Buscar

PPC HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso: Licenciatura em Pedagogia
Disciplina: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO (CEL01334 ou CEL0474/3521680) 9005
PROFESSORA: MARCIA ALVES
PROPOSTA DE PRÁTICA CURRICULAR - 2020
A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO
Aluna: Isabella Almeida da Silveira
Matrícula: 201907110021
Data: 29/05/2020
O estudo da História da Educação é importante devido ao seu potencial formativo, autor reflexivo e cognitivo. Ou seja, o estudo da história da educação tem a capacidade de fazer com que os alunos raciocinem de forma a compreender o porquê de se estudar determinadas matérias e temas, e a compreensão da trajetória da Educação é uma parte tão importante da formação de um docente que essa área do conhecimento deveria ser o eixo da organização dos conteúdos curriculares de Pedagogia.
Os pesquisadores tem se interessado em compreender as ações de educação contidas na sociedade imperial com suas diversas formas e esferas de intervenção, identificando a existência de uma extensa rede de escolas públicas no século XIX, sendo que tais estudos têm apontado a pouca importância da educação escolar para grande parte da população.
Outros estudos vão de encontro com o sentido de captar as especificidades da formação e do desenvolvimento da instituição escolar observando como este modelo se articula ao processo de constituição da esfera pública no Brasil, de se sujeitar as leis culturais e de progressiva profissionalização no campo pedagógico.
As pesquisas que estudam a relação entre Estado e Movimento Educacional tem se voltado para a análise dos processos educativos que extrapolam a ação institucional das escolas, ampliando a visão acerca das relações complexas existentes em vários movimentos como: políticos, sociais e intelectuais sendo estes associados à educação em sentido “latu sensu”, ou seja, compreendida como política pública, campo de produção de saberes e pratica social.
Atualmente alguns pesquisadores têm se empenhado em promover estudos comparativos entre a realidade brasileira e as realidades em outros países, visando compreender as maneiras pelas quais o modelo de escola universal se desenvolveu no mundo, com certa homogeneidade desde o século XIX. A possibilidade da realização deste tipo de estudo histórico comparado de realidades educacionais diferentes daquela encontrada no Brasil, mais que preservam pontos em comum no que diz respeito a “mundialização do modelo escolar” é fator constitutivo de um ponto de destaque entre nos estudos comparados entre em história da educação.
O estudo da História da Educação será de suma importância para ajudar a compreender o modelo educacional de hoje, entender os possíveis erros que ocorreram de forma que se possa preveni-los e evitá-los.
Para se compreender o presente e planejar o futuro é necessário entender o passado, que neste caso é a História da eEucação.
O resultado do hoje é a consequência do ontem, ou a escolha de ontem reflete no seu dia hoje. Dentro destas frases é notório a ligação que a atualidade tem com o passado, e é a partir deste aspecto que se busca abarcar a importância do contexto histórico para a realidade brasileira. 
A história da educação proporciona uma certa compreensão sobre o porquê da atual situação do país, que de encontro o tema Educação Feminina abordado na disciplina, depreende-se que na era da educação no Brasil, o ensino tinha por principal característica a restrição, característica esta advinda de normas implantadas pela sociedade. Mediante estas restrições vê-se a insignificância da mulher perante o homem no século XIX. Segundo os padrões daquela época o papel dá mulher não passava de um modelo doméstico, de acesso privado ao conhecimento, onde sua função não ia além de cuidar da casa, e da família. Para a maioria o conhecimento intelectual e científico não seria útil a classe feminina. Acreditavam que a mulher era incapaz de raciocinar e agir como os homens, pois todo o poder econômico, político e civil era dominado pela classe masculina desde o princípio. Só o homem tinha o poder de decisão e a mulher deveria ser sempre subordinada a ele, ela só podia fazer o que o homem definisse ser o certo.
O trabalho era símbolo masculino, pois estava aliado à sua prática social, diante disso a formação profissional não cabia a realidade feminina, pois a mulher era um símbolo doméstico que não tinha necessidade de estudar. O contato da mulher com o estudo era bem escasso, uma vez que na educação oitocentista o ensino básico bastava, onde só alfabetizar era o necessário.
Vale destacar que os filhos deixaram de ser uma barreira para as mães que trabalhavam fora e que antes precisavam levar seus filhos para o trabalho ou eram forçadas a trabalhar em casa, pois atualmente todas podem contar com vários suportes governamentais, o que no século XIX era absurdo, agora auxiliam as mulheres no processo de educação de seus filhos, como as creches e as escolas que por iniciativa do Governo também trabalham integralmente.
Toda participação dos personagens históricos nas lutas por direitos femininos, estão alcançando seus objetivos, porém ainda há muito o que melhorar, mesmo com todo o avanço existem pontos que a desigualdade permanece. No século XIX as professoras recebiam menos que os professores, mesmo que a atividade e a carga horária fossem iguais, e hoje em alguns casos esta situação ainda prevalece. Mesmo diante este fato, a mulheres tem passado por cima dos preconceitos. Caminhoneiro, Pedreiro, Mecânico também é profissão de mulher, para aquelas que desafiam seus limites físicos. Mas na grande maioria dos cargos femininos destacam-se os serviços domésticos, serviços coletivos, sociais e pessoais, na área da educação, saúde e serviços pessoais, e também em alojamento e alimentação.
Os Jesuítas liderados chegaram ao Brasil por volta 1549, tendo por principal missão evangelizar, catequizar e “transformar em cristãos” os indígenas que aqui habitavam.
Os Jesuítas procuraram entender e aprender as línguas faladas pelos índios, e a partir disso começaram a entender de forma mais fácil como esses viviam. As missões sempre davam origem a conflitos, estes foram conhecidos por incentivar guerras entre as várias etnias que atraíssem a maior quantidade de indígenas facilitando assim sua exploração e catequização.
Por um lado tínhamos um povo vindo de uma civilização com fins pacíficos e que possuía um entendimento completamente diferente do que seria o mundo e por outro lado tínhamos outra civilização que acreditava serem os índios inocentes e que serviam apenas como escravos.
A questão da escravização dos índios levantou outro aspecto extremamente controvertido na relação entre o índio e o homem branco, que vinham aqui com a missão de cristianizá-los através dos missionários Jesuítas.
Não resta nenhuma dúvida de que ao serem catequisados os índios, tiveram sua cultura original destroçada pelos Jesuítas.
Quando da chegada de outros colonizadores os Jesuítas se revoltaram contra a escravização dos índios, enfrentando os colonizadores com os seus preceitos religiosos, sendo que estes eram os meios de que dispunham para este enfrentamento.
Os Jesuítas conceberam a organização educacional como instrumento de domínio espiritual e de imposição da sua cultura.
Chegando à colônia brasileira, no inicio do século XVI, os Jesuítas construíram os primeiros colégios, sendo que para tal tinham incentivos e subsídios da coroa de Portugal, e que parte da receita era destinada a manutenção destes colégios. Os principais autores Jesuítas responsáveis pela produção literária da época da colonização indígena foram o padre Manuel da Nóbrega, o missionário Fernão Cardim e o padre José de Anchieta. A Metodologia utilizada pelos Jesuítas era a de estimular os Índios a uma série de novos comportamentos, disseminando ou tentando disseminar os costumes locais, sendo que a oralidade era sempre utilizada como a forma de transmissão de conhecimento. 
Os Jesuítas enxergavam na América a grande chance da Igreja Católica de expandir o catolicismo,sendo a este continente descoberto recentemente, sendo, portanto um excelente “espaço” para que esta expansão ocorresse ao mesmo tempo em que precisavam expandir seus domínios. A companhia de Jesus tinha objetivo de servir aos interesses da fé, pensando em aprontar a escola para servir exclusivamente aos interesses do Estado.
Legal seria, se todos fossem vistos da mesma forma, como cidadãos participantes de uma sociedade igualitária, mas infelizmente não é o que presenciamos. A desigualdade social é extensa por todo o mundo, devido a vários fatores e um deles é o processo histórico. A história permite interpretar a razão de a atualidade ser como é. De acordo com o contexto abordado, pode-se observar que existem várias concepções quanto a implantação da política de cotas para negros no Brasil.
As ações do governo foram incompletas, onde se deve destacar que as exigências escolares também não contribuíam para a integração do negro no espaço escolar e que até o mínimo de educação que lhes era proporcionado os levavam a acreditar que eles, mesmo estudando não seriam iguais aos brancos. O que fomenta o descaso da antiga sociedade para com os negros é o fato deles não serem considerados como componentes da cidadania e trazer um certo custo para seus senhores como no período da implantação da Lei do Ventre Livre, em que as crianças nasciam libertas porém os registros destas crianças eram responsabilidade  dos senhores de seus pais.
 A evolução quanto à presença do negro no espaço acadêmico começa a acontecer a partir do momento que o negro se torna sujeito da sua própria história educacional.
Mesmo diante a todas as conquistas e o reconhecimento do negro como cidadão brasileiro foi se desenvolvendo de forma gradual. O Governo atual vê a necessidade de implantar esta política de cotas a fim de ampliar o acesso dos negros e das classes inferiores ao ensino superior considerando a história da educação do país.
CONCLUSÃO
Após a análise de todos os textos e documentos estudados, conclui-se com a mais completa certeza de que o estudo da história da educação se faz completamente, pertinente e necessária.
O estudo da história em geral sempre vai contribuir para que se possa entender o motivo pelo qual as “coisas” acontecem desta ou daquela forma, e a partir do momento que compreende-se como tudo começou para conseguir corrigir os erros do passado ou pelo menos amenizá-los.
Por exemplo, no caso dos negros a implementação das cotas é um mal necessário, entretanto esta não é a única e salvadora solução, pois entende-se que o correto seria a melhoria do ensino público em geral, e assim não só os negros, bem como a sociedade em geral teria e terá condições de entrar na  universidade sem a necessidade das cotas.
Quanto à educação indígena, o ensino seja ele religioso, escolar ou profissional não deve ser imposto, pois assim os educandos não irão realmente aprender e sim criar antipatia pelos estudos. 
De um modo geral deve-se e criar projetos que despertem o interesse pelo conhecimento.
Por fim, por mais que este ponto não seja o ponto central da discussão provocada nesta disciplina, o ensino no Brasil precisa ser reorganizado, aprendendo com os erros e acertos do passado, daí a importância de se estudar a História da Educação, para plantar um futuro melhor na educação do país.
Em tempo:
Inicialmente, no desenvolvimento desta atividade, é solicitado que escolhamos “um livro de História que está sendo trabalhado por alguma criança que você conheça. Caso não tenha uma criança em idade escolar, busque um livro didático em uma biblioteca de uma escola perto de sua casa”
Cabe salientar que, no atual momento que vivemos, sobre a Pandemia do COVID-19, não foi possível utilizar um livro impresso e tampouco fazer uma análise sobre ele. Neste caso, colocarei os pontos de acordo com os itens de “a” a “e”, porém num âmbito geral, conforme o material estudado e alguns pontos retirados de livros disponíveis em arquivos on-line e sites informativos.
REFERÊNCIAS:
BITTAR, Marisa; FERREIRO JUNIOR, Amarilio. Infância, Catequese e Aculturação no Brasil do Século XVI.in:Revista Bras. Est. Pedagogia. BRASÍLIA, V.81,N.199,Pg 452-463, set/dez 2000.
CARVALHO, Igor. "Dez anos de cotas nas Universidades - O que mudou?" - Revista Fórum Semanal. Disponível em http://revistaforum.com.br/digital/138/sistema-de-cotas-completa-dez-anos-nas-universidades-brasileiras/. Acesso em 22/02/2015.
FONSECA, Marcus Vinícius. A Educação dos Negros na legislação abolicionista : a Lei do Ventre Livre (1871) In: A Educação de Negros: uma nova face do processo de abolição da escravidão no Brasil. Bragança Paulista: EDUSF, 2002. pp. 23 a 59.
GONÇALVES, Maria Alice Rezende. Os caminhos para a Diversidade no Ensino Superior Brasileiro. Anais do VIII Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as. Belém do Pará: UFPA, 29/07 a 02/08/2014. Disponível em versão PDF.
Mulheres brasileiras, educação e trabalho. Disponível em: 
http://www.fcc.org.br/bdmulheres/serie3.php?area=series. 
SANTOS, Lays Regina Batista de Macena Martins dos; BARROS, Surya Aapronovisch Pombo de. Estado da Arte da produção sobre História da Educação: O negro como sujeito na História da Educação brasileira. Anais Eletrônicos do IX Seminário Nacional de Estudos e Pesquisa “História, Sociedade e Educação no Brasil". João Pessoa: UFPB, 31/07 a 03/08/2012. Disponível em versão em PDF.
SILVA, Rosa Helena Dias da. Afinal , quem educa os Educadores Indígenas? In: GOMES, Nilma Lino; SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e . Experiência Etnico-cultuarais para a formação de professores. BH: Autêntica, 2002. Pp. 109 a 133.
XAVIER, LIBÂNIA. “História da História não ensinada na Escola: História da Educação". In: MONTEIRO, Ana Maria; GASPARELLO, Arlete Medeiros;MAGALHÃES, Marcelo de Souza. (orgs). Rio de Janeiro:Mauad X: FAPEMIG , 2007. Pp91 a 103.
Sites: 
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/historia-educaco.htm
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2080/por-que-o-educador-precisa-estudar-historia-da-educacao

Mais conteúdos dessa disciplina