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--------- Gametogênese --------- ESPERMATOGÊNESE . ↪ Ocorre nos túbulos seminíferos (epitélio sui generis apoiado a uma lâmina basal) do testículo. ↪ Dura cerca de 65 a 75 dias. -------------------------------------------------------------------- Espermatogênese - Células germinativas primordiais do saco vitelino migram para os primórdios gonadais, transformando-se em gonócitos e posteriormente em espermatogônias (2n). Na puberdade, as espermatogônias iniciam um processo contínuo de divisões mitóticas e produzem sucessivas gerações de células. - As células-filhas (2n) podem seguir dois caminhos: continuar crescendo sem divisão celular → tipo A (ausência de heterocromatina) ou passar por ciclos mitóticos → tipo B → as células-filhas não se separam completamente e, ao final das divisões, originando espermatócitos I (2n) que ficam unidos por pontes citoplasmáticas até o final da espermatogênese. - Durante a anáfase da meiose I, os cromossomos homólogos se separam (crossing-over), resultando dessa divisão duas células menores, os espermatócitos II (n). - Os dois espermatócitos entram na meiose II, originando duas células de cada, as espermátides (n). - Na fase final, ocorre a espermiogênese para a diferenciação das células em espermatozóides (sem divisão celular). -------------------------------------------------------------------- Espermiogênese ↪ Formação do acrossoma. ↪ Condensação e alongamento do núcleo. ↪ Desenvolvimento do flagelo. ↪ Perda da maior parte do citoplasma. 4 Etapas: ●Complexo de Golgi: acúmulo de grânulos - vesícula acrossômica. ●Acrossomo: Vesícula acrossômica + grânulo acrossômico = capuz acrossômico → acrossomo, rico em enzimas hidrolíticas capazes de dissociar a estrutura que envolve o ovócito. ●Formação do flagelo: um dos centríolos sofre elongação, formando o flagelo do espermatozóide, que fica em direção ao lúmen do túbulo seminífero. ●Maturação: Grande parte do citoplasma das espermátides é desprendida → corpos residuais (fagocitados pelas células de Sertoli). ** Os espermatozóides são liberados no lúmen do Túbulo Seminífero e transportados para o Epidídimo pelo fluido testicular. CÉLULAS DE SERTOLI: únicas células somáticas do epitélio dos túbulos seminíferos e formam a barreira hematotesticular. ↳ junto com as espermatogônias encontram-se apoiadas na lâmina basal. ↳ espermatócitos mais maduros e espermátides só terão acesso a substância intersticial por meio das células de Sertoli. ↳ atuam como fator de crescimento dos túbulos seminíferos. ↳ realizam fagocitose. ↳ apresentam receptores para FSH e testosterona. CÉLULAS DE LEYDIG: ↳ ricas em retículo endoplasmático liso. ↳ produzem testosterona. ↳ apresentam receptores para LH. -------------------------------------------------------------------- Sêmen - O sêmen é uma mistura de espermatozóides e líquido seminal, um líquido que consiste nas secreções dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. - O volume de sêmen em uma ejaculação típica é de 2,5 a 5 mililitros (mℓ), com 50 a 150 milhões de espermatozóides por mℓ. Quando a contagem cai abaixo de 20 milhões/mℓ, há probabilidade de o homem ser infértil. É necessária uma quantidade muito grande de espermatozóides para a fertilização bem-sucedida, porque apenas uma pequena fração por fim alcança o oócito secundário. - Apesar da leve acidez do líquido prostático, o sêmen tem um pH ligeiramente alcalino de 7,2 a 7,7, em decorrência do pH mais elevado e maior volume do líquido proveniente das glândulas seminais. A secreção prostática confere ao sêmen um aspecto leitoso, e os líquidos das glândulas seminais e glândulas bulbouretrais lhe dão uma consistência pegajosa. O líquido seminal fornece aos espermatozoides um meio de transporte, nutrientes e proteção do ambiente ácido hostil da uretra masculina e da vagina feminina. - Uma vez ejaculado, o sêmen coagula em menos de 5 min, em decorrência da presença de proteínas de coagulação (diferentes da do sangue) das glândulas seminais. - Depois de passar pelo útero e tubas uterinas, os espermatozoides são afetados pelas secreções da tuba uterina em um processo chamado de capacitação. OOGÊNESE . ↪ Ocorre nos ovários. -------------------------------------------------------------------- - No 1° mês de vida embrionária, as células germinativas primordiais migram do saco vitelino para os primórdios gonadais, local onde elas se dividem e se transformam em ovogônias. - No 3° mês, as ovogônias entram na prófase da 1ª divisão meiótica, mas param na fase diplóteno e não progridem para as outras fases da meiose. Essas células constituem os oócitos primários e são envolvidas por células foliculares. - A partir do 7° mês, a maioria das ovogônias se transformaram em oócitos primários, mas muitos também são perdidos por um processo degenerativo, denominado atresia. - O folículo primordial corresponde à união de um oócito primário + uma única camada de células foliculares. - O crescimento folicular ocorrerá a partir da puberdade. Os folículos abandonam o estado de repouso e entram na fase de crescimento, que é estimulado pelo FSH secretado pela hipófise. Fase do crescimento folicular Folículo Primário Unilaminar: oócitos 1° + células do estroma ovariano + células foliculares → camada granulosa (epitélio estratificado) Folículo Primário Multilaminar (pré-antral): várias camadas de células granulosa cúbicas em proliferação, sustentadas por uma lâmina basal que separa o folículo do estroma ovariano. No estágio do folículo 1°, o oócito 1° inicia a síntese da zona pelúcida que separa as células granulosas do oócito. Folículo Secundário (antral): continua a proliferação de células granulosas (produtoras de estroma e 14b-estradiol) e espessamento da zona pelúcida (rica em glicoproteínas). As células do estroma se organizam em teca interna (bem vascularizada, secreta androstenediona e testosterona) e teca externa (cama de TC semelhante à uma cápsula, contínua com o estroma ovariano). Ocorre a formação de pequenos espaços intercelulares que formarão o antro. Folículo Maduro (de Graaf): a formação do antro desloca as células granulosas em relação ao oócito 1°. Um aglomerado de células (cúmulo oóforo) é visto entre o oócito e a parede do folículo. Imediatamente antes da ovulação, o oócito 1° ocupa uma posição excêntrica dentro do folículo, coberto por uma camada de células (corona radiata). Ocorre o término da meiose I algumas horas antes da ovulação, resultando na formação do oócito secundário e do 1° corpúsculo polar. - O folículo maduro é tão grande que provoca saliência na superfície do ovário. Como resultado do acúmulo de líquido, a cavidade folicular aumenta de tamanho e a camada de células da granulosa da parede do folículo torna-se mais delgada, pois essas células não se multiplicam na mesma proporção que o crescimento do folículo. - Esses folículos têm suas tecas muito espessas. O processo total de crescimento do folículo, desdeprimordial até maduro, dura na mulher aproximadamente 90 dias. O folículo maduro (de Graaf) logo se rompe e libera seu oócito secundário, um processo conhecido como ovulação (estimulação hormonal - LH). - O oócito 2° é liberado com a corona radiata e a zona pelúcida. - Após a ovulação, as células foliculares e as da teca interna que permanecem no ovário dão origem ao corpo lúteo. Esse corpo produz progesterona. Se o oócito 2° for selecionado para a ovulação, a segunda divisão meiótica ocorre imediatamente antes do oócito ser liberado do ovário. As cromátides irmãs se separam, mas a meiose é interrompida mais uma vez (metáfase II). A etapa final da meiose, na qual cada cromátide-irmã vai para as células separadas, não ocorre se o oócito não for fertilizado. ↪ O ovário libera o oócito 2° maduro durante a ovulação. Se o oócito não for fertilizado, a meiose nunca será completada e o oócito degenera. ↪ Se houver a fertilização por um espermatozóide, o passo final da meiose ocorre. Metade das cromátides irmãs permanecem no óvulo fertilizado (zigoto), ao passo que a outra metade é liberada no 2° corpúsculo polar (1n). O 2° corpúsculo polar degenera. ❏ 1° corpúsculo polar: finalização da meiose I. ❏ 2° corpúsculo polar: fertlização.
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