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Neonatologia de bovinos

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CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS 
NEONATOLOGIA BOVINA E AFECÇÕES 
INTRODUÇÃO 
• Neonatos são os animais que possuem até 28 dias de vida (mês) 
• Os cuidados com estes animais se iniciam na maternidade 
o Boa cobertura vegetal 
▪ com sombra para os animais se protegerem, caso não tenham árvores para isto, são utilizados os sombrites. 
o Fresco e ventilado 
o Limpo 
o Boa drenagem 
▪ De preferência não utilizar baixadas, se tiver lama o bezerro entra em contato com material contaminado. 
o Água e alimentação 
o Respeitar o período seco 
▪ Período para descanso da glândula mamária da gestação passada, como para a produção de colostro da gestação seguinte. 
▪ Em torno de 45 a 60 dias. 
o Fácil observação 
▪ Distocias são muito mais comuns em bovinos, é fundamental que eles estejam sempre bem observados, normalmente um piquete 
próximo a onde os funcionários estarão. 
o Vacas x Novilhas 
▪ Deve-se separar as novilhas das vacas, pois assim diminui a competição por alimento. 
▪ Existe um índice muito maior de distocias em novilhas do que em vacas (questões hormonais) 
Primeiros cuidados ao nascimento 
o Apenas interferir quando há alterações, do contrário, as habilidades maternas irão ser suficientes. 
o Em casos de cesária, ou inabilidade materna, podem ser realizadas manobras obstétricas: 
▪ Suspensão pelos membros posteriores para aliviar melhor as vias aéreas (irá sair um líquido acumulado nas vias aéreas). Deve ser 
tomado um cuidado muito grande com o tempo de suspensão, são animais neonatos que possuem articulações frágeis e cascos frágeis, 
inclusive deve-se suspender segurando pelo metatarso (osso mais longo que dá uma segurança maior para evitar luxação) 
▪ Banho de água fria, serve para ativar os estímulos respiratórios em animais. 
▪ Massagem torácica 
▪ Limpeza de vias aéreas 
• Viabilidade 
APGAR PARA BOVINOS 
Critérios de avaliação Escore 
0 1 2 
Força muscular observada pelo levantamento de 
cabeça e tentativa de ficar em estação 
Ausente Reduzido Ativo, movimentos espontâneos 
Reflexo interdigital- beliscar interdigito 
Reflexo ocular- leve toque no canto interno do olho 
Ausente Reação fraca apenas um 
reflexo presente 
Reação imediata, Dois reflexos 
presentes 
Coloração da mucosa Branca ou vermelho 
escuro 
Azul Rósea 
Atividade respiratória Ausente Dificuldade de respirar Respira normalmente 
o Pontuação 
▪ ≥7 e 8: Bezerras sadias 
▪ Entre 4 e 6: Bezerras deprimidas 
▪ Entre 0 e 3: Bezerras com elevado grau de risco 
• Tempo para o animal ficar em estação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decúbito Esternal Tentativa de ficar 
em pé 
Em pé, 
procurando o teto 
da mãe 
Mais de 5 minutos 
nesta posição, exige 
uma intervenção 
(oxigênio, 
medicamentos, 
ponto de 
acupuntura do 
ponto do nariz...) 
• Cura do umbigo: 
o Utiliza-se uma solução a base de iodo para mergulhar o coto umbilical. 
▪ Os problemas de ofalite em bovinos são muito mais comuns. 
o Corta-se o cordão umbilical quando está muito longo, aproximadamente 4 dedos de distância do abdômen. Não pode ser muito curto, caso 
contrário não será possível mergulhar o coto na solução de iodo. 
o Em casos que após nascer rompeu o cordão umbilical e o coto ficou muito curto (ou não tem coto), não é possível realizar nenhum 
procedimento. Porém, deve-se acompanhar este animal, pois ele é predisposto a onfalite. 
o O coto umbilical é formado de vasos sanguíneos, o que significa que tem sangue coagulado dentro, o que é um meio de cultura muito 
favorável para bactérias. Por isso é necessário fazer a ordenha deste sangue parado antes de curar o coto. 
o Cura interna: Com uma seringa, que só se faz uma única vez. 
o Cura externa: Realiza-se duas vezes ao dia até cair o umbilical (normalmente de 3 a 5 dias) 
o Em ambos os casos utilizar Iodo fraco (concentração de 5% a 7%) 
▪ O iodo a 10% não é recomendado, apesar de realizar uma cicatrização externa mais rápida, por dentro ainda vai estar não cicatrizado, o 
que aumenta a tendência de onfalite. 
• Colostro: 
o É a primeira secreção láctea do pós-parto. Uma forma de leite de baixo volume secretado pela maioria dos mamíferos nos primeiros dias 
de amamentação pós-parto. E aos poucos vai se transformando em leite (3 aproximadamente). 
o Funções: 
▪ Efeito laxativo (liberação do mecônio) 
▪ Nutricional (Alimento muito rico para o RN) 
• existem diversos componentes nutricionais importantes além das imunoglobulinas 
▪ Imunológicas (Transferência de imunidade passiva) [igG] 
• diferente do que se acredita, estes animais não saem sem anticorpos, ele possui o sistema imune formado, porém, em desenvolvimento, 
demora em torno de 1 mês para completar este processo. 
o Porque é tão importante: 
▪ Transferência de imunidade passiva 
▪ Placenta de ruminantes SINOEPITELIOCORIAL 
o Deve ser dado até no máximo de 6 a 8 horas pós-parto, a partir disto existe um declínio muito importante desta quantidade de anticorpos, 
aproximadamente 24 horas após o parto, praticamente não existe mais. 
▪ Durante as primeiras 24 horas o epitélio intestinal permite a passagem de macromoléculas, através de endocitose, que passa estas 
macromoléculas diretamente para a circulação sanguínea. 
▪ Porém, após 24horas este mecanismo modifica, um mecanismo de barreira imunológica para evitar que bactérias parem na circulação 
sanguínea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Formas de ofertar o colostro: 
▪ Maneira natural (na própria mãe) 
• Método mais indicado, existem trabalhos que comprovam que a simples presença da mãe influencia positivamente na absorção dos 
nutrientes. 
▪ Mamadeira 
• Desta maneira, é possível se ter um controle maior da ingestão de colostro 
• Normalmente fazendas de alta produção. 
▪ Sondagem 
• Quando o animal não apresenta reflexo de sucção 
• Sondar até o esôfago, pois se afundar muito a sonda chegará no rúmen e a ideia é que chegue o colostro no abomaso para a goteira 
esofágica. 
 
▪ Balde 
o Deve ser administrado pelo menos 10 a 15% do peso vivo do animal. 
▪ O que aproximadamente será 4 litros de colostro nas primeiras horas (dividir em horários diferentes) 
▪ A principal consequência da não-ingestão (A principal consequência é o nome da doença FTIP) 
 
 
 
o Falha na transferência de imunidade passiva FTIP: 
▪ Causas: 
• Falha na produção- Problemas relacionados a vaca 
o Novilhas costumam ter colostro de qualidade inferior a vacas Pluríparas 
o Concentração de IgG: vacas de alta produção, normalmente terão problemas no período seco, tendo edema de úbere 
o Gotejamento colostro: principalmente em vacas que possuem laceração de teto, alguma fala no esfíncter do teto 
o Mastite 
• Falha na ingestão- Problemas relacionados a condição do bezerro 
o Negligência/Rejeição Materna 
o Condição do Bezerro 
• Falha na absorção 
o Ingestão Tardia 
o Corticosteroides - Maturação Intestinal Prematura 
▪ Dexametasona, normalmente administrada quando o animal nasce fraco 
▪ Estes medicamentos podem maturar o intestino mais cedo 
▪ Administrar apenas em casos muito extremos para não interferir neste aspecto 
o Fatores estressantes: Calor, frio, superlotação, barulho, mistura de animais de diferentes idades 
• Falha no manejo 
o Forma de fornecimento: Mamadeira, Balde (forma com mais ricos de contaminação), Direto da Mãe 
o Ordenha pré-parto: Edema do úbere, devido a retenção de líquido na glândula mamária no período seco, fazendo com que ela tenha 
que ser ordenhada, o que atrapalha a produção de colostro 
o Período seco curto ou muito longo: Pelo menos 45 a 60 dias 
o Atraso na primeira ordenha: O melhor colostro é das primeiras horas, o colostro que fica armazenado no teto por muito tempo, 
acaba perdendo muitoa qualidade. 
▪ Diagnóstico: 
• HISTÓRICO + EXAME FÍSICO 
• DOSAGEM DE IG (SMITH,1994) 
o < 600 MG/DL - FALHA DE TRANSFERÊNCIA (FTIP) 
o 600 À 1600 MG/DL - TRANSFERÊNCIA PARCIAL 
o > 1600 MG/DL - TRANSFERÊNCIA ADEQUADA 
• PT (SÉRICA) < 5,0 G/DL (não é fácil muitas vezes realizar a dosagem de Ig a campo, por isso utiliza-se o refratômetro para análise de 
proteínas séricas) 
• OUTRAS:- Mais utilizados em pesquisa, não a campo 
o TURVAÇÃO PELO ZNSO4 
o ENZIMA GAMAGLUTAMILTRANSFERASE (GGT) <300UI/L 
o IMUNODIFUSÃO RADIAL SIMPLES 
o ELETROFORESE 
o AGLUTINAÇÃO EM LÁTEX 
▪ Tratamento: 
o Soro hiperimune (não tem para bovinos) 
o Manter o fornecimento de colostro 
o Soro ou Plasma - 20 a 40 ml/kg de PV (IV) -da mãe ou outros animais adultos saudáveis 
o Transfusão de sangue de uma vaca sadia para o bezerro (possíveis doenças relacionadas -um alto risco, pois pode passar diversas 
doenças que acometem as hemácias) 
▪ Prevenção: 
o Avaliar as causas 
o Banco de colostro 
▪ Cuidados: 
• 1ª HORAS PÓS-PARTO GARRAFAS 600 ML A 2L OU FORMAS (-18 A -25°C) 
• DESCONGELAMENTO EM BANHO-MARIA (MÁX. 50OC) - para evitar a desnaturação de proteínas 
• Não utilizar colostro de vacas nulíparas 
• Analisar se é um colostro de boa qualidade -> COLOSTRÔMETRO 
o DENSIDADE COLOSTRO, FEITOSA (1999): 
▪ 1027 A 1035 - FRACO 
▪ 1035 A 1046 - MODERADO 
▪ 1046 A 1076 - EXCELENTE ... 
▪ IDEAL = 1056 
• Identificação: 
o Brincos, colares, marcação a ferro quente e tatuagem (está entrando em desuso) 
• Pesagem e Medição: 
o Fundamental para acompanhamento, principalmente em animais que nasceram de partos complicados 
Asfixia Neonatal 
• Deficiência respiratória que ocorre logo após o parto. Determinando uma acidose respiratória. 
o ACIDOSE RESPIRATÓRIA 
▪ Caracterizada pela dificuldade do animal em fazer trocas gasosas 
▪ aumento no pulmão de pressão de CO2. 
▪ Quanto maior a quantidade de CO2 retido, maior é a acidose do pulmão. 
o ACIDOSE METABÓLICA 
▪ há uma deficiência de O2 
▪ o corpo começa a realizar Glicóliseanaeróbica, que utiliza pouco 02 para conseguir glicose. 
▪ Este processo faz com que aumente a produção de um ácido chamado ÁCIDO LACTEO, que provoca aumento da lactacidemia (este ácido 
na circulação) 
▪ Ou seja, PH o sangue se torna mais ácido 
o ACIDOSE MISTA 
▪ é quando animal apresenta os dois tipos. 
• As Asfixias podem ser precoces ou tardias, de acordo com o aparecimento dos sinais clínicos desta doença: 
o Precoce: Logo após o nascimento – Tende a ter sinais clínicos mais severos-Principal causa é distocia. 
o Tardia: Horas após o nascimento 
• Mas Também podem ser classificadas de acordo com o Histórico do animal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Distócico: 
▪ Quando o bezerro está no canal do parto no momento da gestação, está respirando pelo cordão umbilical, em uma distocias pode ocorrer 
o esmagamento do cordão umbilical, muitas vezes podendo até mesmo romper este cordão, provocando uma asfixia muito grave no 
animal no momento em que ele nascer. 
▪ Distocias provocam uma acidose neonatal precoce 
▪ Normalmente o PH do sangue de neonato é 7.2 de um animal neste estado cai para 6.8 
o Prematura (gestação inferior a 250 dias): ocorre devido a deficiência de surfactante, que é produzido no terço final da gestação, neste 
caso o animal nasce antes de ser produzido. (Deficiência Pulmonar) 
• Sinais Clínicos: 
o Taquipneia, Apneia, Broncoespasmo 
o Taquicardia Compensatória (tentando carrear mais oxigênio para os tecidos) 
o Mucosas Esbranquiçadas/Azuladas 
o Hipotermia 
o Sibilos (auscultação de asmático) - Mais comum na tardia, onde tem colabamento pulmonar. 
o Espumas nas narinas decorrente de edema pulmonar. 
o Quando o animal está em acidose mista, ele tende a apresentar apatia junto com outros sinais. 
o Entre Outros. 
 
 
 
 
 
 
• Diagnóstico: 
o Hemogasometria (porém não é simples realizar isto a campo, a coleta deve ser feita por um material todo especial sem contaminação de 
gases do meio ambiente, até a forma de coletar é diferenciada e além de tudo a amostra deve ser enviada RAPIDAMENTE para o laboratório, 
para que não haja contaminação) 
o Histórico e Sinais Clínicos 
▪ Se o animal se encaixar nos parâmetros de pato Distócico ou prematuro. 
▪ Avaliar principalmente os dados do escore Apgar. 
▪ Caso não se tenha os dados da gestação, se deve avaliar o bezerro por alguns parâmetros: Normalmente possuem peso abaixo da média, 
pelos mais curtos e finos (parâmetro abstrato), Dentes Incisivo A Termo (prematuro irá ter os dentes ainda completamente cobertas 
por gengiva, não teve tempo ainda dos dentes nascerem) este é o principal parâmetro a ser analisado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tratamento: 
o Trata-se Animais com Escore Apgar Inferior a 6. 
o Primeiros cuidados neonatais em animais apresentam asfixia precoce (afinal acabaram de nascer) 
o Oxigenioterapia e Correção da Acidose (em ambos os casos) 
o Correção da Acidose mista, com Bicarbonato de Sódio IV. Tomar muito cuidado com a dose, pois é possível acabar ocasionando uma 
alcalose, que é muito mais difícil de reverter do que uma acidose. 
o É indicado a utilização de estimulantes respiratórios, comumente utilizado o Cloridrato de Doxipram. 
o Em animais Prematuros pode ser utilizado a Dexametasona, pois estimula a produção de Surfactante (Tomar cuidado pois Glicocorticoides 
possuem capacidade de provocar maturação intestinal no bezerro, PARA AJUDAR ADMINISTRA-SE O COLOSTRO O QUANTO ANTES PARA 
ESTE ANIMAL); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onfalites 
• Inflamação do Umbigo: ITE- inflamação e ONFALO- umbigo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O coto umbilical é formado por quatro estruturas: Veia umbilical, Duas Artérias e o Úraco (desemborca dentro da bexiga do bezerro, durante 
a vida fetal todas as excretas são direcionas pelo Uraco); 
• A Veia desemborca no Fígado, As Artérias desemborcam no sentido caudal, principalmente no trato gastrointestinal e o Uraco na bexiga. 
• Quando o animal nasce todas essas estruturas devem cicatrizar e colabar. 
o Ocorrem problemas que impedem a cicatrização correta e um dos sinais que podem ser observados é a persistência do Uraco. O que 
ocasiona um vazamento de urina pelo umbigo, que provocará uma inflamação do local, com grande contaminação; 
o Os problemas no umbigo, podem fazer com que ocorram afecções relacionadas com as porções onde desemborcam esses componentes 
do cordão umbilical, como abcesso no fígado e etc. 
o Ou seja, órgãos internos com inflamação decorrente de uma complicação da Onfalite; inclusive o animal pode até mesmo desenvolver uma 
septicemia. 
o Quando há inflamação de Veias é chamado de Onfaloflebite; 
o Inflamação de Artérias chama-se Onfaloarterite 
o Inflamação do Uraco é Uraquite ou Persistência de Uraco 
o Porém, comumente o que ocorre é a inflamação do coto como um todo, então chamado de ONFALOFLEBITE/PANONFALITE. 
• Fatores Predisponentes 
o Cicatrização incorreta/ERRO DE MANEJO 
o Ponto de ruptura (se o coto estiver rompido muito próximo ao abdômen, fica difícil realizar a imersão no iodo, fazendo com que inflame) 
o NAVEL SUCKLING: Bezerros que desmamam muito cedo podem desenvolver o hábito de mamar uns nos outros, o que os tornam 
predispostos a desenvolver Onfalites. 
o Ambiente sujo 
o Transferência de imunidade passiva 
o Asfixia Neonatal Precoce 
▪ promove um Apgar ruim, o que também leva o animal a demorar para mamar, ingerir colostro, interferindo diretamente no recebimento 
da imunidade passiva deste animal. 
▪ Até mesmo o próprio estresse causando em um parto Distócico promove a diminuição de imunidade.• Formas de Onfalite 
o Crônica: 
▪ O animal possui a capacidade de circunscrever a infecção, ruminantes possuem maior facilidade para formar estes abcessos, raramente 
nestes animais conseguem se tornar sistêmicas. Basicamente um abcesso na cavidade abdominal. 
▪ Sinais clínicos: Aumento de volume na região do umbigo, sem sensibilidade ao toque, com consistência mais rígida. 
o Aguda: 
▪ O animal não conseguiu formar o abcesso, promovendo uma fase de inflamação aguda loca, podendo progredir para sepse, 
acometimento de outros órgãos, pneumonias, abcessos hepáticos e etc. 
▪ Pode gerar diversas complicações e doenças, como Poliartrite (inflamação de articulações); 
▪ Aumento de volume em região de umbigo, porém com sensibilidade ao toque, podendo ter até mesmo secreção purulenta. 
▪ Animal pode apresentar febre, apatia, anorexia, animal muito mais debilitado do na forma crônica. 
▪ Quadro de sepse. 
 
 
 
 
 
• Diagnóstico 
o Histórico 
o Método de inspeção e palpação (Diferencial para hérnia) 
o US para diferenciar de uma hérnia (Deslocamento de um órgão ou tecido por meio de uma abertura anormal, encontra-se no exame o anel 
herniário) 
• Tratamento 
o Na forma crônica Promove-se a drenagem e deixa cicatrizar por segunda intenção junto com a limpeza do local; pode ser administrado 
antibióticos como prevenção de Sepse. 
o Na forma aguda depende se o animal já está tendo complicações, o prognóstico fica de reservado a ruim. Depende mais se o proprietário 
estará disposto a tratar as complicações, pois normalmente há um custo alto. 
o Se estiver na forma aguda, sem complicações, é possível se administrar antibiótico, porém já encaminha o animal para um processo 
cirúrgico para realizar ressecção do coto umbilical. 
 
 
 
 
 
 
Diarreias 
• AUMENTO NA FREQUÊNCIA, FLUIDEZ OU VOLUME DOS MOVIMENTOS INTESTINAIS 
• Principal causa de mortalidade em Bezerros (52%) 
• Muitas vezes tratada como sintoma, mas na realidade é uma afecção, conhecida como Síndrome Diarreica: 
o Manifestação clínica de doença primária ou secundária 
o Pequenas Alteração na Taxa de Secreção/Absorção provoca DIARREIA. 
o Podendo ser LEVE ou MODERADA, levando até mesmo a um choque hipovolêmico (quadro severo de desidratação). 
• Existem três tipos de classificações: 
o Hipersecreção Passiva Osmótica: 
▪ Está relacionado com uma diarreia alimentar 
▪ Um tipo mais leve, causada por fatores osmoticamente ativos/fatores hemodinâmicos. 
▪ Quando ocorre a ingestão de alguma coisa que não é facilmente digerível pelo bezerro. 
▪ MANEJO COLOSTRO/LEITE (ALTERADO, ESTRAGADO, BAIXA TEMPERATURA) 
▪ FALHA NA FORMAÇÃO DA GOTEIRA ESOFÁGICA 
▪ TRANSIÇÃO COLOSTRO-LEITE (equilibrar as porcentagens devidas durante a transição) 
▪ BALDES X MAMADEIRA (deve-se respeitar a posição de alimentação do animal) 
▪ INCAPACIDADE DE DIGESTÃO DE PROTEÍNAS VEGETAIS (3 SEM) - LEITE DE SOJA (usado algumas vezes como sucedâneo de leite) 
▪ VERMINOSES-raro 
o Hipersecreção Ativa Secretória: 
▪ Quase sempre relacionada com uma causa bacteriana. 
▪ Causa mais comum é a diarreia bacteriana. 
▪ AUMENTO DE SECREÇÃO DE ÁGUA E NACL POR ESTÍMULO DE ENTEROTOXINAS. 
1. Bactéria libera toxinas 
2. O organismo do bezerro libera uma secreção ATIVA de água e íons, na tentativa de limpar o lúmen intestinal. 
3. Então além da desidratação por perda de água, o animal terá um déficit osmótico e iônico. (será preciso repor) 
▪ Principais bactérias: SALMONELLA, E. COLI 
▪ Menos importantes: CLOSTRIDIUM PERFRINGENS CAMPYLOBACTER 
o Redução da absorção e reabsorção: 
▪ Quase sempre relacionado com vírus ou protozoário. 
▪ Principais Vírus: Coronavírus e Rotavírus. 
▪ Principais Protozoários: Criptosporidiose Eimeriose 
▪ ACHATAMENTO/ATROFIA DE VILOSIDADES (além de perder água e íons o animal também não absorve nutrientes da forma que ele 
deveria-DESIDRATAÇÃO E EMAGRECIMENTO!) 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sintomas: 
o PRESENÇA DE DIARREIA 
o MARCAS DE FEZES NA REGIÃO PERINEAL E DOS MEMBROS POSTERIORES (INSPEÇÃO) 
o DESIDRATAÇÃO (DIFERENTES GRAUS) 
▪ Mucosas (principalmente o brilho), TPC, Enoftalmia, Turgor Cutâneo (da face). 
o APATIA 
▪ Nem todos animais apresentam, está mais associada a animais que apresenta acidose metabólica. 
o ANOREXIA 
▪ É fundamental saber se o animal está se alimentando ou não, para entrar com suplementação e/ou alimentação parenteral/enteral. 
o TAQUIPNEIA 
▪ Mecanismo compensatório, para tentar circular melhor o sangue que estará mais espesso devido a desidratação. 
o TAQUICARDIA 
▪ Mecanismo compensatório, para tentar circular melhor o sangue que estará mais espesso devido a desidratação. 
o FEBRE (?) OU HIPOTERMIA -Nem sempre presentes, variando conforme o estado do animal, agente e etc. 
o CONGESTÃO E PETÉQUIAS OU EQUIMOSE DA ESCLERÓTICA (sinais de SEPSE) - variando conforme o estado do animal, agente e etc. 
• Tratamento: 
o Seguir o fluxograma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA: 
▪ A reposição inclui tudo aquilo que o animal perdeu, volume de bicarbonato, glicose, ringer c/ lactato. 
▪ Para realiza-la utiliza-se esta conta: 
 
▪ Para realizar a conta é preciso saber quanto de volume que o animal perdeu. 
 
 
 
 
 
 
 
o Poderia ser feito primeiramente o exame de 
hemogasometria, porém a campo é muito difícil. 
o Então, primeiro avalia-se a presença de apatia, pois é 
um grande sinal de acidose metabólica. 
o Hiporexia indicará se o animal precisará ou não de 
glicose. 
o Se o animal deixou se ficar apático, é porque 
reverteu-se a acidose, então realiza-se a outra parte 
do tratamento indicado para quand não há apatia. 
o Para Desidratação: A administração de Ringer c/ 
Lactato é sempre indicado, pois as concentrações de 
íons e da base presente, são muito semelhantes ao 
plasma sanguíneo dos animais. (antigamente chegou a 
acreditar-se que poderia provocar uma alcalose) 
o Para Acidose Metabólica: A solução de Bicarbonato 
(NAhCO3 1,3%), o poder alcalinizante é muito grande, 
mas deve ser muito bem calculada para não provocar 
uma alcalose. 
o 
o Comportamento do bezerro a 
partir dos sinais de desidratação. 
o Desidratação conjunto com a 
apatia, está diretamente 
relacionado com o nível de 
acidose metabólica do animal. 
 
*Na prova cai a tabela, 
porém a fórmula do cálculo 
tem que decorar! * 
o CORREÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA: 
▪ Saber quanto de BICARBONATO deverá ser dado 
▪ O ideal seria ter a máquina que mede a gasometrica, pois ela garante o valor exato de BD (deficit de base), assim saberia exatamente o 
valor que está faltando. 
▪ Porém como a campo isto não ocorre, denomina-se o valor de 10 (NUNCA REALIZAR EM ANIMAIS SAUDÁVEIS, APENAS EM ANIMAIS 
COM APATIA): 
 
▪ Depois que se sabe este valor, realiza-se a conta: 
 
 
 
▪ O valor desta conta vai estar na unidade de medida mEq, porém será necessário saber o volume em ml, então realiza-se regra três, 
presumindo que: 
 
o CORREÇÃO DA GLICEMIA: 
 
 
▪ Em casos de Hiporexia/Anorexia 
▪ Para administrar Glicose para o animal. 
▪ VT que foi calculado na primeira fórmula. 
 
o CORREÇÃO DA DESIDRATAÇÃO: 
▪ Para saber o volume que será dado na fluidoterapia. 
▪ Inclusive o Ringer Utilizado, é o que será utilizado para diluir o Bicarbonato. 
 
 
o REPOSIÇÃO ORAL: 
o Para animais que se recuperaram bem ou não apresentaram Hiporexia/Anorexia 
o Uma “receitinha caseira” 
o Mamadeira/Sonda 
o Até mesmo em casos de desidratação bem leve.o TRAMENTO DA CAUSA DE BASE: 
▪ Antibioticoterapia (terapia Antimicrobiana): 
• São 4 antibióticos de eleição, porém a Sulfa é barata e comum de ser utilizada. 
• Exclusivamente por via Parenteral 
o Sulfa/Trimetropina 
o Enrofloxacina 
o Florfenicol 
o Cerftiofur sódico 
▪ Antiparasitários: 
• Anti-helmíntico 
• Giardíase 
▪ Reposição de flora microbiana (iogurte e probióticos) 
▪ Adsorventes: 
• Carvão Ativado 
• Kaolin/Pectina 
▪ NUNCA USAR Moduladores de motilidade Intestinal! 
• Estes medicamentos param com a motilidade gástrica, se o corpo do animal está tentando eliminar toxinas por meio das fezes, isto 
faz com que absorva mais elas. 
 
PESO VIVO x BD x 0,5 
▪ AINE: 
• Fluneximim Meglumine 
▪ Antitérmico: 
• Em casos de febre (inflamação mais aguda) 
• Dipirona 
▪ Manejo Alimentar 
▪ NÃO RETIRAR A ALIMENTAÇÃO, mas remanejar esta alimentação, tentar fraciona-la mais ao longo do dia. 
EXERCÍCIOS PARA TREINAR

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