Civil IV - 02-04

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ 
DIREITO CIVIL IV 
19 DE MARÇO DE 2020
CASO CONCRETO ATIVIDADE 02/04
Maicon dos Santos, morador de Vitória-ES, desempregado, residente e domiciliado na Rua das Pitangueiras 332, obstinado receptador de motos surrupiadas, adquiriu em maio de 2004, Moto Yamaha XTZ 150 Crosser, modificando chassi e placa. Sem preocupação alguma, Maicon vem utilizando a moto de forma continuada. 
Acontece que, em meados de junho de 2018 Maicon foi abordado pelo Sargento Souza, em uma blitz rotineira na Rua da Alvorada que acontecia em sua cidade (Vitória-ES), onde foi verificada a documentação e constatado irregularidades. Diante dos fatos o veículo (Moto - Yamaha XTZ 150 Crosser) foi apreendido e levado ao pátio do DETRAN mais próximo. Maicon alegou que já estava na posse do bem há 14 anos e que a moto foi obtida através de usucapião. 
Questão 01: 
Segundo exposto, justifique se podemos considerar que bens furtados podem ser objeto de usucapião por pessoa alheia que sabe sua origem.
R: A situação apresentada causa grande contrariedade em relação à doutrina, causando estranheza pela moto, neste caso, ser fruto de um crime e ter a propriedade concedida pela usucapião. Relendo o artigo 1261 do CC não se observa impedimento para fazer a coisa, mesmo sendo produto de furto ou roubo através de usucapião extraordinário. Haja vista que o artigo 1261 do CC dispõe que se produzirá a usucapião, se a posse se prolongar por cinco anos, independente do título ou boa-fé, o bem móvel fruto de furto/roubo pode ser adquirido.