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Mecanismo de Ação do tratamento de Alzheimer

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Mecanismo de Ação do tratamento de Alzheimer
Não existe cura até o momento atual, os tratamentos são direcionados à terapia sintomática da doença de Alzheimer, possibilitam uma maior qualidade de vida ao paciente e ao cuidador, sem alteração da progressão da doença. 1 A escolha do medicamento é definida pelo estágio de demência da doença de Alzheimer, sendo a memantina para demência moderada à grave e os fármacos inibidores da acetilcolinesterase para qualquer estágio. 1 
A memantina é um antagonista alostérico de receptor do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA), um tipo de receptor de glutamato. O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central e dentre suas respostas excitatórias estão alterações sinápticas envolvidas em tipos de formação de memória. A desregulação de glutamato em excesso desencadeia uma estimulação excessiva e, quando essa estimulação ocorre em receptores NMDA extrassinápticos, resulta em apoptose neuronal. A memantina reduz a velocidade de piora da clínica de pacientes com doença de Alzheimer, melhorando a transmissão dos sinais nervosos e a memória. 2
Os inibidores da acetilcolinesterase aumentam o tempo que a acetilcolina fica na fenda sináptica, melhorando assim o funcionamento cognitivo na doença de Alzheimer. São também chamados de agonistas dos receptores de acetilcolina de ação indireta, pois agem ligando-se e inibindo a acetilcolinesterase, enzima moduladora dos níveis de acetilcolina, concentrada na fenda pós-sináptica, que degrada acetilcolina em colina e ácido acético. 2,4 Os inibidores da acetilcolinesterase disponíveis para tratamento de doença de Alzheimer são tacrina, donepezila, rivastigmina e galantamina.2 A tacrina foi o primeiro inibidor da colinesterase aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), apresenta melhora razoável nos sintomas da doença de Alzheimer e tem como desvantagem principal uma alta hepatotoxicidade. Rivastigmina e galantamina também apresentam efeito terapeutico modesto, sendo que a Rivastigmina afeta também a enzima Butirilcolinesterase, que tem um papel secundário na degradação de acetilcolina e encontra-se principalmente no plasma sanguíneo. 2,4 Galantamina atua também como ligante não potencializador dos receptores nicotínicos. 2 
Estudos verificaram que a os níveis de vitamina D são relevantes para o nível de cognição de pacientes com Alzheimer e outras demências. Pacientes com níveis séricos abaixo do padrão de normalilade tiveram desempenho pior do que os que estavam com níveis adequados.3 Nos pacientes em que a deficiência de vitamina D é diagnosticada, a suplementação é recomendada.1
Mecanismo de ação do tratamento de Esquizofrenia
O uso de terapia medicamentosa é a base do tratamento da esquizofrenia, que resulta em ausência ou atenuação dos sintomas, possibilitando ao paciente que ele se aproxime ao máximo do seu estado pré-mórbido e que possa ter um melhor convívio e inserção na sociedade. Tratamentos não farmacológicos como psicoterapia, também são de suma importância, devido ao fato de que podem haver sintomas residuais. 5,6
O mecânismo de ação dos fármacos usados para tratar psicose se baseia em antagonismo de receptores de dopamina, já que a esquizofrenia é causada por níveis elevados desregulados de dopamina em certas regiões do cérebro e baixos níveis de dopamina em outras regiões.2,6 Também há antagonismo de certos tipos de receptores de serotonina. 5 Acredita-se que os receptores D2 estejam relacionados com a esquizofrenia, pois muitos antipsicóticos tem uma afinidade elevada por esses receptores.2 
Fármacos para tratamento de esquizofrenia são frequentemente referidos como neurolépticos, por causa dos efeitos adversos que geram sintomas de “parkinsonismo” por conta de seu antagonismo de receptores de dopamina na região dos núcleos da base.2,6 Também são referidos como antipsicóticos por aumentarem a organização dos pensamentos e abolirem os sintomas de psicose. Os antipsicóticos são subdivididos em típicos e atípicos. 2 
Antipsicóticos típicos são os mais antigos, bloqueiam a dopamina nos receptores pré e pós sinapticos, tem antagonismo elevado de D2 e baixo antagonismo em receptores de serotonina 5-HT2A. Reduzem os sintomas positivos da Esquizofrenia por conta do seu antagonismo em receptores D2 na região mesolímbica, diminuindo a liberação de dopamina. Não atenuam os sintomas negativos, já que esses sintomas são causados pela baixa atividade da dopamina na região mesocortical. Produzem mais efeitos extrapiramidais do que os atípicos. Também afetam o sistema nervoso autônomo, bloqueando receptores muscarínicos e alfa-adrenoreceptores tipo 1, produzindo efeitos adversos. Para controlar os efeitos adversos de antipsicóticos típicos podem ser feitas associações com medicamentos antiparkinsonianos, medicamentos que diminuem ansiedade, beta-bloqueadores e antihistamínicos.2,5,6 
Antipsicóticos atipicos surgiram depois dos típicos, tem um antagonismo de D2 mais baixo e antagonismo 5-HT2A alto, produzindo menos efeitos extrapiramidais, apresentam melhora dos sintomas negativos e da cognição, que acredita-se ser por causa da liberação de dopamina no córtex pré-frontal consequentemente ao antagonismo de 5-HT2A e bloqueio D2, já que todos antipsicóticos atipicos que foram aprovados pela Food and Drug Administration tem alta afinidade por receptores 5-HT2.2,5 Além disso, sua dissociação dos receptores D2 é mais rápida comparada aos antipsicóticos típicos e verificou-se que há muitos fármacos atípicos que bloqueiam receptor D2 juntamente com D4, o que pode ser um diferencial no seu mecanismo de ação.2
Referências:
1. Weller J, Budson A. Current understanding of Alzheimer’s disease diagnosis and treatment. F1000 Faculty Rev [Internet]. 2018 [citado 2019 nov. 08];7:1-9. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6073093/pdf/f1000research-7-15791.pdf
2. Golan D, Tashjian Jr AH, Armstrong EJ, Armstrong AW. Princípios de Farmacologia – a base fisiopatológica da Farmacologia. 3th ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. p. 119,124,125,126,132,167,179,181,198,200,201,202,203.
3. Eserian JK. Papel da vitamina D no estabelecimento e tratamento de transtornos neuropsiquiátricos. Revista de ciências médicas e biológicas [internet]. 2010 [citado 2019 nov. 08];12(2):234-38. Disponível em:http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/31443/5720810_345331.pdf
4. Araújo CRM, et al. Acetilcolinesterase - AChE: Uma Enzima de Interesse Farmacológico. Revista Virtual de Química [internet]. 2016 [citado em 2019 nov. 08];8(6):1820-24. Disponível em:http://rvq.sbq.org.br/imagebank/pdf/v8n6a04.pdf 
5. Patel KR, et al. Schizophrenia: Overview and Treatment Options. Pharmacy and Therapeutics [internet]. 2014 [citado em 2019 nov. 09];39(9):638-45. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4159061/pdf/ptj3909638.pdf
6. Alves CRR, Silva MTA. A ESQUIZOFRENIA E SEU TRATAMENTO FARMACOLÓGICO. Rev. Estudos de Psicologia [internet]. 2001 [citado em 2019 nov. 09];18(1):12-22. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v18n1/02.pdf

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