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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CURSO DE LICENCIATURA-MATEMÁTICA DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A ANÁLISE PROFESSOR (A): ANDERSON FEITOZA LEITAO MAIA TUTOR (A): HUDSON DE SOUSA FELIX ALUNO (A): SABRINA GONÇALVES DE MELO MATRÍCULA: 0427767 PORTFÓLIO 03 QUITERIANÓPOLIS-CE 2019 01) Sejam a racional diferente de zero, e x irracional. Prove que 𝒂𝒙 e 𝒂 + 𝒙 são irracionais. Dê exemplo de dois irracionais 𝒙, 𝒚 tais que 𝒙 + 𝒚 e 𝒙𝒚 são racionais. Solução: Como ''a'' é racional diferente de zero e ''x'' irracional. Nesse caso, ''a'' pode ser escrito na forma de fração e ''x'' não pode: 𝑎 = 𝑏 𝑐 (com ′′𝑏 𝑒 𝑐′′ ′′ ∈ ℕ. ) 𝑥 = 𝑥 1 Sendo assim: 𝑎 ∗ 𝑥 = 𝑏 𝑐 ∗ 𝑥 1 𝑎 ∗ 𝑥 = 𝑏 ∗ 𝑥 𝑐 Sabemos que um número natural multiplicado por um número irracional gera um número irracional. Assim, 𝑏𝑥 𝑐 é irracional. 𝑎 + 𝑥 = 𝑏 𝑐 + 𝑥 𝑎 + 𝑥 = 𝑏 𝑐 + 𝑥 ∗ 𝑐 𝑐 [𝑥 ∗ 𝑐 é irracional (número natural multiplicado por um número irracional)] 𝑎 + 𝑥 = 𝑏 + 𝑥𝑐 𝑐 Dessa maneira, a soma de um número natural com um irracional, forma um número irracional. Sendo assim, 𝑏 + 𝑥𝑐 𝑐 é irracional. Exemplos: 𝑎 = 1 + √5, 𝑏 = 1 − √5 , assim 𝑎 + 𝑏 = 2 𝑒 𝑎 ∗ 𝑏 = 1 − 5 = 4. 04) Seja 𝒇(𝒙) = 𝒂𝟎 + 𝒂𝟏𝒙 + ⋯ + 𝒂𝒏𝒙 𝒏 um polinômio com coeficientes inteiros. a) Se um número racional 𝒑 𝒒 (com p e q primos entre si) é tal que 𝒇 ( 𝒑 𝒒 ) = 𝟎, prove que p divide 𝒂𝟎 e q divide 𝒂𝒏. Solução: Se P divide 𝑎0, P é um primo múltiplo de 𝑎0 , tal que 𝑎0 𝑃 = 𝑥, sendo 𝑥 ≠ 0. Sabemos que Q também é primo e que divide 𝑎𝑛, assim 𝑎𝑛 𝑄 = 𝑌, sendo 𝑌 ≠ 0. Se conclui que P e Q são primos múltiplos respectivamente de 𝑎0 e 𝑎𝑛. 08) Sejam A, B conjuntos não-vazios de números reais, tais que 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 𝒚 ∈ 𝑩 ⇒ 𝒙 ≤ 𝒚. Prove que 𝐬𝐮𝐩 𝑨 ≤ 𝐢𝐧𝐟 𝑩. Prove que 𝐬𝐮𝐩 𝑨 = 𝐢𝐧𝐟 𝑩 se, e somente se, para todo 𝜺 > 𝟎 dado, podem-se obter 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 𝒚 ∈ 𝑩 tais que 𝒚 − 𝒙 < 𝜺. Solução: 1a parte) Dado 𝑦 ∈ 𝐵 é cota superior de A, logo 𝑠𝑢𝑝 𝐴 ≤ 𝑦 para cada y pois 𝑠𝑢𝑝 𝐴 é a menor das cotas superiores, essa relação implica que 𝑠𝑢𝑝 𝐴 e cota inferior de B logo 𝑠𝑢𝑝 𝐴 ≤ 𝑖𝑛𝑓 𝐵, pois 𝑖𝑛𝑓 𝐵 e a maior cota inferior. 2a parte) Usamos a contra positiva. Não podemos ter 𝑖𝑛𝑓 𝐵 < 𝑠𝑢𝑝 A como fizemos na parte anterior, então temos necessariamente que 𝑖𝑛𝑓 𝐵 > 𝑠𝑢𝑝 𝐴, tomamos então 𝜀 = 𝑖𝑛𝑓 𝐵 − 𝑠𝑢𝑝𝐴 > 0 e temos 𝑦 − 𝑥 ≥ ∀ 𝑥 ∈ 𝐴 𝑒 𝑦 ∈ 𝐵 pois 𝑦 ≥ 𝑖𝑛𝑓 𝐵 𝑒 𝑠𝑢𝑝 𝐴 ≥ 𝑥 de onde segue −𝑥 ≥ −𝑠𝑢𝑝 𝐴, somando esta desigualdade com a de y tem-se 𝑦 − 𝑥 ≥ 𝑖𝑛𝑓 𝐵 – 𝑠𝑢𝑝 𝐴 = 𝜀. ⇒ , 𝑆𝑒 𝑠𝑢𝑝𝐴 = 𝑖𝑛𝑓 𝐵. Então sendo para qualquer 𝜀 > 0, 𝑠𝑢𝑝𝐴 − 𝜀 2 não é cota superior de A, pois é menor que o sup A (que é a menor cota superior), da mesma maneira 𝑖𝑛𝑓 𝐴 + 𝜀 2 não é cota inferior de B, então existem x ∈ A e y ∈ B tais que 𝑠𝑢𝑝𝐴 − 𝜀 2 < 𝑥 ≤ 𝑠𝑢𝑝𝐴 = 𝑖𝑛𝑓 𝐵 ≤ 𝑦 < 𝑖𝑛𝑓 𝐵 + 𝜀 2 𝑖𝑛𝑓 𝐵 − 𝜀 2 < 𝑥 ≤ 𝑦 < 𝑖𝑛𝑓 𝐵 + 𝜀 2 de onde segue 𝑖𝑛𝑓 𝐵 − 𝜀 2 < 𝑥, −𝑥 < 𝜀 2 − 𝑖𝑛𝑓 𝐵 𝑒 𝑦 < 𝑖𝑛𝑓 𝐵 + 𝜀 2 somando ambas tem-se 𝑦 − 𝑥 < 𝜀. 09) Dado 𝑨 ⊂ 𝑹 não-vazio, limitado inferiormente, seja −𝑨 = {−𝒙, 𝒙 ∈ 𝑨}. Prove que −𝑨 é limitado superiormente e que 𝐬𝐮𝐩(−𝑨) = − 𝐢𝐧𝐟 𝑨. Solução: Dado A contido em R não vazio, limitado inferiormente, seja – 𝐴 é limitado superiormente e quesup(−𝐴) = − inf 𝐴. Seja A contido em R limitado inferiormente, 𝐴 = {𝑥1, 𝑥2, 𝑥3 … } com 𝑥; < 𝑥; +1, assim temos que inf(𝐴) = 𝑥1. sendo 𝑥; < 𝑥; +1 => −𝑥; > −𝑥 => −𝐴 = {… , −𝑥3, − 𝑥2, − 𝑥1} , dessa forma −𝐴 é limitada superiormente e sup(𝐴) = −𝑥1 = − inf(𝐴). 12) Sejam 𝑩 ⊂ 𝑨 conjuntos não-vazios de números reais. Suponha que 𝑨 seja limitado superiormente e que, para cada 𝒙 ∈ 𝑨, exista um 𝒚 ∈ 𝑩 tal que 𝒙 ≤ 𝒚. Prove que nestas condições, tem-se 𝐬𝐮𝐩 𝑩 = 𝐬𝐮𝐩 𝑨. Solução: B é limitado inferiormente pois está contido em um conjunto limitado e vale que 𝑖𝑛𝑓(𝐴) ≤ 𝑖𝑛𝑓(𝐵), pois 𝐵 ⊂ 𝐴, supondo que fosse 𝑐 = 𝑖𝑛𝑓(𝐴) < 𝑖𝑛𝑓(𝐵), então tomando 𝜀 = 𝑖𝑛𝑓(𝐵) − 𝑖𝑛𝑓(𝐴) > 0, existe 𝑥 ∈ 𝐴 tal que 𝑥 < 𝑐 + 𝜀 = 𝑖𝑛𝑓(𝐴) − 𝑠𝑢𝑝(𝐴) + 𝑖𝑛𝑓(𝐵) = 𝑖𝑛𝑓(𝐵), por hipótese existe 𝑦 ≤ 𝑥 < 𝑖𝑛𝑓(𝐵) 𝑐𝑜𝑚 𝑦 ∈ 𝐵, o que é absurdo, pois não pode existir um elemento menor que o ínfimo.
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