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Um império é uma forca de coerção politica que admite a flexibilização territorial e a diversidade cultural. A existência dessa ordem imperial tende a criar ao decorrer do tempo a unificação de uma só cultura e religião. Ou seja, a diversidade e perdida no decorrer dos anos dos povos que participa dessa forca politica coerciva. 
 Harari nos mostra que, a maioria das culturas do passado se tornaram vítima dos exércitos de algum império implacável que as destinaram ao esquecimento. Os impérios também acabam deixando de existir entretanto, tendem a deixar para trás legados ricos e que se perpetuam ao longo dos tempos.
 “No século XXI, praticamente todas as pessoas são fruto de algum império.”(HARARI, 2015)
 Um império é uma ordem política com duas características importantes. Primeiramente, para se qualificar império é preciso dominar um número expressivo de povos diferentes e cada um com seu próprio território e identidade cultural. Um império é definido unicamente por sua diversidade e fronteiras flexíveis, e não por suas origens, forma de governo, extensão territorial ou tamanho de sua população e não precisa emergir de conquistas militares. 
 Os impérios foram uma das principais razões para a drástica redução da diversidade genética humana. Na contemporaneidade a expressão “imperialista” só fica atrás de “fascista” no léxico de palavrões políticos. A crítica contemporânea aos impérios normalmente assume duas formas: 
1. Os impérios não funcionam. Tendo em vista que, governar uma população com um número realmente expressivo torna-se um trabalho inviável. 
2. Mesmo que seja possível, não deve ser feito, porque os impérios são máquinas do mal, destruidoras e exploradoras. Todo povo tem direito à soberania e nunca deveria ser submetido ao jugo de outro.
 Harari vai nos dizer que “de uma perspectiva histórica, o primeiro enunciado não faz o mínimo sentido e o segundo é extremamente problemático.” Tendo em vista que o império foi a forma mais comum de organização política do mundo nos últimos 2,5 mil anos e a maioria dos humanos, durante esse tempo histórico, viveu em impérios. Segundo a questão organizacional o império se mostrou uma forma muito estável de governo. A maior parte deles tinha um enorme poder coercitivo, pois possuíam uma alta facilidade para sufocar rebeliões. Em geral, a maioria deles só foram derrubados por invasões externas ou por divisões internas. 
Um segundo viés, é que não existe uma parte que pode ser considerada “bom histórico” com relação aos povos conquistados que tenham conseguido se libertar de seus soberanos imperiais, afinal a maioria desses povos permaneceu subjugada por centenas de anos. 
Entretanto, isso não significa que os impérios não deixam nada de valor em seu rastro. Não deve ser feita uma taxação e pintar todos os impérios de preto e condenar todos os legados imperiais, pois isso significaria rejeitar a maior parte da cultura humana. Como diz o autor “...as elites imperiais usaram os lucros da conquista para financiar não só exércitos e fortificações como também filosofia, arte, justiça. e caridade. Uma proporção significativa das grandes realizações culturais da humanidade deve sua existência à exploração das populações conquistadas.”
“Estamos conquistando vocês pelo seu próprio bem”. Essa máxima usada por Ciro de forma presunçosa e estratégica era impressionante. Diante disso Harari nos diz que “a evolução fez o Homo sapiens, assim como outros mamíferos sociais, uma criatura xenofóbica.” 
 A maioria dos humanos viveu em impérios desde 200 anos antes de Cristo, e provavelmente no futuro a maioria dos humanos viva em um. Entretato, dessa vez, o império será global. 
 Haja vista que, como conclusão do que virá e já está ocorrendo, esse império global que está sendo “forjado diante de nossos olhos” não é governado por nenhum Estado ou grupo étnico em particular, mas sim é governado por uma elite multiétnica e se mantém unido por cultura e interesses em comum. Harari aponta, “no mundo contemporâneo globalizado, cada vez mais empresários, engenheiros, especialistas, acadêmicos, advogados e gerentes são chamados para fazer parte do império. Eles devem ponderar se responderão ao chamado imperial ou se permanecerão fiéis a seu Estado e a seu povo. É cada vez maior o número daqueles que escolhem o império.”
Referência Bibliográfica
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Porto Alegre: L&PM, 2015. 464p. ISBN 978-85-254- 3218-6.

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