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Oxigenoterapia Oxigenoterapia: ênfase na insuficiência respiratória hipoxêmica (causada pela diminuição da PaO2 e da SaO2); Instituída quando a SpO2, SaO2 e PaO2 estão baixas; O oxigênio é transportado de duas formas: Dissolvido no plasma (livre no plasma/sangue); Baixa solubilidade (3 ml de O2/1L plasma). Precisa de pelo menos (250ml/min). Necessita de ajuda (Hb); O2 ligado à hemoglobina. 98% do O2 vão ser carreados pela hemoglobina; 2% do O2 são carreados pelo plasma (livre no sangue). A hemoglobina é uma molécula que está localizada dentro da hemácia. O O2 vai se fixar ao grupo heme da molécula de hemoglobina, e cada hemoglobina tem 4 grupos heme. Por isso que cada hemoglobina carreia 4 moléculas de O2. Troca gasosa: hematose; Processo pela qual a hematose ocorre: difusão (diferença de concentração). Objetivos da Oxigenoterapia: ◼Corrigir a hipoxemia suspeita ou comprovada; ◼Melhora da oxigenação tecidual; ◼Reduzir os sintomas da hipoxemia crônica; ◼Atenuação dos quadros de insuficiência respiratória aguda ou crônica; ◼Reduzir carga de trabalho que a hipoxemia impõe ao sistema cardiovascular Riscos da Oxigenoterapia: ◼Altas doses, período prolongado ou forma errônea de administração: comprometimento do SNC, respiratório e cardiovascular; ◼Liberação de radicais livres e efeitos citotóxicos do O2; ◼Efeitos deletérios: ▪Depressão do sistema respiratório e aumento de CO2; ▪Atelectasia por absorção; Definição: Administração de Oxigênio (O2) suplementar com o objetivo de aumentar ou manter a saturação (Sat02 ou SaPO2) acima de 90% corrigindo os danos da hipoxemia. Hipoxemia: redução anormal de O2 no sangue Arterial; Hiperoxemia: aumento anormal de O2 no sangue Arterial; Hipóxia: deficiência de O2 nos órgãos e tecidos (consequência da hipoxemia). Ex. AVC e IAM. Hiperóxia: quantidade aumentada de O2 nos órgãos e tecidos. DPOC: Sat normal = 89-92%; PaO2 normal = mais baixa. ▪Redução da capacidade vital devido ao estímulo respiratório reduzido; ▪Aumento do efeito shunt; ▪Alterações da relação V/Q; ▪Diminuição do surfactante pulmonar; ▪Desidratação das mucosas. Causas da Hipoxemia: ◼Hipoventilação: Alteração do SNC (lesão no bulbo, então para de mandar informações para o diafragma, que não contrai, cai FR e se não respira, não entra O2); Deformidades da caixa torácica (escoliose grave, respira, mas o VC é baixo, entra pouco O2 e baixa a PaO2); Doenças neuromusculares (não tem força para contrair a musculatura, gera VC baixo e hipoventilação); ◼Desigualdade V/Q: Ventilação – problema no alvéolo; unidades alveolares preenchidas por líquidos/secreção (pneumonias); colapsadas (atelectasias); Perfusão - trombo, hemorragia, anemia (oxigenoterapia não é tão adequada); ◼Difusão – comprometimento: Problema é na parede do alvéolo (fibrosada, inflamada), que vai ficar mais espessada, aumentando a dificuldade entre a troca gasosa; ◼Shunt: Perfusão normal; ventilação inadequada; comprometimento da hematose. Shunt é o termo utilizado para descrever o sangue que entra no leito arterial sistêmico sem passar pelas áreas ventiladas do pulmão, levando à redução da pressão arterial parcial de oxigênio (PaO2). Sinais Clínicos da Hipoxemia: ◼Respiratórios: Taquipnéia; Respiração laboriosa (retração intercostal, batimento da asa do nariz); Palidez; Cianose. ◼Cardiovasculares: Taquicardia ou bradicardia; Hipertensão ou hipotensão arterial; Vasoconstrição periférica eventual; Arritmias. ◼Neurológicos: Agitação; Desorientação; Cefaleia; Sonolência; Distúrbio de atenção; Confusão; Tempo de reação lenta; Desinteresse; Coma. Em ar ambiente: ▪20,9 - O2 (21%) de FiO2; ▪71,1 – outros gases (%). PaO2 normal: 80-100 mmHg. ▪Quanto maior a idade, menor é a PaO2 ideal; ▪Importante para não dar O2 mais do que o necessário; ▪Se tiver abaixo de 80 precisa fazer o cálculo da PaO2 ideal; ▪Sem gasometria, como saber se o paciente está com hipoxemia ou não? ▪Oxímetro – SpO2 = 90% PaO2 = 60mmHg ( 90 = 60). Diagnóstico da Insuficiência Respiratória Hipoxêmica: ▪PaO2< 60mmHg; ▪SpO2<88%; ▪Em ar ambiente (FiO2=21%). ▪IO: determina a gravidade da IRH; ▪FiO2: 40% = 0,40; ▪Quanto mais FiO2 dar, menor vai ser o IO, mesmo a PaO2 estando normal; ▪Máximo de FiO2 é 100%. Ar inspirado PaO2 ideal=104 – (0,27 x idade) ▪Determinar o quanto de FiO2 vai ofertar para o paciente; ▪FiO2 é o tanto de O2 que está ofertando para o paciente inspirar. Sistema de Baixo Fluxo ou Fluxo Variável: ▪O fluxo do sistema é menor do que o fluxo do paciente; ▪FiO2 variável (o fluxo vai se misturar com o fluxo do paciente); ▪Se o fluxo do paciente estiver maior, a FiO2 fica maior (vai variar de acordo com o VC, FR, VM; ▪Um fluxo alto ajuda no DR da hipoxemia (SBF não ajuda no DR, apenas ajuda de O2); ▪FR 25 irpm não é indicado o SBF. ▪Fluxo: velocidade com que envia alguma coisa. Sistema de Alto Fluxo ou Fluxo Fixo: ▪O fluxo do sistema é maior do que o fluxo do paciente; ▪Ajuda no DR; ▪FiO2 fixa (sabe o quanto de FiO2 está dando ao paciente); Baixo Fluxo: ◼Cânula Nasal ou Cateter Tipo Óculos: ▪FiO2 de até 40%; ▪Fluxos de até 6 ℓ/min para adultos com volume minuto normal; ▪Paciente que não esteja com uma demanda muito alta de FiO2; ▪Fluxos superiores a 6 ℓ/min, nesse sistema, não é indicada: risco de irritação local e dermatites. ◼Cateter Nasal Ou Nasofaríngeo: ▪Pouco utilizado; ▪Colocado na faringe; ▪Machuca, desconfortável, pode gerar infecções; ▪Administrar baixas e moderadas concentrações de O2; ▪Deve ser substituído por um novo a cada 8h. ◼Máscara Simples O2 com Orifício Lateral: ▪Apresentam um reservatório de 100 a 200 mℓ de oxigênio (no espaço da máscara); ▪FiO2 de 35 a 50% (varia de acordo com a FR); ▪FLUXOS: 5 a 10 ℓ/min; ▪Fluxos inferiores a 5 ℓ/min aumentam o risco de reinalação de CO2 e devem ser evitados (pode gerar hipercapnia). ◼Máscara Facial, Escudo Facial, Tenda Facial ou Tenda de Hudson: ▪Também conhecida como máscara de Macronebulização (umidificar o SR); ▪Geralmente conectada a um sistema de macronebulização para umidificação do oxigênio inspirado; ▪Mais ou menos em desuso; ▪FiO2 de 21 a 40%; ▪Fluxos: 6 a 15 ℓ/min; ▪Fluxos < 5l/min: risco de reinalação; ▪Pode colocar no traqueóstomo, quando a secreção está muito espessa, para não obstruir (muda o tipo de máscara); ◼Máscaras com Reservatório: ▪Máscara simples com bolsa reservatória; ▪Não é 100% de FiO2; ▪Paciente está precisando mais do que 50% de FiO2; ▪Muito usadas na emergência, paciente com DR, que vai precisar intubar, saturação muito baixa, cuidados paliativos, em transportes. Máscaras com Reinalação Parcial: ▪FiO2 de 40 a 70% com fluxo de 6 a 10 ℓ/min; ▪Fluxo adequado para garantir que a bolsa seja esvaziada em somente um terço do seu conteúdo durante a inspiração (evitar acúmulo de CO2 no sistema). ▪Tem orifícios nos lados, o paciente inspira e expira e esses orifícios são fixos, então isso pode gerar um pouco de reinalação; ▪Não tem válvulas: gera reinalação e FiO2 baixa. Máscaras sem Reinalação: ▪Utilizam uma válvula unidirecional (algumas abrem na hora da inspiração e outras abrem na hora da expiração, isso evita reinalação. E proporciona uma FiO2 alta); ▪Fluxo mínimo de 10 ℓ/min, suficiente para evitar o colapso da bolsa durante a inspiração; ▪FiO2 de 60 a 80% dependendo do padrão ventilatório do paciente.◼Colar ou Máscara para Traqueostomia: ▪FiO2 de 35 a 60% com fluxos de 6 a 15 ℓ/min; ▪Podem ser acoplados a um sistema Venturi. ▪Pode ser acoplado a Macronebulização, SAF e SBF.
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