desta dívida, já que ela é anterior a sua admissão. No entanto, o direito empresarial não afasta a responsabilidade do sócio que ingressa pelas obrigações pré existentes. Em consequência, A responderá observando a regra geral de proporcionalidade a sua participação no capital social. Portanto, 90 % da dívida recairá sobre as quotas de A. 
Logo, o direito empresarial adota o importante princípio da “responsabilidade do sócio pelas dívidas anteriores a sua admissão”, que se contra fixado no artigo 1.025 do Código Civil.
11. Em que situações a sociedade simples pode ser dissolvida judicialmente? RESPOSTA:
Judicialmente, a sociedade pode ser dissolvida a requerimento de qualquer dos sócios, quando: anulado a sua constituição; exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade (artigo 1.034 do Código Civil).
 SOCIEDADE LIMITADA
1. Adriana e Débora eram sócias numa sociedade limitada. Sem prévia audiência dos demais sócios, Adriana alienou à Débora a totalidade das quotas de que era titular. Nesse caso, considerando que o contrato social era omisso quanto à cessão de quotas, como fica a alienação realizada?
De acordo com o art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Ou seja, quando a cessão ocorrer entre sócios, não há problema. Haveria problema caso um sócio quisesse ceder sua quota para um não sócio.
2. Discorra sobre a responsabilidade dos sócios e administradores das sociedades limitadas resultante de uma cessão de quotas. RESPOSTA:
O artigo 1.003 do Código Civil, em seu parágrafo único, diz que o cedente e o cessionário respondem solidariamente perante a sociedade e à terceiros pelas obrigações que tinha como sócio durante o prazo de até 02 anos, contados da data do arquivamento da modificação no quadro societário na Junta Comercial.
Ou seja, o cedente e o cessionário ficam obrigados conjuntamente, não importando quem vá responder (obrigação solidária) para a sociedade, sócios ou terceiros por qualquer ato que seja de responsabilidade do sócio como proprietário daquelas respectivas quotas, dentro no mencionado prazo.
3. Em uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada com dois sócios, A e B, com o capital social de R$ 100.000,00 (cem mil reais), dividido em 1000 (mil) quotas de R$ 100,0 (cem reais), A subscreveu 700 (setecentas) quotas, das quais integralizou apenas 300 (trezentas) , e B subscreveu e integralizou 300 (trezentas). Vindo a sociedade a contrair débito de R$ 100.000,00 (cem mil reais), qual o valor da responsabilidade solidária dos sócios? Fundamente a resposta.
· Capital social: 100.000 cem mil
· Divisão do capital: Mil quotas de 100 cem reais cada.
· Sócio A subscreve 700 quotas, mas integraliza 300.
· Sócio B subscreve 300 e integraliza 300.
· Quotas que remanescem não integralizadas: 400
Responderão solidariamente por estas 400 quotas (ou seja, 400 reais) não integralizadas, pois a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
O ato por meio do qual o sócio injeta capital na sociedade denomina-se subscrição. Na medida em que esse sócio de fato ingressa com o capital, integraliza o que subscreveu, ou seja, paga à sociedade o que se comprometeu. O pagamento feito pelos sócios determina o capital social.
4. Em uma sociedade empresarial limitada, ocorrendo a falta de pluralidade de sócios, em decorrência do falecimento de um deles, no período ulterior para a sua reconstituição, a responsabilidade do sócio remanescente será limitada ou ilimitada? Justifique.
Será limitada, não sofrerá alteração. Até por que, conforme o Código Civil, a sociedade limitada pode ser composta de uma única pessoa, portanto, a morte do sócio não interfere nesta questão.
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
§ 1º  A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
É visível, no entanto, a dicotomia da lei, uma vez que de um lado a parte mais antiga da lei determina a dissolução da sociedade unipessoal passados 180 dias; e de outro, o novo dispositivo recepciona a validade de uma sociedade limitada constituída por apenas uma pessoa. Talvez, no futuro, nossos magníficos legisladores corrijam isto.

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