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NEOPLASIAS Prof. Dra Simone Rossignolo Neoplasia Diferenciar neoplasia benigna de maligna; (i) oncogenes, proto-oncogenes e anti-oncogenes; (ii) estadiamento dos tumores; (iii) metástases. R.G.B.H. 60 anos, torneiro mecânico, passou a apresentar regiões eritematosas pelo corpo com hiperqueratinização. Sem procurar um serviço médico, passou a usar protetor solar achando que era do sol. Quando o irmão dele percebeu o quadro, logo questionou-o sobre outros sintomas e ele respondeu que se sentia cansado e, as vezes, com dificuldade respiratória. Seu irmão aconselhou-o a procurar um médico. Ao ser consultado, a suspeita levantada foi de dermatite solar e uma biópsia foi feita para exame histopatológico porém, sem dar muita importância aos sinais respiratórios. Seu irmão novamente o instruiu a procurar um novo médico. Desta vez, ao auscultar seu tórax, logo percebeu que havia algo diferente. Na radiografia torácica, imagens compatíveis com presença de neoformações. Questionado pelo médico, informou que na família era comum casos de neoplasia e que ele era tabagista. Foi solicitado biópsia pulmonar que revelou a presença de um carcinoma pulmonar grau IV/V. Encaminhado para o exame de imagem com PetScan, foram diagnosticados tumores secundários em glândula suprarenal, fêmur e encéfalo. Tratamento quimioterápico e radioterápico foi iniciado, houve regressão da massa neoplásica pulmonar mas não remissão. Após 2 anos de intenso tratamento o paciente veio a óbito Ciclo Celular Nature Reviews Molecular Cell Biology volume 12, pages427– 438(2011) O ciclo celular é o conjunto de processos que ocorrem na célula após seu surgimento até a sua divisão, a qual dará origem a duas células. O ciclo celular é constituído por duas fases, a interfase e a mitose. A interfase é uma fase de intensa atividade metabólica e crescimento celul ar. Ciclo Celular Cada mitose produz duas células iguais à de origem. Uma meiose cria quatro células filhas com metade do material genético da célula mãe. Prófase - A membrana nuclear desorganiza-se; -Formam-se as fibras do fuso; O nucléolo desaparece e o seu material é distribuído pela célula. → Metáfase Nessa etapa, os cromossomos condensam-se em seu grau máximo. → Anáfase - Ocorre o rompimento dos centrômeros e as cromátides migram para os polos da célula em virtude do encurtamento das fibras do fuso. → Telófase - Ocorre o desaparecimento das fibras do fuso; - Os cromossomos descondensam-se; https://www.biologianet.com/biologia-celular/nucleo-celular.htm Controladores do ciclo … Caminhos da célula durante a divisão celular: Disponível em: https://pontobiologia.com.br/divisao-celular- cancer/ Patogênese da Neoplasia • Oncogenes – myc, ras, src, abl, bcl2 • Genes Supressores Tumorais – p53, Rb, APC, MEN1, NF1 Oncogenes são genes relacionados com o aparecimento e crescimento de tumores, malignos ou benignos. Os tumores surgem quando processos que controlam a divisão, localização e mortalidade da célula, falham. Um gene supressor de tumor é um gene que reduz a probabilidade de uma célula num organismo multicelular se tornar um tumor. Uma mutação ou delecção de tal gene irá aumentar a probabilidade de formação de um tumor. https://www.youtube.com/watch?v=bwY4ibTMx7g Como surge um câncer ONCOGENES componentes da maquinaria que coordena o ciclo celular: estimulam a proliferação celular. •fatores de crescimento •receptores •transdutores de sinais •fatores de transcrição • Displasia refere-se a crescimento não neoplásico desordenado, com alto potencial de transformação em neoplasias malignas. Exceções • Um proto-oncogene é um gene normal que se torna um oncogene devido a uma mutação ou ao aumento de expressão gênica. MUTAÇÃO DE PONTO: ONCOGENE H-RAS •Mutação do aminoácido 12: glicina valina (câncer bexiga, mama, cólon) •Causa mudança na conformação da proteína ras que não pode converter GTP GDP, que permanece ativado induzindo a proliferação celular progressão para o câncer GDP Ras inativa GTP Ras ativa x Oncoproteína bloqueada: sinal permanece ligado – ativa continuamente a quinase seguinte ../../../../../../../AppData/Local/Documentos_Ana/ana/Meus documentos/apresentacao_zip/textart.ppts/230.ppt ../../../../../../../AppData/Local/Documentos_Ana/ana/Meus documentos/apresentacao_zip/textart.ppts/230.ppt PROTEÍNAS SUPRESSORAS TUMORAIS Bruce, Alberts,. Biologia Molecular da Célula. Proto-oncogenes X genes supressores tumorais • A proteína retinoblastoma (RB) age como um freio na proliferação celular. A proteína P53 também funciona como um freio na proliferação celular toda vez que ocorre um dano ao DNA. Bruce, Alberts,. Biologia Molecular da Célula. S o u z a , W a ld e m ir & D e -F re it a s -J u n io r, J u lio C e s a r & M o rg a d o -D ía z , J o s é . (2 0 1 4 ). S in a liz a ç ã o c e lu la r e m c â n c e r. C iê n c ia e C u lt u ra . 6 6 . 3 0 -3 3 . PI3K = fosfatidil inositol 3 quinase RAS = Rat Sarcoma Viral Oncogene DUAS VIAS DE SINALIZAÇÃO DOS FATORES DE CRESCIMENTO Kumar, Abbas, Aster. Robbins basic pathology. 10a Ed. (2018) Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo). 22. 45-49 •Mutação de Ponto: •Aberrações Cromossômicas •Amplificação Gênica: •Inserção de DNA viral: COMO OS ONCOGENES TORNAM- SE ATIVADOS E CAUSAM NEOPLASIAS? Disponível em: http://dxline.info/diseases/oncogene#prettyPhoto BASE GENÉTICA DO CÂNCER • Gene anômalo herdado forma hereditária do câncer (crianças e jovens) • Mutações somáticas por agentes ambientais radiação, agentes químicos e biológicos, hábito alimentar, fumo, exposição ocupacional, etc. • REPARO INEFICIENTE: FATORES DESENCADEADORES •Carcinógenos •Idade •Hereditariedade •Distúrbios pré-neoplásicos •Radiação •Oncogênese viral e bacteriana •Arsênico •Benzeno •Berílio •Cádmio •Cromo •Níquel •Fármacos antineoplásicos •Dimetil sulfato •Benzopireno •Aminas aromáticas •Inseticidas •Fungicidas HIPÓTESE DA MUTAÇÃO SOMÁTICA DA NEOPLASIA Boveri (1914): processo multipasso devido mutações somáticas Acúmulo de ~10 mutações N a tu re R e v ie w s C a n c e r v o lu m e 1 2 , p a g e s 7 6 7 – 7 7 5 (2 0 1 2 ) ETAPAS DO PROCESSO DE METÁSTASES Bruce, Alberts,. Biologia Molecular da Célula. 2017. Comportamento Benigno versus Maligno Crescimento lento rápido Semelhança com O tecido de origem (Diferenciação) sim não Limites definidos indefinidos Invasão não sim Metastização não sim CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES Ovário normal Tumores Ovarianos TUMORES BENIGNOS = sufixo OMA •Adenomas = neoplasma com padrões glandulares ou de origem glandular •Papilomas ou pólipos = neoplasma epitelial com projeção superficial EVOLUÇÃO DO ADENOMA Adenocarcinoma de Próstata LIPOMIOMA = Tumor com células altamente diferenciadas macroscopia microscopia Carcinoma de células escamosas ou espinocelular CRITÉRIOS PARA DIFERENCIAR BENIGNO DE MALIGNO 2- Velocidade Crescimento A- BENIGNO = Leiomioma B- MALIGNO = cresc. rápido x grau de diferenciação subclones populacionais LEIOMIOMA X LEIOMIOSSARCOMA CRITÉRIOS PARA DIFERENCIAR BENIGNO DE MALIGNO 3- INVASÃO LOCAL BENIGNOS fribroadenoma MALIGNOS Carcinoma ductal invasivo de mama Clinicamente •presença de metástase •invasão local Carcinoma basocelular (pouco invasivo) CRITÉRIOS PARA DIFERENCIAR BENIGNO DE MALIGNO 4- METASTIZAR Carcinoma células escamosas (muito invasivo) QUERATOSE ACTÍNICA Displasia por efeito raios ultravioletas Nevos melanocíticos/displásicos Melanoma Incidência e Mortalidade ESTADIAMENTO DA NEOPLASIA ESTADIAMENTO DA NEOPLASIA Sistema TNM T (TUMOR) N (LINFONODOS) M (METÁSTASES) Estadiamento é o processopara determinar a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa. É a forma como o médico determina o avanço da doença no organismo de um paciente.
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