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Paper VI Educação de jovens e adultos

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2 
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.
Acadêmicos¹
Adriana Lima Galvão Moraes 
 Jéssica Açucena Soares
 Lillian Goncalves Marinho
Vitória Aline Guimarães de Souza
 
Tutor Externo² 
Caroline Ferreira Brezolin 
	
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar o processo de aprendizagem de jovens e adultos levando em conta a diversidade histórica e cultural dos alunos. Sabemos que a educação de jovens e adultos passou por várias mudanças no decorrer do tempo e utilizamos Paulo Freire como exemplo de um estudioso o qual deixou marcas positivas na construção de uma educação especial que por meio do conhecimento consegue mudar o seu contexto social. Saber como obter êxodo na Educação de Jovens e Adultos a fim de uma transformação social é o objetivo desse trabalho feito com análises de pesquisas.
Palavras-chave: Educação, conhecimento, jovens, adultos. 
1. INTRODUÇÃO
 A alfabetização de jovens e adultos-EJA como transformação social, tem por finalidade proporcionar a educação básica aqueles que não tiveram condições de frequentar a escola na idade certa. neste trabalho admitiremos que ser alfabetizado transforma uma pessoa, enfatizar que o adulto não retorna à escola com a intenção de recuperar o tempo perdido ou para aprender algo que não aprendeu quando criança. Por tanto uma grande parcela da população não teve oportunidade de acesso à escola ou se teve foi de forma insuficiente, pois o que elas buscam é um aprendizado para as suas necessidades atuais e a busca de uma melhoria de vida social e profissional.
É importante lembrar que tudo o que fazemos na vida tem uma intenção, com relação à educação escolar não é diferente, procurando valorizar a cultura de cada um. Porém, a evasão na EJA tem sido de grande problema nesta modalidade e ainda que os casos de evasão não se restrinjam a um único ponto. Precisamos visualizar uma concepção mais ampla de educação de jovens e adultos, a qual entende educação pública e gratuita como direito universal de aprender, de ampliar e partilhar conhecimentos e saberes acumulados ao longo da vida, e não apenas de se escolarizar. O objetivo deste paper será observar a alfabetização de jovens e adultos e permitir trazer a realidade dos indivíduos, em busca de melhorias e oportunidades, e identificar como esta modalidade pode ajudar e transformar a vida profissional dos educandos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 A história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil é recente. Ela teve origem, principalmente, por causa dos jovens que foram obrigados a parar de estudar na idade certa, para poder trabalhar e ajudar os pais na renda familiar.
 Como diz a professora Soares:
 ...um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e economicamente, mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte, se se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado, se recebe cartas que outros leem para ele, se dita cartas para que um alfabetizado as escreva,..., se pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é, de certa forma, letrado, porque faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura e de escrita. (1998, p.24) 
 
 Esta dimensão sociocultural do letramento é reforçada pela professora Leda Tfouni: 
 O letramento, por sua vez, focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição da escrita. Entre outros casos, procura estudar e descrever o que ocorre nas sociedades quando adotam um sistema de escritura de maneira restrita ou generalizada; procura ainda saber quais práticas psicossociais substituem as práticas "letradas" em sociedades ágrafas.(PARECER CNE/CEB 11/2000, 9).
 Na época do Brasil Colônia a referência à população adulta era apenas de educação para a doutrina religiosa, focando muito mais a religião do que a educação. 
 Segundo José Bento da Cunha Figueiredo (CUNHA 1999), no ano de 1876 foi feita uma pesquisa, onde se constatou que cerca de 200 mil alunos frequentam aulas noturnas. Até então as escolas noturnas eram a única forma de educação de adultos no Brasil. Com o desenvolvimento industrial, no século XX, começa um processo lento, porém contínuo, da Educação de Jovens e Adultos. 
 Pois ser alfabetizado pode trazer para a vida de jovens e adultos grandes transformações que possam ajudar na aprendizagem de forma em que as pessoas que precisam dessa ajuda para melhores condições de vida.
[...] geralmente, o migrante que chega às grandes metrópoles 
proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais 
não qualificados e com baixo nível de instrução escolar. [...] E o jovem 
[...] não é aquele com uma história de escolaridade regular. [...] São 
alunos com perfil de analfabetos funcionais (possuem menos de quatro 
anos de estudo; incapazes de interpretar o que leem); jovens de origem 
urbana e veem na EJA uma oportunidade de concluir seus estudos 
 (OLIVEIRA, 1999, p. 59).
As dificuldades que esses jovens e adultos encontram para a sua formação muitas vezes precisa ser enxergada com mais clareza, pois os motivos pelos quais numerosos alunos abandonam subitamente o desejo pessoal de emancipação são bastante diversos. Os problemas constatados na EJA podem estar relacionados com os perfis dos jovens caracterizados por suas especificidades, o que exige uma reconfiguração da escola para o atendimento desse público. 
A EJA é constituída predominantemente por jovens e adultos que moram nas periferias urbanas. A realidade do analfabetismo e dos sujeitos pouco escolarizados se mistura com o quadro da pobreza em nosso país, em decorrência do processo de exclusão social produzido pelo sistema capitalista, assim é necessário que o educador conheça quem são esses sujeitos, sua cultura e o contexto social em que vivem. A escola tem exercido seu papel diante de uma realidade descontextualizada. O novo mundo que invade a escola exige posicionamento, tomada de decisões coerentes e atitudes conscientes, o desafio é sem dúvida grande para os educadores de todas as modalidades de ensino, em especial aqueles que trabalham com jovens e adultos.
 [...] meu papel no mundo não é só de quem constata o que ocorre mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar mas para mudar [...] Constatando nos tornamos capazes de intervir na realidade, tarefa incomparavelmente mais complexa e geradora de novos saberes do que simplesmente a de nos adaptar a ela (FREIRE, 1996. p. 85) 
 Como cita Paulo Freire, o educador precisa intervir, pois faz parte dessa realidade, conhece a vivência dos alunos e só observar não vai contribuir na formação de cidadãos críticos e conscientes dos seus direitos. As lutas pelo direito à educação se articulam às lutas pela terra, pela preservação da cultura dos povos e pela garantia de acesso aos diversos bens culturais. A EJA é um espaço de aprendizagem em diferentes ambientes de vivências que contribuem para a formação de jovens e adultos como sujeitos da história. É um grupo diverso e múltiplo com situações referentes às questões de etnia, credo, orientação sexual, gênero, condições mentais, físicas e psíquicas, culturais, regionais e geográficas. E neste contexto, a escola contribui com o processo escolarização e formação do adulto, pois é através da educação que passa a ser no mundo um agente de transformação. 
Romão e Rodrigues (2011, p. 23) afirmam que
Paulo Freire sempre se mostrou muito cauteloso na escolha das 
palavras que empregava, quando expunha o seu pensamento 
pedagógico. O mesmo deve ter ocorrido no momentoem que 
procurou o termo mais adequado para conceber o processo de 
alfabetização, que não se reduzisse à decodificação de uma língua. 
Acabou chegando à ‘leitura de mundo’.
 A influência de Paulo Freire na modalidade da Educação de Jovens e Adultos é extremamente rica e positiva, devido à metodologia criada por ele, a qual permite a ligação do educando com o mundo em que vive, sem causar no aluno a sensação de que se encontra fora dele. A questão de fazer com que o educando se conscientize do seu espaço, na sociedade em que está inserido, não é alimentar a passividade deste em aceitar a sua condição atual, mas de estimulá-lo a conscientizar-se, não somente da sua situação, como também do poder em modificar a sua realidade, participando desta transformação de forma ativa. Desta forma o educando não se sentirá à margem da sociedade que deseja modificar, e sim, inserido nela.
Neste sentido merece destaque a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 20/12/1996, no artigo 37, § 1º: 
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos, que não puderem efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante os cursos e exames. 
 Soares (1998) esclarece: alfabetizado nomeia aqueles que apenas aprendeu a ler e escrever, não aquele que adquiriu o estado ou a condição de quem se apropria da leitura e da escrita" (p.19)
 Precisamos visualizar uma concepção mais ampla de educação de jovens e adultos, a qual entende educação pública e gratuita como direito universal de aprender, de ampliar e partilhar conhecimentos e saberes acumulados ao longo da vida, e não apenas de se escolarizar.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	 Na elaboração deste trabalho, utilizamos a pesquisa bibliográfica em livros, artigos e periódicos, como também pesquisas na internet, a fim de complementar a construção do mesmo. O tema escolhido Educação de Jovens e Adultos-A Educação de Jovens e Adultos como transformação social é um tema bem abrangente, muito discutido por diversos autores, sendo fundamental a leitura de muitos materiais, para compreensão da importância da alfabetização para jovens e Adultos que não puderam por algum motivo ser alfabetizado na idade certa.
 
 Fonte: Secretaria de comunicação social. 2017
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados encontrados no presente estudo mostram que a alfabetização na vida de um adulto como transformação social é uma ferramenta importante no processo de aprendizagem no EJA, geralmente o não acesso à escola na idade adequada está relacionado com o contexto social, e isso se tornou algo corriqueiro em nosso país, pois, na maioria das vezes, parte dos educandos necessita trabalhar precocemente. O trabalho se torna mais importante e necessário do que a escola, pois é o seu único meio de sobrevivência. Em consonância com outros fatores interruptivos, capazes de cessar o interesse do educando para a continuidade dos estudos, em decorrência da carga exaustiva de trabalho, atrelado aos cuidados com a família.
Através da pesquisa, podemos perceber a importância da  alfabetização de jovens e adultos é um dos passos para que os sujeitos tenham maior autonomia e possam interagir com a realidade que é representada em nosso país. Educação de Jovens e Adultos tem um objetivo transformador na vida daquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar ou por motivo de conquistar um emprego melhor, ou por vários outros motivos. Assim podemos dizer que o retorno à escola na terceira idade é possível assim os estudos abrirão as portas para o mundo de trabalho, assim mostrando que o indivíduo alfabetizador tem valor na sociedade, e que a escola como um ambiente de aprendizagem tem o poder de transformar e torná-los um cidadão crítico, democrático e participativo.
Sendo notório que existem fatores que contribuem direta ou indiretamente na evasão escolar, isso é uma preocupação de muitos, tais como escola, gestão escolar, governo, entre outras instituições.
5. CONCLUSÃO
 Ao discorrer esse assunto enfatizamos o quão relevante é essa modalidade educativa para o desenvolvimento social de um indivíduo. Percebe-se que investimentos e metas se tornaram necessários na Educação de Jovens e Adultos para que tenhamos sucesso nesta modalidade de ensino, visando cada vez mais o fim do analfabetismo.
 É de grande importância destacar que sem discussões e investimentos acerca do tema não poderemos chegar a lugar algum pois é através das sínteses que poderemos obter uma qualidade de ensino cada vez melhor. Este trabalho acadêmico abrangendo a Educação de Jovens e Adultos como tema principal nos faz enxergar que o problema não está ligado somente a esta modalidade de Educação. 
Temos um grande desafio que é a formação de professores e coordenadores que atuam na Educação de Jovens e Adultos, o investimento nesta modalidade ainda é pouco expressivo e as iniciativas dos sistemas na formação continuada de educadores das redes públicas de ensino são insuficientes. Porém, com o envolvimento dos movimentos sociais que, nas últimas décadas, disseminaram a consciência sobre os direitos humanos, sociais, culturais e ambientais foi apontado para uma nova configuração da EJA como um campo específico de direitos e de responsabilidades políticas e educacionais, no entanto, ainda falta muito a ser feito, mas já estamos trilhando esses caminhos. O educador precisa acreditar na mudança e contribuir no processo de formação dos indivíduos, para que eles exerçam plenamente seus direitos e lutem por políticas que atendam as necessidades do coletivo. O agente de transformação social é aquele é aquele que participa, se envolve nas ações da escola e da comunidade, que desenvolve seu trabalho com comprometimento, que relaciona a sala de aula, os conteúdos com a realidade vivenciada pelo jovem e adulto. A escola sempre ganha quando consegue estabelecer relações entre os novos conhecimentos e aqueles que os alunos trazem. 
 
 
REFERÊNCIAS:
 ANZORENA Denise; BENEVENUTTI Zilma; Educação de jovens e adultos /Indaial : Uniasselvi, 2013.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei Federal nº 9.394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 20 de dezembro de 1996.
 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Documento Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional de Educação de Adultos (VI CONFINTEA) / Ministério da Educação (MEC). – Brasília: MEC; Goiânia: FUNAPE/UFG, 2009.
 CUNHA, Conceição Maria da. Introdução – discutindo conceitos básicos. In: SEED-MEC Salto para o futuro – Educação de jovens e adultos. Brasília, 1999. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. 4. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,1996. 
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
SOUZA, Maria Antonia. A educação de jovens e adultos. Curitiba: Ed. IBPEX, 2007
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso : Pedagogia (3970) – Prática do Módulo VI – 24/05/22

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