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DESAFIO PROFISSIONAL 3º SEMESTRE PRONTO

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SERVIÇO SOCIAL 
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II, PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL I 
CLARICE PEREIRA DOS SANTOS – RA 2753602819
KATIA DE CARVALHO NEIA DOS SANTOS – RA 9498554995
LUCIENE MORAES CARVALHO – RA 9793476773
MARIA CLAUDIA ROMERO FERREIRA ROCHETE – RA 9576426497
MARIA ROSANA COSTA E SILVA – RA 9196208934
ROSIMEIRE BENEDITA MENDES – RA 8901130954
TRANSFORMAÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL E DA PSICOLOGIA.
Tutor presencial: Paula Cristina Oliveira Dorneles
Rondonópolis / MT, 15 de abril de 2015.
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1. 
Introdução
Neste trabalho será apresentado algumas transformações e acontecimentos importantes que o serviço social e a psicologia enfrentaram após a ditadura militar. Que tem por objetivo mostrar a evolução dessas duas profissões.
Sua estrutura é baseada na psicologia e serviço social desde sua regulamentação até a junção de ambas para o bem de uma sociedade menos favorecida, visando os direitos, e bem estar desta população. Para este estudo foram usados vários canais de aprendizado livros de cada área especifica e sites de procura.
 1. A psicologia
A psicologia no Brasil foi regulamentada no ano 1962, sob a lei Federal n°4.119, manifestou-se junto a classes burguesas da sociedade brasileira. Na época as práticas psicológicas se consolidaram sob a influência de ideologias desenvolvimentista, ideologia essas que causava na população brasileira “um profundo conformismo político”, além da “produção de subjetividades consumistas” (Coimbra, 1995, p. 56), guiada pela repressão política e pelo patrulhamento ideológico.
Após o golpe militar “a nova profissão não buscava apenas legitimidade social, mas mostrar para as classes dominantes atuantes no Brasil que a psicologia não era uma ameaça á ordem social”. (LACERDA JR, 2013, p. 220). Na época estudos eram produzidos sobre indivíduo considerado inadequado, anormal, sem qualquer reflexão e critica sobre as condições sociais, políticas e econômicas extremamente injustas vividas pelas classes populares no país.
Esse período na psicologia foi caracterizado pela ênfase de teorias individualistas que contribuíram para tendências culturais para o predomínio da burguesia onde criavam uma psicologia privada, individual e elitista, foi um período conforme Gonçalvez (2010), em que os campos de trabalho nas áreas sociais estavam reduzidos e o desenvolvimento de políticas sociais apresentava um caráter assistencialistas e tecnocráticos, de forma que era considerada desnecessária a atuação de profissionais da área.
Na década de 1970, enquanto uma parte de psicólogos se acomodavam nesses espaços de conforto de atendimento ás elites em seus consultórios particulares, outra parte desses profissionais, juntamente com outros intelectuais, começaram e se incomodar e discutir a situação de opressão e violência que vivia o país naquele período ditatorial. Conforme citado:
(...) durante a ditadura militar, houve um complexo processo de reorganização de setores da sociedade civil em sua luta contra o capital e/ou o regime militar. Este processo também chegou na psicologia, criando cisões, crises e transformações. Surgiram novas abordagens teóricas e práticas na psicologia brasileira. (LACERDA JR, 2013, p.225-226).
Tratava-se de um período no qual o exercício da psicologia, em expressiva escala, se adequava ás necessidades políticas e econômicas do governo militar ditatorial vigente (SCARPO, 2005).
 2. SERVIÇO SOCIAL
Na década de 1930, com grande influência da igreja, abriram-se as portas para as práticas do serviço social, as damas da sociedade faziam as obras assistencialistas baseadas na caridade, solidariedade e filantropia, depois passaram toda essa responsabilidade para o estado que se uniu também a igreja. O assistente social se deparou com ideologias advindas da igreja Católica, do Estado e do empresariado brasileiro. No ano de 1960 o serviço social foi marcado pelo Movimento de Reconceituação, movimento este que representava uma grande mudança, dada a sua busca de desvinculação do Conservadorismo e das técnicas importadas do Serviço Social Norte-Americano. Em 1967 ocorreu o seminário realizado em Araxá onde o serviço social entra na discussão do Movimento de Reconteituação. Em 1974 a ditadura militar, insinuando um processo de abertura cria sob o Gen. Ernesto Geisel, o Ministério da Previdência social. No ano de 1985 o I PND- Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República particulariza a assistência social como política pública. Em 1988 houve a chamada constituição cidadã, onde representou o marco entre o regime militar e a democracia, significou a conquista de vários direitos trabalhistas e sociais. Neste mesmo ano a assistência social foi reconhecida como direito a seguridade social pelos artigos 203 e 204 da constituição. Na década de 1980 o serviço social fundamentou sua prática na teoria crítica de Antônio Gramsci e na década de 1990, baseou seu projeto Ético-político (cujo valor é a liberdade humana, baseada no suporte legal dos direitos civis, sociais e direitos políticos). No ano 1993 foi promulgada a lei que regulamentava a profissão do serviço social (lei nº8662/1993), e também foi publicado o código de ética do assistente social (resolução nº273). No ano de 1996, foi definida as diretrizes curriculares do serviço social. O ano de 2005 houve a implementação do sistema único de assistência social (SUAS). Parte desse processo podemos ver abaixo:
A década de 1990 confere maturidade teórica ao Projeto Ético Político Profissional do Serviço Social brasileiro que, no legado marxiano e na tradição marxista, apresenta sua referência teórica hegemônia. Enfeixa um conjunto de leis e de regulamentações que dão sustentabilidade institucional, legal, ao projeto de profissão nos marcos do processo de ruptura com o conservadorismo: a) o Novo Código de Ética Profissional de 1993; b) a nova Lei de Regulamentação da Profissão em 1993; c) as Diretrizes Curriculares dos cursos de Serviço Social em 1996; d) as legislações sociais que referenciam o exercício profissional e vinculam-se à garantia de direitos como: o Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA de 1990, a Lei Orgânica da Assistência Social- Loas de 1993, a Lei Orgânica da Saúde em 1990. (GUERRA, 2007, p.37).
 
O assistente social que se compraz com práticas reificantes, não aprendeu o processo histórico e a luta da categoria principalmente a partir do Movimento de Reconceituação em propor outras intervenções às novas realidades sociais que vivenciavam. Para que o assistente social vivencia em sua prática profissional a “vertente de ruptura”(PAULO NETTO, 2005) é necessário romper com o modo de ser conservador de sua prática profissional.
 3. PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL
Tanto o trabalho do assistente social como o do psicólogo (a) requer interface com as políticas da saúde, Previdência, educação trabalho, lazer, meio ambiente, comunicação social, segurança e habitação, na perspectiva de mediar acesso dos cidadãos aos direitos sociais. Essas abordagens asseguram uma intervenção interdisciplinar respondendo a demandas individuais e coletivas, defendendo a construção de uma sociedade livre de violência e exploração de classe, gênero, etnia e orientação sexual. Essa atuação interdisciplinar requer uma prática político-profissional onde se possam aceitar diferentes pontos de vistas, abordagens, decisões éticas e políticas guiadas nos princípios e valores estabelecidos pelo código de ética profissional. Nesse trabalho em equipe deve ser orientado pela perspectiva de um todo, com vistas a orientar o indivíduo nas relações sociais, determinante nas condições de vida, de modo a não responsabilizar o indivíduo pela sua condição sócio-ecônomica cabendo aos assistentes sociais e psicólogos a função frente à análise critica da realidade, no sentido de debater o reconhecimento e o papel da assistência social e das politicas sociais, na garantia dos direitos e melhoria das condições de vida, sem superestimar as possibilidades e potencializar o enfrentamentodas desigualdades sociais, geradas nas determinações macroeconômicas impedindo criação de emprego, redistribuição de renda e ampliação dos direitos. Os desafios que o assistente social e o psicólogo enfrentavam dirigiam-se as articulações na defesa do SUAS e das políticas sociais, a partir de uma leitura critica da realidade e das demandas sociais. O serviço social e a psicologia possuíam acúmulos teórico-políticos diferentes, o diálogo entre essas profissões associavam uma reflexão crítica da política, na compreensão dos aspectos objetivos e subjetivos inerentes ao convívio e a formação do indivíduo, da coletividade e circunstância que envolviam situações diversas que se apresentavam ao trabalho profissional.
 Conclusão
Com o desenvolvimento deste trabalho podemos concluir que o serviço social e a psicologia teve e tem uma importância muito grande na sociedade, principalmente nos dias de hoje, onde o assistente social realiza estudos e pesquisas para avaliar a realidade, emitir parecer social e propor medidas politicas sociais, elaborando e executando planos, programas e projetos sociais, orientando esse individuo ao acesso desses benefícios e serviço social, enquanto o psicólogo tem o objetivo de orientar e auxiliar as pessoas com problemas emocionais, mentais ou de personalidade, analisando os tipos de comportamentos com o objetivo de ajudar o indivíduo no autoconhecimento. Esses profissionais atuam em centro de saúde, clínicas, creches, escolas, empresas, asilos, penitenciárias e órgãos judiciais. Os profissionais do serviço social e da psicologia juntos fortalecem o resultado e a produção do conhecimento.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONÇALVES, M.G. Psicologia, subjetividade e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2010.
SPOZATI, Adaíza. A menina LOAS: um processo de construção da assistência social. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.
CFP/CEFESS. Parâmetro para atuação de assistentes sociais e psicólogos (as) na Política de Assistência Social. Brasília, 2007. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CartilhaFinalCFESSCFPset2007.pdf. Acesso em: 16 Mar 2015. 
NETTO, José Paulo. Ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no Brasil pós-64. 16ª Ed. São Paulo: Cortez 2011.
LACERDA JR, F. Capitalismo dependente e a psicologia no Brasil: das alternativas à psicologia crítica. Revista Teoria e crítica da psicologia. v.3, p. 216-263, 2013.
NEVES, Marlene. Psicologia social contemporânea. 17ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 18ª ed. São Paulo, Cortez, 2009. 
Psicol. Soc., Porto Alegre, v.19, n. spe2, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822007000500025&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 01. Mar. 2015
Os desafios da formação do assistente social no âmbito da proteção social básica, de Leonildo Aparecido Reis Machado Disponível em: <www.cress-mg.org.br/.../OS%20DESAFIOS%20DA%20FORMAÇÃO%2>. Acesso em 15 mar. 2015.

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