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Câncer: Ciclo Celular e Desenvolvimento Ao se tratar de câncer, que é uma doença genética, e como acontece seu surgimento, é necessário antes compreender como funciona o ciclo celular. O ciclo celular é constituído pelas fases interfase e mitose. A interfase é dividida nas etapas G1, S e G2 e é a fase mais longa do ciclo onde ocorre o desenvolvimento da célula, síntese de RNA e proteínas e duplicação do DNA. A mitose, por sua vez, ocorre por um período menor, subdividida em prófase, metáfase, anáfase e telófase e é onde acontece a divisão das células. Em células normais o processo de replicação é regulado, isto ocorre nos pontos de checagem que é um estágio em que é “decidido” se a replicação irá continuar em casos de dano no DNA ou qualquer outro tipo de alteração. Esta regulação é feita pelos reguladores, que são divididos em positivos e negativos. Os positivos, proto-oncogenes, estimulam a progressão da célula e quando sofrem mutação tornando-se um oncogene fica superativado, prejudicando sua função. Já os negativos, também chamados de supressores de tumor, previnem a formação de tumores cancerosos e no caso de mutação podem não funcionar mais como deveriam ou parar totalmente. O gene P53, por exemplo, possui uma proteína que garante que as células não transmitem umas para as outras DNA danificado. Quando é possível reparação, a mesma efetua e libera a célula e quando irreparável “dá sinal” para que célula entre em apoptose. Ou seja, quando alterada, a p53 pode se tornar mais ausente ou inativa permitindo então a reprodução descontrolada de uma célula cancerosa desenvolvendo então a doença. O processo de formação do câncer é chamado de oncogênese, processo longo e lento que pode durar décadas e possui os estágios de: iniciação, promoção e progressão, que começam do dano do DNA e vão até chegar em metástase. As células normais se diferenciam muito das cancerosas, por exemplo: Células normais, em meio de cultura, dependem de fatores de crescimento para replicação, tem capacidade limitada de divisão e noção de locomoção. As cancerosas, no entanto, não necessitam de fatores de crescimento para replicação, são capazes de dividirem bem mais vezes que a normal devido a presença de telomerase tornando-as “imortais” e não possuem noção de locomoção já que ignoram sinais emitidos pelas células vizinhas quando estão cercadas e continuam se reproduzindo deixando-as aglomeradas umas às outras de maneira irregular. Além disso, podem promover a formação de vasos sanguíneos (angiogênese), migrar para outras partes do corpo (metástase) e não entram em apoptose. O câncer apesar de ser uma doença genética, nem sempre é hereditário, podendo ser desenvolvido por fatores externos na maioria das vezes como maus hábitos, vícios e ambiente. Se conhece mais de 100 tipos diferentes da doença e alguns possuem sintomas específicos que servem como sinal de alerta para um diagnóstico precoce. Em homens no Brasil o mais comum é o de próstata e entre as mulheres o de mama. As formas mais conhecidas para tratamento são a radioterapia, quimioterapia, transplante de medula óssea e cirurgia.
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