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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E HUMANIDADES CURSO DE PEDAGOGIA DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO JOSÉ VAGNO BRASIL DA SILVA MATRÍCULA: 299309 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM PEDAGOGIA Atividades desenvolvidas no Projeto Escola ViVa São José dos Campos - São Paulo 2020 2 JOSÉ VAGNO BRASIL DA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM PEDAGOGIA Atividades desenvolvidas no Projeto Escola ViVa Relatório de estágio curricular supervisionado apresentado para a disciplina de Estágio Supervisionado em Educação Infantil do curso de Pedagogia da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo como requisito parcial para a obtenção do título de licenciada(o) em Pedagogia. São José dos Campos - São Paulo 2020 3 ÍNDICE 1 Introdução.................................................................................................. 2 Contextualização das Atividades.............................................................. 3 Conclusão.................................................................................................. 4 Referências Bibliográficas........................................................................ 4 1 INTRODUÇÃO O trabalho a seguir, trata-se de um relatório de estágio do curso de Pedagogia da Universidade Metodista de São Paulo. O objetivo deste trabalho é relatar as atividades realizadas e os aprendizados adquiridos durante o período de realização do estágio, bem como as dificuldades e limitações encontradas, tanto no formato presencial quanto no virtual no Projeto Escola ViVa (Escola Virtual para Vivência da Aprendizagem). O objetivo do estágio supervisionado é proporcionar ao estudante uma complementação e contribuição para a sua formação acadêmica, possibilitando a esse aluno a integração entre teoria e prática, através da vivencia do estudante com a rotina escolar. Além disso, esta é uma etapa em que aprendemos a lidar com as diversas situações da rotina escolar e sobre como devemos proceder quanto a essas adversidades que encontramos, seja na sala de aula ou na gestão escolar. Em virtude da pandemia do Coronavírus que assola o mundo globalizado e em especial o nosso país, foi necessária a suspensão temporária das atividades presenciais nas escolas, para evitarmos a maior propagação da doença. Dessa forma, as atividades curriculares de estágio obrigatório, foram disponibilizadas para serem realizadas virtualmente, de acordo com o Parecer CNE/CP nº 005, de 28 de abril de 2020 aprovado pelo Conselho Pleno do Conselho Nacional de Educação, que trata da reorganização do calendário escolar e da elaboração de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual. http://emkt.abmes.org.br/accounts/118308/messages/657/clicks/%5bid%5d/12540 http://emkt.abmes.org.br/accounts/118308/messages/657/clicks/%5bid%5d/12540 5 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES Foram realizados quinze estudos de casos que foram postados no ambiente virtual (moodle) através do Projeto Escola Viva, na modalidade de Educação Infantil. ESTUDOS DE CASO ESINO INFANTIL 6 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 1 1. Qual é a importância do planejamento na educação infantil? O planejamento na educação infantil tem o papel de entrever as melhores condições para promover o alcance de habilidades pela criança, colaborando com o seu desenvolvimento em todas as capacidades. Assim, é inegável que a tomada de decisões a partir do planejamento se torna indispensável para a concretização do trabalho na educação infantil, já que é a partir dele que o professor determina o que quer e aonde quer chegar: seus objetivos e suas metas. 2. O que você leva em consideração ao planejar para uma turma da etapa da pré- escola? Deve ser levado em consideração o processo de reflexão, envolvendo todas as minhas ações e situações em meu trabalho pedagógico. Nesse sentido, o planejamento requer a minha preparação como educador para lidar com diversas situações que ocorrer no decorrer no meu dia- a-dia, estejam previstas os não. Como no caso de nosso aluno Lucas, que mesmo sendo extrovertido e já estar fazendo diversos amigos, o seu rendimento está um pouco menor em relação a sua antiga escola, devido a morte de seu peixinho, que para ele, era um de seus melhores amigos. Cabe a nós como educadores a capacidade de lidar com as crianças nos diversos momentos de seu cotidiano, sabendo como intervir nos diversos temas que surjam no decorrer das atividades a partir dos interesses das crianças. REFERÊNCIA P. FERNANDA. Porque Planejar na Educação Infantil. São Paulo. Nova Escola. 2012. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/50/por-que-planejar-na-educacao- infantil Acesso em: 21 jun. 2020. 7 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 2 8 Como você explicaria para a diretora-proprietária da creche que sua visão sobre a educação infantil estava equivocada? Primeiramente, através de um diálogo, perguntaria a ela sobre a história de sua instituição, e o que motivou a criá-la. Com calma explicaria para a proprietária da creche que esse entendimento em relação a educação infantil é extremamente ultrapassado e que condiz com o início do século XX, onde a situação era bem diferente, já que a creche era vista apenas como um local onde os pais deixavam seus filhos para serem supervisionados enquanto trabalhavam. Com embasamento em textos, documentos e na Lei de Diretrizes e Base (1996), mostraria a ela que esse modelo evoluiu, e o direito a educação também se ampliou às crianças menores, fazendo com que não exista mais separações entre o educar e cuidar, pois ambas atividades devem ser realizadas em todas instituições, sejam em creches, ou em pré-escolas. Após a explicação, caso ela estivesse de acordo, iria propor um planejamento, para que possua em cada turma um profissional devidamente formado em ensino superior para atuar como docente. REFERÊNCIA BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília/DF, 2016. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio Acesso em: 21 jun. 2020 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 3 9 FAIXA ETÁRIA: 2 a 3 anos. ATIVIDADE: Som e arte. MATERIAIS: Tintas guache, lápis de cor, giz de cera, cartolinas. OBJETIVO: Estimular a criatividade e relação com as cores e o mundo. APLICAÇÃO: Em uma sala com o espaço livre, colocaria diversas cartolinas brancas espalhadas pelo chão, e deixaria as tintas, lápis de cores e giz de ceras de cores variadas a disposição dos alunos. Colocaria diversas músicas com batidas envolventes para o público infantil, e de acordo 10 com os sons que escutariam nas canções que estivessem sendo tocadas, as crianças deixariam a sua criatividade explanar, colorindo as cartolinas como preferissem. Essa atividade iria introduzir indiretamente aos alunos a ideia que as cores e os sons possuem o papel fundamental em nossa vida, em nossas ações e emoções. Uma atividade tão descontraída como essa, mostraria a alunos como Ana Julia que a timidez pode ser vencida com o auxílio da arte. REFERÊNCIA BRASIL. Ministério da Educação.Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília/DF, 2017. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_ docman&view=download&alias=79601- anexo-texto-bncc-reexportado-pdf--2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 21 jun. 2020 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 4 11 Você considera que a disposição dos brinquedos apresentados no berçário está favorecendo a aprendizagem da criança? Justifique a sua resposta. Acredito que só desfavorece a aprendizagem da criança. Além do fato da criança não conseguir pegar o brinquedo sozinha, e sempre precisar pedir o auxílio de alguém para isso, o que afetaria negativamente o processo de evolução de sua autonomia, a ação de tentar pegar o brinquedo sozinha pode envolver riscos, fazendo a criança se machucar. Se você assumir essa turma, que atitudes tomará? Minha primeira atitude seria a readaptação do local, deixando os brinquedos em locais de fácil acesso para as crianças para que pudessem brincar sem riscos, além de indiretamente desenvolver autonomia de alunos como Eloá, que sendo hiperativos e apresentando certa dificuldade de se concentrarem, pegariam eles mesmos os brinquedos que quiserem. “A adaptação do mobiliário, dos equipamentos e do próprio espaço à escala da criança permite uma maior autonomia e independência, favorecendo o processo de desenvolvimento a partir de sua interação com o meio físico. Estantes acessíveis, com diversidade de materiais educativos disponíveis, bem como cadeiras e mesas leves que possibilitem o deslocamento pela própria criança, tornam o ambiente mais interativo e coerente à idéia de construção do conhecimento a partir da ação e da intervenção no meio.” (BRASIL, 2006, p. 28) REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros básicos de infra- estrutura para instituições de educação infantil. Brasília : MEC, SEB, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/miolo_infraestr.pdf. Acesso em 21 jun. 2020. ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 5 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/miolo_infraestr.pdf 12 Acredito que por se tratar de uma situação específica e delicada, seriam necessárias uma série de ações para poder enfrentar este desafio da melhor forma possível. Primeiramente me certificaria de conhecer todo o histórico do aluno: biológico, cognitivo e social, pois o conhecendo de verdade seria a base que eu precisaria para saber qual seria a forma ideal para me portar perante a este desafio, e para que obtivesse êxito no processo de desenvolvimento. Ainda me preocupando em conhecer mais a fundo o seu histórico, faria uma reunião com sua família para que pudesse me aproximar um pouco mais e assim conhecer quais seriam suas principais dificuldades, habilidades e necessidades como aluno. Outro ponto de extrema importância é fazer com que Juliano se sinta aceito e bem tratado pelos seus colegas de classe, portanto realizaria um planejamento pedagógico e pediria apoio a coordenação pedagógica para garantir a inclusão. Um dos pontos do projeto seria me permitir fazer rodas de conversa com todos os alunos, incluindo não só esse tema, como vários outros, com o objetivo de que alunos, como Shirley por exemplo, que tem uma doença rara nos ossos e possui algumas limitações, possam ser sentir acolhidos e respeitados, seja qual for a sua limitação, diferença ou problema. REFERÊNCIA Dutra, Adriana. A inclusão de crianças especiais na educação infantil. Paraíba. UFPB. 2014. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/3027/1/ABOD28032014.pdf Acesso em: 21 de jun. de 2020. ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 6 13 14 Explique à professora o que significa cada uma dessas ações: observar/registrar/refletir e qual a sua importância no cotidiano escolar. Observar, registrar e refletir são processos que estão interligados, e são peças de extrema importância para o cotidiano escolar. Segundo as palavras de Lopes (2015): “A observação e a reflexão sobre a prática, apoiadas no registro, fornecem indicativos para o planejamento, e este orienta a observação” (Lopes, 2015, p.3). A ação de observar é de extrema importância pois permite que educado veja a realidade escolar e a pratica docente, fazendo uma reflexão que ajuda a identificar as principais dificuldades e se preparar melhor para seus futuros trabalhos A ação de registrar pode ser em forma de fotografia, vídeos, caderno de anotações, portfólios e relatórios. A finalidade do registro é fazer os educadores da instituição refletirem e compreenderem a importância do ato de escrever. Ao registrarem os profissionais criam suas ações e as transcrevem no local desejado. A ação de refletir ocorre em todos os processos. Quando o profissional está observando já está refletindo, assim como está registrando algo. Refletindo é que chegamos a conclusão de que o trabalho deu certo ou não, e verificar o que precisaria ser reformulado. Um exemplo que pode facilitar a compreensão de como as três ações estão interligadas é com o caso da Aluna Isabela, de 5 anos e 10 meses, que apesar de muito inteligente é muito agitada e não consegue se concentrar nas tarefas solicitadas. Observando Isabela e registrando seu comportamento durante as aulas, o educador pode refletir sobre o melhor caminho para obter melhora em seu desenvolvimento. Descreva para a professora sobre as diferentes possibilidades de registro. Como citado na resposta anterior existem diversas formas de registros, eles podem ser feitos em cartazes, narrativas, fotos, vídeos, entre outros materiais. REFERÊNCIA LOPES, Amanda C. T., A documentação pedagógica no cotidiano da educação infantil: estudo de caso em pré-escolas públicas. Florianópolis. Anped. 2015. Disponível em: http://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho-gt07-3559.pdf. Acesso em: 21 jun. 2020. 15 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 7 16 Baseando-se nos conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil que você tem atuando na direção da escola, elabore uma resposta para a mãe da criança, ressaltando a importância do brincar para essa etapa do desenvolvimento. Olá, Senhora Iolanda! Tudo bem? Espero que sim! Compreendo perfeitamente a sua preocupação com a educação de seu filho e agradeço que tenha vindo me procurar para falarmos a respeito disso. Gostaria primeiramente de assegurar a senhora que essa é uma instituição séria, e fazemos um severo acompanhamento com o desenvolvimento não só do Tomas, mas como com todos os nossos alunos. Gostaria de explicar a senhora que desenvolvemos as atividades em nossa instituição de acordo com a faixa etária de nossos alunos, e que no caso do Tomas, através das brincadeiras propostas em sala de aula, propomos indiretamente processos de conhecimentos e descobertas que são essenciais para o seu desenvolvimento. Aproveito também para explicar que as brincadeiras fazem parte do desenvolvimento infantil, e que com elas os alunos aprendem a se comunicar e a conviverem em sociedade. Tomas é um menino é um dos alunos mais interessados, sempre disposto a participar de todas as atividades, e que possui um ótimo desenvolvimento desde quando entrou em nossa instituição. Posso assegurar a senhora que estamos trabalhando sua alfabetização através das brincadeiras e jogos propostos, e que seu desempenho tem sido excelente. Convido a senhora para participar de uma de nossas aulas, para que possa observar de perto os jogos e brincadeiras que estão sendo propostas as nossas crianças. Será um prazer poder tirar todas as suas dúvidas eexplicar o que for preciso. Estou a sua disposição! REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica Referencial Curricular para a educação infantil, Brasília/DF, 2016. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acesso em: 21 jun. 2020. 17 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 8 https://gestaoescolar.org.br/conteudo/74/avaliacao-na-educacao-infantil O artigo que escolhi foi de autoria de Karina Padial, em outubro de 2014. No artigo em questão a autora aborda a importância de considerar toda a evolução dos alunos sem julgamentos ou notas, e sim fornecendo elementos para repensar as práticas já utilizadas. Diferente do Ensino Fundamental onde já são aplicadas avaliações para poder aplicar uma nota ao desenvolvimento do aluno, na educação infantil deve se observar e registrar toda a evolução da criança para então poder saber o que precisará ser melhorado ou trabalhado com ela. No artigo, Karina ressalta uma fala muito interessante da professora Gabriela Portugal, da Universidade de Aveiro, em Portugal: "Há um desafio importante e atual, o abandono de práticas descontextualizadas que ignoram a individualidade das crianças e a procura de abordagens que captem a unidade e a autenticidade de cada uma delas, considerando o desenvolvimento dentro dos contextos e das rotinas" É importante que acima de tudo a instituição entenda que avaliação faz parte sim do processo seletivo, mas que cabe ao coordenador fazer que as diretrizes sejam apropriadas à educação infantil. Feita essa sensibilização, inicia-se a reflexão de como como as avaliações serão feitas, e quais critérios serão adotados para realizá-las. Cada criança se desenvolve de maneira distinta, e pede um método específico para trabalharmos sua evolução, devido a isso a tamanha importância da observação, pois com ela o professor terá a oportunidade de conhecer cada um, levando em consideração as reações dos https://gestaoescolar.org.br/conteudo/74/avaliacao-na-educacao-infantil 18 alunos, assim como hábitos alimentares, brincadeiras preferidas, entre outros detalhes. Por exemplo no caso da aluna Júlia, ela possui um comportamento específico, e requer um método apropriado da ela, e a melhor forma de obtê-lo é observando seu comportamento. Entendo que a ideia de colocar "medo" nas crianças, infelizmente, ainda é muito presente em diversas instituições, mas com o artigo podemos concluir que esse tipo de atitude se trata de uma ideia arcaica e ultrapassada, que não favorece em nada a evolução da criança, gerando um efeito contrário. Um educador que se preocupa realmente com o seu trabalho deve se manter atualizado e aberto a novos aprendizados relacionados não só a métodos avaliativos, como com sua profissão em si. REFERÊNCIA PADIAL, Karina. Avaliação na educação Infantil. Nova Escola. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/74/avaliacao-na-educacao-infantil Acesso em: 22 jun. 2020 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 9 Currículo: São desenvolvidas pela instituição diversas práticas focando em múltiplas manifestações culturais através das profissões. Sendo planejadas pelos professores, as atividades estimulam o hábito de brincar, considerando o aluno uma pessoa ativa e participativa. 19 Metodologia: Os planos de aula dos educadores concebem a brincadeira e as interações entre os alunos crianças em todos os assuntos e experiências trabalhados. Organização do espaço, tempo e materiais: Os professores podem utilizar outros espaços da escola para aplicação de atividades, tais como a biblioteca, o parquinho da escola, o pátio, sala de vídeo, entre outros. Os espaços na própria sala também podem ser aprimorados aos materiais, como criando um cantinho dos brinquedos, cantinho da pintura, entre outros criados pelos docentes. Os anos letivos são iniciados com um planejamento criado pelos docentes, que pode ser atualizado devido a necessidade e desempenho dos alunos. Interação e diversidade: A interação e diversidade no ambiente escolar pode ser trabalhado de diversas formas, como em brincadeiras, contando histórias, entre outros. Pode-se colocar os alunos agrupados em grupos de quatro em cada mesa, e assim, aplicar atividades que possuam a contribuição individual de cada aluno para a construção de algo coletivo em seu final. Os temas das atividades podem ser voltados ao respeito às diferenças, sejam elas de etnia, raça, gênero, e fazer com que ele interaja com seus colegas e professores, experimentando e aprendendo algo novo. Seria uma ótima alternativa para alunos interessados e curiosos como nossa querida Larah, de 5 anos, que devido ao seu enorme interesse poderia ser considerada pela professora como uma monitora, para auxiliar os colegas que ainda não possuem um desenvolvimento como o dela. REFERÊNCIA FERNANDES, Preciosa. FIGUEIREDO, Carla. LEITE, Carlinda. O desenvolvimento do currículo no contexto de uma avaliação de escolas centrada no resultado. Currículo sem Fronteiras. Portugal. 2016. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol16iss3articles/figueiredo-leite-fernandes.pdf Acesso em: 22 jun. 2020. ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 10 20 Você é professor de um centro municipal de educação infantil e, em uma reunião com os pais, para apresentação das avaliações das crianças, a mãe de uma aluna, buscando compreender mais sobre o processo de avaliação na educação infantil, lhe questiona sobre o assunto. Qual seria a resposta adequada para as seguintes perguntas da mãe: Como saber se as crianças estão se desenvolvendo e aprendendo? No processo de educação infantil utilizamos das brincadeiras como aliadas para o processo de aprendizagem. Indiretamente, com as brincadeiras as crianças desenvolvem suas habilidades e aprendem a lidar com diversas situações do dia-a-dia, como calcular, pensar, usar a criatividade, entre outras coisas, e todo esse desenvolvimento vai sendo observado diariamente por parte dos docentes. Existe algum tipo de prova? Na educação infantil a avaliação deverá ter o propósito de ampliar o olhar do docente a respeito de todo o contexto do que está sendo aprendido e das atividades realizadas. O professor deve ficar atento em como foi a realização da atividade por parte do aluno, como foi executada a tarefa proposta e o que norteou os procedimentos, a saber: o ambiente, os materiais, as escolhas, enfim, tudo que cerca o momento da realização da atividade. Portanto não existe prova, a avaliação poderá ser realizada em forma de observação, registro e atividades práticas. Considerando o caso do nosso aluno Arthur, de 5 anos, que foi observado por um de nossos professores que possui um nível de déficit de atenção, não pode ter um processo de avaliação comum, portanto nossos docentes o observam com um pouco mais de cuidado, para que possam trabalhar da melhor forma suas necessidades em busca de uma evolução equivalente à de seus colegas. 21 REFERÊNCIAS WEFFORT, Madalena Freire. Educando o olhar da observação – Aprendizagem do olhar. Bahia. 2015. Disponível em: https://blogproinfanciabahia.files.wordpress.com/2013/03/educando-o-olhar-madalena- freire.pdf. Acesso em 22 jun. 2020. CPB Educacional. Avaliar na Educação Infantil, São Paulo. 2014. Disponível em: https://educacional.cpb.com.br/conteudos/universo-educacao/avaliar-na-educacao-infantil/. Acesso em: 22 jun. 2020. ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 11 1. Além do campo de experiência escuta, fala, pensamento e imaginação, quais outros campos de experiências se fizeram presentes nessa atuação com sua turma da pré-escola? A curiosidade e a criatividade, fazendo com que na atividadeas crianças aplicassem sua criatividade e sentissem sensações diferenciadas ao reproduzir a história contada, além do ato de contar a história. 22 2. Após fazer tal atividade, é possível que você atinja os objetivos que a BNCC apresenta como síntese de aprendizagens no campo de experiência escuta, fala, pensamento e imaginação? Justifique a resposta. Sim, é possível! Podemos utilizar o exemplo do nosso aluno Miguel, de 7 anos, que mesmo no início apresentando uma certa resistência, acabou se rendendo cada vez mais, e hoje participa efetivamente das brincadeiras e atividades, e isso se deve a atividades como essa. A atividade faz com que os alunos desenvolvam sua criatividade, assim como indiretamente os obrigam a sair de sua zona de conforto, assim como prevê os objetivos da BNCC. Todos os campos de experiências foram explorados, e se divertindo, os alunos tiveram o prazer de vivenciar a criatividade e explorar a imaginação. REFERÊNCIA BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf Acesso em: 22 jun. 2020 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 14 23 - Situações de alimentação O aluno pega o seu pratinho e talheres e vai até o refeitório para ser servido de alimentação saudável e rica em nutrientes, em seguida se dirige até a mesa onde é incentivado a comer sozinho, trabalhando sua autonomia. - Situações de limpeza Ao terminar a refeição, a criança é responsável por manter o local onde sentou limpo, e em seguida é acompanhado por uma das educadoras até o banheiro, para que possam lavar as mãos, escovar os dentes e realizar toda a higiene bucal. - Situações de descanso Após o momento de leitura de historinhas teria o horário reservado para soneca, onde em uma região da sala estarão espalhadas almofadas, e os alunos poderão repousar durante uma hora. - Situações de ordem dos pertences pessoais ou do grupo Cada criança possui sua mochila devidamente identificada pelos pais, e seria responsável por manter os seus pertences ali guardados após utilizá-los, como por exemplo no caso da aluna Maria Vitória que por possuir asma tem uma bombinha que utiliza quando sente falta de ar, e após utilizá-la é responsável em guardá-la em local seguro e apropriado. Esse tipo de procedimento os incentiva a ter responsabilidade e compromisso com seus próprios materiais. - Situações de entrada e saída das crianças Na entrada os alunos seriam recebidos pelos educadores, e na saída, em fila organizada, se dirigiriam até pátio central, aguardando a chegada dos pais ou responsáveis, portando seu material e pertences. REFERÊNCIA BARBOSA, Maria C. S. A Rotina nas Pedagogias da Educação Infantil: dos binarismos à complexidade, São Paulo. Currículo sem Fronteiras, v.6, n.1, p. 56-69, 2006. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol6iss1articles/barbosa.pdf. Acesso em 22 jun. 2020. 24 ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 15 Crie uma atividade lúdica para que a professora Rita trabalhe a “rotina” do Pedro, pois, como sabemos, o espectro autista necessita de rotina diária. Todas as manhãs, a professora Rita vai até a portaria da instituição para receber o aluno Pedro com um forte abraço e o encaminhá-lo para a sala de aula. Chegando lá, sentam em um espaço reservado da sala onde não possua muito barulho, e logo abre a pasta de figuras reservadas especialmente para Pedro, onde o auxilia a pintar das cores correspondentes à cada objeto, trabalhando indiretamente a observação das cores com o aluno. Feito isso, Rita leva Pedro ao laboratório de informática da instituição, onde possui um programa direcionado para alunos autistas, onde se é trabalhado soma e palavras. O programa é bem colorido, didático e animado, e o pedro gosta muito dos momentos que passa ali. Ao chegar o intervalo, Rita permite que Pedro brinque com seus colegas, mas claro, sempre o observando e supervisionando suas atividades. Apesar de Pedro possuir dificuldades de se aproximar dos colegas e se comunicar, todos gostam muito dele e o fazem se sentir integrado. Ao término do intervalo, a professora Rita costuma trabalhar os sons e fala com o Pedro, que já tem apresentado um desenvolvimento bem satisfatório. Ao final do dia, a educadora auxilia e incentiva que Pedro guarde o seu material, e o acompanha até a portaria, onde sua mãe o espera. Estabeleça uma estratégia da professora Rita com a turma para momentos em que Pedro se mostre irrequieto ou que não esteja interagindo de maneira satisfatória Como citado anteriormente, Pedro, assim como a grande maioria dos autistas, não se sente confortável em locas com muito barulho, ou com movimentação excessiva das pessoas, e geralmente Pedro costuma se sentir assim no intervalo de recreio. Ao observar a agitação de Pedro, Rita imediatamente oferece ao aluno seu kit sensorial, e o encaminha ao laboratório de informática para ver figuras que o tranquilize. 25 REFERÊNCIA ARAÚJO, Márcia. Brincando com a criança autista na sala de aula. São Paulo. Piumhi. 2016. Disponível em: http/piumhi.apaebrasil.or.br/noticia.phtml/49275 Acesso em: 22 jun. 2020. ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 16 O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, conhecido como TDAH, é considerado um fator bem preocupante por grande parte dos educadores na fase escolar. Os sintomas são a impulsividade, desatenção e hiperatividade, e por não ter cura, acompanhará a criança ao longo de sua vida. Mesmo não existindo cura, é possível tratar e buscar conviver com isso da melhor forma possível. Foi observado que nosso aluno Arthur de 5 anos, não consegue acompanhar os seus colegas na maioria das atividades, apresentando uma certa dificuldade de se concentrar. Para auxiliá-lo nessa questão, como educador, tomei algumas atitudes, e criei estratégias para facilitar o seu aprendizado e ajudá-lo em seu processo de concentração. Os alunos hiperativos apresentam uma certa dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina, portanto criei uma rotina semanal para a classe, onde busquei que fosse clara e previsível, e permiti o seu movimento na sala de aula. Passei a pedir ao Arthur que buscasse materiais, apagasse o quadro, e recolhesse os trabalhos de seus colegas. Assim ele pode sair da sala quando estiver mais agitado e recuperar o autocontrole. Estratégias como essas que parecem pequenas, apresentam resultados significativos. Crianças hiperativas como o Arthur, representam um grande desafio para pais e professores, pois a hiperatividade afeta a socialização em casa, na escola e no convívio com outras pessoas. Muitas vezes o relacionamento com as pessoas se torna complicado e prejudicado pelo estresse provocado pelo comportamento imprevisível, por isso é de extrema importância que isso seja trabalhado em sala de aula, e que seja aplicado em outros locais que a criança frequenta. Essas 26 estratégias fazem com que a criança trabalhe a percepção do seu próprio desempenho, potencial e capacidade, e possa se superar cada vez mais. REFERÊNCIA Fontes, Maria. Dicas para o professor lidar com crianças hiperativas e desatentas. São Paulo. Plenamente.2012. Disponível em: http://plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=165 Acesso em: 22 jun. 2020. ESTUDO DE CASO – EDUCAÇÃO INFANTIL 18 Segundo Fontes: "O tratamento pode aliviar muito os sintomas do transtorno, mas não há cura. Com o tratamento, a maioria das pessoas com TDAH pode ser bem sucedido na escola e levar uma vida produtiva. Pesquisadores estão desenvolvendo tratamentos e intervenções usando novas ferramentas como imagens do cérebro para entender melhor o TDAH e encontrarformas mais eficazes de tratar e prevenir." Fontes, Maria. 2012 O tratamento é essencial na vida de uma pessoa com TDAH, principalmente se iniciado prematuramente, como seria no caso de Isabela. Com cuidado, explicaria aos pais de Isabela sobre o que se tratava o TDAH, mostraria exemplos a eles de como o tratamento é eficaz e pode fazer a diferença na vida de uma criança tão inteligente como Isabela. Pediria a eles que ficassem mais atentos aos sinais que Isabela apresenta, e que se concordassem de fato, que procurassem ajuda especializada, e caso confirmado que a aluna possua o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, a instituição ofereceria todo apoio, e trabalharíamos juntos no tratamento da querida Isabela. 27 REFERÊNCIA Fontes, Maria. Dicas para o professor lidar com crianças hiperativas e desatentas. São Paulo. Plenamente.2012. Disponível em: http://plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=165 Acesso em: 22 jun. 2020. 28 4 CONCLUSÕES O estágio curricular obrigatório é de grande importância para os profissionais em formação que aspiram uma vaga no mercado de trabalho, pois ele possibilita aliar a teoria aprendida em sala de aula com a prática. Realizar as atividades de estágio no cenário atual é um grande desafio, pois precisamos nos reinventar e nos readequarmos a situação educacional brasileira neste período de pandemia. As atividades que realizamos são exemplos das mais diversas situações que ocorrem no cotidiano escolar, onde convivemos com os mais variados públicos, espeficidades e interesses, e precisamos nos posicionar e encontrar soluções de forma que atenda a todos, tanto na sala de aula como educadores, quanto na administração como gestores ou orientadores. Vivenciar, mesmo que virtualmente, à diferentes adversidades e experiências que poderão ocorrer em nosso futuro como educadores foi uma experiência desafiadora. É extremamente importante a aproximação entre professor e aluno, sem o entrosamento entre docente e discentes a aula passa a ser uma cena protocolar e vazia. É preciso estar atento à clientela, perceber suas habilidades e dificuldades, permitir que os alunos se sintam à vontade para participar do processo de ensino e aprendizagem de maneira consciente e ativa. Um bom profissional deve estar preparado, e se manter sempre atualizado para conseguir oferecer um bom desempenho no mundo atual, que estará em constante atualização. Posso concluir, então, que o estágio no Projeto ViVa foi uma grande oportunidade de complementar e aperfeiçoar a formação acadêmica, vivenciando experiências profissionais e pessoais. 29 5 REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, Márcia. Brincando com a criança autista na sala de aula. São Paulo. Piumhi. 2016. Disponível em: http/piumhi.apaebrasil.or.br/noticia.phtml/49275 Acesso em: 22 jun. 2020. BARBOSA, Maria C. S. A Rotina nas Pedagogias da Educação Infantil: dos binarismos à complexidade, São Paulo. Currículo sem Fronteiras, v.6, n.1, p. 56-69, 2006. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol6iss1articles/barbosa.pdf. Acesso em 22 jun. 2020. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. 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