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trabalho interdisciplinar EJA

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
MARIELA RICALDI PINTO
A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO
Porto Seguro
2019
MARIELA RICALDI PINTO
A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO
Trabalho interdisciplinar Apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média semestral.
Porto Seguro 
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................02
2. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................04
3. CONCLUSÃO........................................................................................................08
4. REFERÊNCIAS	091
1. INTRODUÇÃO 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino amparada por lei e voltada para pessoas que não tiveram, por algum motivo, acesso ao ensino regular na idade apropriada. A EJA tem como objetivo tentar ou corrigir algumas questões sociais como exclusão e exploração, entre outras que geram consequências maiores, como a perigosa marginalização. A história da EJA no Brasil está muito ligada a Paulo Freire. O projeto de alfabetização que ele implementou em 1963 atendeu 380 trabalhadores em Angico-RN, repercutindo por todo o país, mas sendo sufocado pelo golpe militar de 1964.
O brasil por muitos anos passou por um processo de alfabetização completamente defasado no tocante a se preocupar verdadeiramente com a educação do povo. A história do Brasil no conta que o período de transição da monarquia para a República foi marcado por transformações econômicas, políticas e sociais, entre elas, o fim da escravidão, o começo da grande imigração europeia e também, o primeiro bombardeio industrial do país. Com todas essas mudanças o ensino primário sempre foi ficando para últimos planos do governo, porque não era necessário na aquela época investir em educação, porque os trabalhos oferecidos a classe mais baixa sempre foi a mão de obra braçal e barata.
Contudo com fim da primeira guerra mundial, houve grande interesse, pela educação, valorizando a necessidade de combater o analfabetismo de adultos, visto que a realização do censo de 1920 mostrava que 64,9% era de analfabeto maiores de 15 anos. 
2. DESENVOLVIMENTO
O educador Paulo Freire foi um dos principais protagonista dessa luta conta analfabetismo na sua obra, cabe-nos considerar a importância de sua perspectiva, em que pese à educação como instrumento de mudança social. Sob essa perspectiva, para Freire, a educação deve visar sempre à libertação, à transformação radical da realidade, para torná-la mais humana, permitindo assim que homens e mulheres sejam vistos e reconhecidos como sujeitos de sua história e não como meros objetos. A educação, na sua visão mais ampla, deve possibilitar a leitura crítica do mundo. Em relação ao papel da educação, para Paulo Freire (2002, p. 72) a alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler.
 Paulo Freire sempre demonstrou uma preocupação em relação a uma aprendizagem significativa, em toda sua discussão em relação à escolarização do aluno jovens e adultos, ele sempre enfatizou a importância de se associar o aprendizado da leitura e da escrita à revisão profunda nos modos de conceber o mundo e nas disposições dos jovens e adultos para tomar nas mãos o próprio destino. A função social que a escola carrega para essas pessoas é de extrema importância, pois muitas delas sonhavam e sonham em concluir os estudos, pois sentem na pele a necessidade de estar inserida no mundo da comunicação verbal e não verbal, sem falar que muitas ainda sofrem preconceito social, cultural e linguístico. A educação, portanto, deve implicar na denúncia da realidade. O educador, diante disso, deve almejar uma sociedade melhor. A construção de uma nova realidade deve ser a utopia do educador. O educador vem com um papel muito importante nessa construção, que é a de enxergar essa realidade e ajudar esses jovens e adultos nessa luta contra o analfabetismo, pois a sociedade ganha muito vencendo essas diferenças. Sabemos o quanto é difícil ir à escola depois de adulto, pois a maioria tem uma rotina pesada e cansativa com muitas obrigações e afazeres durante o dia, mas com ajuda e compreensão de todo corpo escolar, esse aluno consegue sim, concluir os estudos.
Os desafios são muitos para atender esse público, essa modalidade de ensino tem se popularizado na sociedade, e rompe com limites de idade, de classe social, de gênero entre outros. Ela reúne na sala de aula, jovens, idosos, homens e mulheres, motivados e entusiasmados para estudar. Nesse contexto surgem os professores da EJA que têm em suas mãos a tarefa de assumir o compromisso de educar esses jovens e adultos. Essas pessoas começam novamente a procurar a escola ao perceberem que a sociedade está em constante transformação, exigindo um profissional qualificado, não só para o mercado de trabalho, mas para a vida em sociedade a fim de exercer a cidadania plenamente, ou lutar por esse direito. Então esses sujeitos começam a retornar às salas de aula, pois como poderão se inserir no mercado de trabalho se não possuírem ao menos a Educação Básica? Sabemos que a maioria dos estudantes, nos primeiros ciclos da EJA, não dominam a leitura e a escrita. Isso acontece pelo fato de nunca terem estado numa escola ou por não terem prosseguido nos estudos, mas também não podemos negar que esses indivíduos vivenciam diariamente diversas experiências que envolvem a leitura e a escrita, pois atualmente vivemos em sociedade letrada, cercada pelas informações, pelas tecnologias, uma sociedade do escrito, mas com déficit de letramento, o que, por si, gera contradições. Nesse sentido, é importante salientarmos que muitos jovens e adultos fracassam na escola devido a diferentes fatores; um dos que gostaríamos de enfatizar decorre das lacunas existentes na formação dos professores que atuam nessas salas de aula, pois muitas vezes a formação que possuem é insuficiente para que possam exercer práticas pedagógicas eficazes no atendimento a esse público. 
O professor da EJA deve adotar em sua prática pedagógica metodologias que facilitem e estimulem o processo de ensino aprendizagem em seus alunos, pois se trata de pessoas que não tiveram acesso à escola na idade apropriada e que podem apresentar maiores dificuldades para aprender se o método adequado não for utilizado. Nesse ambiente de educação, dominar a leitura e a escrita são habilidades essenciais que os alunos devem ter para que possam enfrentar as exigências do mundo contemporâneo. Elas proporcionam o acesso às diversas informações como às notícias de jornais, revistas, à literatura de um livro, entre outras tudo isso levar a conhecer os direitos e os deveres.
 Na EJA encontramos muitos desafios a serem enfrentados para dar continuidade aos estudos, a oportunidades de estudo e elevação de escolaridade para jovens e adultos, vem reduzindo ao longo da última década.
Os analistas ainda procuram explicar as razões desse inesperado recuo nas matrículas. Os cientistas sociais e analistas vem procurando razões para explicar a evasão alguns conceitos são considerados como a marginalização e a ausência de horizontes de mudança social que afetam populações em situação de pobreza extrema influem na falta de motivação e nas dificuldades que enfrentam para se inserir em processos de escolarização, recomendam que a EJA integrem estratégias Inter setoriais de desenvolvimento comunitário que articulem a formação geral e a preparação para o trabalho, a criação de oportunidades de geração de renda e a inclusão digital entre outras medidas. Por fim muitos jovens e adultos das camadas populares não vão com mais frequência às aulas porque precisam ir em busca dos meios de subsistência que toma todo seu tempo.3. CONCLUSÃO
Concluímos dizendo que os desafios colocados para a garantia do direito dos jovens e adultos à Educação são complexos, mas muitos podem e devem ser enfrentados pelas equipes escolares, sob a liderança da direção e da coordenação pedagógica, a começar pela convocação da comunidade para a mobilização da demanda pela EJA, a formação dos educadores para a criação de um ambiente ACOLHEDOR da diversidade e a FLEXIBILIZAÇÃO dos modelos de atendimento.
Quanto a abordagem acerca da avaliação da educação de Jovens e Adultos é impossível não praticar uma avaliação com diálogo que vá na contramão do sistema vigente por séculos na educação brasileira, até porque um dos fundamentos da EJA é proporcionar ao indivíduo a formação de sua consciência crítica acerca de sua própria identidade numa perspectiva educacional de aprendizado contínuo para além dos valores do mercado. O professor tem como papel 
 respeitar o perfil específico dos estudantes jovens e adultos, valorizando suas expectativas, experiências de vida e sonhos, deve- se usar uma avaliação mais formativa aquela que não toma menos tempo, mas dá informações, identifica e explica erros, sugere interpretações quanto às estratégias e atitudes dos alunos e, portanto, alimenta diretamente a ação pedagógica.
Com quanto na educação de jovens e adultos é indispensável que o educador conheça muito bem o estudante para que possa colocar em prática as respostas e às necessidades de cada um, onde os erros sejam explicados e possibilitem intervenções no processo como um todo, garantido o sucesso através de uma avaliação que tenha esse caráter também formativo.
  
REFERêNCIAS
PLATZER MARIA BETANEA. Educação de jovens e adultos. Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A., 2017. 200p
Os desafios para garantir a Educação de jovens e Adultos, NOVA ESCOLA. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/114/os-desafios-para-garantir-a-educacao-de-jovens-e-adultos Acesso em: 07 junho. 2019
Avaliação na educação EJA: Desafios e perspectivas para além da sala de aula, PORTAL DAEDUCAÇÃO. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/avaliacao-na-educacao-eja-desafios-e-perspectivas-para-alem-da-sala-de-aula/57211Acesso em: 07 junho. 2019.

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