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Tratados Internacionais - 2 Execução e extinção dos tratados


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OS TRATADOS INTERNACIONAIS
*.— Conceito: 
acordo formal concluído entre sujeitos de Direito Internacional 
destinado a produzir efeitos jurídicos na órbita internacional.
— Terminologia: 
tratado, convenção, carta, pacto, modus vivendi, ato, estatuto, declaração, protocolo, 
acordo, ajuste, compromisso, convénio, memorando, regulamento, concordata.
OS TRATADOS INTERNACIONAIS
OS TRATADOS INTERNACIONAIS - EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS TRATADOS
DURAÇÃO DO TRATADO
Cada tratado dispõe de sua própria duração; quando não, opera por tempo indeterminado,
extinguindo-se por consentimento mútuo, denúncia, desuso, impossibilidade de execução, conclusão
de outro tratado com as mesmas partes, ante uma necessidade comum de renovar em outros
termos o primeiro acordo, alteração das circunstâncias e estado de guerra.
Livro didático – p. 67
OS TRATADOS INTERNACIONAIS - EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS TRATADOS
A DENÚNCIA é ato unilateral de manifestação da vontade do estado de deixar de ser parte
no acordo internacional.
A denúncia só leva a extinção dos tratados bilaterais, já que nos tratados multilaterais este
ato só implica a retirada do denunciante e não afeta a continuidade da vigência do tratado.
A denúncia exprime-se por escrito (notificação, carta, etc.) para quem de direito e para o
local (território de um país, organismo internacional) ao qual também foi enviada a carta de
ratificação.
OS TRATADOS INTERNACIONAIS - EXTINÇÃO DOS TRATADOS
Pela impossibilidade de sua execução— quando algum fato 
superveniente impossibilita a concretização do tratado, como, por exemplo, a 
guerra, uma catástrofe natural ou ainda a mudança de domínio de uma por 
outra nação em algumas situações.
OS TRATADOS INTERNACIONAIS
A Convenção de Viena sobre Tratados estabelece como regra geral que
mudanças nas circunstâncias não autorizam um estado a descumprir um
tratado, a não ser que presentes os requisitos previsto no artigo 62 e neste
caso deve comprovar as alegações. São os seguintes os requisitos:
1) a circunstância tiver constituído uma condição essencial do
consentimento das partes em obrigarem-se pelo tratado;
2) se essa mudança tiver por efeito a modificação radical do alcance das
obrigações ainda pendentes de cumprimento em virtude do tratado.
Livro didático – p. 68
OS TRATADOS INTERNACIONAIS - EXTINÇÃO DOS TRATADOS
São excluídas todas as circunstâncias não essenciais à vontade de firmar o
compromisso ou as anterior es ou supervenientes à conclusão do tratado.
A mudança deve ainda ser de caráter fundamental e radical e não simples
alteração no contexto das relações internacionais, e deve estar relacionada
ao objeto e ao fim do tratado e por fim, deve-se provar a imprevisibilidade
da mudança, mudanças no direito que existia a época do tratado, por
exemplo.
OS TRATADOS INTERNACIONAIS - EXTINÇÃO DOS TRATADOS
Violação substancial do tratado, prevista no artigo 60 da CVT, também é causa de 
extinção. Uma violação substancial significa: 
a) uma rejeição do tratado não sancionada pela presente Convenção (repúdio puro 
e simples do acordo); 
b) violação de uma disposição essencial para a consecução do objeto ou da 
finalidade do tratado. 
Segundo o ar t. 60, 1 e 2, a violação substancial de um tratado bilateral ou
multilateral por uma das partes, autoriza a(s) outra(s) parte(s) a invocar(em) a
violação como causa de extinção ou suspensão da execução de tratado, no todo ou
em parte. A violações não substanciais não deixam de configurar também um ato
ilícito que enseje a responsabilização da parte que viola.
Caso o Direito Interno do país preveja que o tratado deve passar 
pelo crivo do Legislativo, é fato que, a cada nova prorrogação de 
um tratado com prazo determinado, o Legislativo deve ser 
consultado.
O Direito internacional decorrente dos tratados negociados, assinados e
ratificados pelo Brasil, entram no sistema jurídico em posição superior às leis
ordinárias, mesmo os tratados que não são de direitos humanos.
Se incompatíveis as normas do tratado com a legislação interna, as
diversas comissões do Congresso, pelas quais o texto do tratado passa ao ser
examinado, deveriam barrar-lhe a futura aplicação, não aprovando o
tratado.
Caso o tratado se mostre inconstitucional, vício este não observado ou
não percebido pelo legislador, restará a decisão de inconstitucionalidade do
tratado pelos caminhos judiciais permitido, mas nada leva à conclusão de que
o tratado poderá ser desobedecido e/ou não praticado.