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Módulo Percepção - Problema 1 - Morfologia da Medula Espinhal e do Tronco Cerebral, Nervos Espinhais e Cranianos

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Thaís Pires 1 Percepção 
Problema 1 
1. Anatomia macroscópica e microscópica da medula espinhal e seus envoltórios; 
Medula espinhal faz parte do SNC e, embriologicamente falando, faz parte da porção CAUDAL DO TUBO NEURAL – 
Da ME partem as RAÍZES MEDULARES e os NERVOS ESPINAIS = SNP - está localizada no CANAL VERTEBRAL onde é 
protegida pelo arcabouço ósseo → até o 3º mês de desenvolvimento ME = COLUNA VERTEBRAL, porém inicia um 
período de ASCENSÃO APARENTE em que a coluna cresce mais rápido que a ME, tornando essa ultima cada vez mais 
SUPERIOR → na idade adulta, a porção INFERIOR ME está entre a 1ª-2ª VÉRTEBRAS LOMBARES 
 
 
a. Macroscopia – a ME é um órgão CILÍNDRICO E LONGO contínuo 
com o tronco do encéfalo, partindo do FORAME MAGNO DO OSSO 
OCCIPITAL (superiormente) – logo abaixo do forame magno, as 
primeiras RAÍZES MEDULARES se iniciam, AS CERVICAIS, 
horizontalmente / Em todo o seu eixo VERTICAL, existem SULCOS 
pela ME: 
Fissura Mediana Anterior = profundo na linha mediana 
Sulcos Laterais Anteriores = um em cada lado – daqui partem as 
RAÍZES MEDULARES ANTERIORES 
Sulco Mediano Posterior = menos profundo que o anterior 
Sulcos Laterais Posteriores = bem visíveis nas RAÍZES MEDULARES 
POSTERIORES 
Sulco Intermédio Posterior = entre lateral e mediano 
 
As RAÍZES MEDULARES são formadas por número variável de RADÍCULAS 
(filamentos radiculares) → RAÍZ MEDULAR ANTERIOR + RAÍZ MEDULAR 
POSTERIOR = NERVO ESPINAL! No total, são 31 PARES DE NERVOS ESPINAIS 
divididos em: 8 cervicais; 12 torácicos; 5 lombares; 5 sacrais; 1 coccígeo → 
cada par de nervo espinal passa pelo forame intervertebral da vértebra 
superior a ele (isso até o 7 par) – a partir do 8 par, passa ABAIXO da vértebra 
correspondente → justifica o trajeto OBLIQUO INFERIOR dos nervos – como 
houve a ASCENSÃO APARENTE, a ME termina antes da CV, assim, as RAÍZES 
MEDULARES que seguem pra região abaixo de L1-L2 apresentam aspecto de 
RABO DE CAVALO, chamando-se de CAUDA EQUINA / A RAIZ MEDULAR 
POSTERIOR é formada por fibras AFERENTES (sensitiva) que fazem conexão 
no GÂNGLIO SENSORIAL que contém neurônios especiais chamados 
pseudounipolares 
 
Na região inferior e terminal da ME, há o CONE MEDULAR que possui 
aspecto afilado – a PIA-MATER que recobre a ME se prolonga inferiormente 
abaixo do cone, formando o FILAMENTO TERMINAL = ESTRUTURA DE 
FIXAÇÃO → ao nível de S2, o filamento terminal PENETRA a aracnoide e, 
junto à dura-máter, forma o LIGAMENTO COCCÍGEO ao se inserir no CÓCCIX 
/ Lateralmente à ME, a pia-máter forma estruturas de fixação entre as 
RAÍZES MEDULARES = LIGAMENTOS DENTICULADOS 
 
Na região CERVICAL + TORÁCICA ALTA há a DILATAÇÃO CERVICAL (C5, C6, 
C7, C8, T1) que corresponde a inervação dos MMSS, formando o PLEXO 
BRAQUIAL / Na região LOMBOSSACRA, há a DILATAÇÃO LOMBAR (L1, L2, 
L3, L4, L5, S1, S2), que corresponde a inervação dos MMII, formando o 
PLEXO LOMBOSSACRO 
 
Thaís Pires 2 Percepção 
b. Microscopicamente – a ME é dividida em: SUBSTÂNCIA BRANCA - 
externamente – composta por axônios dos neurônios, que irão formar 
as VIAS DE ASSOCIAÇÃO entre os níveis da ME e as VIAS DE PROJEÇÃO 
ascendente e descendente, que fazem a comunicação com o encéfalo; e 
SUBSTÂNCIA CINZENTA – internamente – composta por corpos 
celulares dos neurônios 
 
Substância Branca – em toda a sua extensão, possui 3 FUNÍCULOS DE 
CADA LADO: anterior, lateral e posterior – anterior = fissura mediana 
anterior – dulco lateral anterior; lateral = sulco lateral posterior – sulco 
lateral anterior; posterior = sulco mediano posterior – sulco lateral 
posterior 
 
VIAS ASSOCIATIVAS da ME (associam os diferentes fragmentos da ME) formam o FASCÍCULO PRÓPRIO, 
localizado em VOLTA DA SUBSTÂNCIA CINZENTA, no interior da substância branca 
 
As fibras originadas a partir do GÂNGLIO SENSITIVO ESPINAL entram pela raiz medular POSTERIOR e se 
BIFURCAM em ramo: DESCENDENTE CURTO – localiza-se próximo à coluna posterior, formando o TRATO 
DORSOLATERAL, que faz sinapse com os neurônios da coluna posterior; ASCENDENTE LONGO – forma as VIAS 
ASCENDENTES, divididas em: 
Funículo Anterior: trato espinotalâmico anterior; Lateral: trato espinotalâmico lateral, trato espinocerebelar 
anterior e trato espinocerebelar posterior; Posterior: fascículo grácil e cuneiforme 
 
Thaís Pires 3 Percepção 
VIA ESPINOTALÂMICA - Trato espinotalâmico anterior: sensibilidade tátil 
grosseira e pressão + Trato espinotalâmico lateral: sensibilidade térmica e 
dolorosa / As fibras oriundas do gânglio sensorial formam a raiz medular 
posterior, que fazem conexão com os NEURÔNIOS DA SUBSTÂNCIA 
CINZENTA DA COLUNA POSTERIOR, cruzando a linha média anteriormente 
pela substância branca, ocupando o FUNÍCULO ANTERIOR 
CONTRALATERAL e seguindo um trajeto ASCENDENTE – essa via dirige-se 
ao núcleo ventral posterolateral, TÁLAMO e, juntando-se ao trato 
espinotalâmico POSTERIOR, forma o LEMNISCO ESPINAL ao nível do tronco 
encefálico – a partir do tálamo, ramificações partem para o córtex, onde 
torna-se CONSCIENTE A DOR E A SENSIBILIDADE TÉRMICA / existe uma via 
filogeneticamente mais antiga que dirige-se para a região dos NÚCLEOS 
MEDIAIS do tálamo, causando as dores do tipo de QUEIMAÇÃO com 
topografia não tão bem definida – essa via tem estatística de 
HOMOLATERALIDADE 10% e CONTRALATERALIDADE 90% → enquanto 
que a outra é 95% de contralateralidade 
 
VIA ESPINORRECULAR – composta por fibras cruzadas e homolaterais em 
mesma proporção que formam a região RETICULAR DO BULBO E DA PONTE 
– é uma junção dos tratos espinocerebelar anterior e posterior → dor de 
aspecto AFETIVO EMOCIONAL 
 
PROPRIOCEPÇÃO – noção de movimento e posição no espaço – os 
impulsos originados nos receptores táteis, fusos neuromusculares, entre 
outros, são direcionados para gânglio sensorial - substância cinzenta da 
coluna posterior da ME – o TRATO ESPINOCEREBELAR ANTERIOR após 
ligar-se à substância cinzenta, CRUZA A LINHA MÉDIA e segue 
ASCENDENTE pelo funículo LATERAL até o tronco do encéfalo, onde 
CRUZA, NO PEDÚNCULO-CEREBELAR, novamente a linha média e 
atingindo o CÓRTEX CEREBELAR! O espinocerebelar POSTERIOR 
permanece homolateral e segue ascendente pelo FUNÍCULO LATERAL até 
o cerebelo 
 
FASCÍCULOS GRÁCIL E CUNEIFORME – sensibilidade tátil fina, vibratória, propriocepção consciente e 
estereognosia – vias originadas nos gânglios sensoriais posteriores, penetram com as raízes medulares pelo 
funículo posterior SEM CONEXÃO COM A SUBSTÂNCIA CINZENTA com trajeto ascendente até o BULBO – 
nesse local é onde há conexão entre os fascículos grácil e 
cuneiforme que forma o LEMNISCO MEDIAL que 
 
Substância Cinzenta – no interior da substância branca, está 
a cinzenta com forma de H, possuindo duas colunas 
posteriores e anteriores em TODA A EXTENSÃO – somente 
nos níveis CERVICAL E TORÁCICO ALTO há as COLUNAS 
LATERAIS, que se relacionam com o SNA de onde se originam 
os neurônios pré-ganglionares simpáticos – os SULCOS 
LATERAIS ANTERIORES correspondem a SAÍDA das raízes 
medulares anteriores DAS COLUNAS ANTERIORES e os 
SULCOS LATERAIS POSTERIORES correspondem à ENTRADA 
das raízes medulares posteriores NAS COLUNAS 
POSTERIORES → essas colunas são MAIS DESENVOLVIDAS 
nas dilatações CERVICAL E LOMBOSSACRA 
Corno Posterior – coluna posterior – é o mais ESTREITO E 
ALONGADO, sendo divido em 3 partes: base (em continuidade com a comissura cinzenta), colo e a cabeça 
Thaís Pires 4 Percepção 
Corno Anterior – coluna anterior – é mais LARGO – dividido em duas partes: base (unida a comissura cinzenta) 
e cabeça (de onde sai a raiz medular) 
A substância cinzenta é divida em 10 áreas = LÂMINAS DE REXED – na região ANTERIOR cervical e 
lombossacra, respectivamente, os núcleos laterais dos cornos anteriores relacionam-se com a musculatura 
dos MMSS e MMII 
 
c. Envoltórios – Ao contrário da intracraniana, a DURA-MÁTER ESPINAL não está aderida ao canal vertebral → 
nesse espaçoEPIDURAL/EXTRADURAL há TECIDO ADIPOSO e PLEXO VENOSO VERTEBRAL INTERNO → esse 
plexo comunica com as VEIAS POSTERIORES DA PELVE, ABDOME, TÓRAX e do SISTEMA ÁZIGOS / no espaço 
SUBDURAL, entre a dura e a aracnoide, existe pouca quantidade de LCR / no espaço SUBARACNOIDEO, entre 
aracnoide e pia-máter, é onde há a maior quantidade de LCR → como o cone medular está ACIMA DE S2 e 
abaixo dele só há raiz medular e o filamento terminal, esse local é onde mais se realizam PUNÇÕES LOMBARES 
 
A dura-máter é a mais espessa, por isso é chamada de PAQUIMENINGE – as outras duas são as 
LEPTOMENINGES 
DURA-MÁTER – é a mais externa, formada por ABUNDATES FIBRAS COLÁGENAS, tornando-a espessa e 
resistente – ela reveste a ME como um todo, formando o SACO DURAL, que termina em fundo de saco na S2 
/ lateralmente, a dura embanha as raízes dos nervos espinais, tornando-se continua com o epineuro → essa 
saída lateral é o que OBLITERA os orifícios laterais, não permitindo a saída de LCR 
PIA-MÁTER – meninge mais delicada e interna – adere-se ao tecido nervoso da ME e penetra no sulco mediano 
anterior / após o cone medular, a pia mate forma o FILAMENTO TERMINAL 
 
2. Anatomia macroscópica do cerebelo, sua estrutura e funções; 
 
O cerebelo forma, junto ao cérebro, os dois órgãos SUPRASSEGMENTARES do SNC, uma vez que não são divididos 
em relação aos nervos espinais e cranianos – eles diferem do sistema nervoso segmentar pela disposição peculiar 
= CAMADA CORTICAL CINZENTA que envolve uma CAMADA BRANCA que contém NÚCLEOS substância cinzenta 
em seu interior 
 
Macroscopia – localiza-se na FOSSA 
POSTERIOR do crânio, dorsalmente em 
relação ao tronco encefálico – é formado por 
uma estrutura ímpar, o VERMIS, e DOIS 
HEMISFÉRIOS CEREBELARES / dentre os 
sulcos do cerebelo, existem os de orientação 
TRANSVERSAL, que delimitam as FOLHAS DO 
CEREBELO e os sulcos PROFUNDOS que 
delimitam os LÓBULOS, formados por 1 ou 
mais folhas 
 
Separando-o por duas fissuras transversais 
(fissura prima – posterolateral), surgem os 
lóbulos ANTERIOR, POSTERIOR e FLOCULONODULAR – O floculonodular é a região ontogeneticamente mais 
antiga (em relação à evolução) e participa da FORMAÇÃO DO SIST. VESTIBULAR + CONTROLE DO EQUILÍBRIO / 
lobos ANTERIOR + POSTERIOR = CORPO DO CEREBELO 
 
Thaís Pires 5 Percepção 
Medula Cerebelar: A substância BRANCA CENTRAL do cerebelo se chama CORPO MEDULAR DO CEREBELO, de 
onde se irradiam LÂMINAS BRANCAS para o CÓRTEX CEREBELAR e os PEDÚNCULOS CEREBELARES SUPERIOR, 
MÉDIO e INFERIOR por onde transitam as fibras aferentes e eferentes cerebelares / no interior da substância 
branca existem 3 PARES DE NÚCLEOS de substância cinzenta = NÚCLEOS CENTRAIS DO CEREBELO: denteado, 
interpósito e fastigial 
 
Funcionalmente, os hemisférios cerebelares são divididos em zonas SAGITAIS: VERMAL, INTERMEDIÁRIA e 
LATERAL que realizam conexões EFERENTES com os núcleos 
 
Filogeneticamente, a porção mais antiga do cerebelo é o ARQUICEREBELO, que é formado pelo LOBO 
FLOCULONODULAR e realiza função com o sistema vestibular, mantendo o equilíbrio por meio da coordenação 
das atividades motoras somática 
O PALEOCEREBELO é a estrutura mais recente, que relaciona-se com as funções de regulação do TÔNUS 
MUSCULAR e da POSTURA – essa estrutura é representada pelo LOBO ANTERIOR + PIRÂMIDE + ÚVULA do lobo 
posterior do vermis 
O NEOCEREBELO apresenta importantes conexões com o córtex cerebral motor, estando envolvido no CONTROLE 
DE MOV MAIS COMPLEXOS das extremidades – é formado por todo o resto do LOBO POSTERIOR 
 
Vias aferentes cerebelares – os impulsos aferentes podem ter origem CENTRAL DO CÉREBRO e do TRONCO 
CEREBRAL ou PERIFÉRICA da ME 
CENTRAIS – a mais importante via é a CORTICOPONTOCEREBELAR, que se origina nas regiões CORTICAIS 
MOTORAS E PRÉ-MOTORAS, fazendo conexão com os NÚCLEOS PONTINOS e, após, com o HEMISFÉRIO 
CEREBELAR CONTRALATERAL – já no cerebelo, as projeções relacionadas ao TRONCO seguem para o VERMIS 
e as relacionadas aos MEMBROS para os HEMISFÉRIO CEREBELARES / os outros impulsos aferentes originam-
se no tronco cerebral e seguem pelo cerebelo 
 
PERIFÉRICAS – as fibras TREPADEIRAS originam-se no NÚCLEO OLIVAR INFERIOR e dirigem-se para as 
CÉLULAS DE PURKINJE – são, em média, 1 fibra trepadeira para cada 10 cél. de purkinje – são fibras 
essencialmente EXCITATÓRIAS 
 As fibras MUSGOSAS originam-se de vários SISTEMAS AFERENTES MOTORES E SENSORIAIS da ME e 
tronco cerebral – essas fibras incluem os tratos espinocerebelares, fibras pontinocerebelares – essas fibras 
enviam ramos aos NÚCLEOS CEREBELARES PROFUNDOS e terminam em uma formação na camada granular 
do córtex cerebelar = GLOMÉRULO 
 As fibras que não podem ser classificadas como trepadeiras e mucosas são chamadas de 
MONOAMINÉRGICAS – todas são originadas do TRONCO CEREBRAL – os tratos espinocerebrais anteriores 
Thaís Pires 6 Percepção 
recebem informação MOTORA do corno anterior, já o trato espinocerebral posterior recebem impulsos 
AFERENTES SENSORIAIS PERIFÉRICOS dos fusos intramusculares, mecanorreceptores articulares e cutâneos 
→ propriocepção 
 
Vias Eferentes Cerebelares – os 3 núcleos profundos cerebelares recebem impulsos eferentes do CORTEX 
CEREBELAR e dos tratos AFERENTES SENSORIAIS PARA O CEREBELO – ao chegar no cerebelo, o impulso pode IR 
DIRETO PRO NÚCLEO CEREBELAR ou pro CÓRTEX CORRESPONDENTE AO NÚCLEO CEREBELAR, que 
posteriormente irá para o núcleo correspondente → i.e., TODO impulso eferente do córtex cerebelar acaba 
terminando nos núcleos profundos / todos os núcleos enviam fibras eferentes para a PARTE CAUDAL DO 
NÚCLEO VENTROLATERAL DO TÁLAMO que se projeta para o CÓRTEX FRONTAL MOTOR - as 3 principais vias 
eferentes são: 
a. Vermis → núcleo fastigial → ponte bulbo 
b. Zona intermediária do hemisfério cerebelar → núcleo interpósito → tálamo... 
c. Zona lateral do hemisfério cerebelar → núcleo denteado → tálamo → córtex... 
 
Córtex Cerebelar: composto por 3 camadas em toda a sua estrutura que possuem 5 tipos de neurônios – 
MOLECULAR, DAS CÉLULAS DE PURKINJE, GRANULAR (externo-interno) 
➔ os dendritos das CÉL DE PURKINJE E DE GOLGI TIPO 2 projetam-se para dentro da camada molecular 
➔ as CÉLULAS DE GOLGI TIPO 2 ocorrem TANTO NA MOLECULAR COMO NA DE PURKINJE 
➔ os dendritos das CÉLULAS DE PURKINJE estão sempre dispostos em um plano TRANSVERSAL em relação ao 
EIXO DA FOLHA CEREBELAR 
➔ os axônios das CÉLULAS GRANULARES ascendem também na MOLECULAR, onde se bifurcam e correm 
paralelos ao eixo da folha = FIBRAS PARALELAS 
➔ as CÉLULAS EM CESTO também possuem seus dendritos na camada MOLECULAR com a mesma disposição 
das de purkinje, ou seja, formando 90 graus com as fibras paralelas, por isso são chamadas de FIBRAS 
TANGENCIAIS 
➔ o quinto tipo celular corresponde as CÉLULAS ESTRELADAS, que também se conecta com as fibras paralelas 
– conexão INTRAFOLIAL 
GLOMÉRULO CEREBELAR – uma estrutura sináptica NODULAR que recebe impulsos excitatórios das fibras 
MUSGOSAS, que excitam as células GRANULARES, por consequência excitando as outras células do CÓRTEX 
CEREBELAR por meio das FIBRAS PARALELAS, i.e., os AXÔNIOS das células granulares funcionam como VIA 
EFERENTE do glomérulo → obs: o glomérulo emerge na molecular como FIBRA PARALELA 
➔ Todas a vias aferentes convergem para as CÉLULAS DE PURKINJE, sendo essas chamadas de VIA FINAL 
COMUM EFERENTE DO CEREBELO que parte para os NÚCLEOS cerebelares (denteado, interdepósito, 
fastigial) / uma MINORIA dos axônios das células de purkinje sai DIRETAMENTE PARA OS NÚCLEOS 
VESTIBULARES 
➔ O efeito das células de purkinje é INIBITÓRIO sendo o seu neurotransmissor o GABA 
➔ Todas as fibras TREPADEIRAS, MUSGOSAS e PARALELAS são EXCITATÓRIAS – resto = inibitória 
Thaís Pires 7 Percepção 
 
3. Anatomia macroscópica do tronco cerebral e suas funções; 
O Tronco encefálico é uma unidade definida TOPOGRÁFICA e EMBRIOLOGICAMENTE, porem não apresenta sistema 
funcionaluniforme → situa-se na parte basal do OCCIPITAL e na região mais posterior da fossa intracraniana 
posterior, i.e., inferiormente ao cérebro e anteriormente ao cerebelo – estende-se da ME – DIENCÉFALO 
No sentido rostral-caudal, o TE é dividido em MESENCÉFALO, PONTE e BULBO – já no plano TRANSVERSAL é dividido 
internamente, no sentido dorsal-ventral, em TETO (exclusivo do mesencéfalo), TEGMENTO e BASE 
TE apresenta muitos tratos ASCENDENTES e DESCENDENTES de fibras – alguns núcleos recebem e enviam fibras para 
os nervos cranianos, sendo chamados de NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS / TE contém uma matriz de neurônios 
chamada FORMAÇÃO RETICULAR 
 
a. Bulbo – tem a forma de um cone e é a região mais CAUDAL DO TE, funcionando como um tecido de conexão 
entre a região menos diferenciada do SN, a ME, e a mais diferenciada, o encéfalo – é dividido em porção 
CAUDAL (fechada) e porção ROSTRAL (aberta) com base na ausência ou presença do 4 VENTRÍCULO / a 
região mais CAUDAL do bulbo, internamente, é muito semelhante à ME CERVICAL (sulcos, fissuras, fibras), 
sendo os sulcos longitudinais contínuos com a ME com consequente delimitação anterior, lateral e posterior 
– quanto mais ROSTRAL o bulbo, maior a diferenciação interna, separando-se da PONTE pelo SULCO 
BULBOPONTINO na face anterior 
 
Thaís Pires 8 Percepção 
A FISSURA MEDIANA ANTERIOR (homóloga à da ME) termina CRANIALMENTE em uma depressão 
denominada FORAME CEGO – em cada lado da fissura mediana anterior há uma coluna longitudinal 
proeminente = PIRÂMIDE BULBAR, que é delimitada lateralmente pelos sulcos laterais anteriores / a 
pirâmide bulbar é formada por FEIXES COMPACTOS de fibras nervosas que LIGA as áreas MOTORAS do 
cérebro aos NEURÔNIOS MOTORES DA ME = TRATO PIRAMIDAL / na porção caudal do bulbo, grande parte 
desses feixes CRUZAM OBLIQUAMENTE O PLANO MEDIANO, formando a DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES / 
lateralmente as pirâmides bulbares, se estendendo ATÉ 2cm ABAIXO DA PONTE, existem DUAS 
PROEMINÊNCIAS OVOIDES = OLIVAS com um aglomerado de substância cinzenta = núcleos olivares 
inferiores → ventralmente às olivas, no sulco lateral anterior, emergem as RADÍCULAS DO NERVO 
HIPOGLOSSO (XII) – do sulco lateral posterior, as radículas do GLOSSOFARÍNGEO (IX) e VAGO (X) 
 
A região CAUDAL/FECHADA do bulbo é percorrida por um estreito canal que é continuação do canal central 
da ME – esse canal abre-se POSTERIORMENTE para formar o 4º VENTRÍCULO, que possui o assoalho 
composto pela METADE ROSTRAL/ABERTA do bulbo / na margem inferior do 4º ventrículo, o ÓBEX, o sulco 
mediano posterior divide-se para formar os limites inferiores dele 
 
Entre os sulcos mediano posterior e lateral posterior 
está situada a ÁREA POSTERIOR DO BULBO = 
continuação do funículo posterior da ME, que é dividida 
em FASCÍCULOS GRÁCIL e CUNEIFORME pelo sulco 
intermediário – esses fascículos contínuos com a ME 
são DESLOCADOS LATERALMENTE com a abertura do 4 
ventrículo → na região dessa lateralização, estão os respectivos NÚCLEOS de cada fascículo que causam um 
PROEMINÊNCIA NO BULBO = TUBÉRCULOS GRÁCIL e CUNEIFORME / logo acima desses tubérculos existem 
os PEDÚNCULOS CEREBELARES INFERIORES formados 
 
 
b. Ponte – tem sua face anterior separada do bulbo pelo SULCO BULBOPONTINO, local por onde emergem 
ABDUCENTE, FACIAL e VESTIBULOCOCLEAR – a ponte consiste em uma GRANDE ELEVAÇÃO na superfície 
anterior do TE, que situa-se entre BULBO-MESENCÉFALO / é ANTERIOR AO CEREBELO e repousa sobre a parte 
BASILAR DO OSSO OCCIPITAL e sobre o DORSO DA SELA TÚRCICA DO ESFENOIDE / é formada por uma parte 
VENTRAL/BASE DA PONTE e uma DORSAL/TEGMENTO DA PONTE 
Tegmento da ponte tem estrutura semelhante a do bulbo e do mesencéfalo – a base da ponte possui estrutura 
muito diferente de outras áreas do TE, com ESTRIAÇÃO TRANSVERSAL pela presença de FEIXES DE FIBRAS 
TRANSVERSAIS → a conexão entre TEGMENTO-BASE DA PONTE apresenta um conjunto de fibras mielínicas 
transversais = CORPO TRAPEZOIDE 
Base da Ponte – área sem correspondentes em outras regiões do TE – surgiu na filogênese com o neocerebelo 
e neocórtex, mantendo conexão com essas áreas do SN – o tamanho da base varia com o desenvolvimento 
Thaís Pires 9 Percepção 
neocortical, sendo maior que o TEGMENTO / os NÚCLEOS PONTINOS da ponte basal transmitem informação 
para o CEREBELO pelo PEDÚNCULO CEREBELAR MÉDIO, enquanto que as fibras pontocerebelares partem desses 
núcleos as corticopontinas chegam a eles 
 
c. Mesencéfalo – o menor e menos diferenciado segmento TE infratentorial localizado rostralmente a ponte e 
estendendo-se SUPERIORMENTE ATÉ O DIENCÉFALO E O 3º VENTRÍCULO – inferiormente separado da ponte 
pelo SULCO PONTOMESENCEFÁLICO e superiormente do encéfalo pelo PLANO QUE LIGA OS CORPOS 
MAMILARES / transversalmente é divido em: porção dorsal/teto mesencéfalo; porção central/tegmento do 
mesencéfalo; porção ventral/base do mesencéfalo 
 
O AQUEDUTO CEREBRAL/SYLVIUS passa 
VENTRALMENTE ao teto do mesencéfalo e conecta os 3 
e 4 ventrículos – esse aqueduto percorre o mesencéfalo 
longitudinalmente e é circundado por uma SUBSTÂNCIA 
CINZENTA PERIAQUEDUTEAL - VENTRAL ao aqueduto, 
fica o TEGMENTO MESENCEFÁLICO 
 
Os pedúnculos cerebrais, numa visão anterior, são 2 
feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte 
e divergem cranialmente para penetrar no cérebro → 
essa bifurcação delimita uma DEPRESSÃO TRIANGULAR 
NA LINHA MÉDIA = FOSSA INTERPEDUNCULAR, a parte 
mais ventral do mesencéfalo, que possui orifícios para 
passagem de vasos – anteriormente essas fossas são 
limitadas pelos CORPOS MAMILARES 
 
Separando o tegumento do mesencéfalo do PEDÚNCULO CEREBRAL há a SUBSTÂNCIA NEGRA composta por 
neurônios com melanina – correspondendo a substância negra na SUPERFÍCIE DO MESENCÉFALO, existem 2 
SULCOS LONGITUDINAIS: o lateral = sulco lateral do mesencéfalo + medial = sulco medial do pedúnculo cerebral 
→ esses sulcos LIMITAM BASE E TEGUMENTO 
 
O TETO DO MESENCÉFALO possui 4 eminências: 2 COLÍCULOS INFERIORES (audição) e 2 COLÍCULOS 
SUPERIORES (visão) que são separados por DOIS SULCOS LONGITUDINAIS em forma de cruz – na parte superior 
dessa cruz há o CORPO PINEAL - caudal ao colículo inferior emerge TROCLEAR 
 
d. Quarto Ventrículo – cavidade do rombencéfalo localizada entra a porção SUPERIOR DO BULBO E A PONTE – é 
continua inferiormente como o CANAL CENTRAL DO BULBO e superiormente com o AQUEDUTO DE SYLVIUS 
(onde conecta 3 e 4 ventrículos) – a cavidade do 4 ventrículo prolonga-se de cada lado e forma os RECESSOS 
LATERAIS na região posterior – cada um desses recessos se comunica com o ESPAÇO SUBARACNOIDEO pelas 
ABERTURAS LATERAIS = FORAMES DE LUSCHKA → isso permite o enchimento da cavidade ventricular e 
consequentemente do SUBARACNOIDEO 
 
e. Estruturas Internas TE – são 3 os tipos de estruturas: substância cinzenta, branca e formação reticular que 
formam os principais componentes internos do TE: núcleos dos nervos cranianos; núcleos próprios do TE; tratos 
descendentes, ascendente e de associação e formação reticular. 
 
a. Núcleos dos nervos cranianos – formados pela mesma substância cinzenta da ME – todos os pares se 
localizam no TE, com exceção dos 2 primeiros, que são evaginação do cérebro → os NÚCLEOS 
EFERENTES (motores) localizam-se MEDIALMENTE e os NÚCLEOS AFERENTES (sensoriais) localizam-se 
LATERALMENTE 
b. Núcleos Próprios do TE – correspondem à SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA, sem relação com a da ME 
– a disposição desses núcleos segue o plano geral do SN: motores anteriormente aos sensitivos 
Thaís Pires 10 Percepção 
Bulbo – contém os NÚCLEOS GRÁCIL E CUNEIFORME que constituem a primeira sinapse das vias sensoriais (trato 
grácil e cuneiforme) provenientes da ME e porção caudal do bulbo → o núcleo grácil está na região POSTERIOR 
enquanto que o cuneiforme na ANTERIOR – ambos estão relacionados com a transmissão da SENSIBILIDADE TÁTIL, 
PROPRIOCEPÇÃO CONSCIENTE E VIBRATÓRIA, que sãoencaminhadas para o tálamo -> córtex cerebral 
 COMPLEXO NUCLEAR OLIVAR INFERIOR = núcleo olivar inferior principal + acessório medial + acessório dorsal 
– recebem fibras do córtex cerebral, da ME e do núcleo rubro – alguns axônios das células do complexo CRUZAM A 
RAFE MEDIANA e entram no CEREBELO via peduncular contralateral – no cerebelo, possuem ação EXCITATÓRIA 
SOBRE AS CÉL DE PURKINJE, estando relacionado com a APRENDIZAGEM MOTORA, i.e., fenômeno de realizar 
determinada tarefa com velocidade e eficiência cada vez maior após repetida 
 
Ponte – os NÚCLEOS PONTINOS são pequenos aglomerados de neurônios na BASE DA PONTE, recebendo projeções 
do CÓRTEX CEREBRAL – os neurônios dos núcleos emitem projeções dos axônios = FIBRAS TRANSVERSAIS DA PONTE 
que cruzam o plano mediano e PENETRAM NO CEREBELO 
 Núcleo olivar superior + núcleo do corpo trapezoide + núcleo do lemnisco lateral estão relacionados as VIAS 
AUDITIVAS, uma vez que recebem impulsos do NÚCLEO COCLEAR – seu mecanismo está relacionado com a proteção 
de SONS MUITO ALTOS 
 
Mesencéfalo – o NÚCLEO RUBRO está posicionado centralmente, e em cortes transversais aparece como uma 
estrutura circular – dentre suas células, possui feixes de fibras mielinizadas e fibras do nervo oculomotor – recebe 
aferências principalmente do CÓRTEX CEREBRAL + CEREBELO / as projeções eferentes direcionam-se principalmente 
para a ME, sendo responsáveis por MANTER O TONUS MUSCULAR FLEXOR 
 SUBSTÂNCIA NEGRA – dorsal ao pedúnculo cerebral e ventral ao tegmento – neurônios recobertos por 
melanina / é dividida em PARTE COMPACTA, rica em células pigmentadas e em PARTE RETICULAR, pobre em células 
no geral → os neurônios da parte compacta contem altas concentrações de DOPAMINA (neurônios dopaminérgicos) 
e são reconhecidos como principal fonte de dopamina ESTRIATAL / a degradação de fibras dopaminérgicas está 
relacionada com a DIMINUIÇÃO DE DOPAMINA NO CORPO ESTRIADO, provocando as perturbações do Parkinson 
 NÚCLEO DO COLÍCULO INFERIOR – divide-se em central, pericentral externo – é o MAIOR NÚCLEO AUDITIVO 
RETRANSMISSOR do TE – fibras auditivas provenientes do lemnisco lateral, e projeções BILATERAIS DO CÓRTEX 
AUDITIVO 
 COLÍCULOS SUPERIORES – detecção de movimentos dos objetos nos campos visuais + audição – esse colículo 
está relacionado com REFLEXOS QUE REGULAM O MOVIMENTO VERTICAL DOS OLHOS 
c. Tratos Descendentes – todos os tratos que terminam na ME PASSAM pelo TE ou ORIGINAM no TE 
d. Tratos Ascendentes – se originam ou terminam no TE ou passam por ele → OU SEJA, o TE é uma estação 
de RETRANSMISSÃO de muitas vias longitudinais (ascendentes e descendentes) 
e. Formação Reticular – localizada no tegmento do TE, relaciona-se com o CONTROLE DA RESPIRAÇÃO, 
FUNÇÕES DO CARDIOVASCULAR E ESTADO DE CONSCIÊNCIA, SONO E VIGÍLIA 
 
4. Nervos espinhais e nervos cranianos 
 
a. Nervos Espinhais – 31 pares (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais) - aqueles que fazem conexão 
com a ME, sendo responsáveis pela inervação da CABEÇA, MEMBROS e TRONCO – são resultado da junção 
das RAÍZES MEDULARES anterior e posterior → na região raiz posterior, há o GÂNGLIO ESPINHAL com os 
neurônios pseudounipolares SENSITIVOS, que se ramificam para formar a raiz; e a raiz anterior é resultado 
de neurônios nas regiões lateral e anterior da ME → A junção das duas raízes forma o TRONCO DO NERVO 
ESPINHAL que é funcionalmente misto (sensorial e motor) / a funcionalidade deles é MUITO HETEROGÊNEA, 
sendo possível, em um mesmo nervo, passarem fibras em sentidos oposto (fios de telefone) 
 
Thaís Pires 11 Percepção 
A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL de cada fibra 
está relacionada a classificação da 
TERMINAÇÃO NERVOSA – fibras ligadas 
perifericamente a terminações aferentes 
conduzem o impulso CENTRIPETAMENTE; as 
de INTEROCEPTORES OU VISCEROCEPTORES 
(vísceras e vasos – fome, dor, sede) = 
VISCERAIS; PROPRIOCEPTORES (músculos, 
tendões, ligamentos, articulação – 
conscientes ou inconscientes) ou 
EXTEROCEPTORES (localizados na superfície 
externa do corpo - ativados por calor, frio, 
pressão) = SOMÁTICA; 
 
 
Partindo do FORAME INTERVERTEBRAL, os nervos 
espinhais se bifurcam em RAMOS VENTRAL e DORSAL, 
sendo, com exceção do 3 primeiros cervicais, os ramos 
DORSAIS menores que os VENTRAIS / os DORSAIS 
(menores) se distribuem por músculos e pele da região 
dorsal, nuca e occipital – os VENTRAIS, que são quase 
uma continuação do TRONCO DO NERVO ESPINHAL, se 
distribuem para musculatura, pele, vasos, ossos, dos 
MEMBROS e REGIÃO ANTEROLATERAL DO DORSO E 
PESCOÇO 
 
Quando um nervo nomeadamente MOTOR penetra em 
um músculo, é importante entender que ele não é 
unicamente EFERENTE, uma vez que grande parte dos 
nervos são mistos (aferentes e eferentes) em proporções 
diferentes → portanto, um nervo eferente muscular 
certamente possui fibras aferentes proprioceptivas 
 
 
 
 
Os RAMOS VENTRAIS dos nervos espinhais 
TORÁCICOS (nervos intercostais) seguem 
individualmente e aproximadamente paralelo nos 
espaços intercostais, i.e, são UNISSEGMENTARES 
/ já os ramos ventrais de outros nervos espinhais 
não seguem essa divisão INDIVIDUALIZADA, 
muitos deles se CRUZAM, ANASTOMOSAM, 
TROCAM FIBRAS formando os chamados PLEXOS 
– o nervos que PARTEM DOS PLEXOS, portanto, 
são PLURISSEGMENTARES (originam-se de vários 
segmentos da ME) 
 
 
Thaís Pires 12 Percepção 
Dermátomo - território cutâneo inervado por fibras de uma 
única RAIZ DORSAL (a partir de um nervo) que recebe o nome 
da raiz que o inerva – entender as fibras que o inervam permite 
localizar LESÕES MEDULARES 
Nos membros, devido ao crescimento dos brotos apendiculares, 
a disposição dos demátomos é irregular, havendo APOSIÇÃO DE 
DERMÁTOMOS DISTANTES → ao ter uma raiz seccionada, um 
dermátomo não perde a sensibilidade totalmente, uma vez que 
as raízes dorsais adjacentes inervam áreas sobrepostas 
As fibras radiculares podem chegar aos dermátomos por 
NERVOS UNISSEGMENTARES e PLURISSEGMENTARES, sendo, 
respectivamente, o nervo periférico da região responsável pelo 
dermátomo 
 
Raízes Ventrais – o território inervado por uma única raiz ventral se chama CAMPO RADICULAR MOTOR – 
os músculos podem ser UNIRRADICULARES (intercostais – inervado por uma única raiz ventral) e 
PLURIRRADICULARES 
 
Unidade Motora = axônio do neurônio motor + fibras musculares por ele inervadas, ou seja, somente 
relacionado com neurônios motores somáticos → músculos esqueléticos – essa unidade motora que 
permite a ativação simultânea das fibras musculares / a unidade motora varia de acordo com o tipo de 
músculo, i.e., os músculos de FORÇA (bíceps, tríceps) tem MUITA FIBRA MUSCULAR/NERVOSA já músculos 
de movimentos delicados (da mão) possuem menos FIBR AMUSCULAR/ NERVOSA 
 
Unidade Sensitiva – neurônio sensitivo + ramificações para receptores (exteroceptor) 
 
b. Nervos Cranianos – são os nervos que se ligam ao TE, com exceção dos OLFATÓRIO e OPTICO – os nervos 
são nomeados de acordo com o aparecimento CRANIO-CAUDAL e MEDIAL-LATERAL no TE - quanto aos 
espinhais, os cranianos diferem com relação a CONSTÂNCIA NA ORIGEM 
 
Componentes Aferentes – os receptores de órgãos relacionados a VISÃO, AUDIÇÃO, TATO, OLFATO e 
GUSTAÇÃO são chamados de ESPECIAIS, enquanto que os encontrados no resto de todo o corpo são GERAIS 
i. Fibras aferentes somáticas gerais – proprioceptores e exteroceptores – temperatura, 
dor,pressão, tensão 
ii. Fibras aferentes somáticas especiais – receptores retina e ouvido interno – visão, audição, 
equilíbrio 
iii. Fibras aferentes viscerais gerais – visceroreceptores – dor visceral 
iv. Fibras aferentes viscerais especiais – receptores gustativos e olfatórios considerados 
viscerais por estarem em ÓRGAOS do sistema digestório e respiratório 
Componentes Eferentes – embriologicamente, os somitos dão origem ao tecido muscular (músculos 
estriados miotômicos) → FIBRAS EFERENTES GERAIS não se formamsomitos na extremidade cefálica dos 
embriões, formando os arcos branquiais (músculos estriados branquiométricos) → FIBRAS EFERENTES 
ESPECIAIS 
 
Thaís Pires 13 Percepção 
Número Nome Saída Modalidade Função 
1 – CN I Olfatório Platô cribiforme Aferentes 
Visceral 
Especial 
Olfato 
2 – CN II Óptico Canal Óptico – 
Une-se com o do 
lado oposto = 
quiasma 
Aferentes 
Somática 
Especial 
Visão 
3 – CN III Oculomotor Fissura Orbital 
Superior 
Eferente 
visceral geral 
Músculos oculares 
extrínsecos + Pálpebra 
superior + Esfíncter da 
pupila 
4 – CN IV Troclear Fissura Orbital 
Superior 
Motor Músculo oblíquo 
superior (olho) 
Movimento vertical dos 
olhos 
5 – CN V 
 
RAIZ SENSITIVA - 
A partir do gânglio 
trigeminal, 
partem os ramos 
sensitivos 
 
Propriocepção 
músculos 
mastigação 
Trigêmeo 
 
Oftálmico 
 
 
 
 
Maxilar 
 
 
 
 
Mandibular 
 
 
 
 
 
 
 
Raiz Motora 
 
 
Fissura Orbital 
Superior 
 
 
 
Forame 
 
 
 
 
Forame Oval 
 
Aferente 
Somático 
Geral 
 
 
Aferente 
Somático 
Geral 
 
 
 
Aferente 
Somático 
Geral 
 
 
 
 
 
Eferente 
Sensação do(a): 
 
Testa, nariz, scalp 
 
 
Bochechas, região 
inferior dos olhos, lábio 
superior, mucosa nasal, 
palato e dentes 
superiores 
 
 
Sensibilidade 2/3 
anteriores da língua, 
dentes inferiores, 
músculos da 
mastigação 
 
 
Acompanha o nervo 
mandibular → Musculos 
mastigadores 
 
6 – CN VI Abducente Fissura Orbital 
Superior 
Motor Movimento lateral dos 
olhos 
7 – CN VII Facial Meato acústico 
interno e 
processo 
estilomastóideo 
Motor; 
Sensitivo 
Sensação de parte da 
orelha 
Paladar dos 2/3 
anteriores da língua 
Músculos mímica facial 
Thaís Pires 14 Percepção 
8 – CN VIII Vestibulococlear Meato acústico 
interno 
Sensorial Audição e Equilíbrio 
9 – CN IX Glossofaríngeo Forame Jugular Sensorial 
Motor 
Sensação 1/3 posterior 
língua orelha externa e 
média 
Paladar do 1/3 
posterior língua 
10 – CN X Vago Forame Jugular Sensorial; 
Motor 
Geral Somático 
Sensorial: ext. orelha, 
laringe and faringe 
 
Geral Visceral Sensorial: 
laringe, faringe, e 
vísceras abdominais e 
torácicas. 
 
Special Visceral 
Sensorial: paladar da 
epiglote e língua 
 
GVMotor: músculos 
faringe, laringe e 
grande parte TGI 
 
SVM: most muscles of 
pharynx and larynx. 
11 – CN XI Acessório Forame Jugular Motor Movimentação 
esternocleidomastóideo 
e trapézio 
12 – CN XII Hipoglosso Canal Hipoglosso Motor Movimentação da 
língua (músculos 
intrínsecos e 
extrínsecos) 
Thaís Pires 15 Percepção

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