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Anatomia e Fisiologia

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Prévia do material em texto

S.A. Formação 
Curso de Auxiliar de Reabilitação e Fisioterapia 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia 
Sistema Circulatório 
 
 
 
 
 
 
Formanda 
Jessica Faria Mendes 
 
 
Introdução 
 
O sistema circulatório é o sistema responsável pelo fornecimento de oxigénio e substâncias 
nutritivas às células dos vários orgãos; além disso também exerce a função de transportar os 
produtos finais do metabolismo até aos orgãos responsáveis pela sua eliminação. 
Trata-se de um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, e é divido em três 
estruturas fundamentais: o coração, os vasos sanguíneos e o sangue. O coração funciona 
como uma bomba que impulsiona o sangue para os vasos sanguíneos, que, por sua vez, 
constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Constituição do sistema 
 
O sistema circulatório é formado pelo coração, artérias, veias, vasos capilares e sangue. 
Uma das principais funções deste sistema é bombear o sangue oxigenado (arterial) 
proveniente dos pulmões, para todo o corpo e conduzir o sangue desoxigenado (venoso), 
que retornou ao coração, até aos pulmões, onde deve ser enriquecido com oxigénio 
novamente. Estes órgãos trabalham em conjunto para garantir que todas as células do corpo 
recebam nutrientes e oxigénio. 
 
✓ O coração está localizado na cavidade torácica, ligeiramente deslocado à esquerda. É o 
orgão central do sistema circulatório e a sua principal função é bombear o sangue 
através dos vasos. É formado por um músculo extremamente resistente, capaz de se 
contrair e relaxar dezenas de vezes por minuto. Graças à força muscular exercida pelo 
coração, o sangue circula pelas artérias e veias no interior do corpo, oxigenando os 
tecidos. Interiormente, está dividido em quatro cavidades: duas aurículas e dois 
ventrículos, e o movimento do sangue faz-se das aurículas para os ventrículos. 
 
✓ As artérias transportam o sangue do coração para o corpo. São os vasos sanguíneos 
mais grossos e resistentes, possuindo paredes com mais camadas de células para que 
possam suportar pressões sanguíneas maiores. Durante esse trajeto, as artérias vão-se 
ramificando e mudando de calibre, ficando cada vez mais finas à medida que vão 
adentrando os órgãos. A maior artéria do corpo é a aorta. 
 
✓ As veias são vasos sanguíneos cuja função é conduzir o sangue de volta ao coração. 
São vasos mais lisos, com paredes menos resistentes, nos quais praticamente não é 
exercida pressão. Possuem válvulas que impedem o retorno do sangue, evitando que a 
circulação seja interrompida. Quando há problemas nessas válvulas, o sangue vai-se 
acumulando e podem formar-se pequenos coágulos, que são nocivos. Não só 
transportam sangue venoso, como também arterial (por exemplo, as veias pulmonares). 
A maior veia do corpo é a cava. 
 
✓ Os vasos capilares são vasos sanguíneos extremamente finos que penetram no interior 
de órgãos e tecidos para levar substâncias diretamente para as células. É nestes vasos 
capilares que ocorre a hematose entre sangue e tecidos. O sangue chega através das 
artérias que vão diminuindo gradualmente de calibre, penetram nos tecidos através dos 
vasos capilares, realizam as trocas, e o sangue retorna ao coração através de veias. 
 
 
 
 
 
✓ O sangue não se limita a transportar gases, nutrientes ou produtos de degradação. Tem 
outras funções, como proteger o nosso organismo contra substâncias estranhas, regular 
o PH e a osmose, manter a temperatura corporal e formar coágulos sempre que vasos 
sofrem uma lesão. É dividido por uma parte líquida e uma parte sólida. A matriz líquida é 
designada por plasma, que desempenha a função de transporte. É um fluido amarelo 
pálido, composto maioritariamente por água e outras substâncias do organismo, entre as 
quais gases e nutrientes. No que diz respeito à parte sólida, é composta por glóbulos 
vermelhos (GV), glóbulos brancos (GB) e plaquetas (ou trombócitos). 
 
 
▪ Os glóbulos vermelhos (GV) são as células mais numerosas do corpo e têm 
como funções o transporte de oxigénio dos pulmões para todas as células e 
tecidos do organismo, onde é trocado por dióxido de carbono. Apresentam cor 
vermelha devido à presença de uma proteína chamada hemoglobina, que contém 
ferro. 
 
▪ Os glóbulos brancos (GB) são maiores em dimensão e menos numerosos do 
que os glóbulos vermelhos. São células sanguíneas sem hemoglobina, de cor 
clara ou esbranquiçada, cuja função é proteger contra os microorganismos 
invasores e eliminar células mortas ou corpos estranhos do organismo. 
 
▪ As plaquetas ou trombócitos provém da fragmentação de células, sendo, por 
isso, os constituintes mais pequenos do sangue. Atuam na prevenção das 
perdas excessivas de sangue, desempenhando a função de coagulação do 
sangue quando há uma ruptura dos vasos sanguíneos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de circulação sanguínea 
 
O sangue, ao sair do coração, percorre dois trajetos diferentes, que se dividem na circulação 
sistémica e na circulação pulmonar. 
 
✓ A circulação sistémica ou grande circulação, assegura a distribuição de nutrientes e 
de oxigénio a todas as células do organismo e recebe os produtos de excreção. O 
sangue arterial sai do ventrículo esquerdo, pela artéria aorta, para todo o corpo e 
regressa ao coração, mais concretamente à aurícula direita, pela veia cava inferior, 
da parte inferior do corpo, e pela veia cava superior, da parte superior do corpo. 
Neste processo, o sangue passa de arterial a venoso. 
 
✓ Na circulação pulmonar ou pequena circulação, o sangue sai do ventrículo direito 
pela artéria pulmonar e passa pelos pulmões, onde se dá a hematose pulmonar; isto 
é, o oxigénio passa para o sangue e o dióxido de carbono passa para os pulmões. 
Por fim, regressa ao coração, pela aurícula esquerda, através das veias pulmonares. 
Neste processo, o sangue passa de venoso a arterial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problemas do sistema circulatório e como prevenir 
 
Quando existem irregularidades no funcionamento deste complexo sistema, geralmente 
derivado a doenças, os restantes órgãos do corpo podem ficar comprometidos, gerando 
diversas complicações. As doenças cardiovasculares afetam o sistema circulatório, ou seja, o 
coração e os vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares). 
 
Os problemas relacionados com o sistema circulatório podem levar a questões de saúde, 
entre as quais as anginas, arritmias cardíacas e varizes. 
 
✓ A angina acontece quando os vasos sanguíneos do coração ficam obstruídos, o que 
diminui o fluxo de sangue e oxigénio para o órgão. O principal sintoma é a dor no 
peito, originando sensações como sufocamento, ardência e aperto no peito. É 
causada por outras doenças, como diabetes, hipertensão e tabagismo, por exemplo. 
 
✓ A arritmia cardíaca é uma sequência de batimentos anormais do coração, que podem 
ser batimentos muito lentos ou muito rápidos. Também há casos em que os 
batimentos cardíacos são omitidos. A causa da doença pode estar associada a 
defeitos estruturais nos vasos do coração, conhecidos como cardiopatias congénitas. 
 
✓ As varizes são um problema muito comum que afeta principalemente as mulheres, 
sendo caracterizadas pela dilatação e alongamento das veias, principalmente das 
pernas e pés. O seu aparecimento tem influência genética, ou seja, pode-se herdar 
veias mais frágeis, que predispõem ao aparecimento das varizes. Também podem 
ser causadas pelo bloqueio das veias ou coágulos de sangue, vasos sanguíneos 
anormais ou veias profundas danificadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.hipolabor.com.br/blog/2016/10/25/hipolabor-explica-quais-sao-as-doencas-mais-comuns-na-velhice/
https://www.hipolabor.com.br/blog/2016/07/22/hipolabor-explica-quais-sao-os-tipos-de-diabetes/
https://www.hipolabor.com.br/blog/2016/05/13/hipolabor-ensina-6-esclarecimentos-sobre-arritmia-cardiaca/https://www.hipolabor.com.br/blog/2016/10/22/hipolabor-explica-doencas-comuns-em-mulheres-acima-dos-40-anos/
 
 
O controlo dos fatores de risco é a melhor forma de prevenir as doenças 
cardiovasculares. 
 
Um fator de risco é uma condição que aumenta o risco cardiovascular, ou seja, aumenta a 
probabilidade de sofrer uma doença cardiovascular. Os fatores de risco podem ser divididos 
em duas categorias: fatores de risco modificáveis, como por exemplo, o açúcar elevado no 
sangue (diabetes), colestrol elevado, excesso de peso, hábitos tabágicos, pressão arterial 
elevada, entre outros, e fatores de risco não modificáveis, como a idade, sexo e a genética. 
Para reverter estes cenários, é necessário mudar os hábitos de vida das populações. 
 
✓ Uma alimentação saudável e equilibrada é o combustível que o nosso corpo utiliza 
para construir novas células e produzir a energia de que precisamos para viver e 
combater as doenças. 
✓ Ter um estilo de vida ativo com a prática de exercício físico regularmente, não só 
aumenta a qualidade de vida, como diminui o risco de desenvolver uma doença 
cardiovascular ou diabetes. 
✓ Controlar o nível de colesterol é uma importante forma de contribuir para que as 
artérias se mantenham limpas e impedir que se criem obstruções. 
✓ Para manter a pressão arterial dentro dos limites recomendados, deve-se reduzir o 
consumo de sal nos alimentos, mantendo uma dieta e um peso saudáveis. 
✓ Reduzir o açúcar no sangue previne o aparecimento da diabetes. A maioria dos 
alimentos que ingerimos transforma-se em glucose (o açúcar do sangue), que o 
nosso corpo usa para obter energia. Como tal, deve-se diminuir o consumo de 
açúcares simples, presentes nos refrigerantes ou sobremesas. 
✓ Os hábitos tabágicos enquadram os fumadores em grupos de risco cardiovascular. 
Fumar danifica todo o sistema circulatório pois contribui para o endurecimento das 
artérias e a formação de coágulos. Pode também diminuir a capacidade respiratória, 
dificultando as atividades diárias e a prática de exercício físico, que é essencial para 
manter a saúde. 
✓ A adoção de alguns destes hábitos pode estar diretamente relacionada com a 
ansiedade ou tensão emocional exagerada (stress), representando também um fator 
de risco para a doença cardiovascular. O stress agudo provoca uma redução do 
fluxo sanguíneo para o coração, arritmias cardíacas e aumenta a probabilidade de 
formação de coágulos no sangue. 
 
 
 
 
A Fisioterapia no sistema circulatório 
 
Muitas patologias relacionadas com o sistema circulatório exigem tratamento específico e a 
fisioterapia pode ajudar na reabilitação, melhorando a ventilação e a oxigenação, facilitando a 
eliminação de secreções, aumentando a tolerância ao exercício e diminuindo a dor. O maior 
objetivo de um programa de reabilitação cardiovascular é o alcance de uma condição de 
saúde ótima para cada paciente, incluindo um tratamento efetivo dos sintomas e modificação 
dos fatores de risco cardíaco, para prevenir o início e progressão da doença cardíaca. Com 
base numa avaliação funcional e clínica, o fisioterapeuta é capaz de elaborar um programa 
de reabilitação eficaz e seguro, adequado às capacidades e limitações do paciente, partindo 
do mais leve, e gradualmente para o mais intenso. 
Os tratamentos cardiovasculares podem ser abrangentes e não se limitam necessariamente a 
problemas cardíacos: compreendem todo e qualquer processo de reabilitação que, de forma 
direta ou indireta, venha estimular a musculatura corporal para obtenção de alguma melhoria 
da mesma. Esta reabilitação pode ocorrer em várias situações: seja na manutenção e 
melhoria da qualidade de vida de indivíduos sedentários sem doença cardíaca, como na 
reabilitação de lesões músculo-tendíneas, entorses articulares, patologias cardiovasculares, 
insuficiências respiratórias e até pós-operatórios em geral, prevenindo e atenuando 
complicações pós-operatórias. Com um programa físico prévio, é possível melhorar o 
potencial de ação deste sistema e, com isso, evitar não só possíveis intercorrências no ato 
cirúrgico, como uma paragem cardíaca, como também problemas no pós, como tromboses 
e infeções respiratórias. Já em situações como cirurgias articulares, verifica-se uma menor 
perda muscular no pós-operatório quando realizado tratamento prévio, o que encurta o 
período de tratamento depois da cirurgia. 
Cada programa de reabilitação cardiovascular é individualizado e tem caraterísticas 
predominantemente aeróbicas, com carga contínua de intensidade moderada e tempo de 
duração prolongado, como por exemplo bicicleta, caminhadas, natação e até mesmo 
musculação, entre outras condutas para melhorar a força e desempenho muscular. Também 
podem ser propostos exercícios para aumento de força muscular respiratória, caso 
necessário. 
A chave para conseguir resultados benéficos nos exercícios é o planeamento e a 
implementação de um programa aeróbico adequado em termos de intensidade, duração e 
frequência. Este treino aeróbico deve proporcionar uma sobrecarga cardiovascular 
suficientemente capaz de estimular aumentos no volume de ejeção e débito cardíaco do 
paciente. 
 
 
 
Conclusão 
 
Não há dúvidas que a atuação do fisioterapeuta tem-se mostrado bastante promissora no 
que diz respeito a tratamentos cardiovasculares, revelando uma mudança paradigmática na 
atuação deste profissional que outrora desempenhava a sua atividade principalmente na 
reabilitação, mas que cada vez mais tem realizado intervenções significativas tanto na 
prevenção de doenças como na promoção da saúde do paciente. 
Nenhuma intervenção por si mesma deverá ser considerada como a solução para as 
doenças cardiovasculares, uma vez que a evolução clínica pode ser influenciada por fatores 
diversos. No entanto, o tratamento através da prescrição do exercício físico tem provado ser 
um componente essencial na reabilitação, principalmente de doentes cardíacos, com 
benefícios que vão desde a reabilitação física e metabólica, melhoria da qualidade de vida, 
aumento do rendimento desportivo, aptidão física geral, redução do risco de obesidade, e, 
ainda, a promoção de um maior equíbrio emocional e psicológico.

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