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RESENHA CRITICA SOBRE BOURDIEU, COLEMAN E SAMMONS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE LETRAS E ARTES
FACULDADE DE LETRAS
LETRAS-PORTUGUES-ÁRABE
DANULZIA GONÇALVES DA SILVA VOTORINO (119038566)
RESENHA CRITICA SOBRE BOURDIEU, COLEMAN E SAMMONS
RIO DE JANEIRO-RJ
2020.1 PLE
 DANULZIA GONÇALVES DA SILVA VITORINO
RESENHA CRITICA SOBRE BOURDIEU, COLEMAN E SAMMONS
Trabalho apresentado a Professora Joana Macedo como trabalho individual do curso de Fundamentos Sociológicos da Educação – EDF240 - PLE
RIO DE JANEIRO-RJ
2020.1 PL
RESENHA CRITICA: BOURDIEU, COLEMAN E SAMMONS
Danulzia Gonçalves da Silva Vitorino[footnoteRef:1] [1: danulzia@gmail.com] 
Segundo Bourdieu, o sistema escolar é um dos fatores mais eficazes para a conservação social, o mesmo fornece a aparência de legitimar as desigualdades sociais, ao mesmo tempo sanciona a herança cultural e o dom social tratado como dom natural, sua afirmativa pode ser comprovada nas oportunidades de acesso ao ensino superior que resulta em uma seleção direta ou indireta, ao longo da escolaridade pesa com rigor desigual sobre os sujeitos das diferentes classes sociais. Haja vista que uma pessoa que pertence a uma classe social mais elevada tem melhores oportunidades de estudos e ainda possuem acesso direto aos melhores cursos pré-vestibulares, resultando assim numa maior nota para lograr as melhores vagas e com os maiores retornos financeiros.
Pensando numa pessoa normal como eu, de uma classe menor, com menos recursos financeiros, menos oportunidades de estudos, assalariada, tendo que pagar aluguel e todas as contas e impostos que se é devido abaixo do básico de sobrevivência, assim como eu, demorei quinze anos para conseguir uma vaga na universidade, existem pessoas que demoram mais tempo ou nem consegue uma vaga, por não ter dinheiro para pagar um curso pré-vestibular tive que estudar em casa, utilizando materiais disponíveis na internet e depois de quinze anos fiquei surpresa quando consegui tirar mais de seiscentos na redação e nas demais matérias, porém minha nota não foi o suficiente para alcançar a minha vaga almejada e tão sonhada que era psicologia, tive que entrar na minha segunda opção, naquele momento o objetivo era entrar na universidade e depois mudava o curso com as provas internas, porém mais uma decepção, as provas internas são ainda mais difíceis e muito mais burocráticas para se fazer uma mudança.
Houve uma seleção através do Enem e do processo interno, só pessoas de classes mais altas conseguem essas vagas com retorno financeiro melhores, porém, nem tudo está perdido desde que a profissão que vou me formar também é uma profissão que eu amo e posso fazer a pós-graduação em psicologia da educação, vou lograr o meu sonho na junção dos meus dois amores, tentando assim passar por cima dessa seleção social desigual, sei que não vai ser nada fácil, mas amo desafios e quanto mais difícil, mais eu quero seguir adiante sem desistir.
Um dos fatores que também impedem a entrada de uma pessoa de classe baixa a pelo menos sonhar em entrar na universidade é o estimulo da família, muitas famílias tem a cultura de que fazer ensino superior é pra gente rica, eu mesma sofri preconceito por ter esse sonho de me formar numa profissão seja ela de educadora ou psicóloga como era o meu sonho, minha mãe falava que eu era metida a rica e queria ser melhor que ela e que minhas irmãs, nunca tive apoio de ninguém e esse pode ter sido um dos fatores que me fizeram demorar tanto tempo a conseguir uma vaga, na família aprendemos que a mulher nasceu pra casar, cuidar de casa, lavar, passar, cozinhar, cuidar de filho e de marido, ela pode até trabalhar fora, porém não pode ter um ensino superior porque esse é o papel do marido, mas se o marido não tem ensino superior, não tem problema, ele está fazendo o papel de homem provendo a casa.
Todos os dias temos que lutar contra esse machismo social passado de geração a geração, só consegui apoio justamente do meu marido e do meu filho, pois eles, assim como eu, luta contra essa educação machista que a sociedade quer nos fazer engolir como a correta, então Bourdieu está correto em suas afirmações.
Em contrapartida, Coleman afirma que não são as desigualdades nas escolas, isso num levantamento nos Estados Unidos, não é o fator principal para os diferentes desempenhos dos alunos, segundo o relatório de Coleman, as escolas, mesmo sendo separadas por etnia, cor ou raça, não variavam tanto uma das outras nos seus métodos de ensino, eram praticamente compatíveis, ou seja, tanto as pessoas de classe alta, quanto as pessoas de classe baixa, possuíam o mesmo tipo de ensinamento na escola, o que mudava eram suas culturas e seus ensinamentos no seio familiar, segundo Coleman, as diferenças socioeconômica entre os alunos é o fator responsável pela diferença nos resultados.
Sammons fala sobre a generalização das pesquisas, que as mesmas focam apenas no efeito das escolas no resultado dos alunos, deixando de lado assim aquilo que realmente importa que são suas características organizacionais e processuais e a forma que elas podem influenciar o resultado. As escolas eficazes segundo Sammons são aquelas que levam em consideração as características dos alunos admitidos, também deve ser levado em consideração os fatores políticos, a liderança e os fatores econômicos.
Comparando os textos de Bourdieu, Coleman e Sammons, podemos perceber que todos eles fazem seus estudos em torno da desigualdade social, pude perceber que nesses estudos o fator sucesso escolar está ligado a classe social do aluno, a sua cultura família e sua influência política, indiretamente entende-se que essa diferença no desenvolvimento escolar não está ligada propriamente a aquilo que se é ensinado na escola, pelo menos no que diz respeito aos Estados Unidos, todas as escolas tem o mesmo currículo escolar e professores empenhados a ensina-los da mesma forma independente da escola, porém, uma pessoa de classe alta tem acesso a uma cultura mais elevada que uma pessoa de classe baixa, a família influencia no desenvolvimento escolar do aluno, como mãe, eu pude perceber que o meu filho sempre se destacou na escola devido ter uma mãe ativa em seus estudos e parceira da escola.
Por saber que eu não teria como pagar uma boa escola para o meu filho, por ter ciência de que uma boa alfabetização faria toda diferença em seu desenvolvimento escolar, como mãe, eu mesma alfabetizei o meu filho em casa, eu lhe ensinei a ler e a escrever, quando ele entrou na escola ele se destacava por sua desenvoltura na leitura e na escrita, eu fiz por ele aquilo que eu não tive e achei importante, na minha época de escola eu presenciei alunos passarem de série sem saber ler, e sem saber escrever, ao meu ver, isso era constrangedor, mas a escola não tinha como fazer muita coisa, já que a base não foi bem feita, a alfabetização não foi feita de forma eficaz e correta, muitos pais por serem desligados, ou por acharem que a escola tem que fazer tudo, não presta atenção nesses pequenos detalhes que podem impedir seus filhos de chegarem ao ensino superior, até porque muitos pensam que seus filhos tem que trabalhar aonde tem vaga, não aonde querem ou aonde paga mais, uma família desestruturada também é um fator que mexe com o desenvolvimento escolar de um aluno, foi isso que entendi nos textos e também é o que observei durante minha trajetória escolar.
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