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Medicina Preventiva de Bovinos

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1 
 
CLÍNICA DE GRANDES – RUMINANTES 
AÇÕES PROFILÁTICAS EM RUMINANTES 
INTRODUÇÃO 
• Manejo sanitário: 
o Para um bom manejo sanitário, é fundamental que haja controle sobre 3 pilares muito importantes: Controle de 
agentes infecciosos, controle do ambiente e controle sobre o próprio animal e sua imunidade. 
• Conceito iceberg: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Algumas doenças apresentam casos subclínicos e clínicos, e é fundamental saber identificar. Pois tratar a doença 
quando ela está se desenvolvendo é mais fácil de ter um bom resultado. Um grande exemplo são os casos de mastite 
subclínica, o rebanho apresenta uma queda significativa de produção leiteira, porém os animais não apresentam sinais 
clínicos. 
• Profilaxia: Conjunto de procedimentos adotados, visando a prevenção de doenças. A nível populacional, quando se trata 
de rebanho. Exemplos: Vacinas, vermifugação e etc. Uma das grandes vantagens das medidas profiláticas é que 
normalmente elas são mais baratas que os custos com tratamento, inclusive, alguns medicamentos trazem efeitos 
colaterais que se torna obrigatório a tirada do animal da produção, além do mais, algumas doenças podem não ter 
tratamento e levar o animal ou rebanho ao óbito. 
o O controle do ambiente é uma das principais medidas profiláticas, incluindo aspectos de higiene, temperatura e etc. 
o Quarentena é uma medida profilática com animais novos no rebanho, isola o animal para avaliar por um tempo se 
irá apresentar algum sintoma e se possível ser feitos exames. 
o Educação sanitária: Oferecer cursos aos funcionários que trabalham com o rebanho, explicando algumas medidas 
profiláticas, em relação a manejo sanitário. Existem profissionais especializados em dar essas palestras (Inspecionista 
rural). 
o Destruição de cadáveres, garantir um destino correto para evitar disseminação de doenças. O mais comum é o 
enterramento. 
o Manejo de neonatos, gestantes. Manejo de solo e etc. 
• Medidas de controle: Controle é diferente de prevenção, controle é já existir a doença e apenas controla-la, enquanto 
que prevenção é evitar que a doença se instale. Exemplo: Isolamento, medidas de desinfecção, notificação (variando 
conforme a gravidade da doença), diagnóstico precoce e destruição adequada de cadáveres. 
• Medidas de erradicação: Quando é necessário acabar com a doenças. Para isso a doença é diagnosticada e normalmente 
realizado a eutanásia do animal (quando não são possíveis serem tratadas, normalmente doenças de notificação 
compulsória, infecciosas ou zoonoses). 
• Eliminação de vetores 
CONTROLE DE ECTOPARASITAS 
• O principal ectoparasita dos ruminantes são os carrapatos. 
• Use a arma adequada 
o Escolher o produto adequado ao combate da população de carrapatos de cada propriedade. Pois as vezes há 
resistência ao carrapaticida que está sendo utilizado. 
o O ideal a se fazer é realizar uma coleta de alguns carrapatos da propriedade, enviar a um laboratório, para saber 
quais são os melhores produtos para aquela população de carrapatos. (normalmente pode se fazer no primeiro 
momento ou quando se observa a população de carrapato aumentar muito). 
 
2 
 
• Combata o inimigo quando ele estiver em menor número 
o Aplicar na época adequada: Controle mais rigoroso, de 150 dias aproximadamente, entre a primavera e verão, antes 
de chegar na última ovipostura. Caso contrário, a população se torna grande demais para ser combatida 
eficientemente. 
o Períodos de ovipostura: 1ª Dezembro; 2ª Fevereiro e entre Março e Abril a 3ª e maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Obedeça às regras 
o Dosagem, categoria animal, intervalo entre dosagens (150d) 
o Descrito na bula. 
• Proteja-se 
o Segurança do operador, principalmente no caso dos pulverizadores (grande risco de intoxicação) 
• Dê o tiro certo! 
o Contenção adequada, contra os pelos (é necessário que o pulverizador atinja realmente a pele do animal, onde estão 
os carrapatos), em toda a superfície corpórea 
o Existem propriedades que aplicam os banhos carrapaticidas. 
o Medicações que são aplicadas no dorso do animal. 
• Animais “aspiradores” 
o Animais recém tratados devem voltar às pastagens. (animais pulverizados são soltos no pasto e acabam servindo 
para espalhar o produto no ambiente) 
o Não tem como pulverizar o pasto, então estes animais auxiliam neste processo. 
• Dê atenção especial aos animais de “sangue doce” 
o Responsáveis por recontaminação da pastagem. Tratar com mais frequência 
o Não há uma razão clara para esta predisposição 
• Avalie o desempenho da sua arma 
o Teste de sensibilidade (a cada 2 anos), troque de carrapaticida. 
o Se não houver diminuição da eficiência do produto, não há razão para trocar, inclusive a troca constante de produtos 
é indicada como uma das causas de resistência. 
• Cuidado com os forasteiros 
o Isolamento de 30 dias para animais recém inseridos. O ideal é o tratamento no local de origem, pois esse animal 
pode trazer os carrapatos junto com ele. 
• Evite infestações mistas 
o Pastos separados, espécies separadas. O que indica que normalmente são espécies diferentes de parasita, o que 
implica em produtos diferentes para o combate. A mistura dessas espécies, pode atrapalhar muito o protocolo de 
combate. 
CONTROLE DE ENDOPARASITAS 
• Controle de verminoses: 
o Ciclo biológico do parasita: O primeiro passo para compreender como combater estes seres, é aprendendo como 
funciona o seu ciclo biológico, assim, é possível saber o momento exato de combater. 
▪ Ciclo interno: O parasita se torna adulto dentro do animal, se reproduz e deposita ovos nas fezes que serão 
liberadas no ambiente (pasto). 
▪ Ciclo externo: O parasita na forma de ovo, evolui para o estágio larvar em gotículas de água e o animal acaba 
ingerindo. 
3 
 
o Este ciclo indica que para estes vermes se desenvolverem no meio externo, necessitam de água. Ou seja, nas épocas 
de chuva. E a época em que se desenvolvem dentro do animal são as épocas de seca. 
o Sendo assim é fundamental vermifugar estes animais nas épocas de seca, pois não há lógica de realizar isso se os 
vermes não estiverem dentro do animal (época das águas). 
ANIMAIS DE CORTE 
Categoria animal Prejuízo Dosificações 
Bezerro antes da desmama Baixo Depende do manejo 
Desmama até 24-30 meses 
(Categoria de maior predisposição) 
Alto 
(queda de produção efetiva quando estão com uma 
carga parasitária muito alta) 
Maio, Julho e setembro 
Boi de engorda Baixo Outubro ou novembro 
Vaca Baixo Julho ou Novembro 
 
Categoria animal Dosificações 
Vacas Prenhes 30 a 60 dias antes do parto (A femea antes do parto tem uma queda de imunidade 
e se torna mais predisposta) 
Animais adultos Julho e Agosto (período seco) 
Bezerros Leiteiros 30 dias e repetir a cada 90 dias até 1 ano de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Pequenos ruminantes: 
▪ A verminose, quando não controlada, é a doença responsável pelo maior número de mortes e prejuízos nos 
rebanhos caprino e ovino. 
▪ Haemonchus contortu, que é o principal verme desses animais, provoca uma anemia severa que pode levar 
a óbito. 
▪ O Plano de controle deverá ser adaptado a cada realidade, atualmente não é recomendada a aplicação em 
todo o rebanho sem diagnóstico. Por ser um verme muito comum, foram utilizados de uma forma 
indiscriminada vermífugos nestas espécies, o que provocou em uma resistência muito grande por parte 
destes parasitas. 
▪ Por meio de monitoramento da carga parasitária dos animais pode ser possível a vermifugação racional dos 
Rebanhos. 
▪ O principal modo de acompanhamento do rebanho é por meio das mucosas (devido a anemia que o verme 
provoca), MÉTODO FAMACHA: Uma cartela que possui 5 cores de mucosas, quando mais clara, maiores são 
as chances desse animal ter sido acometido pela verminose. Quando observado esta coloração, a partir deste 
momento realiza-se a vermifugação. A numeração 3 da cartela, não significa vermifugação, mas sim uma 
dúvida, que entãodeverá ser realizado OPG. 
• O controle é realizado periodicamente: Em locais de grande incidência a cada 7 dias, semiárido a cada 15 
dias chuva ou 30 dias seco 
4 
 
▪ Contagem OPG 
 
 
 
▪ Juntamente com o OPG, também pode ser realizado o teste de eficácia dos vermífugos, pois existem 
diversos tipos disponíveis. Sendo que o principal utilizado é a IVERMECTINA. 
▪ Medidas profiláticas fundamentais: Evite superlotação, limpeza regular das instalações baias e cochos, 
água e alimentos de boa qualidade, pastejo alto de 15 cm (vermes estão até 5cm do solo), separar animais 
por idade, pastoreio rotacionado com espécies diferentes. 
VACINAÇÕES 
• Doses adequadas (informação presente nas bulas) 
• Intervalos programados (informação presente nas bulas) 
• Vias de aplicação (informação presente nas bulas) 
• Contenção adequada do animal (principalmente quando se trata de vacinas que possuem locais específicos de aplicação), 
normalmente em um tronco ou até uma arvore. 
• Animais sadios (sistema imunológico integro) 
• Acondicionamento adequado (junto com a validade, são os principais fatores que explicam o não funcionamento de uma 
vacina), o correto é existir uma geladeira específica para armazenar as vacinas (não armazenar com outros produtos), e 
tomar muito cuidado com a temperatura adequada e observar se não há oscilações de energia (o ideal é garantir gerador) 
• Observar vencimento (Validade) 
• Vacinas obrigatórias para bovinos: 
o Aftosa (semestral) 
o Brucelose: femeas, 3 a 8 meses de idade, dose única na vida. Até 8 meses para não ocorrer abortos, além do mais, 
neste período o animal irá passar por uma triagem para entrar na vida reprodutiva e uma das avaliações é a presença 
de anticorpos contra a febre aftosa (indicando que tem a doença), porém se o animal foi vacinado, não há como saber 
se é uma resposta a vacina ou a doença. 
o Raiva apenas é obrigatória em locais com foco da doença (compulsória em regiões de foco), não pode ser realizada 
antes dos 3 meses de idade, após isso é anual. 
o Demais vacinas não são obrigatórias, mas são indicados quando há relatos da doença no local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Não há vacinas obrigatórias para pequenos ruminantes. É proibido a vacinação contra brucelose e aftosa (pois eles 
servem como sentinelas para a doença). Não existem uma vacinação obrigatória, porém há um cronograma comum de 
ser realizado:

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