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DIREITOS REAIS (a1)

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AVALIAÇÃO 1: DIREITOS REAIS - NATÁLIA SENA COUTINHO – 201810799 – 6AN 
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES E QUESTÕES ABAIXO:
	
As questões em tela deverão ser respondidas, com a consequente explicação (mencionar entendimento doutrinário e/ou jurisprudencial, se houver) e, se possível, fundamentação legal [se há previsão legal (CC.) que a mencione].
1) O ordenamento jurídico ora vigente admite a possibilidade de conversão da detenção em posse, a depender da modificação nas circunstâncias de fato que vinculem determinada pessoa à coisa. Explique a afirmação acima.
RESPOSTA: Pelo fato da posse ser uma manifestação de domínio entre proprietário e sua coisa, se faz necessário um negócio ou ato jurídico para que se concretize amparado pelo ordenamento jurídico. Como muito bem traz, Arnaldo Rizzardo na DETENÇÃO “alguém retém consigo a coisa, exercendo controle sobre ela em nome de outrem, a quem esteja subordinado por relação de dependência”. Ou seja, tem-se um contato físico e direto com a coisa, mas está sob o nome de outra pessoa.
Para uma melhor elucidação temos o art. 1.198: “Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário”.
2) Explique, segundo o Código Civil, de quais fontes provêm a posse direta e a posse indireta.
RESPOSTA: Os proprietários diretos serão aqueles que exercem o direito de uso, ou seja, o direito de controlar as coisas. Temos um exemplo muito claro do caso em questão, vejamos: O proprietário (proprietário legal) exerce propriedade indireta devido ao seu nome de domínio. Por exemplo, o locatário (quem alugou) possui diretamente a propriedade por meio da concessão do locador. 
 O artigo 1.197 traz essas denominações muito bem esclarecidas: “A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto”.
3) Posse precária é aquela que se situa em gradação inferior à posse propriamente dita. O possuidor precário geralmente se compromete a devolver a coisa após certo tempo. Há obrigação de restituição. A coisa é entregue ao agente com base na confiança. O adquirente de coisa ainda não integralmente paga pode receber sua posse precária em confiança, devendo devolvê-la se não honrar o preço e solver a obrigação.
Silvio de Sálvio Venosa, Direito Civil – direitos reais.
Assim, o vício dá-se a partir do momento da recusa em devolver. Nesse aspecto, distingue-se da violência e da clandestinidade, vícios que partem da origem da relação da coisa com o possuidor viciado. 
Explique a afirmação [em itálico] acima.
RESPOSTA: Por estarmos tratando de posse precária e sendo ela caracterizada por propriedade adquirida por meio de abuso de confiança, temos sua ocorrência no momento exato da recusa do possuidor precarista, que pode perder sua possessão a qualquer tempo, pois o dever do locatário, comodatário e etc é de devolver a coisa, não sendo permitido sua prescrição aquisitiva. 
	O CC em seus artigos 1208 e 1203, ratifica que: “Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida”.
Como supracitado podemos determinar legalmente que, mesmo sem notificar o credor, continua sendo precária, haja visto que o fato do titular do domínio ter sido inerte não retira o seu direito, de agir quando achar conveniente, restaurando sua propriedade entregue de boa-fé.
4) O direito [obrigacional] concede um direito a uma ou mais prestações, a serem cumpridas por uma ou mais pessoas. O direito [real] define inerência ou aderência da coisa ao titular, expressão que serve para caracterizar o que comumente chamamos de soberania, poder ou senhoria sobre a coisa.
Silvio de Sálvio Venosa, Direito Civil – direitos reais.
Os itens faltantes [.1.] e [.2.] correspondem a que palavras? [OBRIGACIONAL] e [REAL]
Atribua as palavras correspondentes aos itens [OBRIGACIONAL] e [REAL] e explique a frase do doutrinador (atenção – são duas medidas para responder à questão: dizer quais são as palavras e explicar a frase do doutrinador). 
RESPOSTA: 
 “PESSOAL OU OBRIGACIONAL” é a palavra que corresponde a chave do item [.1. ]. A obrigação é por natureza essencialmente transitória – nasce para cumprir função social e jurídica, mas se extingue uma vez que foi atingida seu cumprimento, o papel para a qual foi criada, o adimplemento, ou seja, possuem como objeto as relações humanas. Por ser a prestação o objeto do direito pessoal, pode ser exigida do devedor.
“REAL” é a palavra que corresponde a chave do item [.2. ]. No entanto, o direito real teria sentido mais ampla de permanência, de não se consumir, essa afirmação encontra amparo em duas vertentes, direitos reais limitados no tempo, como por exemplo, no usufruto; e há obrigações sem limite de tempo, como ocorre nas obrigações negativas, ou seja, doutrinador nos traz o direito real como atributivo. Pois atribui uma titularidade, uma senhoria sobre o sujeito.

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