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O ENSINO HÍBRIDO NA PRÁTICA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

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O ENSINO HÍBRIDO NA PRÁTICA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA 
 
Soleane Arêba do Carmo Duarte 
soleane.areba@mail.uft.edu.br 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO 
DE MATEMÁTICA 
Universidade Federal do Tocantins 
Rafael Lima de Carvalho 
rafael.lima@uft.edu.br 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO 
DE MATEMÁTICA 
Universidade Federal do Tocantins 
 
Resumo 
 
Em meio às grandes mudanças enfrentadas atualmente, é extremamente 
necessário que o professor se reinvente e faça uso das Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TICs) em suas aulas. Sabe-se que a escolha da 
metodologia influencia diretamente na qualidade da aprendizagem, e que o 
professor deve escolher e planejar suas aulas para atingir um bom resultado. 
Nesse contexto, emerge o Ensino Híbrido ou Blended Learning, como uma 
oportunidade de reformular a maneira de ensinar, possibilitando ao aluno uma 
aprendizagem mais e contextualizada. O presente artigo foi realizado por meio 
de uma pesquisa bibliográfica acerca do Ensino Híbrido e sua aplicação no 
ensino da Matemática. Verifica-se que o Ensino Híbrido possibilita novas formas 
de ensinar e de aprender, o que torna o ensino de Matemática mais atrativo aos 
estudantes. 
 
Palavras-chave: Ensino Híbrido. Educação Matemática. Metodologia Ativa. 
 
1 Introdução 
 
 Sabemos que uma sala de aula não é um ambiente homogêneo, na 
verdade ela é heterogênea, onde cada aluno possui suas particularidades, 
realidades sociais diferentes, culturas diferentes. Por esse motivo é impossível 
que o professor consiga ensinar matemática a todos utilizando uma única 
metodologia. 
 Buscando uma melhor qualidade do ensino, diversas pesquisas vêm 
sendo realizadas com o objetivo de desenvolver aulas mais contextualizadas 
com a realidade e respeitando a individualidade dos estudantes. O ensino 
personalizado segundo Horn e Staker (2015, p.9), é uma “ aprendizagem 
adaptada às necessidades particulares de um determinado estudante”. 
Segundo Baccich, Neto e Trevisani (2015 p. 98): 
 
Personalizar não é traçar um plano de aprendizado para 
cada aluno, mas utilizar todas as ferramentas disponíveis 
para garantir que os estudantes tenham aprendido. Se um 
mailto:paulapalmas@mail.uft.edu.br
mailto:paulapalmas@mail.uft.edu.br
mailto:rafael.lima@uft.edu.br
aluno aprende com um video, outro pode aprender mais 
com uma leitura e um terceiro com resolução de um 
problema – e , de forma mais completa, com todos esses 
recursos combinados. 
 
 Nesse contexto, apresentamos o ensino híbrido como uma alternativa que 
une momentos presenciais e momentos online, com o objetivo de personalizar o 
ensino da Matemática. 
De acordo com Horn e Staker (2015), o Ensino Híbrido possui diferentes 
modelos, que se classificam como modelos disruptivos, o Modelo Flex, o Modelo 
à La Carte, o Modelo Virtual Aprimorado e a Rotação Individual. Neles, o 
processo tradicional da sala de aula é totalmente alterado, há um rompimento; 
já os modelos “sustentados” são: o modelo Rotacional, Rotação por Estações, 
Laboratório Rotacional, Sala de Aula Invertida, que conservam as aulas 
presenciais, e o professor utiliza também atividades on-line. 
O objetivo deste artigo é apresentar uma análise do Ensino Híbrido no 
ensino da Matemática, sob a perspectiva de alguns teóricos, apresentando 
alguns pontos positivos e negativos. Esse levantamento é muito importante para 
que o professor saiba quais passos deve seguir para garantir aos seus alunos 
uma aprendizagem mais personalizada e significativa. 
 
2. Caracterizando o ensino híbrido 
 
 O acesso à internet e as mídias digitais estão cada dia mais presentes em 
nosso dia a dia, promovendo mudança em todas as áreas de nossa vida. A sala 
de aula acompanha essas mudanças, buscando promover um aprendizado mais 
contextualizado com a realidade de seus alunos, que desde muito cedo já têm 
acessos as mais diversas informações encontradas na internet. Segundo Marc 
Prensky (2001, p. 1, esses alunos são denominados “nativos digitais”. 
Com o objetivo de atender à geração que já nasce conectada à internet, 
no final do século XX surgiu o Ensino Híbrido, também conhecido como blended 
learning, uma metodologia ativa que combina o aprendizado on-line e o off-line. 
O Ensino Híbrido foi criado pelos pesquisadores Clayton Christensen e Michael 
B. Horn (2013), que caracterizaram Híbrido como uma possibilidade de 
incorporar os espaços externos à escola, através do uso da tecnologia. 
Para Bacich, Tanzi Neto e Trevisan (2015, p. 52), o Ensino Híbrido é “[…] 
um programa de educação formal no qual um aluno aprende por meio do ensino 
on-line, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, o lugar, o 
modo e/ou o ritmo do estudo, e por meio do ensino presencial, na escola. ” 
De acordo com os autores citados acima (2015), o ensino híbrido, ou 
blended learning, é uma das tendências da Educação do século XXI, pois 
promove uma integração entre o ensino presencial e propostas de ensino on-
line, visando à personalização do ensino. Nesse modelo de ensino, as aulas se 
tornam mais interessantes e atrativas para os alunos, que mudam seu 
posicionamento de mero expectador para coautores de seu aprendizado, 
atuando de forma mais participativa e ativa na construção de seu conhecimento. 
O Ensino Híbrido possui diferentes modelos, classificados por Horn e 
Staker (2015) como modelos “disruptivos” o Modelo Flex, o Modelo à La Carte, 
o Modelo Virtual Aprimorado e Rotação Individual. Nesses modelos, o processo 
tradicional da sala de aula é totalmente alterado, há um rompimento; ainda 
segundo esses autores, tem-se os modelos “sustentados”, que são: o modelo 
Rotacional, Rotação por Estações, Laboratório Rotacional, Sala de Aula 
Invertida, que conservam as aulas presenciais, e o professor utiliza também 
atividades on-line. Os modelos de ensino híbridos podem ser visualizados no 
organograma exibido a seguir, na Figura 1. 
O pesquisador Christensen (2013), através de seus estudos, desenvolveu 
uma metodologia utilizando os modelos sustentados, empregando os recursos 
digitais disponíveis no ambiente escolar, possibilitando, assim, uma forma 
diferente de organizar a sala de aula. 
 
Figura 1 - Organograma do Ensino Híbrido 
 
 
Fonte: Horn e Staker (2015, p.38) 
 
Bacich e Moran (2015) apresentam a abordagem dos Modelos de 
Rotação propostos pelo Instituto Clayton Christensen, segundo a qual os alunos 
devem ser distribuídos em grupos e devem revezar entre eles a realização das 
atividades. Os autores citados propõem de que forma, nos modelos de rotação, 
as salas de aula podem ser organizadas, seguindo, como colocado, o modelo de 
Christensen(2013): 
 
a) Rotação por Estações: organiza-se os alunos em grupos, e cada grupo 
deverá executar uma tarefa, conforme os objetivos propostos pelo 
professor para a aula. No decorrer da atividade, de acordo com as normas 
estabelecidas, os alunos trocam de grupo. O objetivo é que todos façam 
as mesmas tarefas. Um importante passo ressaltado é quanto ao fato de 
que existam momentos colaborativos no decorrer da execução da 
atividade; 
b) Laboratório Rotacional: para execução deste modelo, os alunos devem 
estar no laboratório de informática da escola, pois irão precisar estar 
conectados à internet. Nessa etapa, os alunos que estiverem no 
laboratório de informática trabalharam individualmente, cumprindo as 
tarefas estipuladas pelo professor, que estará com o restante dos alunos, 
executando normalmente sua aula. Como no modelo de Rotação por 
Estações, os alunos fazem revezamento a fim de que todos executem a 
tarefa; 
c) Sala de Aula Invertida: o modelo recebe esse nome, pois os alunos 
deverão, em casa, agir como se estivessem em sala de aula. Assim, irão 
executar, on-line, com o auxílio de leituras e vídeo, as tarefas 
determinadas pelo professor; 
d) Rotação Individual: nesse modelo, cada aluno, individualmente, deve 
resolver as atividadespropostas, no tempo equivalente a 1 (uma) aula. 
Importante enfatizar que não há um roteiro fixo, mas a elaboração de 
passos, elaborados vislumbrando as dificuldades apresentadas por 
aquele aluno, e que deve, na execução da tarefa, resolvê-los no tempo 
determinado. 
 
Importante ressaltar, que cada modelo possui uma metodologia, mas 
todos objetivam a inserção das tecnologias digitais com o intuito de personalizar 
e, claro, melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem. Em razão de não 
proporem uma ruptura com a metodologia de ensino tradicional, os modelos 
sustentados são mais utilizados, havendo apenas a incorporação de atividades 
que devem ser desenvolvidas on-line. 
No momento em que é implementado o Ensino Híbrido, novas 
possibilidade de aprendizagem são criadas, produzindo, em um número maior 
de alunos, um aprendizado significativo e contextualizado com a sua realidade. 
Conforme Bacich e Moran (2015), a utilização de tecnologias digitais no contexto 
escolar propicia diversas possibilidades de realizar trabalhos educacionais mais 
significativos para os alunos. 
 
3 A matemática e o ensino híbrido 
 
De acordo com as leituras realizadas, percebe-se que há uma grande 
necessidade de inovar as metodologias utilizadas nas aulas de Matemática. O 
professor de Matemática deve modificar sua postura diante do aluno, deve ser 
estabelecida uma relação de troca de saberes, onde o aluno deve ocupar papel 
de destaque no processo de ensino-aprendizagem, o professor deve buscar 
novas metodologias para apresentar a disciplina de matemática. 
Uma forma de inovar nas aulas de matemática é utilizar o Ensino Híbrido, 
onde o professor pode trabalhar o conteúdo de forma interativa, utilizando a 
internet como uma aliada. Existem diversas plataformas que o professor pode 
utilizar como ferramenta para melhorar, personalizar o ensino de forma que os 
alunos assimilem melhor os conteúdos. 
 Nesse contexto de inovação, as metodologias ativas são uma alternativa 
de mudança para a prática do professor, privilegiando, como exposto acima, as 
vivências e os conhecimentos prévios dos alunos. Esses por sua vez, participam 
ativamente do processo de aprendizagem, são protagonistas. 
Mas o que caracteriza uma aprendizagem ativa? Na visão de Barbosa e 
Moura (2013, p. 55 apud ROCHA; LEMOS, 2014, p. 2): 
 
[...] aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage 
com o assunto em estudo –ouvindo, falando, perguntando, 
discutindo, fazendo e ensinando –sendo estimulado a 
construir o conhecimento ao invés de recebê-lo de forma 
passiva do professor. Em um ambiente de aprendizagem 
ativa, o professor atua como orientador, supervisor, 
facilitador do processo de aprendizagem, e não apenas 
como fonte única de informação e conhecimento. 
 
Vergara, Hinz e Lopes (2018) desenvolveram, com alunos do 8º ano do 
Ensino Fundamental, uma pesquisa exploratória/descritiva acerca da inserção 
das tecnologias no contexto escolar. O objetivo principal deste estudo foi 
apresentar o Ensino Híbrido como uma possibilidade de promover uma 
aprendizagem relevante na disciplina de matemática no Ensino Fundamental. 
Utilizaram, como suporte, o modelo de Ensino Híbrido Laboratório Rotacional, já 
exposto anteriormente neste artigo, aliado à Plataforma Educacional Khan 
Academy. A coleta de dados foi realizada com a utilização de questionários, com 
base no Modelo de Aceitação Tecnológica (TAM - Technology Acceptance 
Model), que deveriam ser respondidos por alunos, professores e gestores da 
escola. 
A pesquisa sobre a percepção dos entrevistados teve como resultados: 
60% dos participantes concordam que as aulas com o uso de tecnologias são 
mais atraentes; 60% dos entrevistados acreditam que a utilização do laboratório 
rotacional deixa a aula mais dinâmica; 66,7% afirmaram que o planejamento do 
professor é fundamental para conduzir uma aula com apoio das tecnologias; e 
para 66,7% dos participantes, o uso do laboratório rotacional, em conjunto com 
a Plataforma Khan Academy, facilita o trabalho docente. 
Também foi possível apreender, ainda no que se refere ao estudo 
mencionado acima, que o interesse dos alunos nas aulas em que há a utilização 
de inovações tecnológicas conta com uma maior participação dos alunos; 
portanto, sugere-se que o professor abandone o modo antigo de ministrar aula 
e busque informações que o auxiliem no planejamento de aulas inovadoras, que 
despertem e que contribuam para o desenvolvimento integral de seus alunos. 
Guimarães e Junqueira (2020) apresentaram os resultados de uma 
experiência realizada sobre a ótica da metodologia ativa Ensino Híbrido, em que 
foi utilizada a modalidade Rotação por Estações, também já caracterizada 
anteriormente. O ambiente pesquisado foi uma turma do 9º ano do Ensino 
Fundamental, composta por 18 estudantes, de uma Escola Estadual do Estado 
do Rio Grande do Sul. Esse artigo foi desenvolvido utilizando como abordagem 
a pesquisa qualitativa, desenvolvida em uma proposta de pesquisa de 
intervenção pedagógica sobre a construção de conhecimento integral de 
equações do 2º grau. No total, foram necessárias 6 aulas para a realização 
completa da pesquisa; em cada aula, os estudantes encontravam um cenário e 
tinham que responder questões relacionadas a esse cenário. 
Ao final do estudo, foi possível perceber que os alunos conseguiram 
vislumbrar a aplicabilidade do conteúdo à sua realidade. Os diferentes cenários 
encontrados no modelo Rotação por Estação contribuíram para que o 
envolvimento dos estudantes fosse maior, em todos os aspectos, como por 
exemplo na resolução das atividades propostas e na construção de relações 
pessoais. A pesquisa demonstrou, também, o grande potencial dessa 
modalidade na reconstrução das salas de aulas, das metodologias, na 
implementação das novas tecnologias disponíveis no mercado, em que o 
professor contribui ativamente na construção de conhecimentos significativos de 
seus alunos, preparando-os efetivamente para a vida em sociedade. 
Andrade e Souza (2016), num estudo bibliográfico sobre o Ensino Híbrido 
com a utilização de dois de seus modelos: a Rotação por Estações e a Sala 
Invertida, modelos já apresentados anteriormente, relataram a experiência 
desenvolvida na Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof.ª Coraly de 
Souza Freire, localizada em Salto Grande, no interior de São Paulo, com alunos 
do 4º ano do Ensino Fundamental. O conteúdo trabalhado no desenvolvimento 
da pesquisa foi a leitura das horas em relógios analógicos. Na execução, a sala 
de aula foi distribuída em três estações, e o trabalho em cada estação durou no 
máximo 20 minutos. Os alunos utilizaram a plataforma Khan Academy para 
trabalhar a tabuada do 5. Com a utilização do modelo Rotação por Estações, 
houve um aumento da aprendizagem individual, bem como da colaborativa, ou 
seja, aquela desenvolvida no grupo como um todo, proporcionando aos alunos 
e ao professor novas formas de aprender e ensinar. 
A humanidade vive em um constante processo de evolução, e nas últimas 
décadas, ocorreu de forma mais acentuada. Porém, infelizmente, o que 
observamos é que a educação não acompanha todo esse processo evolutivo. 
Como afirma Novais (2001), existe um descompasso entre a escola e o mundo 
exterior, nos recursos didáticos disponíveis, na maneira de organizar-se como 
instituição e de lidar com o currículo escolar. Lamentavelmente, ainda há um 
grande número de instituições de ensino que adota um modelo de ensino 
tradicional, engessado, no qual o professor se preocupa mais com a 
transferência de conteúdos para o aluno do que com a formação integral deles. 
Faz-se necessário que as instituições de ensino, e os professores, que 
são aqueles que estão à frente do processo de ensino-aprendizagem, repensem 
seu papel de transferidor de conteúdo, mudando-o para uma visão de facilitador 
da aprendizagem. Assim sendo, o professordeve apropriar-se dos recursos 
tecnológicos disponíveis, a fim de desenvolver novas metodologias de ensino, 
com foco numa aprendizagem significativa e ativa do aluno. 
Desse modo, é de se esperar que a escola tenha que “se reinventar, se 
desejar sobreviver como instituição educacional. É essencial que o professor se 
aproprie de gama de saberes advindos com a presença das tecnologias digitais 
da informação e da comunicação para que estes possam ser sistematizados em 
sua prática”. (SOUSA; MOITA; CARVALHO, 2011, p. 20). 
 
4 Considerações finais 
 
 Há uma grande necessidade de inovar as metodologias utilizadas nas 
aulas de Matemática, a fim de conseguir melhorar a aprendizagem dos alunos, 
e que ela seja realmente significativa. O modo como o professor se relaciona 
com seus alunos deve ser alterado, o aluno deve ser colocado em destaque, 
seus conhecimentos prévios devem ser valorizados e ele deve ser o protagonista 
no processo de aprendizagem. 
 Dado ao exposto, como foi explanado neste artigo, verifica-se que o 
professor possui um papel de destaque ao decidir utilizar o Ensino Híbrido na 
sua prática de ensino da Matemática, necessitando que toda a sua prática seja 
revista, reinventada, o que de certa forma demanda tempo e dedicação. Como 
visto, somente com aulas bem planejadas será alcançado um resultado 
satisfatório no processo de ensino-aprendizagem. 
 
 
Referências 
 
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estações de trabalho e sala de aula invertida. E-Tech: Tecnologias para 
Competitividade Industrial.v. 9, n. 1, p. 03-16. Florianópolis: SENAI, 2016. 
 
BACICH, L; TANZI N. A; TREVISANI, F. (org). Ensino Híbrido: personalização e 
Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015. 
 
BACICH, L.; MORAN, J. M. Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. 
Revista Pátio, n. 25, p. 45-47, jun. 2015. Disponível em: 
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2015/07/hibrida.pdf. Acesso 
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CHRISTENSEN, C.; HORN, M. & STAKER, H. Ensino Híbrido: uma Inovação 
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em: http://porvir.org/wpcontent/uploads/2014/08/PT_Is-K-12-blended-learning-
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GUIMARÃES, Débora Sudatti; JUNQUEIRA, Sônia Maria da Silva. Rotação por 
estações no trabalho com equações do 2º grau: uma experiência na perspectiva 
do ensino híbrido Educação Matemática Pesquisa : Revista do Programa de 
Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, [S.l.], v. 22, n. 1, jan. 
2020. ISSN 1983-3156. Disponível em: 
<https://revistas.pucsp.br/emp/article/view/42253>. Acesso em: 06 ago. 2020. 
doi:https://doi.org/10.23925/1983-3156.2020v22i1p708-730. 
https://revistas.pucsp.br/emp/article/view/42253
https://doi.org/10.23925/1983-3156.2020v22i1p708-730
 
HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: usando a inovação disruptiva para 
aprimorar a educação. Tradução: Maria Cristina Gularte Monteiro. Porto Alegre: 
Penso, 2015. 
 
NOVAIS, Vera Lúcia Duarte de. As novas Tecnologias e sua expressiva 
contribuição para o Ensino das Ciências no Ensino Médio. Boletim do Salto 
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20Digital%20Natives,%20Digital%20Immigrants%20-%20Part1.pdf> 
 
ROCHA, H. M.; LEMOS, W. M. Metodologias ativas: do que estamos falando? 
Base conceitual e relato de pesquisa em andamento. IX SIMPED - Simpósio 
Pedagógico e Pesquisas em Comunicação, 2014. 
 
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Thema, 15(3), 885-904. https://doi.org/10.15536/thema.15.2018.885-904.96

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