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Medidas e avaliacoes - FINAL

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Brasília-DF. 
Medidas e avaliações
Elaboração
Carlos Vinicius de Souza Heggeudorn Herdy
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APrESEntAção ................................................................................................................................. 4
orgAnizAção do CAdErno dE EStudoS E PESquiSA .................................................................... 5
introdução.................................................................................................................................... 7
unidAdE i
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA ................................................................................................................. 9
CAPítulo 1
AntROpOMetRIA ................................................................................................................... 10
CAPítulo 2
COMpOsIÇÃO CORpORAL .................................................................................................... 25
CAPítulo 3
AnáLIse dOs pROtOCOLOs ................................................................................................... 29
CAPítulo 4
sOMAtOtIpO.......................................................................................................................... 36
APítulo 5
equIpAMentOs neCessáRIOs................................................................................................ 40
unidAdE ii
AVALIAÇÃO neOROMusCuLAR ........................................................................................................... 47
CAPítulo 1
pOtênCIA MusCuLAR ............................................................................................................ 49
CAPítulo 2
teste IsOCInétICO ................................................................................................................ 51
CAPítulo 3
sALtO VeRtICAL ..................................................................................................................... 58
CAPítulo 4
sALtO hORIzOntAL ................................................................................................................ 62
CAPítulo 5
Ergo jump e pLAtAFORMA de FORÇA ................................................................................. 65
unidAdE iii
AVALIAÇÃO CARdIOVAsCuLAR ........................................................................................................... 67
CAPítulo 1
VOLuMe de OxIGênIO e LIMIAR AnAeRÓbIO ......................................................................... 68
CAPítulo 2
teste de CAMpO ................................................................................................................... 71
CAPítulo 3
ApLICAÇões dO Yo-Yo TEsT ............................................................................................... 74
CAPítulo 4
teste de VeLOCIdAde ........................................................................................................... 86
CAPítulo 5
AVALIAÇÃO eRGOespIROMétRICA ......................................................................................... 90
PArA (não) finAlizAr ..................................................................................................................... 96
rEfErênCiAS .................................................................................................................................. 97
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos 
conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos 
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional 
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para refl exão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao fi nal, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fi m de que o aluno faça uma pausa e refl ita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifi que seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
refl exões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, fi lmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
7
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de � xação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fi xação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verifi car a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certifi cação.
Para (não) � nalizar
Texto integrador, ao fi nal do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
introdução
Bem-vindo ao estudo da disciplina Medidas e Avaliações. Este é o nosso Caderno de 
Estudos e Pesquisa, material básico dirigido aos conhecimentos iniciais dirigidos aos 
avaliadores que trabalham diretamente com alunos e atletas praticantes do treinamento 
desportivo. Com essa ideia, essa disciplina visa proporcionar um conhecimento inicial 
para avaliadores físicos.
O Avaliador Físico é muitas das vezes chamado de fisiologista por possuir conhecimento 
e capacidade de avaliar e direcionar todo o planejamento com bases nos resultados destas 
avaliações. Para que isso ocorra, é necessário obter o perfil morfológico, neuromuscular 
e cardiovascular dos avaliados da equipe. Essa apostila irá lhe ajudar a iniciar seus 
trabalhos com atletas e pessoas que atuam diretamente em atividades físicas de alto 
rendimento e promoção da saúde.
Este material está organizado em unidades de estudo, subdivididas em capítulos. Os 
ícones que constam do Caderno são recursos de aprendizagem, que o provocam e o 
conduz a reflexão,síntese, leitura complementar, consultas, entre outros. Essa apostila 
terá como base 40 horas de carga horária.
Esperamos que você aluno-professor, tenha motivação e prazer em estudar essa 
disciplina visando seu sucesso profissional.
Bom aprendizado!
objetivos
 » Entender a atuação do Fisiologista e Avaliador Físico presente nas 
equipes esportivas.
 » Refletir criticamente sobre a importância dos testes aplicados.
 » Apropriar-se dos conhecimentos sobre processos metabólicos e avaliações 
físicas em atletas para intervenção e prescrição do treinamento.
 » Compreender a importância dos testes aplicados a crianças, adolescentes, 
adultos e idosos.
 » Criar uma metodologia de aplicação de testes físicos ao desporto.
 » Capacitar o aluno para desenvolver e avaliar com bases científicas.
9
unidAdE iAVAliAção 
MorfolÓgiCA
A avaliação morfológica está relacionada aos aspectos anatômicos do corpo, ou seja, às 
dimensões corporais e à quantificação dos diferentes componentes corporais, tanto na 
forma absoluta (kg) quanto na forma relativa (%). Essa avaliação se aplica pelo método 
de investigação baseada na medição das variações antropométricas e na composição 
corporal global, permitindo a classificação de indivíduos e grupos segundo o seu estado 
corporal. É muito comum, o Preparador Físico ou Fisiologista, adotar como primeiro 
procedimento numa equipe esportiva a prioridade em avaliar morfologicamente seus 
atletas, pois as informações coletadas servirão como parâmetros específicos para 
montagem de todo planejamento necessário para o grupo.
Nesta unidade, falaremos sobre os procedimentos básicos para análise antropométrica 
observando os protocolos mais comuns e equipamentos necessários para a avaliação.
10
CAPítulo 1
Antropometria
A antropometria é a área das ciências biológicas que tem como objetivo estudar as 
características mensuráveis da morfologia humana. Sobral (1985) diz que o método 
antropométrico baseia-se na mensuração sistemática e na análise quantitativa das 
variações dimensionais do corpo humano. O tamanho físico de uma população pode ser 
determinado por meio da medição de comprimentos, profundidades e circunferências 
corporais, e os resultados obtidos podem ser utilizados para a concepção de postos 
de trabalho, equipamentos e produtos que sirvam as dimensões da população. Por 
isso, as medidas antropométricas permitem, em termos absolutos ou por meio de 
cálculos matemáticos, a identificação das dimensões, proporções e quantidades dos 
diferentes componentes do corpo humano, que apresentam relação com a aptidão 
física relacionada à saúde e a aptidão física relacionada ao desempenho esportivo. 
Considerando a importância da antropometria para o estudo das relações entre forma 
e função humanas, evidenciadas por avaliações de proporcionalidade, somatotipo 
e composição corporal, é possível perceber a necessidade de um conhecimento 
aprofundado das técnicas de medidas e da padronização indicada para atender os 
objetivos e necessidades dos profissionais, permitindo uma prescrição mais segura, 
a partir de medidas válidas e fidedignas. Com isso, os profissionais que trabalham 
na área da preparação física, da fisiologia e da avaliação funcional, conseguem por 
meio das medidas antropométricas, um grande indicador do perfil do individuo para 
desenvolvimento da prescrição do treinamento e do planejamento. Trabalhando de 
forma específica e de acordo com as necessidades corporais. As variáveis utilizadas para 
obtenção dos dados antropométricos são: peso corporal (kg), estatura (cm), perímetros 
corporais, diâmetros ósseos e espessura de dobras cutâneas.
A importância do estudo da antropometria
A antropometria tem grande aplicação no acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos, na verificação das adaptações 
aos treinamentos, na seleção de atletas e em estudos de caracterização étnica. Quando 
as medidas são feitas periodicamente, obtêm-se informações precisas da resposta do 
organismo a estímulos dados. O acompanhamento das variações antropométricas 
fornecem importantes informações que auxiliam o clínico no acompanhamento de 
respostas a tratamentos, na verificação do estado nutricional e de anormalidades do 
desenvolvimento físico dos indivíduos. Pesquisas em Bioengenharia têm utilizado 
11
AVAliAção MorfolÓgiCA│ unidAdE i
medidas antropométricas na otimização e fabricação de próteses ortopédicas e em 
equipamentos para testar o produto desenvolvido. Na indústria de vestimentas e 
calçados, o conhecimento das características antropométricas torna-se necessário para 
que os produtos contemplem as diferentes características físicas populacionais. Estudos 
antropométricos relativos aos futuros usuários dos produtos projetados tornam-se, 
portanto, indispensáveis.
Precisão das medidas
Quando se trata de repetição de medidas antropométricas, variações biológicas podem 
interferir nos resultados, mas a maior parte da variabilidade observada deve-se à 
inconsistência da técnica antropométrica. Mesmo marcando os pontos anatômicos 
a serem medidos, a localização de uma dobra cutânea, por exemplo, pode variar 
ligeiramente de uma medição para outra. A calibração do equipamento também pode 
sofrer pequenas alterações entre uma medida e a outra. Então, para se obter medidas 
antropométricas mais precisas, a preocupação em minimizar a variabilidade das 
medidas tem que ser permanente. Para tal, é necessário o controle da precisão, da 
confiabilidade e da validade das medidas.
Ao se afirmar que um avaliador apresenta uma alta precisão nas medições que faz, 
significa que a variabilidade entre medidas repetidas por ele, em um mesmo sujeito, é 
pequena. Nesse caso, é a variabilidade intra-avaliador que está sendo aferida. Quando 
são comparadas medidas feitas por avaliadores diferentes, em um mesmo grupo de 
sujeitos, é a variabilidade inter-avaliador que está sendo aferida.
recomendações iniciais
Antes de iniciar a coleta de medidas, é importante observar algumas regras básicas para 
garantir a maior precisão aos resultados:
 » O avaliador deve estar bem treinado. Toda a equipe tem que estar 
exaustivamente treinada para que se diminua a probabilidade de erros 
na aplicação dos testes;
 » É importante que se tenha grande familiarização com os pontos 
anatômicos e com os equipamentos;
 » Deve-se obter a confiabilidade no teste: o avaliador obtém medidas 
repetidas em, pelo menos, 20 pessoas, e compara os resultados (variação 
intra-avaliador); e a objetividade do teste: avaliadores diferentes realizam 
12
unidAdE i │ AVAliAção MorfolÓgiCA
medidas em um mesmo grupo de sujeitos e os resultados são comparados 
(variação inter-avaliadores). Quanto mais próximo de um for o coeficiente 
de correlação (r =1) entre as medidas, melhor a precisão da medida;
 » O local onde será feita a avaliação antropométrica deve permitir o livre 
deslocamento do profissional em torno do avaliado, sendo a temperatura 
ambiente confortável;
 » O plano da base sobre o qual se posiciona o indivíduo ou o equipamento 
deve estar nivelado;
 » Não devemos esquecer também que os equipamentos usados devem ser 
frequentemente aferidos e mantidos em locais seguros;
 » O avaliado deve ser esclarecido quanto às medidas que serão feitas para 
que se sinta mais a vontade. Ele deve ser orientado a comparecer para o 
teste usando roupas de banho (calção / biquíni) que facilitam a localização 
dos pontos anatômicos;
 » Para realizar a avaliação, a postura do avaliado será a posição anatômica, 
com as variações necessárias em algumas medidas;
 » É importante que os pontos anatômicos sejam identificados e marcados 
(lápis dermográfico) antes de se iniciar a rotina de mensuração. Esse 
procedimento garante principalmente ao iniciante, uma maior precisão 
na determinação dos pontos anatômicos;
 » Observar o tempo de duração e a dinâmica dos testes caso tenha uma 
equipe com grande quantidade de atletas.
Peso corporal
Podemos dizer que o peso totalde um corpo humano é constituído de dois componentes 
que são a massa corporal magra e a massa corporal gorda. Para melhor entendimento 
quando se fala em massa magra, falamos da porção isenta de gordura e é constituída de 
ossos, músculos e vísceras. E massa corporal gorda é a porção constituída de gordura 
armazenada (encontrada no tecido subcutâneo) e gordura essencial (encontrada nas 
vísceras, responsável pelo funcionamento fisiológico normal). A medida da massa 
corporal permite o acompanhamento do processo de crescimento e desenvolvimento de 
seres humanos, o controle das variações da massa corporal em função de intervenções 
como dietas ou treinamento físico, ou ainda, no controle do restabelecimento físico. 
13
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
Para termos uma visão realista de como está constituído nosso peso corporal total, 
é preciso fracionar os componentes corporais por meio da avaliação de composição 
corporal, onde falaremos ainda neste capítulo.
O Peso corporal é aferido por balanças antropométricas encontradas em diversas 
locais, entretanto se evita balanças portáteis residenciais que na maioria das vezes, 
pois são difíceis de aferir e consequentemente aumentam a probabilidade de erros. 
Determinados cuidados devem ser levados em consideração antes e durante a medição 
do peso do avaliado. Priorizar como instrumento de medição as balanças com escala de 
divisões de 100 gramas e verifique o local onde a balança está certificando que o local 
é plano, caso contrário seu desnivelamento poderá provocar alterações na medida. 
Verificar também a calibração da balança, procurando ajustá-la com pesos conhecidos. 
Para a determinação do peso, o avaliado deverá estar com o mínimo de roupa e descalço 
se posicionando em pé e de costas para a escala da balança, com os pés afastados e 
paralelos. Em seguida, coloque-o sobre o centro da plataforma da balança, ereto e com 
o olhar num ponto fixo à sua frente. Movimente os cilindros correspondentes às dezenas 
(kg) e centenas (g) de peso do avaliado até que ocorra o nivelamento dos ponteiros-guia 
da balança mecânica e realize a leitura.
Estatura
A genética e a nutrição influenciam diretamente na estatura final do indivíduo. Fatores 
ambientais como a alimentação, atividade física, período de descanso (sono) e condições 
de vida são aspectos importantes para o desenvolvimento do crescimento de crianças e 
adolescentes. A altura média para cada gênero é diferente de acordo com a população 
analisada, isso se aplica da mesma forma ao esporte, se analisarmos um perfil para 
determinadas posições e modalidades como, por exemplo, um pivô no basquete, um 
goleiro do futebol e um jogador de meio no vôlei, ambos terão a necessidade de serem 
mais altos, visando à possibilidade de ganhos em resultados expressivos. Já um levantador 
no vôlei, armador no basquete e um ala no futsal, não precisam necessariamente serem 
extremamente altos, sendo eles na maioria das vezes os indivíduos mais baixos da equipe.
Podemos dizer que Estatura é a medida entre o vértex e a região plantar. O avaliado deve 
ficar na posição ortostática, pés descalços e paralelos, procurando pôr as superfícies 
posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital em 
contato com o instrumento de medida (que pode ser um antropômetro ou uma fita 
métrica metálica presa em uma parede lisa). A cabeça deve estar orientada no plano 
horizontal de Frankfurt. É recomendado utilizar um marcador em um ângulo de 90° 
em relação à superfície de medida para determinar este ponto, denominado esquadro 
14
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
antropométrico. A medida é feita ao final de uma inspiração com o indivíduo em apneia 
inspiratória, com o avaliador estando ao lado direito do avaliado, em condições de fazer 
a leitura da medida sem alterar o cursor. Se for preciso, o avaliador deve subir em um 
banco para fazer a leitura. Recomenda-se registrar a hora em que foi feita a medida, 
de modo que, se for necessário a sua repetição em outra ocasião, o mesmo horário seja 
mantido. Esse cuidado deve-se à variação que a estatura sofre durante o dia, devido ao 
achatamento dos discos vertebrais decorrente da pressão exercida sobre eles ao longo 
do dia. A estatura do avaliado é à distância do solo até o ponto mais alto da cabeça 
(vértex), no plano medial. Se necessário, realize mais de uma medição e utilize à média. 
Ao efetuar a medição, o avaliado deverá estar descalço, inclusive sem meias. Evite a 
utilização da escala que está acoplada em algumas balanças.
Para medir a estatura ou altura total é necessário, antes de tudo, determinar o 
instrumento de medida que será utilizado. Geralmente utiliza-se um cursor ou esquadro 
antropométrico, estadiômetro com escala de divisões de 0,1 cm, ou trena metálica ou 
fita métrica, também com divisões de 0,1 cm, fixada a uma parede.
Figura 1. Avaliador e avaliado no procedimento para coleta da estatura.
Fonte: <http://www.detecto.com/stadiometer.htm>. Acesso em: 3 ago. 2012.
Perímetros corporais ou circunferências (cm)
As circunferências corporais são medidas ocorridas no perímetro dos segmentos 
musculares. Estes dados são usados como parâmetros comparativos entre as diferentes 
etapas do programa de treinamento, ou até mesmo como determinantes da quantidade 
de gordura corporal e posterior cálculo de peso ideal de seu avaliado, conforme 
15
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
o protocolo de avaliação da composição corporal de McArdle que utiliza algumas 
medidas. A atividade física praticada pode alterar estas medidas. O treinamento para a 
força muscular promove aumento do perímetro dos segmentos, mediante ao aumento 
de massa muscular, por outro lado, atividades cardiorrespiratórias (atividades que 
envolvam grandes grupos musculares, com padrão de movimento cíclico, de moderada 
intensidade e duração prolongada) associadas a dietas de restrição calórica podem 
reduzir as medidas de determinados perímetros.
Para efetuar estas medidas é necessário que você tenha uma fita métrica com divisões de 
0,1 cm. Cuidado para não exercer muita pressão com a fita métrica sobre a pele, faça só 
o suficiente para cobrir todo o perímetro do segmento, de forma a ficar justa, porém não 
apertada. Este procedimento evita a compressão cutânea, que produz medidas diferentes 
da real. O ideal é utilizar um elástico preso à argola localizada no início da fita metálica, 
mantendo-o em sua distensão normal durante toda a medida. As medidas devem ser 
realizadas mantendo-se a trena sempre transversal ao segmento que está sendo medido. 
Segurando-se a trena com a mão esquerda e o elástico com a mão direita, e trocando-se 
as mãos com as escalas se cruzando, para que a leitura da medida seja facilitada. Existem 
diversos tipos de fitas métricas, aconselhamos a utilização daquelas que são específicas 
para medidas antropométricas (tape measures) e que possuem em média 1,5 m de 
comprimento e 0,8 cm de largura. (Exemplo da Trena Sanny na imagem abaixo).
Figura 2. trena antropométrica sem e com trava
Fonte: <http://www.sanny.com.br/avaliacao-fisica/trenas/trena-antropometrica-sanny.html>. Acesso em: 22 ago. 2012.
Os pontos anatômicos para realizar as medidas, tanto para os homens quanto para 
as mulheres, dependem do protocolo que será utilizado no momento da avaliação. É 
aconselhável que no momento das medições o avaliado esteja com o mínimo de roupa 
possível (homem de sunga e mulheres de biquíni), diminuindo assim a probabilidade 
de erros decorrentes de localizações não padronizadas, geralmente ocasionadas pelo 
traje inadequado. 
16
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
Medidas por Pollock e Wilmore (1993)
Tórax: o avaliado deverá estar em posição ortostática e com os braços abduzidos no 
momento da localização anatômica desta medida, que será no plano horizontal, na 
altura da quarta articulação costo-esternal. Esta articulação geralmente está localizada 
acima das mamas nas mulheres e acima dos mamilos nos homens. No momento damensuração, os braços do avaliado deverão estar de volta à posição normal, ou seja, ao 
lado do tronco e ao término de uma expiração normal.
Cintura: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. 
A medida será realizada no plano horizontal na região de menor circunferência, acima 
da cicatriz umbilical. A mensuração é realizada logo após o término de uma expiração 
normal.
Abdome: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. 
Esta medida será efetuada no plano horizontal na altura da cicatriz umbilical, após o 
término de uma expiração normal.
Quadril: o avaliado deverá estar em posição ortostática e pés unidos. Esta medida 
será efetuada no plano horizontal e na maior circunferência em torno dos glúteos, que 
deverão estar com a musculatura contraída.
Braços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, a medida 
será efetuada com o braço abduzido e com cotovelo flexionado, a fita será posicionada 
ao redor da maior circunferência, com a musculatura flexo-extensora totalmente 
contraída.
Antebraços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com 
antebraço paralelo ao chão (cotovelo flexionado em angulo de 90°), palma da mão 
voltada para cima (supinado), mão fechada e musculatura do antebraço contraída.
Coxa (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com os 
braços ao lado do corpo, com os pés separados (aproximadamente 10 cm), a medida 
é feita no plano horizontal logo abaixo da prega glútea (nem sempre será na máxima 
circunferência do segmento), a medida será realizada com o peso do corpo sobre a coxa 
a ser medida.
Perna (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, medida 
realizada plano horizontal, na circunferência máxima do segmento com o peso corporal 
bem distribuído em ambas as pernas.
17
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
Protocolo de McArdle, Katch e Katch (2006)
Tórax: o avaliado deverá estar em posição ortostática e com os braços abduzidos no 
momento da localização anatômica desta medida, que será no plano horizontal, 
aproximadamente a 2,5 cm acima da linha mamilar, no sexo masculino. No sexo 
feminino a medida será realizada ao nível axilar. No momento da mensuração, os 
braços do avaliado deverão estar de volta à posição normal, ou seja, ao lado do corpo.
Cintura: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. 
A medida será realizada no plano horizontal na região de menor circunferência, acima 
da cicatriz umbilical e logo abaixo da caixa torácica. A mensuração é realizada após uma 
expiração normal.
Abdome: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. 
Esta medida será efetuada no plano horizontal ao nível das cristas ilíacas sobre a cicatriz 
umbilical.
Quadril: o avaliado deverá estar em posição ortostática e pés unidos. Esta medida 
será efetuada no plano horizontal, na maior circunferência em torno dos glúteos e 
anteriormente a sínfise pubiana.
Braços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, a medida 
será efetuada com o braço abduzido, com cotovelo flexionado e mão fechada. A fita será 
posicionada na circunferência máxima do braço.
Antebraços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com 
cotovelo paralelo ao chão (flexionado em angulo de 90°), palma da mão voltada para 
cima (supinado).
Coxa (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com os braços 
ao lado do corpo, com os pés separados (aproximadamente 10 cm), a medida é feita 
no plano horizontal logo abaixo da prega glútea, aproximadamente a 2/3 da distância 
entre a parte média do joelho (joelho estendido) e o local onde os membros inferiores 
se separam do tronco.
Perna (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, medida no 
plano horizontal, na circunferência máxima do segmento. A distância entre os pés será 
de 20 cm.
18
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
lohman, roche e Martorell (1998)
Tórax: o avaliado deverá estar em posição ortostática e com os braços abduzidos no 
momento da localização anatômica desta medida, que será no plano horizontal, na 
altura da quarta articulação costo-esternal. Esta articulação geralmente está localizada 
acima das mamas nas mulheres e acima dos mamilos nos homens. No momento da 
mensuração, os braços do avaliado deverão estar de volta à posição normal, ou seja, ao 
lado do tronco.
Cintura: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. 
A medida será realizada no plano horizontal na região de menor circunferência, acima 
da cicatriz umbilical. A mensuração é realizada após uma expiração normal.
Abdome: o avaliado deverá estar em posição ortostática, pés unidos e abdome relaxado. 
Esta medida será efetuada no plano horizontal logo abaixo da cicatriz umbilical, após 
uma expiração normal.
Quadril: o avaliado deverá estar em posição ortostática e pés unidos. Esta medida será 
efetuada no plano horizontal e na maior circunferência em torno dos glúteos.
Braços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, medida 
realizada no plano horizontal e na distância média entre o acrômio e olécrano.
Antebraços (direito e esquerdo): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com 
cotovelo paralelo ao chão (flexionado em angulo de 90°), palma da mão voltada para 
cima (supinado), mão fechada e musculatura do antebraço contraída.
Coxa (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, com os 
braços ao lado do corpo, com os pés separados (aproximadamente 10 cm), a medida 
é feita no plano horizontal logo abaixo da prega glútea (nem sempre será na máxima 
circunferência do segmento) e com joelho estendido.
Perna (direita e esquerda): o avaliado deverá estar em posição ortostática, plano horizontal, 
na circunferência máxima do segmento. A distância entre os pés será de 20 cm.
Na figura a seguir podemos visualizar os locais das medidas de circunferências, 
lembrando que cada autor possui um padrão definido para localização e procedimento 
para coleta das mesmas.
19
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
Figura 3. Localização anatômica das medidas de circunferências.
Fonte:: < http://cienciasmorfologicas.webnode.pt>. Acesso em: 21 jun. 2012.
Quando nosso objetivo é apenas de acompanhamento das medidas devemos escolher o 
padrão mais adequado às nossas necessidades e possibilidades, repetindo-os da mesma 
forma nas reavaliações. Entretanto, se optarmos pela utilização de métodos de predição 
de componentes corporais ou pela utilização de índices corporais, deverá seguir a 
padronização proposta para a técnica escolhida. 
diâmetros ósseos
Segundo de Rose, Pigatto e De Rose (1984), os diâmetros corporais são medidas 
transversais, com exceção do diâmetro torácico ântero-posterior, e podem ser divididos 
em diâmetros do tronco e diâmetros ósseos. Ainda, em acordo com estes autores, os 
diâmetros de tronco são caracterizados pelo comprimento de linhas imaginárias que 
unem dois pontos simétricos do tronco. Já os diâmetros ósseos, são obtidos pela 
distância entre duas estruturas de um determinado osso, localizada transversalmente. 
Estes diâmetros são convencionalmente medidos do lado direito do avaliado. Os 
diâmetros de tronco podem ser medidos com um compasso de pontas rombas ou com 
um antropômetro de deslizamento, já os diâmetros ósseos, normalmente são medidos 
com o paquímetro ósseo. Como na composição corporal as medidas de diâmetros 
ósseos também possuem padronização em suas medidas. É necessária a utilização de 
um paquímetro para aplicação de teste. As medidas de diâmetros ósseos são executadas 
identificando-se os pontos anatômicos ósseos de referência da medida e colocando sobre 
eles as pontas do paquímetro, com pressão suficiente para comprimir a pele e o tecido 
20
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
adiposo adjacente, quando necessário.A leitura é realizada com resolução de 0,1cm. 
Estas medidas apresentam uma constância de padrão, sendo que não há diferenças 
significativas nas propostas de diferentes autores. Alguns diâmetros são medidos 
nos membros e outros no tronco. A seguir, estão as principais medidas de diâmetros 
ósseos descritas na literatura: Bi-acromial; Torácico transverso; Toráxico 
ântero-posterio; Bi-ileocristal; Bi-trocanteriano; Bi-epicôndilo umeral; Bi-
estilóide; Bi-côndilo femural e Bi-maleolar.
quadro 01 .padronização das medidas mais utilizada nos diâmetros ósseos.
TORÁCICO TRANSVERSO
A medida é realizada com o avaliado em pé, com abdução dos 
membros superiores a fim de permitir a introdução do aparelho, na 
altura da sexta costela, sobre a linha axilar média.
TORÁCICO ÂNTERO POSTERIOR
Com o avaliado em pé, uma das pontas do compasso é colocada 
sobre o esterno, na altura da Quarta articulação esterno-costal, e a 
outra ponta sobre o processo espinhoso da vértebra localizada no 
mesmo plano transversal.
BITROCANTERIANO
É a distância entre as projeções mais laterais dos trocânteres 
maiores. O avaliado, a exemplo da medida biliocristal, deve manter 
seus membros superiores fora do alcance do compasso para 
permitir a medida.
BIILIOCRISTAL
O avaliado deve estar em pé, com os pés afastados 
aproximadamente cinco cm, e os braços devem estar cruzados à frente, 
para permitir que as pontas do aparelho sejam colocadas no ponto 
de maior distância entre as cristas ilíacas.
BIEPICONDILIANO UMERAL
A medida é realizada com o avaliado em pé ou sentado, com o 
cúbito e o ombro em flexão e 90º. As hastes do paquímetro devem 
ser introduzidas a 45º em relação à articulação do cúbito, tocando 
as bordas externas dos epicôndilos medial e lateral do úmero.
21
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
BIESTILÓIDE
Com o avaliado em pé, a articulação do cúbito flexionada a 90º e a 
mão relaxada, o paquímetro é introduzido no plano horizontal, 
tocando os pontos de maior distância entre as apófises do rádio e da 
ulna.
BIACROMIAL
É a distância entre as bordas súpero-laterais dos acrômios 
direito e esquerdo, estando o avaliado em pé, na posição 
anatômica, pois com o indivíduo sentado há interferência na 
postura requerida para a medida. Preferencialmente, o 
avaliador deve posicionar-se atrás do avaliado para a 
execução da medida.
BICONDILIANO FEMURAL
A medida é realizada com o avaliado sentado, com a articulação do 
joelho flexionada a 90º e os pés não devem tocar o solo. As hastes do 
paquímetro devem ser introduzidas a 45º em relação à articulação do 
joelho, tocando as bordas externas dos côndilos medial e lateral do 
fêmur.
BIMALEOLAR
O avaliado deve estar em pé em uma superfície elevada para facilitar 
a realização da medida, com afastamento lateral dos pés e o peso do 
corpo igualmente distribuído. A medida é realizada com as hastes do 
paquímetro tocando os pontos que compreendem a maior distância 
entre o maléolo medial e o maléolo lateral, em um plano horizontal.
dobras cutâneas
É uma medida que visa avaliar, indiretamente, a quantidade de gordura que existe no 
tecido subcutâneo e, a partir daí, poder-se estimar a proporção de gordura em relação ao 
peso corporal do indivíduo. As dobras cutâneas são lineares e seguem o eixo longitudinal, 
transversal ou oblíquo. O equipamento utilizado é o compasso de dobras cutâneas. O 
procedimento para medir a espessura da dobra cutânea é identificar e marcar os locais 
a serem medidos, sempre no hemicorpo direito do avaliado, com isso, destacar o tecido 
adiposo do tecido muscular utilizando os dedos polegar e indicador da mão esquerda, e 
segurar a dobra cutânea até que a leitura da medida tenha sido realizada, depois, introduzir 
as hastes do compasso de dobras cutâneas aproximadamente um centímetro abaixo dos 
dedos que estão segurando a dobra, de forma que as mesmas fiquem perpendiculares 
22
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
à dobra cutânea, e soltar completamente as mandíbulas do compasso, para que toda a 
pressão de suas molas possa atuar sobre o tecido medido. Executar a leitura da medida no 
máximo dois a três segundos após a introdução do compasso e repetir todo esse processo 
três vezes não consecutivas, ou seja, mede-se todas as dobras cutâneas escolhidas, depois 
mede-se todas novamente, e então mais uma vez. Adotar o valor mediano (intermediário) 
como sendo a medida da dobra cutânea. Quando, entre o maior e o menor valor obtido em 
uma dobra cutânea, houver uma diferença superior a 5%, deverá ser realizada uma nova 
série de medidas. A execução de medidas de dobras cutâneas pode ser feita em vários 
lugares do corpo, entretanto, são dez os mais utilizados, atendendo as necessidades da 
maioria das equações preditivas disponíveis na literatura técnica especializada: Tríceps; 
Subescapular; Axilar média; Supra-iliaca; Bíceps; Torácica; Abdominal; 
Coxa; Supra-espinal e Panturrilha Medial.
quadro 02.padronização das medidas mais utilizada de dobras cutâneas.
DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL
É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no 
ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral 
do acrômio e o olécrano. 
DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR
A medida é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, 
seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois 
centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula.
DOBRA CUTÂNEA BICIPTAL
É medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no 
ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps.
DOBRA CUTÂNEA AXILAR MÉDIA
É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha 
imaginária transversal na altura do apêndice xifoide do esterno. A medida 
é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado 
deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida.
23
AVAliAção MorfolÓgiCA│ unidAdE i
DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ILÍACA
É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da 
distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar 
medial. É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir a 
execução da medida.
DOBRA CUTÂNEA TORÁCICA
É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na metade da 
distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e a um terço 
da linha axilar anterior, para mulheres.
DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL
É media aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, 
paralelamente ao eixo longitudinal.
DOBRA CUTÂNEA DA COXA
É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural 
a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da 
patela, segundo proposta por Guedes (1985) e na metade desta distância 
segundo Pollock & Wilmore (1993). Para facilitar o pinçamento desta 
dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com 
uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior 
esquerdo.
DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ESPINHAL
Mede-se na intersecção da linha axilar anterior com a linha horizontal que 
passa acima do ponto ileoespinale, em sentido oblíquo (45° graus).
DOBRA CUTÂNEA PANTURRILHA MEDIAL
Para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a 
articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição 
anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior 
perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda 
medial da tíbia. 
Fonte: <http://www.primemed.com.br/>. Acesso em: 24 ago. 2014.
24
unidAdE i │ AVAliAção MorfolÓgiCA
quadro 3. procedimentos para aplicação das medidas das dobras cutâneas.
PROCEDIMENTOS E NORMAS BÁSICAS PARA A REALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE DOBRAS CUTÂNEAS
1 - Identificar os pontos de referência; 1 - Todas as dobras cutâneas são realizadas do lado direito;
2- Demarcar o ponto de medida; 2 - A dobra deve ser pinçada com os dedos polegar e o indicador; 
3 - Destacar a dobra cutânea; 3 - O compasso deveestar perpendicular à dobra cutânea; 
4 - Pinçar a dobra cutânea; 4 - Após o pinçamento, espera-se um tempo aproximado de dois a quatro 
segundos para efetuar a leitura; 
5 - Realizar a leitura; 5 - As pontas do compasso deverão se localizar a, aproximadamente, 1 cm do 
ponto de reparo; 
6 - Retirar o compasso; 6 - Ajustar o zero em equipamento que possua relógio comparador. 
7 - Soltar a dobra cutânea. 
Erros comuns observados
1. Destacar a dobra cutânea em ponto anatômico inadequado. 
2. Destacar a dobra cutânea em eixo corporal inadequado.
3. Entrar com as extremidades do compasso muito próximas ou 
demasiadamente distantes dos dedos que a estão pinçando. 
4. Não entrar com o compasso perpendicularmente à dobra cutânea. 
5. Entrar com o compasso muito profundamente ou superficialmente à 
dobra cutânea. 
6. Pinçar estrutura extra à dobra cutânea. 
7. Esperar um tempo demasiado, após o pinçamento da dobra cutânea, 
para realizar a leitura; 
8. Soltar a dobra cutânea ainda com o compasso no local do pinçamento, 
para realizar a leitura. 
9. Realizar a medida logo após a prática de atividades físicas. 
10. Em uma reavaliação, utilizar equipamento distinto ao utilizado na 
avaliação anterior. 
11. Utilizar equipamentos não calibrados. 
25
CAPítulo 2
Composição corporal
Segundo Wang (1992), a composição corporal é um fator que pode ser descrito como 
análise dos vários compartimentos corporais e suas relações de equilíbrio. Parte do 
interesse em seu estudo se deve em razão do peso corporal não proporcionar adequadas 
informações sobre as quantidades dos diferentes tecidos corporais. Busca-se assim, por 
meio de seu estudo, fracionar e quantificar os principais tecidos que compõem a massa 
corporal (principalmente os tecidos ósseo, muscular e de gordura).
Ao subir numa balança o indivíduo não é capaz de identificar o quanto o seu peso 
corresponde à gordura, músculos ou ossos. Por este motivo a medida de peso não é 
o melhor indicador ou método de avaliação da composição corporal de um indivíduo, 
(COSTA, 1996). Embora o excesso de peso e a obesidade estejam entre si relacionados, 
existe uma grande parcela da população que mesmo classificada como “com um peso em 
excesso”, apresenta uma quantidade de gordura normal, ou mesmo abaixo do normal, 
além daqueles que, apesar de apresentarem pesos “normais”, revelam um excesso de 
gordura corporal. A avaliação da composição corporal é essencial para determinar se 
existe ou não excesso de peso em forma de gordura e para se fazer uma estimativa de 
um peso corporal razoável, desejável, ou ainda denominado de peso corporal “ideal”.
Wang al. (1992) por sua vez, propõem que a composição corporal humana seja analisada 
considerando um modelo de cinco níveis distintos com crescentes complexidades, 
e onde cada um dos níveis apresenta componentes definidos que, em conjunto, 
compreendem a massa corporal total. Os quatro primeiros níveis e seus respectivos 
compartimentos propostos pelos autores são denominados atômico (oxigênio, carbono, 
hidrogênio, outros), molecular (água, lipídeos, proteína, outros), celular (células, fluido 
extracelular, sólido extracelular) e tecidual (tecido adiposo, músculo esquelético, osso, 
sangue, outros). O quinto nível difere dos demais em razão de considerar o corpo de 
modo completo, onde muitos processos biológicos, genéticos e patológicos apresentam 
impactos não somente nos primeiros quatro níveis, mas igualmente no corpo como um 
todo. Propõem-se para indicação deste nível, as dimensões, forma, características física 
e exterior do corpo exemplificada por várias medidas antropométricas.
26
unidAdE i │ AVAliAção MorfolÓgiCA
Figura 04. Modelo de análise da Composição Corporal. 
Fonte: (WAnG et al. 1992)
Com o propósito de se determinar o excesso de peso e classificar o indivíduo de acordo 
com a quantidade de gordura, houve a divisão da massa corporal em “compartimentos”, 
baseada tanto na composição química como na própria composição estrutural. Estes 
compartimentos são: (1) o tecido adiposo ou massa gorda e (2) a massa corporal 
magra. Alguns métodos foram propostos para determinar a quantidade de gordura 
corporal a partir das medidas antropométricas específicas. Por meio destas medidas é 
possível estimar a quantidade de gordura corporal do indivíduo em formas absolutas 
(kg) e relativas (%), utilizando mediante a relação existente entre a gordura do tecido 
adiposo com a densidade corporal. A quantidade de gordura corporal, a partir da sua 
determinação, é expressa em percentual do peso corporal total do indivíduo. Assim 
é possível verificar se o excesso de peso de determinado indivíduo é fruto de um 
maior acúmulo de gordura ou de uma maior quantidade de massa muscular, com a 
possibilidade de calcular o seu peso ideal. Os valores de gordura corporal consideradas 
ideais para a aquisição e manutenção da saúde, expressos como médias populacionais, 
variam de acordo com sexo e idade do indivíduo, de acordo com os quadros 4 e 5 abaixo:
quadro 4: Faixa de percentual de Gordura Ideal, para crianças e adolescentes:
CLASSIFICAÇÃO MASCULINO FEMININO
Excessivamente baixa Menor ou igual a 06,00 % Menor ou igual a 12,00 %
Baixa Maior de 06,0 a 10,00 % Maior de 12,00 % a 15,00 %
Adequada De 10,01 % a 20,00 % De 15,01 a 25,00 %
Moderadamente alta Maior de 20,00 % a 25 % Maior de 25,00 % a 30 %
Alta Maior de 25 % a 31 % Maior de 30 % a 36 %
Excessivamente alta Maior de 31 % Maior de 36 %
Fonte: Lohman,t.G. (1987); measurement in pediatric Exercise sciense, (1996); pág. 311. human Kinetics.
27
AVAliAção MorfolÓgiCA│ unidAdE i
quadro 5: percentual de Gordura Ideal de acordo com o sexo e a idade
FAIXA ETÁRIA HOMENS MULHERES
De 18 a 29 anos 14,00 % 19,00 %
De 30 a 39 anos 16,00 % 21,00 %
De 40 a 49 anos 17,00 % 22,00 %
De 50 a 59 anos 18,00 % 23,00 %
Acima de 60 anos 21,00 % 26,00 %
Fonte: ACsM: guidelines for graded Exercise Testing and Exercise prescription, Lea e Febiger, 1986.
A composição corporal é considerada um componente da aptidão física relacionada 
à saúde por diversos autores, devido às relações existentes entre a quantidade e a 
distribuição da gordura corporal com alterações no nível de aptidão física e no estado 
de saúde das pessoas. Reduzir a quantidade de gordura e/ou aumentar a quantidade 
de massa muscular estão entre os anseios de grande parte dos praticantes de exercícios 
físicos. Esta preocupação pode ser notada não somente do ponto de vista estético, 
mas também de qualidade de vida dos indivíduos, já que a obesidade está associada 
a um grande número de doenças crônico-degenerativas. Observando tal relação entre 
a quantidade de gordura corporal e estado de saúde, verifi ca-se a necessidade de 
utilização de métodos que possam avaliar com validade a quantidade deste componente 
em relação à massa corporal total. Nesse sentido, a importância da avaliação da 
composição corporal deve-se ao fato de a massa corporal isoladamente não poder ser 
considerada um bom parâmetro para a identifi cação do excesso ou da carência dos 
diferentes componentes corporais (massa gorda, massa muscular, massa óssea e massa 
residual), ou ainda das alterações nas quantidades proporcionais desses componentes 
em decorrência de um programa de exercícios físicos e/ou dieta alimentares.
Para evitar erros acentuados é muito importante, quanto a escolha de uma equação, 
verifi car com base em que população ela foi elaborada: homens, mulheres, crianças, 
jovens, idosos, indivíduos ativos, atletas etc. Com relação a atletas, cabe ressaltar que 
existem equações para diversas modalidades esportivas. É necessário levar-se em 
consideração que estas equações normalmente vêm de outros países, o que também pode 
causar equívocos com relação aos resultados. São apresentadas na literatura dezenas 
de equações de predição de densidade ou de gordura corporal a partir da medida da 
espessura de dobras cutâneas, sendo que as mais utilizadas no Brasil são: Durnin e 
Womersley (1974); Faulkner (1968);Guedes (1985); Jackson e Pollock (1978); Petroski 
(1995). Observaremos esses protocolos no capítulo a seguir.
A melhor forma de aperfeiçoar a sua medida na avaliação antropométrica é por 
meio da tentativa e erro, ou seja, ao se medir, por exemplo, as dobras cutâneas, 
coletar três medidas de uma só vez e calcular a média dos três resultados, 
28
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
diminuindo assim a margem de erro da coleta, por isso quando estiver de 
posse como o compasso de dobras, ou da trena, seja dinâmico e faça a aferição 
de forma concentrada e consciente, sabendo da importância do teste para o 
alcance dos objetivos.
29
CAPítulo 3
Análise dos protocolos
Seguramente a forma mais popular de utilização das medidas de espessura de dobras 
cutâneas é em equações de predição de gordura corporal. As equações de predição 
de gordura corporal geralmente são de grupos-específicos, embora existam equações 
genéricas para a população. Gagliardi (1996) relata que existem equações generalizadas 
desenvolvidas em populações com características bastante heterogêneas e equações 
específicas, que se destinam aos grupos mais homogêneos. Podemos concluir, as 
equações generalizadas podem ser utilizadas para todas as pessoas, porém sua margem 
de erro acaba sendo maior. Em relação às equações específicas, devem ser utilizadas 
apenas em indivíduos que possuem características semelhantes às do grupo que deu 
origem à equação, caso contrário eleva-se sua margem de erro. As equações preditivas 
estão diretamente ligadas com o tipo de classificação do seu aluno. Essa classificação 
deve ser informada ao sistema no momento do cadastro. Para cada classificação há 
protocolos destinados, que aparecerão dentro da tela de Equações Preditivas.
Esses valores de pregas cutâneas em combinação com equações matemáticas são 
destinadas a predizer a densidade corporal ou o percentual de gordura. As equações 
são específicas para determinada população e predizem a adiposidade com bastante 
exatidão em amostras de indivíduos semelhantes àquelas das quais se derivam as 
equações. Existem várias equações que podem ser utilizadas. Para obtermos valores 
mais precisos podemos utilizar tantas quantas forem possíveis, e em seguida obtemos a 
média para um valor único.
densidade corporal, Mcardle, 1992
O valor encontrado de Densidade Corporal (DC) deve ser substituído nesta equação: 
{%G = [(4.95/DENSIDADE C.) - 4.50] X 100 (Fórmula de Siri)
HOMENS - (18-34 anos) DC = 1,1610 - 0,0632 log (BI+ TR+ SB +SI) (18 -27 anos ) DC 
= 1,0913 - 0,00116 ( TR+ SB )
MULHERES - (18-48 anos) DC = 1,06234 - 0,00068 (SB) - 0,00039 (TR) - 0,00025 
(CX) 
CRIANÇAS (FEMININO) - (9-12 ANOS) DC = 1,088-0,014 (log 10 TR) - 0,036 ( log10 
SB) (13-16 anos ) DC = 1,114 - 0,031 (log10 TR) - 0,041 ( log10 SB )
30
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
CRIANÇAS (MASCULINO) - (9-12 ANOS) DC = 1,108-0,027 (log10 TR) - 0,038 (log10 
SB) (13-16 anos) DC = 1,130 - 0,055 (log10 TR) - 0,026 (log10 SB)
Protocolo de Guedes, 1994 - (três dobras - características brasileiras) Homens: 
Tríceps, suprai-líaca e abdome Mulheres: Subescapular, supra-ilíaca e coxa. Cálculo 
de Densidade Corporal: HOMENS: Densidade = 1,17136 - 0,06706 log (TR + SI+AB 
) MULHERES: Densidade = 1,16650- 0,07063 log (CX + SI+ SB) (OBS: TR = Dobra 
cutânea do tríceps, SI = D.C. supra-ilíaca, AB=D.C. abdominal, CX=D.C. da Coxa, 
SB=D.C. subescapular. Para chegar ao percentual de gordura por meio da Densidade 
Corporal utilizar: G%=[(4.95/DENSIDADE C.) - 4.50] X 100 (fórmula de Siri).
Cálculos para avaliação da composição 
corporal
 » Peso Gordo ou Gordura Absoluta= (gordura/100) x Peso do corpo (kg) 
 » Massa Magra= Peso do corpo (kg) - Peso gordo (kg)
 » %Massa Magra= 100 - gordura 
 » Peso Ideal= Massa magra / 0,85 (homens) e massa magra / 0,75 
(mulheres)
 » Peso em Excesso= Peso corporal - peso Ideal
 » Perda Desejável = Peso do corpo atual - Peso desejável
Protocolo de guedes, para crianças e 
adolescentes (7-18 anos) 
Duas dobras cutâneas: Tríceps, subescapular.
Rapazes Brancos= (S= somatória das D.C. Tríceps e Subescapular) 
Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 1,7 
Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,4 
Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,5
Rapazes Negros= Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,5 
Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,2 
Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 6,8
31
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
Moças de qualquer raça e nível de maturidade = G% = 1,33 (S) - 0,013 (S)² - 6,8 
Obs.: Quando o (S) for maior que 35 mm, será utilizada uma única equação para cada 
sexo, para qualquer raça e nível de maturidade:
Rapazes=G% = 0,783 (S)² +1,6
Moças =G% = 0,546 (S)² +9,7
Protocolo de faulkner, 1968
Quatro dobras cutâneas: Tríceps; subescapular; supra-ilíaca e abdome.
(Obs.: TR = Dobra cutânea do tríceps, SI = D.C. supra-ilíaca, AB=D.C. abdominal, 
SB=D.C. subescapular) 
PG (peso gordo em Kg) = G% x Peso Corporal/100 
Massa Magra (kg) = Peso Corporal - PG 
Peso Ideal (kg)= Massa Magra x Constante [fixado pelo autor em: Nadadores (1,09), 
Futebolistas (1,12) e demais esportes e mulheres (1,14)] 
G% = [ (TR +SI +SB + AB) x 0,153 + 5, 783]
Protocolo de Pollock e col., 1984
Cinco dobras cutâneas (DC): Tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral 
(X1=somatória de peitoral, abdome e coxa; X2=somatória de tríceps, supra-ilíaca e 
coxa, X3= idade em anos).
DC Homens (18- 61anos)= 1,1093800 - 0,0008267(X1) + 0,0000016 (X1)² - 
0,0002574 (X3) 
DC Mulheres (18-55 anos)= 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² - 
0,0001392 (X3)
G%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100 (fórmula de Siri) 
Sete dobras cutâneas (DC): Subescapular, axilar média, tríceps; coxa; supra-ilíaca; 
abdome e peitoral (ST= soma de todas)
DC Homens Adultos = 1,11200000 - [0,00043499 (ST) + 0,00000055 (ST)²] - 
[0,0002882 (idade)] 
32
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
DC Mulheres Adultas = 1,0970 - [0,00046971 (ST) + 0,00000056 (ST)²] - 
[0,00012828 (idade)]
DC Mulheres (3 dobras)= 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² - 
0,0001392 (X3) { (X2 = Somatória de dobras de tríceps, supra-ilíaca e coxa) e 
(X3=idade em anos)}
G%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100 -------------(fórmula de Siri)
Protocolo de Yuhasz
Seis dobras cutâneas (DC): Subescapular, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral 
(S6=somatória de todas) G%= (S6) x 0,095 + 3,64
Protocolo de T.G. Lohman,1987
Duas dobras cutâneas (DC): Tríceps e Perna 
G% Homens= 0,735 (soma das dobras cutâneas) + 1,0 
G% Mulheres= 0,735 (soma das dobras cutâneas) +5,1 
(Slaughter e col., 1988)
Equações preditivas
Veja a divisão por classificação das equações e seus respectivos autores:
Adultos
 » Durnin e Womersley (1974).
 » Jackson e Pollock (1978).
 » Petroski (1995).
 » Pollock, Schmidt e Jackson (1980).
 » Pollock (1976).
 » Durnin e Rahman (1967).
 » Nagamine e Suzuki (1964).
 » Jackson, Pollock e Ward (1980).
 » Tran e Weltman (1989).
 » Pollock (1975).
33
AVAliAção MorfolÓgiCA│ unidAdE i
Crianças e adolescentes
 » Slaughter (1988).
 » Boileau (1985).
 » Deurenberg (1990).
 » Pariskova (1961).
universitários
 » Guedes (1985).
 » Katch e McArdle (1973).
 » Wilmore e Behnke (1969).
 » Sloan (1967).
 » Katch e Michael (1968).
idosos
 » Pollock (1976).
 » Tran e Weltman (1989).
 » Pollock (1975).
Adolescentes
 » Durnin e Rahman (1976).
 » Durnin e Womersley (1974).
 » Tran e Weltman (1989).
Mulher ativa
 » Withers, Norton, Craig, Hartland e Venables (1987).
34
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
Atletas
 » Thorland (1984).
 » Forsyth e Sinning (1973).
 » Faulkner (1968).
 » Mayhew (1981).
 » Lewis (1978).
Atletas de alto nível
 » Withers, Craig, Bourdon e Norton (1987).
 » Withers, Whittingham, Norton, Laforgia, Ellis e Crockett (1987).
lesados medulares
 » Bulbulian (1987).
obesos
 » Weltman (1987).
Mulheres obesas
 » Weltman (1988).
Atletas de luta
 » Katch e McArdle (1973).
Atletas de futebol americano
 » Hortobagyi(1992).
Atletas paraplégicos
 » Bulbulian (1987).
35
AVAliAção MorfolÓgiCA│ unidAdE i
Atletas de balé
 » Hergenroeder (1993).
Mulheres anoréxicas
 » Jackson (1980).
Certamente o avaliador irá ao momento da avaliação “selecionar” a equação que 
mais lhe convém, observando o detalhe de nunca utilizar simultaneamente dois 
ou mais protocolos no mesmo avaliado. Outra referência muito utilizada para 
os profi ssionais que trabalham diretamente com avaliação é o somatório das 
dobras cutâneas, que pode servir como base para comparações antes e após a 
prescrição do treinamento.
36
CAPítulo 4
Somatotipo
Agrupar os seres humanos em diferentes tipos físicos é uma antiga preocupação do 
homem, constatando-se, desde a antiguidade, diferentes escolas biotipológicas, 
formulou a lei biológica da distribuição das massas, partindo do princípio que o corpo 
normal é essencialmente delgado quando a estrutura é grande, e corpulento quando a 
estrutura é consideravelmente reduzida, distinguindo, assim, um tipo longilíneo e um 
tipo brevilíneo. O somatotipo é uma técnica de classificação da composição corporal de 
Sheldon em 1940 e posteriormente modificada por Heath e Carter em 1967. É utilizada 
para estimar a forma do corpo e da composição, especialmente em atletas. O que 
você tem é uma análise quantitativa do físico. Ela é expressa em um período de três 
características, endomorfia, mesomorfia e ectomorfia, respeitando esta ordem. Este é o 
ponto forte do somatotipo, que nos permite combinar três dos aspectos físicos em uma 
única expressão quantitativa. É importante reconhecer as limitações deste método, uma 
vez que só nos dá uma ideia geral do tipo de material, sem ser preciso sobre segmentos 
do corpo e / ou a distribuição de tecido de cada sujeito. Por exemplo, um atleta pode ter 
uma hipertrofia muscular acentuada na parte superior do corpo, uma parte inferior do 
corpo e pouco desenvolvido, que o somatotipo não tem a capacidade de se diferenciar. 
Sendo assim, vamos explicar as condições diferenciadas da estrutura física do ser 
humano por meio da endomorfia, mesomorfia e ectomorfia, definindo determinadas 
características físicas que as diferencem entre si.
Endomorfia
A endomorfia apresenta como principal característica da estrutura física, o 
arredondamento das curvas corporais, podendo observar um corpo redondo e macio. 
O físico apresenta a ilusão de que grande parte da massa foi concentrada na área 
abdominal, sendo que isso pode ou não ser verdade. Os braços e pernas do endomorfo 
podem ser parecidos com o formato de um cone. Considera-se um indivíduo obeso um 
bom exemplo de endomorfia plena, pois o relevo muscular praticamente não é notado, 
mas aparecem grande volume abdominal, pescoço curto e ombros quadrados.
37
AVAliAção MorfolÓgiCA│ unidAdE i
Mesomorfia
A mesomorfia é considerada como o segundo componente do somatotipo de Sheldon. 
Dentre as principais características destacam-se o grande relevo muscular aparente, 
com contornos predominantes na região do trapézio, deltoide e abdominal, bem como 
uma estrutura óssea mais maciça principalmente na região do punho e antebraço. A 
presença de gordura corporal é pequena, permitindo uma boa visualização do arcabouço 
muscular. Este tipo de estrutura corporal frequentemente é encontrado em atletas.
Ectomorfia
Este terceiro componente pode ser identificado por uma linearidade corporal, com 
discreto volume muscular e pequena presença de tecido gorduroso, podendo ser 
considerado como o componente de magreza. A estimativa do somatotipo é realizada 
mediante o cálculo de cada um destes componentes, numa escala e um a sete, segundo 
Sheldon.
Heath e Carter
Na década de 1960, Heath e Carter propuseram um método antropométrico para a 
estimativa do somatotipo (HEATH e CARTER, 1967). A utilização desta técnica como 
meio de avaliação do tipo e da composição corporal, independente do tamanho, tem 
sido amplamente utilizada para descrever grupos de atletas de elite, pois o somatotipo 
antropométrico de Heath e Carter permite um estudo apurado sobre o tipo físico ideal 
para cada modalidade esportiva, sendo um excelente instrumento para ser empregado 
na descoberta de talentos, além de permitir uma contínua monitorização da composição 
corporal durante o decorrer de uma temporada. Neste método não há limite superior 
para a escala de quantificação dos componentes, que são classificados como baixo 0,5 a 
2,5; moderado de 3,0 a 5,0; alto de 5,0 a 7,0; e muito alto acima de 7,5.
Para Sheldon, o somatotipo tem uma grande influência genética, dificilmente podendo 
ser modificado; já o método de Heath e Carter, que pode ser empregado tanto em 
homens quanto em mulheres, determina o tipo físico da pessoa no momento em que está 
sendo avaliada, podendo sofrer alterações em função do ambiente, como alimentação 
ou treinamento, por exemplo. Em estudos antropométricos concluiu-se que não existe 
um indivíduo com uma classificação única, mas com uma maior ou menor tendência 
para cada um dos componentes de sua divisão. 
38
unidAdE i │ AVAliAção MorfolÓgiCA
Figura 5. Modelo de análise de somatotipo proposto 
Fonte: heath e Carter (1967).
Ao se trabalhar com indivíduos de diversos tipos de características, como atletas, alunos, 
crianças, idosos etc., é comum profissionais da saúde utilizarem por meio da avaliação 
somatitópica uma base de referência para se encontrar o grupo no momento da avaliação, 
a partir disto criar perfis e metas. Na figura a seguir, temos um exemplo de uma avaliação 
feita em atletas de futebol de alto rendimento numa categoria SUB19, tal perfil desse 
grupo é de extrema importância para se analisar e comparar com as categorias mais 
inferiores e superiores. Este histórico permite criar estratégias de ação, tendo em vista 
que no futebol a predominância é de indivíduos mesomorfos (MORAES, 2010).
Figura 6. exemplo de uma planilha de atletas de futebol observando o grupo por meio do somatocarta.
Logo do Clube
SOMATOTIPO - Endomortfia, Mesomorfia e Ectomorfia 4 8 2008
Nº Peso Altura TR SB SE PA BC PA CO JO Endo Meso Ecto X Y
1 Atleta 01 75.2 183.0 8.6 8.3 4.5 6.5 33.5 39.5 6.8 9.0 2.3 4.2 3.6 1.34 2.43
2 Atleta 02 81.0 184.0 12.0 11.5 12.2 10.5 35.0 36.5 7.7 7.2 3.9 3.4 2.4 -1.60 0.48
3 Atleta 03 73.2 175.0 8.4 8.6 7.0 7.8 31.5 38.0 6.7 9.5 2.5 4.8 2.5 0.01 4.63
4 Atleta 04 74.3 175.0 6.6 11.0 6.5 6.5 33.0 39.0 7.0 10.1 2.5 5.9 1.9 -0.56 7.41
5 Atleta 05 69.0 174.0 8.5 11.0 7.3 7.0 32.5 39.0 6.8 9.6 2.8 5.4 2.9 0.14 5.16
6 Atleta 06 73.0 176.0 8.3 12.6 7.6 7.2 33.5 36.0 7.6 8.3 3.0 4.8 2.7 -0.31 3.86
7 Atleta 07 78.0 176.0 7.0 10.4 8.1 9.6 33.0 41.5 7.0 10.0 2.7 6.1 2.0 -0.65 7.44
8 Atleta 08 72.3 177.0 5.5 7.3 4.2 3.7 31.5 41.0 6.9 9.3 1.6 5.2 3.0 1.33 5.75
9 Atleta 09 76.5 185.0 7.4 8.6 6.7 8.8 33.5 38.5 6.6 9.3 2.5 3.7 3.8 1.32 1.21
10 Atleta 10 76.3 178.0 9.6 10.5 8.2 7.0 33.5 40.5 7.0 9.7 3.0 5.5 2.6 -0.43 5.48
11 Atleta 11 69.0 181.0 5.2 7.6 4.2 5.5 32.5 36.5 7.0 8.7 1.7 3.8 4.2 2.49 1.77
12 Atleta 12 62.1 172.0 6.9 8.5 5.8 6.0 30.5 35.0 6.7 8.5 2.1 4.0 3.7 1.56 2.19
13 Atleta 13 52.3 161.0 4.5 6.0 6.0 4.9 30.0 34.0 6.0 8.4 1.4 4.6 3.4 1.97 4.37
14 Atleta 14 72.7 179.0 8.0 10.6 6.5 5.5 30.5 35.0 6.9 8.9 2.7 3.5 3.3 0.60 0.97
15 Atleta 15 78.0 182.0 10.3 10.0 7.0 6.5 36.0 41.5 6.8 9.1 3.0 5.1 3.1 0.08 4.20
16 Atleta 16 81.8 184.0 14.0 12.6 10.6 12.0 28.5 39.0 7.1 9.2 4.1 3.2 2.9 -1.20 -0.62
17 Atleta 17 73.0 176.5 7.3 9.0 6.9 4.6 30.5 40.0 7.0 9.2 2.4 4.9 2.8 0.38 4.58
18 Atleta 18 67.6 172.0 7.5 13.0 8.5 5.7 30.0 36.0 6.9 8.8 3.0 4.4 2.2 -0.79 3.58
19 Atleta 19 64.3 185.0 4.4 7.9 5.2 4.1 27.0 35.0 6.4 9.8 1.8 2.2 4.0 2.24 -1.44
72.08 177.66 7.89 9.74 7.00 6.81 31.89 37.97 6.89 9.08 2.57 4.45 2.99 0.42 3.34
7.03 5.89 2.42 1.97 2.02 2.17 2.22 2.41 0.37 0.69 0.71 1.01 0.66 1.19 2.51
SOMATOCARTA
carlos@fisiologista.com
Somatotipo Eixos
Nome
MEDIA
DESVIO PADRÃO
Data da Avaliação
CATEGORIA SUB 19 Dobras Perímetro Diamêtros
NOME DO CLUBE
DEPARTAMENTO DO CLUBE Prof. Carlos Vinicius Herdy
Grupo de DesenvolvimentoCientífico no Esporte Moderno - PROMOVE Fisiologista
MESO
ECTOENDO
39
AVAliAção MorfolÓgiCA│ unidAdE i
Logo do Clube
SOMATOTIPO - Endomortfia, Mesomorfia e Ectomorfia 4 8 2008
Nº Peso Altura TR SB SE PA BC PA CO JO Endo Meso Ecto X Y
1 Atleta 01 75.2 183.0 8.6 8.3 4.5 6.5 33.5 39.5 6.8 9.0 2.3 4.2 3.6 1.34 2.43
2 Atleta 02 81.0 184.0 12.0 11.5 12.2 10.5 35.0 36.5 7.7 7.2 3.9 3.4 2.4 -1.60 0.48
3 Atleta 03 73.2 175.0 8.4 8.6 7.0 7.8 31.5 38.0 6.7 9.5 2.5 4.8 2.5 0.01 4.63
4 Atleta 04 74.3 175.0 6.6 11.0 6.5 6.5 33.0 39.0 7.0 10.1 2.5 5.9 1.9 -0.56 7.41
5 Atleta 05 69.0 174.0 8.5 11.0 7.3 7.0 32.5 39.0 6.8 9.6 2.8 5.4 2.9 0.14 5.16
6 Atleta 06 73.0 176.0 8.3 12.6 7.6 7.2 33.5 36.0 7.6 8.3 3.0 4.8 2.7 -0.31 3.86
7 Atleta 07 78.0 176.0 7.0 10.4 8.1 9.6 33.0 41.5 7.0 10.0 2.7 6.1 2.0 -0.65 7.44
8 Atleta 08 72.3 177.0 5.5 7.3 4.2 3.7 31.5 41.0 6.9 9.3 1.6 5.2 3.0 1.33 5.75
9 Atleta 09 76.5 185.0 7.4 8.6 6.7 8.8 33.5 38.5 6.6 9.3 2.5 3.7 3.8 1.32 1.21
10 Atleta 10 76.3 178.0 9.6 10.5 8.2 7.0 33.5 40.5 7.0 9.7 3.0 5.5 2.6 -0.43 5.48
11 Atleta 11 69.0 181.0 5.2 7.6 4.2 5.5 32.5 36.5 7.0 8.7 1.7 3.8 4.2 2.49 1.77
12 Atleta 12 62.1 172.0 6.9 8.5 5.8 6.0 30.5 35.0 6.7 8.5 2.1 4.0 3.7 1.56 2.19
13 Atleta 13 52.3 161.0 4.5 6.0 6.0 4.9 30.0 34.0 6.0 8.4 1.4 4.6 3.4 1.97 4.37
14 Atleta 14 72.7 179.0 8.0 10.6 6.5 5.5 30.5 35.0 6.9 8.9 2.7 3.5 3.3 0.60 0.97
15 Atleta 15 78.0 182.0 10.3 10.0 7.0 6.5 36.0 41.5 6.8 9.1 3.0 5.1 3.1 0.08 4.20
16 Atleta 16 81.8 184.0 14.0 12.6 10.6 12.0 28.5 39.0 7.1 9.2 4.1 3.2 2.9 -1.20 -0.62
17 Atleta 17 73.0 176.5 7.3 9.0 6.9 4.6 30.5 40.0 7.0 9.2 2.4 4.9 2.8 0.38 4.58
18 Atleta 18 67.6 172.0 7.5 13.0 8.5 5.7 30.0 36.0 6.9 8.8 3.0 4.4 2.2 -0.79 3.58
19 Atleta 19 64.3 185.0 4.4 7.9 5.2 4.1 27.0 35.0 6.4 9.8 1.8 2.2 4.0 2.24 -1.44
72.08 177.66 7.89 9.74 7.00 6.81 31.89 37.97 6.89 9.08 2.57 4.45 2.99 0.42 3.34
7.03 5.89 2.42 1.97 2.02 2.17 2.22 2.41 0.37 0.69 0.71 1.01 0.66 1.19 2.51
SOMATOCARTA
carlos@fisiologista.com
Somatotipo Eixos
Nome
MEDIA
DESVIO PADRÃO
Data da Avaliação
CATEGORIA SUB 19 Dobras Perímetro Diamêtros
NOME DO CLUBE
DEPARTAMENTO DO CLUBE Prof. Carlos Vinicius Herdy
Grupo de Desenvolvimento Científico no Esporte Moderno - PROMOVE Fisiologista
MESO
ECTOENDO
Aspectos éticos
Deve-se ressaltar que também na Medicina do Esporte, o compromisso 
fundamental de qualquer ação médica é com o paciente ou atleta. Desta forma, 
de acordo com os princípios do Código de Ética Médica (Resolução do Conselho 
Federal de Medicina nº 1.246/1988) os resultados de avaliações, entrevistas, 
questionários e exames clínicos devem ser sigilosos e entregues diretamente ao 
paciente, seu responsável ou ao médico da equipe, mas jamais aos treinadores, 
técnicos, dirigentes esportivos nem ser divulgados publicamente pelo 
médico examinador por quaisquer meios de comunicação, ainda que com o 
consentimento do paciente ou do atleta.
40
CAPítulo 5
Equipamentos necessários
A antropometria consiste na avaliação das medidas corporais, cujo método é aplicável em 
todas as fases do curso da vida e permite a classificação adequada a cada uma delas. De 
modo geral, apresenta as seguintes características: é um método barato, simples, de fácil 
obtenção e de fácil padronização, além de não ser invasivo e de fácil aceitação. Medidas 
relativamente simples, mas os profissionais responsáveis por elas estão sujeitos a cometer 
erros em qualquer medição, que podem ser minimizados ou corrigidos pela qualificação 
do seu processo de trabalho, bem como a garantia de equipamentos adequados. A 
aquisição e manutenção de equipamentos antropométricos são fundamentais para analise 
dos resultados, visto que uma balança descalibrada ou um antropômetro impreciso 
desqualificam profundamente qualquer método antropométrico. Em se tratando de 
populações específicas, como crianças, por exemplo, podem subestimar ou superestimar 
uma situação de risco/agravo nutricional. Outro ponto importante é o local onde os 
equipamentos serão guardados, sempre em local limpo e seguro, de modo que seja um 
local reservado, com espaço suficiente para adequada movimentação de pessoas, piso 
plano, parede lisa, com temperatura agradável e sem corrente de ar. Os equipamentos 
básicos a serem adquiridos veja a seguir.
Balanças antropometricas 
A Balança é utilizada para medir a massa corporal total, devendo ter precisão necessária 
para informar o peso de um indivíduo da forma mais exata possível. O Peso corporal 
é aferido por balanças antropométricas encontradas em diversas locais, entretanto se 
evita balanças portáteis residenciais que na maioria das vezes são difíceis de aferir e 
consequentemente aumentam a probabilidade de erros. Determinados cuidados devem 
ser levados em consideração antes e durante a medição do peso do avaliado. Priorizar 
como instrumento de medição as balanças com escala de divisões de 100 gramas e 
verifique o local onde a balança está certificando que o local é plano, caso contrário seu 
desnivelamento poderá provocar alterações na medida. Verificar também a calibração 
da balança, procurando ajustá-la com pesos conhecidos. Para a determinação do peso, 
o avaliado deverá estar com o mínimo de roupa e descalço, posicionando em pé e de 
costas para a escala da balança, com os pés afastados e paralelos. Em seguida, colocá-
los sobre o centro da plataforma da balança, ereto e com o olhar num ponto fixo à 
frente. Movimente os cilindros correspondentes às dezenas (kg) e centenas (g) de peso 
do avaliado até que ocorra o nivelamento dos ponteiros-guia da balança mecânica e 
realize a leitura.
41
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
A seguir os modelos de balanças e suas especificações:
PLATAFORMA DIGITAL ESPECIFICAÇÃO
Fabricada exclusivamente para pesagem de pessoas.
Construída em material resistente e de fácil higienização.
Mostrador (display) digital com indicadores de peso com no mínimo, cinco dígitos.
Capacidade de pesagem (mínimo 200 kg).
Graduação (precisão) de pesagem (máximo 100 g).
Plataforma para apoio dos pés constituídos de material antiderrapante e resistente ao uso.
Pés reguláveis, revestidos de material antiderrapante.
Chave seletora de tensão de 110/220 V.
Opcionalmente, a base da balança pode ser ampla o suficiente para permitir que a medição de indivíduos 
em cadeira de rodas ou grandes obesos seja feita confortavelmente (plataforma com, no mínimo 74 cm 
de largura x 90 cm de comprimento).
Opcionalmente, poderá ter antropômetro acoplado com escala numérica de no mínimo 200 cm úteis.
É indispensável que o produto apresente certificação pelo IPEM/INMETRO (Instituto de Pesos e Medidas/ 
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Equipamento acompanhado de estojo exclusivo para proteção e transporte.
Equipamento acompanhado de manual de instrução em português.
Garantia mínima de um ano.
BALANÇA PLATAFORMA 
MECÂNICA
ESPECIFICAÇÃO
Fabricada exclusivamente para pesagem de pessoas.
Construída em material resistente e de fácil higienização.
Capacidade de pesagem (mínimo,200 kg).
Graduação (precisão) de pesagem (máximo 100 g).
Plataforma para apoio dos pés constituídos de material antiderrapante e resistente ao uso.
Pés reguláveis, revestidos de material antiderrapante.
Régua e cursor em aço inoxidável.
Trava e calibrador de fácil manuseio.
Opcionalmente, a base da balança pode ser ampla o suficiente para permitir que a medição de indivíduos 
em cadeira de rodas ou grandes obesos seja feita confortavelmente (plataforma com no mínimo 74 cm 
de largura x 90 cm de comprimento).
Opcionalmente, poderá ter antropômetro acoplado com escala numérica de no mínimo 200 cm úteis.
É indispensável que o produto apresente certificação pelo IPEM/INMETRO (Instituto de Pesos e Medidas/ 
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Equipamento acompanhado de estojo exclusivo para proteção e transporte.
Equipamento acompanhado do manual de instruções em português.
Garantia mínima de um ano.
42
unidAdE i │AVAliAção MorfolÓgiCA
BALANÇA PLATAFORMA 
PORTÁTIL
ESPECIFICAÇÃO
Fabricada exclusivamente para pesagem de pessoas.
Construída em material resistente a impacto (exemplo: não pode ser de vidro temperado) e de fácil 
higienização.
Mostrador (display) digital com indicadores de peso com no mínimo, cinco dígitos.
Capacidade de pesagem (mínimo 200 kg).
Graduação (precisão) de pesagem (máximo 100 g).
Desligamento automático.
Alimentação por pilha(s) ou bateria(s).
Deve incluir as pilha(s) ou bateria(s) necessária(s) para seu funcionamento.
Indicador de pilha fraca.
Pés revestidos de material antiderrapante.
Deve apresentar indicador de sobrecarga, isto é, caso exista sobrecarga de peso, a balança deve indicar 
erro ao invés de demonstrar o peso máximo possível. 
Não deve incluir bioimpedanciometria, para não excluir a tomada de medidas de gestantes e portadores 
de marca-passo.
Opcionalmente, deve apresentar função “mamãe-bebê” que possibilite determinar o peso de crianças e 
bebês no colo da mãe.
É indispensável que o produto apresente certificação pelo IPEM/INMETRO (Instituto de Pesos e Medidas/ 
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) ou órgão semelhante.
Equipamento acompanhado de bolsa com alça exclusiva para proteção e transporte.
Equipamento acompanhado do manual de instruções em português.
Estadiômetro
O Estadiômetro é um aparelho que foi projetado com finalidade de aferir a estatura de 
modo prático e preciso dentro de padrões necessários para a população. O Estadiômetro 
também denominado antropômetro, é utilizado para medir comprimento/estatura de 
crianças, adolescentes e adultos. Para realizar a medida do indivíduo na posição em pé, 
utiliza-se o antropômetro vertical ou estadiômetro.
ESTADIÔMETRO VERTICAL FIXO ESPECIFICAÇÃO
Equipamento destinado à medição de pessoas.
Fabricado em material rígido, resistente à umidade e mudanças de temperatura e de fácil higienização.
Equipamento específico para fixação em parede.
Deve incluir todas as peças necessárias para sua utilização.
Escala numérica gravada em tinta resistente ao uso.
Escala numérica construída em centímetros, com graduação (precisão) de um mm.
Escala numérica (mínimo 200 cm úteis).
Escala numérica com indicação da dezena (em números maiores) a cada 10 cm.
Cursor (parte móvel) deve permitir o deslize suave e estável, mantendo ângulo de 90° graus com a 
escala numérica.
Cursor (parte móvel) com, no mínimo, 5 cm de largura e 25 cm de comprimento.
Deve incluir indicador de leitura simplificado que aponte o valor da medição.
Equipamento acompanhado de estojo exclusivo para proteção e transporte.
Equipamento acompanhado de manual de instrução em português.
43
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
ESTADIÔMETRO VERTICAL FIXO 
TIPO TRENA
ESPECIFICAÇÃO
Equipamento destinado à medição de pessoas.
Fabricado em material rígido, resistente à umidade e mudanças de temperatura e de fácil higienização.
Equipamento específico para fixação em parede.
Deve incluir todas as peças necessárias para sua utilização.
Escala numérica gravada em tinta resistente ao uso.
Escala numérica construída em centímetros, com graduação (precisão) de um mm.
Escala numérica (mínimo 200 cm úteis).
Escala numérica com indicação da dezena (em números maiores) a cada 10 cm.
Trena antropométrica larga com mola retrátil, fabricada em aço inoxidável.
Caixa protetora da trena deve incluir indicador de leitura simplificado que aponte o valor da medição.
Caixa protetora da trena com placa de apoio rente à parede para garantir a manutenção do ângulo 
reto entre a haste e a parede;
Equipamento acompanhado de estojo exclusivo para proteção e transporte.
Equipamento acompanhado de manual de instrução em português.
ESTADIÔMETRO VERTICAL 
PORTÁTIL
ESPECIFICAÇÃO
Equipamento destinado à medição de pessoas.
Fabricado em material rígido, resistente à umidade e mudanças de temperatura e de fácil higienização.
Deve incluir todas as peças necessárias para sua utilização.
Equipamento leve e apropriado para o transporte.
Escala numérica gravada em tinta resistente ao uso.
Escala numérica bilateral fixada em material desmontável que se encaixem com precisão e 
mantenham-se estáveis durante o uso.
Escala numérica construída em centímetros, com graduação (precisão) de um mm.
Escala numérica (mínimo 200 cm úteis).
Escala numérica com indicação da dezena (em números maiores) a cada 10 cm.
Cursor (parte móvel) deve permitir o deslize suave e estável, mantendo ângulo de 90° graus com a 
escala numérica.
Deve apresentar base de sustentação para apoio dos pés, permitindo adequado nivelamento.
Deve incluir indicador de leitura simplificado que aponte o valor da medição.
Equipamento acompanhado de bolsa com alça exclusiva para proteção e transporte.
Equipamento acompanhado do manual de instruções em português.
trena, compasso de dobras cutâneas e 
paquímetro
Na escolha dos equipamentos antropométricos a serem adquiridos, devem-se considerar 
alguns fatores importantes, como a precisão e a capacidade/amplitude necessárias 
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UNIDADE I │ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
para aferição de medidas, o acabamento deve ser de material não cortante e de alta 
resistência a umidade, evitando-se materiais que oxidem que soltem farpas ou que 
apresentem pregos/parafusos expostos. Deve-se priorizar a escolha por equipamentos 
que apresentem assistência técnica em território nacional a fim de garantir a realização 
da manutenção e/ou conserto dos materiais, bem como a utilização de equipamentos 
práticos e que forneçam leitura das medições adequadamente.
O Compasso de Dobras Cutâneas é largamente utilizado por avaliadores físicos, esse 
equipamento deve possuir uma escala confiável e precisa, tendo o resultado em milímetros. 
A aplicação do compasso deve permitir uma pressão da dobra para que a aferição seja 
constante. O compasso, de plástico, metal ou digital são validados e devem sempre adotar 
os protocolos de procedimentos da coleta no momento da aplicação ao avaliado. 
A Trena é destinada para medições de perímetros corporais, deve ser de material 
maleável, inelástico, inextensível, resistente e de fácil higienização. Fita fabricada em 
aço com escala numérica gravada em tinta resistente ao uso e escala numérica em 
centímetros, com graduação (precisão) de 1 mm com no mínimo 200 cm úteis e com 
indicação da dezena (em números maiores) a cada 10 cm. A fita com área em branco 
antes da linha “zero” para permitir mensuração adequada, tendo ainda um dispositivo 
de retração automática.
Paquímetro (paqui do grego, espessura e metro, medida), por vezes também chamado 
de craveira em Portugal, é um instrumento utilizado para medir a distância entre dois 
lados simetricamente opostos em um objeto. Um paquímetro pode ser tão simples como 
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA│ UNIDADE I
um compasso. O paquímetro é ajustado entre dois pontos, retirado do local e a medição 
é lida em sua régua. O nónio ou vernier é a escala de medição contida no cursor móvel 
do paquímetro, que permite uma precisão decimal de leitura por meio do alinhamento 
desta escala com uma medida da régua. Os paquímetros são feitos de plástico, com 
haste metálica, ou inteiramente de aço inoxidável.
Estratégias para medicação da composição 
corporal
A figura a seguir, mostra equipamentos capazes de verificar os valores da composição 
corporal. É claro que devido ao seu alto custo, não iremos solicitar a um individuo 
para fazer uma ressonância magnética com intuito de observar apenas os valores de 
percentual de gordura, por exemplo, mas o DEXA (Absormetria Radiológica de Dupla 
Energia), vem sendo adquirido por diversos clubes esportivos, como finalidade de se 
obter um padrão ouro na avaliação morfológica de atletas e pacientes. Além disso, 
a antropometria é uma forma de estratégia de valorização ao serviço prestado do 
profissional que executa, destinando a sua credibilidade e importância do teste.
Figura 7. equipamentos para análise da composição corporal

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