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Aula 12 Faringotonsilite Streptococcus pyogenes e outros agentes causadores 1 🧫 Aula 12: Faringotonsilite - Streptococcus pyogenes e outros agentes causadores Outras espécies relevantes: S. agalactiae, S. pneumoniae As tonsilas são aglomerados de tecido linfoide dispostos na parte posterior da cavidade oral, produzindo anticorpos contra os germes que podem ser inalados ou ingeridos. Formam, em conjunto, o anel linfático de Waldeyer, cuja função é a proteção da entrada dos tubos digestório e respiratório. Ao total, são 3 faríngea (também conhecida por adenoide), palatina e lingual. É muito incomum que o processo infeccioso afete apenas as tonsilas, pois os cordões laterais da faringe são compostos pelo mesmo tipo de tecido. Por essa razão, a doença é referida como faringotonsilite (termo mais abrangente). 💡 Apesar de ser bastante desenvolvido na infância, é natural que se observe um atrofiamento do tecido no decorrer do envelhecimento. Por essa razão, as infecções de faringe em crianças tendem a ser mais graves. Assim, apresentam maior incidência dos 3 aos 14 anos. A bactéria do gênero Streptococcus Aula 12 Faringotonsilite Streptococcus pyogenes e outros agentes causadores 2 Gram-positiva; não-formadora de esporos; catalase-negativa (não efetua a reação de transformação do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio - não formando, pois, bolhas); arranjadas em cadeias ou pares de cocos; anaeróbios facultativos (têm preferência pela disponibilidade de oxigênio, apesar de poderem crescer em sua ausência); nutricionalmente exigentes/fastigiosas (precisam de meios enriquecidos com sangue para o seu crescimento). Classificação das espécies de Streptococcus Padrão hemolítico: hemólise completa (beta-hemólise), incompleta (alfa- hemólise) ou ausente (gama-hemólise) Na imagem acima, vê-se colônias de bactérias beta-hemolíticas, que são capazes de fazer a lise completa da hemoglobina. Assim, é possível verificar que as regiões circundantes dos agregados bacterianos tem maior grau de transparência. Aula 12 Faringotonsilite Streptococcus pyogenes e outros agentes causadores 3 Propriedades sorológicas Definidos por Rebecca Lancefield em 1933 Constituindo a estrutura da parede celular dessas bactérias, o Carboidrato C (de Lancefield) varia entre as diferentes espécies de Streptococcus - sendo este o fator diferencial dos 18 grupos sorológicos. Propriedades bioquímicas Streptococcus pyogenes Fisiologia e estrutura Grupo A de Lancefield → Presença do carboidrato C grupo-específico (que corresponde a 10% do peso seco da célula). Beta-hemolíticas → Hemólise incompleta Proteína M → Fator de virulência presente na parede celular das bactérias que impede o mecanismo de fagocitose e inibe o sistema complemento*. Apesar de ser imunogênica, ou seja, de levar o organismo à produção de anticorpos contra o agente específico, é possível encontrar uma grande variedade desses compostos proteicos -sendo muito difícil que se desenvolva efetiva imunidade às bactérias S. pyogenes. Aula 12 Faringotonsilite Streptococcus pyogenes e outros agentes causadores 4 💡 *Sistema Complemento: é composto por proteínas da membrana plasmática e solúveis no sangue, que participam das defesas inatas (natural) e adquiridas (memória) ao opsonizar (fixação de opsoninas no antígeno, permitindo a fagocitose) os patógenos e induzir uma série apropriada de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Cápsula de ácido-hialurônico → Por ser semelhante ao ácido produzido no tecido conjuntivo dos mamíferos, mascara a bactéria - impedindo que esta seja eliminada por fagocitose. Estreptolisinas: enzimas/toxinas responsáveis pela lise de eritrócitos, leucócitos e plaquetas; diferenciam-se em: S (não imunogênicas) O (imunogênicas) → É irreversivelmente inibida pelo colesterol dos lipídios da pele, motivo pelo qual pacientes com infecções cutâneas não desenvolvem anticorpos ASO (anti-estreptolisina O. Estreptoquinases A e B → Dissolvem coágulos e apresentam rápida disseminação; induzindo a lise de fibrina e de fibrinogênio, são utilizadas como medicamento em doenças obstrutivas vasculares. DNAses → Despolimerizam o DNA presente no pus, diminuindo a viscosidade do material (o que facilita a disseminação da infecção). 💡 São utilizados como marcadores imunológicos nas infecções cutâneas Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas: da classe dos superantígenos, interagem com células do nosso sistema imune, mediando a liberação exagerada de citocinas pró-inflamatórias. 💡 processo que consiste em fixar opsoninas, e.g. imunoglobulinas, em epítopes do antígeno, permitindo a fagocitose. Aula 12 Faringotonsilite Streptococcus pyogenes e outros agentes causadores 5 Manifestações clínicas Supurativas Não supurativas → Complicações de uma infecção prévia pelo agente
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