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Direito Tributário Micheli Holzschuh Instagram: @studylaw0 Direito e Processo Tributário Fisco contribuinte Sistema de Pirâmide 1º. CF autorização Limitação princípios Imunidade 2º. Lei Complementar – normas gerais CTN LC 116/03 (ISS) LC 87/96 (ICMS) 3º. Lei Ordinária – instituir 4º. Atos Normativos – regulamentar fiscalização tributos Cobrança Material Espacial – momento da ocorrência – legislação aplicada Territorial – local da ocorrência Pessoal – quem é o contribuinte (quem paga/contribui) e quem é o responsável tributário (quem faz a retenção do FISCO) Quantitativo – quanto vou pagar Principal – pagar o tributo Acessória – fazer/não fazer – declarar o tributo Caso não declare, há o pagamento de multa (gera obrigação principal) Relação tributária (LEI) hipótese de matriz de indicência fato gerador do tributo obrigação tributária crédito tributário inscrição em dívida ativa execução fiscal CF LC LO AN Constituir lançamento fiscal homologação (IR + ICMS, etc) Declaração (ITBI + ITCMI, etc) Ofício direto Substituição a) Homologação – auto lançamento do imposto O FISCO tem 5 anos para rever o lançamento b) Declaração – ação em conjunto entre contribuinte e FISCO c) Ofício Direto – o FISCO faz toda a declaração sozinho e o contribuinte apenas paga Substituição – auto de infração (administrativo) Não declarar/sonegar imposto – multa acresce em 150% (máxima) – mínima 75% - e configura ação penal 1. Pagar – extingue 2. Parcelar – suspende (SELIC) a exigibilidade do crédito 3. Impugnar (auto de infração) – suspense (SELIC) a exigibilidade do crédito crédito administrativo tributário 4. Não fazer nada – cobrança segue e vai para o âmbito de Procuradoria da Fazenda Nacional (cobrança judicial) Decadência – 5 anos – art. 173 Constituir crédito – FISCO Dívida Ativa – título executivo extrajudicial Acréscimo de certidão de dívida ativa 20% Prescrição – 5 anos Art. 172, CTN I. Conceito de tributo Prestação pecuniária Prestação compulsória (independe de vontade) Não constitui sanção por ato ilícito ( multa) Instituído pela lei (princípio da legalidade) Cobrança administrativa vinculada (não discricionária) II. Espécies tributárias a) Impostos FG – riqueza do contribuinte renda Mercadoria Serviço Propriedade Não vinculado a atividade estatal – princípio da não afetação b) Taxas Atividade estatal poder de polícia [polícia administrativa] (fiscalização) Serviço público específico (unidade autônoma) Divisível (usuário isolado) Efetivo ou potencial – mesmo que não utilize Produto de arrecadação – destinação específica Base de cálculo – vinculada ao custo de atividade (Súmula 595, STF) Taxa preço público (tarifa) Obrigação contratual (não é tributo) c) Contribuição de melhoria Obra pública – resulte – valorização da propriedade (bem imóvel) Finalidade – custear obra limite total – valor da obra Limite individual – valor acrescido Instituição – lei ordinária específica BC – Valorização do imóvel X Alíquota d) Empréstimo compulsório Ingresso de recurso temporário – obrigação de restituir Hipóteses defesa extraordinária calamidade pública Guerra externa (declarada/iminente) Após esgotados os cofres públicos (exceção do princípio da anterioridade) Instituição – Lei Complementar e) Contribuições Especiais Atuação estatal específica – Geral (fins sociais) Não divisível – Grupo 1) contribuições sociais seguridade social Sociais gerais (ex.: terceiros) Instituída pela União 2) contribuições de intervenção de domínio econômico (CIDE) Instituída pela União – não sujeita a divisão de receitas Função extrafiscal – intervenção econômica Atuação estatal de iniciativa privada corrigir distorções Promover objetivos Custear atuação de interesse de categorias profissionais ou econômicas 3) contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas Instituída pela União Contribuições profissionais ou cooperativas conselho de fiscalização Sindicais (extintas com a reforma trabalhista) 4) contribuição de iluminação pública (EC 39/02) Instituída pelos Municípios e Distrito Federal Custear serviço de iluminação pública Recursos – defesas instalação não investimento em melhoria Manutenção III. Classificação do tributo 1. Quanto ao sujeito Fiscal: cobrado pelo ente federativo Parafiscal: cobrado pelas outras entidades 2. Quanto a finalidade Fiscal: finalidade de arrecadar Extrafiscal: estimular/desestimular determinada conduta 3. Quanto ao fato gerador Pessoal: recai sobre pessoas (rendimentos) – capacidade contributiva Real: recai sobre a coisa (bem) 4. Quando ao ônus econômico Direto: suportado pelo contribuinte (de fato e de direito) Indireto: suportado pelo terceiro (consumidor) Obs.: repetição de indébito – de fato - tem legitimidade – o ônus sai do seu bolso, suporta diretamente - de direito – prova que assumiu o ônus - autorização de terceiro 5. Quanto à Base de Cálculo Fixo: independe de direção econômica de base de cálculo Variável: percentual sobre a base de cálculo 6. Outras classificações Progressivo: no tempo ou em razão da renda Seletivo: onerar bens menos essenciais; desonerar bens mais essenciais Monofásico: tributação concentrada em única etapa Plurifásico: incide em todas as etapas Cumulativo: incide em todas as etapas – sem direito a crédito Não cumulativo: incide em todas as etapas – com direito a crédito IV. Repartição de Competência Aptidão para instituir tributos Capacidade: aptidão para fiscalizar e cobrar Modalidades: Privativa: exclusiva de cada ente Residual: é competência da União criar novos impostos/contribuições - Vedação ao bis in idem - Não cumulativo Obs.: regime específico Lei complementar + não cumulatividade + vedação ao bis in idem (o mesmo ente tributando 2 vezes o mesmo fato gerador) / bitributação (2 entes distintos tributando o mesmo fato gerador) Comum: todos os entes Partilha de competência1. Impostos União: II + IE + IR + IPI + IOF + ITR + IGF Estados: ITCMD + ICMS + IPVA Municípios: ISSQN + ITBI + IPTV Taxas Contribuição de melhoria Empréstimo compulsório Contribuições especiais Intervenção domínio econômico Categorias profissionais Sociais Imposto extraordinário de guerra (admite bis in idem e bitributação) Iluminação pública Município/DF Obs.: contribuições sociais competência dos Estados, Municípios e DF Servidores – custear previdência própria Especial: Empréstimo compulsório Competência residual IGF Geral (regra) – instituição por lei ordinária Competência – indelegável Capacidade - delegável Competência comum União Lei Complementar V. Limitações do poder de tributar a) Princípios 1. Princípio da Legalidade Art. 150, I, CF e art. 97, I e II, CTN Somente lei pode instituir/majorar tributos Definir o Fato Gerador / sujeito passivo Fixar alíquota / Base de Cálculo Cominação de penalidades Vinculado com o Princípio da Segurança Jurídica Hipóteses: Exclusão Suspensão Extinção Dispensa / redução de penalidade Equipara-se a majoração Modificação da Base de Cálculo (onerosidade) Não é majoração atualização monetária da Base de Cálculo Exceção do princípio previsão constitucional (extrafiscalidade) Admite-se Medida Provisória para majoração salvo reserva de Lei Complementar 2. Princípio da Anterioridade Publicação da lei do tributo Sempre o maior prazo Anual veda exigir tributo de mesmo exercício Nonagesimal veda exigir tributos antes de 90 dias Equipara-se a instituição/majoração (exceção): CT - Cumulativo - Maior prazo Definir novas Hipóteses de Incidência Extinção / redução de isenções 3. Princípio da Irretroatividade da Lei Lei institui/majora aplicação para fatos geradores futuros 4. Princípio da Isonomia Veda tratamento desigual para iguais Obs.: ME / EPP 5. Princípio da capacidade contributiva Sempre que possível – tributos serão graduados de acordo com a capacidade contributiva Depende: Característica do tributo Finalidade Ex.: progressividade do IR 6. Princípio da Vedação ao Confisco Anular riqueza privada Não há limitação – considera-se razoável 7. Princípio da Liberdade de Tráfego Vedado a limitação do tráfego – bens/pessoas Tributos – interestaduais - intermunicipais Ressalvada cobrança de pedágio – conservação de vias Se for exceção às duas, é exigência imediata b) Imunidades Tributárias (impostos) Imunidade: Regras constitucionais – previsão constitucional Atinge a competência - aptidão de instituir Isenção: Previsão infraconstitucional Atinge a capacidade - aptidão de fiscalizar e cobrar Não incidência: fato que não se enquadra em hipótese de incidência 1. Imunidade recíproca Impede que entes políticos cobrem impostos uns dos outros + autarquias + fundações (INSS, INGRA, Conselho Profissional) Obs.: Empresas públicas Sociedade de economia mista Ex.: infraero (RE. 363412) e CODESP (RE. 265749) – conseguiram no STF o reconhecimento da imunidade recíproca 2. Imunidade de templos de qualquer culto Abrange diversas formas de expressão religiosa Obs.: Imóvel de residência/escritório de padres e pastores (RE. 2213958) Cemitérios (RE. 578562) Festividades e comercialização de produtos religiosos 3. Imunidade de partidos políticos, sindicatos dos trabalhadores e instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos - prestam serviço público típico - regime de monopólio - sem concorrência do setor privado Requisitos: Não distribuir lucros a qualquer título Aplicar recursos no país Manter escrituração contábil em dia Obs.: Súmula nº 724, STF – renda de aluguéis – destinação (atividades correlatas / fins essenciais) Assistência social: Imunidade de contribuições sociais – art. 195, §7º, CF Requisitos – lei 12.101/09 (inconstitucional para o STF) e art. 14, CTN 4. Imunidade de livros, jornais, periódicos e papel para sua impressão Imunidade objetiva – da coisa (não da pessoa) Extensão da imunidade – meio magnético e eletrônico (CD-ROM / e- books) Súmula nº 657, STF – imunidade abrange insumos (não maquinário) 5. Imunidade de fonogramas e vídeogramas musicais – EC 75/13 CD, DVD e Blu-ray – indústria nacional VI. Fontes do Direito Tributário 1. Constituição Federal Sistema tributário nacional Regra-matriz de incidência Classificação dos tributos Repartição de competências Limitações para poder tributar Art. 14, CTN 2. Lei Complementar Limita a competência de cada ente (ex.: ISSQN) Requisitos da imunidade tributária – art. 14, CTN Normas gerais (uniformização entre os entes federativos): Definição de tributo e suas espécies Fato Gerador, Base de Cálculo e contribuintes Obrigação Tributária, lançamento tributário, crédito tributário, prescrição e decadência Ato Cooperativo (desoneração) – ato entre associado e cooperativa Tratamento diferenciado para ME/EPP (LC 123/06) 3. Lei Ordinária Tudo que não compete a Lei Complementar Instituir tributos Isenções + obrigações acessórias 4. Medida Provisória Caráter extraordinário (relevância e urgência) Competência do Presidente da República Efeito de lei: Prazo de 60 dias (prorrogável por igual período) Só pode dispor sobre matéria de lei ordinária, jamais sobre matéria de lei complementar 5. Tratados Internacionais Internalização – integra a legislação tributária Garantias fundamentais – força constitucional Políticas de comércio exterior – força de lei especial Obs.: Presidente da República – chefe de Estado – tratado pode atingir a competência dos Estados/Municípios 6. Convênios Acordo entre entes Modalidades: Cooperação – permuta de informações (fiscalização) Subordinação – condiciona a validade de norma estadual 7. Decretos do Poder Executivo Presidente, governadores, prefeitos Não pode criar ou restringir direitos Regulamentar conteúdo de leis (operacionalizar, tornar efetiva a lei): Ato infralegal Respeitar o conteúdo e alcance da lei Ex.: RICMS, RIR Altera alíquotas – exceções ao princípio da legalidade Matérias não reservadas em lei – obrigações acessórias, atualização de Base de Cálculo, definição de vencimento de tributos 8. Atos do Poder Legislativo Resoluções – Congresso Nacional (Ex.: resoluções do Senado – alíquotas) Decretos Legislativos Aprovação de tratados internacionais Efeitos da Medida Provisória não convertida em lei 9. Atos administrativos normativos Expedidos pela administração pública Normas de cunho: Instrumental/operacional Orientar órgãos públicos acerca da interpretação/aplicação de leis Vinculado em lei – não pode inovar VII. Legislação Tributária 1. Vigência: 45 dias da publicação da lei (salvo disposição em contrário) Cláusula de vigência imediata Regras especiais: Atos administrativos – data da publicação da lei Decisões administrativas – 30 dias da publicação da lei Convênios – data nele prevista Obs.: princípio da anterioridade 2. Aplicação Fatos geradores futuros e pendentes (ex.: IR) Aplica-se a lei vigente no momento do fato gerador Aplicação retroativa: Interpretativa Deixar de definir ato como infração Implicar em penalidade menos severa 3. Interpretação Lacuna de lei – analogia, princípio do direito tributário e direito público, equidade Obs.: a lei tributária não pode alterar definição, conteúdo, alcance e conteúdos de direito privado Interpretação literal: Suspensão (art. 156, CTN) e exclusão do Crédito Tributário (remissão e isenção) – art. 158, CTN Outorga isenção Dispensa o cumprimento de obrigações acessórias Interpretação benigna: define infração e comina penalidade a) Hipótese de incidência: norma descreve o fato b) Obrigação tributária: Principal – conteúdo pecuniário: Pagamento de tributo Pagamento de pena pecuniária Acessórias: Prestações positivas ou negativas Descumprimento – multa Pessoas imunes/isentas – devem cumprir 1. Sujeito ativo – art. 119, CTN Titular do direito de cobrar (capacidade tributária) Obs.: Parafiscalidade Delegação Sujeito ativo destinatário de arrecadação (ex.: Simples Nacional) Pessoa jurídica de direito público desmembrada - Sub-roga do direito - Legislação anterior até ter sua 2. Sujeito passivo – art. 121 Devedor da obrigação tributária Contribuinte – participa diretamente do fato gerador Responsável tributário – terceiro – condição decorre da lei Obs.: convenções particulares – inoponíveis ao FISCO – o próprio contribuinte paga os tributos ao FISCO 3. Capacidade tributária – art. 126 Aptidão para ser sujeito passivo da Obrigação Tributária Independe de: Capacidade civil Estar gozando de capacidade civil plena Sociedade em comum 4. Domicílio tributário – art. 127 Regra geral – contribuinte elege Obs.: FISCO pode desconsiderar – dificulta – fiscalização/arrecadação Regras especiais (falta do domicílio de eleição) Pessoa natural: - Residência habitual - Centro habitual de atividades (na falta da residência) Pessoa jurídica de direito privado/empresa individual: - Matriz (IRPJ / CSLL / PIS / COFINS) - Cada estabelecimento (ISS / IPI / ICMS) Pessoa jurídica de direito público – qualquer das suas repartições c) Fato gerador: ocorrência de fato descrito em norma Elementos: Aspecto material (fato gerador) Aspecto espacial (território de ocorrência do fato gerador) Aspecto temporal (momento da ocorrência do fato gerador) Aspecto pessoal (sujeito ativo e passivo) Aspecto quantitativo (base de cálculo x alíquota) Classificação: Instantâneo – realiza em momento único (ex.: ICMS) Periódico – realiza em determinado espaço de tempo (ex.: IR) Continuado – projeta ao longo do tempo (ex.: IPTU) VIII. Momento da ocorrência do Fato Gerador Regra geral: lei instituidora define Regra especial - lei omissa: Situação de fato – quando ocorrido o aspecto material (ex.: ICMS) Situação de direito – quando definitivamente constituída (ex.: ITCMD) Obs.: ato/negócio jurídico são sujeitos a condição: Suspensiva: quando implementada a condição Resolutória: desde a prática do ato/negócio jurídico – ocorre o fato gerador Planejamento tributário: Evasão fiscal – conduta ilícita - sonegação fiscal – fraude. Utilização de meios ilícitos para retardar, diminuir ou deixar de pagar tributos – incide Norma Antielisão Elisão fiscal - conduta lícita – economia tributária. Ato omissivo ou comissivo do contribuinte de adotar um conjunto de medidas puramente lícitas, com o escopo de evitar, diminuir ou retardar o pagamento de um tributo Elisão fiscal abusiva ou elusão fiscal – simulação de determinado negócio jurídico com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador, utilizando meios artificiosos e atípicos para não pagar tributos. Não é exatamente ilícita – incide Norma Antielisão Norma antielisão – art. 116, p. único, CTN – É aquela que permite ao FISCO desconsiderar condutas elisivas praticadas pelos contribuintes com o objetivo de economizar tributo, lançando-o tal como seria devido caso não verificada a elisão fiscal. Aplica-se em: a) fraude à lei b) simulação c) abuso de direito d) abuso de forma e) negócio jurídico indireto f) falta de propósito negocial Princípio do Non Olet: Fato gerador independe da validade do ato e dos efeitos dos fatos ocorridos Independente da origem do recurso, tem que pagar os tributos igualmente IX. Responsabilidade Tributária 1. Responsabilidade Solidária – art. 124, CTN Hipóteses: Interesse comum em situação que constitui o fato gerador Previsto em lei (ex.: INSS de obra) Efeitos: Pagamento por um aproveita os demais Isenção ou remissão do crédito (salvo se for pessoal) Interrupção da prescrição (aproveita as demais) - Em favor (repetição de indébito) - Contra (cobrança) 2. Responsabilidade por sucessão Art. 131, CNT – são pessoalmente responsáveis: Adquirente ou remetente – tributos dos bens Sucessor e cônjuge meeiro: o Tributos devidos do de cujos: - Até a partilha ou adjudicação - Até o limite que recebeu Espólio – tributos devidos do de cujos – até a abertura da sucessão Art. 132, CTN – responde pessoalmente (operações societárias): Pessoa jurídica de direito privado resultar em – fusão, cisão, transformação, incorporação Art. 133, CTN: Responsabilidade do adquirente (continuar atividade) – fundo de comércio e estabelecimento empresarial Responsabilidade: - Integral – quando o alienante cessar a atividade - Subsidiária – quando o alienante continuar a atividade (mesma ou outra) - Não há responsabilidade na falência – art. 60, p. único, lei 11.101 3. Responsabilidade de terceiro Art. 134, CTN – responsabilidade subsidiária – ação ou omissão Pais – tributos devidos pelos filhos menores Tutores/curadores – tributos devidos pelos tutelados/curatelados Administração de bens de terceiro – tributos devidos pelos terceiros Inventariante - tributos devidos pelo espólio Administração judicial - tributos devidos pelos tributos em massa falida/devedor Tabelião - tributos devidos pelos atos praticados Sócios – liquidação de sociedade Art. 135, CTN – responsabilidade pessoal (sócios) Ato praticado com: - Excesso de poder - Infração – lei, contrato social ou estatuto Pessoas referidas acima Mandatários, preposto, empregados Diretores, gerentes, representantes Obs.: Súmula 430/STJ – mero inadimplemento; Súmula 435/STJ – dissolução irregular X. Lançamento Fiscal Competência privativa de autoridade administrativa – ato administrativo vinculado Constitui crédito tributário Conjunto de atos: Verificar a ocorrência do Fato Gerador (fato-incidência) Determinar matéria tributável (aspecto material) Calcular tributo devido (aspecto quantitativo) Pessoa jurídica de direito privado Identificar sujeito passivo – contribuinte e responsável Impor penalidades: - Juros de mora (SELIC) + multa de mora (até 20%) - Multa de ofício (75% ou150%) – omissão/fraude - Multa isolada – descumpre obrigação acessória Modalidades: a) Lançamento por declaração Participação – FISCO + contribuinte – presta informações Verifica informações – efetiva lançamento Ex.: ITBI, ITCMD b) Lançamento por homologação (auto lançamento) Participação – contribuinte apura e paga – o contribuinte faz tudo e o FISCO apenas homologa O crédito tributário já está constituído - FISCO – homologa – expressa ou tácita (5 anos do fato gerador) Súmula 436/STJ – declaração do contribuinte (auto lançamento) c) Lançamento de ofício Direto – participação exclusiva do FISCO (ex.: IPTU, IPVA) Substituição: - Revisão de outra modalidade de lançamento - Auto de infração – omissão/fraude – infração propriamente dita Obs.: notificação – condução de eficácia - Lançamento por arbitramento ou aferição indireta Excepcional e subsidiário – - Inalterabilidade de lançamento Salvo – impugnação do sujeito passivo; recurso de ofício pelo próprio FISCO ou revisão de ofício pelo FISCO Inexiste elementos para apurar a base de cálculo - Utilização de indícios ou presunções legais Só se admite a revisão em hipótese de erro - Mudança de critério jurídico – não autoriza revisão de lançamento XI. Suspensão do Crédito Tributário Art. 151 Quando se fala em regularidade fiscal, se pensa na existência de débito ou não. Se tiver débitos ele emite certidão positiva e se não tiver será uma certidão negativa. Mas, há casos em que pode se ter débito, mas, este está com a exigibilidade suspensa, quer dizer que o FISCO é credor, mas, não pode exigir o débito. Certidão positiva com efeitos de negativa: Há regularidade fiscal, em que se pode fazer, inclusive, empréstimos em banco. Em que há a dívida, mas que não pode ser exigida pelo FISCO (ou porque o débito está parcelado, ou está sendo impugnado administrativamente, ou porque há discussão judicial e obteve-se uma liminar, ou uma tutela de urgência), ou seja fica suspensa a exigibilidade, visto que está parcelada ou com alguma discussão judicial porque o débito não é devido. Certidão negativa: não tem débito nenhum. XII. Hipóteses de suspensão da exigibilidade 1. Moratória Os tributos possuem uma data específica para seu vencimento, se não pagar entrará em mora. No entanto, lei específica pode prorrogar esse prazo de vencimento, ou seja, se tem aqui uma MORATÓRIA postergando o prazo de vencimento, que pode ser parcelado ou não. Moratória é gênero e parcelamento é espécie Sempre quando se tratar de moratória ou parcelamento deve ser por meio de Lei Ordinária, porque é direito indisponível Ex.: PERT., Refis (programas de parcelamento, com finalidade de arrecadar). 2. Parcelamento Quando postergado o prazo de uma moratória, há a possibilidade de parcelar o pagamento. Normalmente esses programas de parcelamento exigem uma CONFISSÃO DE DÍVIDA, ou seja, ao parcelar se há a confissão da dívida, e, ainda a renúncia da DISCUSSÃO JUDICIAL, ou seja, como se a dívida toda fosse líquida e certa, mesmo que tenha algo indevido. Se renuncia para poder se beneficiar do parcelamento. As matérias de fato não podem mais ser discutidas, mas as matérias de direito com a prescrição podem-se discutir depois. Quando se fala em dívida, a confissão é irrevogável e irretratável Depois de constituído o crédito tributário pelo lançamento se tem 3 opções: Pagar: extingue o credito tributário Parcelar: suspende o crédito tributário enquanto perdurar o parcelamento Impugnar administrativamente os autos de infração: enquanto perdurar essa impugnação fica a exigibilidade suspensa. A utilização da via judicial, automaticamente enseja renuncia à utilização da via administrativa. O prazo é de 30 dias para pagar, parcelar ou impugnar 3. Impugnação É quando envolve auto de infração, lançamento fiscal de oficio, quando o FISCO vai lá e autua, é possível ir lá e discutir É a 1ª Instância administrativa RECURSO ADMINISTRATIVO seria a 2ª Instância administrativa (nesses casos o FISCO não pode cobrar, suspende) Decreto 70.235/72 - enquanto perdurar a discussão do débito, suspensa estará a exigibilidade até a decisão final 4. Liminar e antecipação de Tutela Cabe em sede de mandado de segurança ou de procedimento comum ordinário Sempre que se tiver uma discussão judicial independentemente da modalidade, se pode obter uma decisão liminar, ou no curso do processo suspendendo a exigibilidade do Crédito Tributário, com antecipação de tutela, mas depende do preenchimento dos requisitos desta. Ressarcimento por deslocamento é pelo dano que a pessoa sofre, não há acréscimo patrimonial e por isso não incide IR. É recomposição patrimonial. 5. Depósito do montante integral - Súmula 112 STJ Última hipótese de suspensão do CT. Se o FISCO está cobrando R$100 mil, o contribuinte efetua o pagamento integral, demostrando sua boa-fé. Se perder, esse valor converte para a União, se ganhar, leva o dinheiro com todas as correções. XIII. Modalidade de extinção do Crédito Tributário 1. Pagamento Há a possibilidade de pedir a Repetição de Indébito, caso haja pagamento errado ao FISCO, podendo ser pela via administrativa ou judicial, e se pode buscar tudo que foi pago indevidamente nos últimos 5 anos, sempre contando do dia do pagamento indevido, porque há um prazo decadencial além disso. O pedido administrativo não interrompe esse prazo decadencial de 5 anos para repetir o indébito. OBS: Há um prazo de 2 anos para anular a decisão administrativa, onde o FISCO decidirá de novo. Esse prazo é pouco usado porque, se negou a decisão administrativa, vai para a judicial. Há a questão de legitimidade, onde há o contribuinte de fato (suporta o ônus) e o contribuinte de direito (tem autorização de 3º para a contribuição). Muitas vezes é a mesma pessoa, mas quem tem legitimidade para buscar a repetição é o contribuinte de fato, porque ele suportou o ônus 2. Compensação A pessoa é devedora e credora do FISCO. Ex.: há um IR a restituir, e há um ganho de capital, sendo assim, se pode fazer uma compensação, um acerto de contas. Quando o crédito tributário é pessoal, há mais facilidade na busca da compensação, porém, quando é crédito de terceiros, este só pode ser buscado se a lei permitir. Existe uma lei estadual que está autorizando a troca de precatórios para pagar débitos antigos, mas vale apenas 50% do valor dos precatórios Em regra, o crédito deve ser de mesma espécie e não pode ser de terceiros Somente pode haver a compensação com o trânsito em julgado 3. Decadência Aqui decai o direito de constituir o crédito tributário, o direito de lançar Ocorre antes da constituição do crédito tributário Regra geral – art. 173 – todas as modalidades de lançamento Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Regra especial – art. 150, §4º - lançamento por homologação §4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Pagamento a menor: quando há sonegação de imposto ou lançamento a menor, o FISCO, contado do 1º dia do exercício seguinte ao do lançamento, tem 5 anos para cobrar o imposto não lançado ou o restante do pagamento. Caso não o faça no prazo, perde o direito de cobrança Lançamento a menor: o contribuinte, entendendo que sua tributação é de determinado valor, faz o autolançamento de valor menor que o da a alíquota. Neste caso, o contribuinte não tem intenção de sonegar imposto, apenas comete um erro quanto ao valor do crédito tributário. Não há intenção de fraude. O FISCO tem 5 anos para cobrar o crédito remanescente, sob pena de decadência 4.Prescrição – art. 174 Atinge a pretensão da cobrança do crédito tributário Ocorre depois de constituído o crédito A pretensão de cobrança prescreve em 5 anos contados da data da sua constituição definitiva Hipóteses da suspensão da prescrição – art. 151: Moratória Depósito do montante integral Reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo Concessão de medida liminar em mandado de segurança Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial Parcelamento Hipóteses de interrupção da prescrição – art. 174, p. único: Despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal Protesto judicial Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor Qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor Prescrição intercorrente – art. 40, LEF Art. 40. O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição. 5. Remissão Perdão do débito (tributo) Lei específica XIV. Exclusão do Crédito Tributário Art. 175 – Anistia e Isenção A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente – art. 175, p. único Isenção – art. 176 Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. - Norma infraconstitucional que exclui o crédito tributário, impedindo a incidência da norma de tributação. Para tanto, deverá ocorrer antes da prática do fato gerador. É a retirada, mediante lei, da possibilidade de tributar Anistia – art. 180 Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas - Hipótese de exclusão do crédito tributário, na qual o crédito já foi constituído e houve o inadimplemento por parte do contribuinte, cuja consequência é a imputação de multa. A anistia consiste, exatamente, na feitura de lei posterior com a finalidade de perdoar a multa XV. Competência Constitucional Tributária Conceito: é a parcela de poder conferida pela Constituição Federal a cada ente político para a instituição de tributos A Constituição Federal não criou tributos, apenas discriminou competências tributárias aos entes políticos – delimitou o espaço de atuação legislativa dos entes políticos para a instituição de tributos A discriminação das rendas é rígida e tem por objetivos: Impedir a bitributação jurídica Assegurar efetivamente a autonomia financeira dos entes políticos Evitar conflitos de competência em matéria tributária Capacidade tributária ativa: significa ter as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária – pode se manter no ente que detém a competência ou delega-la a outra Pessoa Jurídica de Direito Público Características: Facultativa Indelegável (a capacidade é delegável) Imprescritível Inalterável Irrenunciável Espécies: Privativa – só pode ser exercida por um único ente político Cumulativa – atribuída ao Distrito Federal para legislar como Estado membro e como Município Comum – exercida por todos os entes federativos Extraordinária – exclusiva da União para instituir impostos extraordinários em caso de guerra externa ou sua iminência Residual – atribuída somente à União para instituir novos impostos e novas contribuições para seguridade social Concorrente – atribuída à União para estabelecer normas gerais, suplementadas pelos Estados e pelo Distrito Federal a) Federalismo: Federação é a forma de Estado resultante da união de entidades autônomas, chamadas estados federados, cujo exercício do poder é repartido entre os entes Dois níveis de governo – Federal + Regional CF/88 – art. 1º, caput e art. 60, §4º, I Federalismo Fiscal: distribuição constitucional das competências tributárias entre os 2 ou 3 níveis da federação. Regula os papéis e as interações dos governos federal, estadual e municipal no sistema federativo Questões centrais: Arrecadação de receitas Despesas públicas Endividamento Objetivos do federalismo fiscal: Eficiência econômica nacional Suficiência de recursos para os entes subnacionais Previsibilidade e estabilidade no financiamento das políticas públicas Cooperação entre os entes da federação Responsabilidade fiscal Custos do federalismo fiscal: Concorrência predatória entre os entes federativos (guerra fiscal) Distorções na alocação de recursos econômicos em decorrência de incentivos fiscais ilegítimos Inviabilidade de uma administração tributária eficiente em todo o país Receitas Tributárias no federalismo fiscal: Próprias ou transferidas Viabilizam a autonomia financeira dos governos subnacionais e promovem a responsabilidade fiscal Adequada e equilibrada repartição das competências legislativas tributárias Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. a) Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR) – art. 153, III e §2º, I, CF Definição de renda + proventos de qualquer natureza: mutação patrimonial que constitui acréscimo de seus elementos, sendo originado pelo trabalho, pelo capital, pela aposentadoria ou qualquer outra fonte geradora de riqueza nova Princípios específicos: Generalidade – a renda deve ser considerada como um todo. Veda- se a segregação de renda auferida Universalidade – a renda auferida por toda e qualquer pessoa está sujeita à tributação, dentro dos limites da competência tributária Progressividade – quanto maior a renda auferida passível de tributação, maiores serão as alíquotas aplicáveis Fato gerador – art. 43, CTN Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. Sujeito ativo: União Sujeito passivo: pessoa física ou jurídica titular da renda ou do provento de qualquer natureza – a empresa também pode ser a responsável tributária pelo IR dos empregados (contribuintes) Critério temporal: Período é inerente ao IR Periodicidade anual – art. 7º, Lei 9.250/96 Base de Cálculo e Alíquota – art. 44, CTN: a base de cálculo do imposto é o montantereal, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos de qualquer natureza tributáveis Pessoa física – a base de cálculo resulta da diferença entre as somas algébricas: De todos os rendimentos percebidos no ano Das deduções com despesas em educação, saúde, previdência, próprias e com dependentes Alíquotas – 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5% Pessoa jurídica – a base de cálculo resulta do: Lucro real – soma das receitas com a dedução das despesas Incide alíquota de 15% de IRPJ e 9% da CSLL Apuração trimestral – definitiva Apuração anual – por estimativas Lucro presumido – base de cálculo estabelecida por meio de uma ficção legal Alíquotas – 1,6%, 8%, 16% e 32% Lucro arbitrado – imposição da autoridade fiscal ou opção do contribuinte Conduta irregular do contribuinte na contabilidade Caso entenda que sua escrita contábil seja insuficiente para o cálculo do lucro real ou presumido b) Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) – art. 153, IV, §§1º e 3º, CF Submete-se à Anterioridade Nonagesimal Incide sobre operações jurídicas praticadas com produtos industrializados Não incide na venda de produto por comerciante a consumidor Será: Seletivo Não-cumulativo Não incide sobre produtos destinados ao exterior Impacto reduzido na aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto Fato Gerador – art. 46, CTN Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Produto Industrializado: é o resultante de qualquer operação definida neste Regulamento como industrialização, mesmo incompleta, parcial ou intermediária – art. 3º, Decreto 7.212/10 Exclusões do conceito de industrialização – art. 5º Sujeito ativo: União Sujeito passivo – art. 51, CTN – contribuinte autônomo Art. 51. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar; III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Critério Espacial: cada estabelecimento é considerado autônomo para o cumprimento das obrigações tributárias, mesmo que pertencente à mesma Pessoa Física ou Pessoa Jurídica Os valores tributados são apurados em cada estabelecimento industrial ou equiparado, atacadista, varejista e independente Base de Cálculo – art. 47, CTN I - Desembaraço aduaneiro – o preço normal, acrescido do montante: do imposto sobre a importação; das taxas exigidas para entrada do produto no País; dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis II – Saída do Estabelecimento Industrial: o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente III – Valor da Arrematação Judicial Alíquotas – variam de 0% a 365,63% (cigarros) São seletivas – de acordo com a essencialidade dos produtos Imposto é calculado pela aplicação das alíquotas previstas na TIPI Arrecadação do IPI é concentrada em cigarro, bebidas e veículos c) Imposto de Importação (II) e Imposto de Exportação (IE) – art. 153, I, II e §1º, CF Chamados de Tributos Aduaneiros Fortemente vocacionados à extrafiscalidade – finalidade arrecadatória e regulatória Competência tributária dos países de origem e de destino – risco de dupla tributação Princípios do sistema jurídico brasileiro: Interesse Econômico – exportar produtos e não tributos Princípio da tributação no país de destino Neutralidade em razão da origem dos bens e serviços Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT): Firmado em 1947 na Suíça, que o Brasil faz parte (ratificação pelo DL 30/94 e promulgação pelo Decreto 1.355/94) Mecanismo destinado a fomentar o intercâmbio internacional de mercadorias O art. 1º proíbe a discriminação entre as partes no comércio internacional Cláusula da nação mais favorecida Imposto de Importação (II) Tipos de importação: Própria Por conta e ordem Por encomenda Fato Gerador – art. 19, CTN Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. Ocorre com o despacho aduaneiro – apreensão ou registro da Declaração de Importação – alcança somente mercadorias com permanência definitiva Sujeito ativo: União Sujeito passivo: Importador ou equiparado – art. 22, I, CTN Arrematante de produtos apreendidos ou abandonados – art. 22, II, CTN Destinatário de remessa postal – art. 31, II, DL 37/66 Critério Temporal: entrega na Declaração de Importação Critério Espacial: território aduaneiro – todo território nacional Base de Cálculo e Alíquotas – art. 20, CTN Art. 20. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. Pena de perdimento – art. 689, VI, X, XI e XXII, Decreto 6.759/09 Imposto de Exportação (IE) Função extrafiscal: gerar reservas monetárias Onera atividade econômica fundamental para o desenvolvimento do país – as exportações Fato Gerador – art. 23, CTN Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional. Critério Espacial: território aduaneiro Critério Temporal: saída do país (CTN) Sujeito ativo: União Sujeito passivo: exportador ou equiparado – art. 27, CTN Base de Cálculo e Alíquotas – art. 24, CTN Art. 24. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. Alíquota: 30% - art. 3º, DL 1.578/77 – pode chegar até 150% (p. único) d) Imposto Territorial Rural (ITR) – art. 153, VI e §4º, CF Progressivo Alíquotas destinadas a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas Não incide sobre pequenas glebas rurais se é o único imóvel do proprietário explorador – imunidade Fiscalizado e cobrado pelos Municípios, se assim optarem Rural: critério vinculado à localização do imóvel, em contraposição ao imóvel urbano Exceção – imóvel urbano destinado a atividade rural – art. 15, DL 57/66 Fato Gerador – art. 29, CTN Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município. Perda da posse por invasão do MST: impossibilidade de exigência do ITR pelo desaparecimento do substrato fático Imóvel desapropriado por utilidade ou necessidade pública, ou interesse social – ITR incide até a data da perda da posse pela imissãoprévia ou provisória do Poder Público na posse; data da perda da propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel ou patrimônio do Poder Público Sujeito ativo: União Sujeito passivo – art. 31, CTN Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. Critério Temporal: anual Base de cálculo – art. 30, CTN Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário. Alíquotas: varia de 0,03% a 20% Imunidades – art. 150, CF Pequena gleba rural – §4º, II, Imóveis rurais da União, dos Estados, do DF e dos Municípios – VI, “a” Imóveis rurais de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público – §2º Imóveis rurais de instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos – VI, “c” e) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – art. 153, V e §1º, CF Engloba: IOF-Crédito IOF-Câmbio IOF-Seguro IOF-Títulos ou Valores Mobiliários Exceção aos princípios: Legalidade – alteração de alíquotas Anterioridade do Exercício Financeiro Anterioridade Nonagesimal Função extrafiscal Sujeito ativo: União Critério Espacial: território nacional STF julgou inconstitucional a incidência de IOF sobre a transmissão do ouro ativo – RE 190.363 IOF-Crédito Fato Gerador – art. 63, I, CTN Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador: I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado Sujeito passivo: pessoa física ou jurídica tomadora de crédito Critério Temporal: entrega do valor ou sua colocação à disposição do interessado Base de cálculo: valor da operação (abrange IOF-Título e IOF-Seguro) Alíquotas: 1,5% ao dia (máxima) IOF-Câmbio Fato Gerador: realização de operações de câmbio Sujeito passivo: comprador/vendedor de moeda estrangeira – responsável tributário: instituições autorizadas Critério Temporal: momento da liquidação da operação de câmbio Base de Cálculo: valor da liquidação da operação Alíquotas: 25% (máxima) e 1,1% (regra) IOF-Título Fato Gerador: realização de operações de títulos e valores mobiliários Sujeito passivo: adquirentes de títulos e valores mobiliários e titulares de aplicações financeiras – responsável tributário: instituições autorizadas Alíquotas: 1,5% ao dia (regra) e 25% IOF-Derivativos IOF-Seguro Fato Gerador: realização de operações de seguro Sujeito passivo: pessoa segurada – responsável tributário: operadoras de seguro Critério Temporal: efetivação da operação Alíquotas: 25% (máxima) Contribuição: atividade estatal para atendimento de finalidades constitucionalmente definidas e, portanto, com previsão de destinação do produto arrecadado a órgão, fundo ou despesa A competência para a instituição de contribuições sociais e contribuições especiais é, em regra, privativa da União – art. 149, CF Exceção: contribuições para custeio do regime previdenciário dos servidores dos Estados, Municípios e Distrito Federal – art. 149, §1º, CF Referibilidade Indireta: a atividade estatal deverá se voltar para o grupo de pessoas instado a contribuir para o órgão, fundo ou despesa Necessidade: existência de uma necessária correlação entre o custo da atividade estatal e o montante a ser arrecadado Finalidade/Destinação específica: o produto da arrecadação deve, necessariamente, ser aplicado na finalidade que deu causa à instituição da contribuição Imunidade art. 159, §7º, CF São isentas para seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei As exigências que podem ser feitas aos contribuintes são apenas as previstas no artigo 14, I, II e III do CTN A União se posiciona pela possibilidade de impor exigências adicionais, previstas em Lei Ordinária Princípio da Legalidade Em regra, podem ser instituídas por Lei Ordinária → exceção: contribuição residual para a seguridade social Estão sujeitas às normas gerais em matéria tributária – art. 146, III, CF Não dependem de Lei Complementar para a definição dos seus elementos fundantes – art. 146, III, “a”, CF O fato gerador, a base de cálculo e os contribuintes são definidos na Lei Ordinária que institui a contribuição Princípio da Anterioridade Tributária Em regra, sujeitam-se aos princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal – art. 150, III, “b” e “c”, CF Exceções: CIDE-Combustíveis: não se aplica a anterioridade anual à redução e ao restabelecimento de suas alíquotas Contribuições da Seguridade Social: devem respeitar um período especial de 90 dias para que possam ser exigidas Contribuições de Seguridade Social As contribuições sociais destinadas à seguridade social têm materialidades definidas constitucionalmente, existindo ainda a outorga de uma competência residual Previdência Social – arts. 201 e 202, CF Assistência Social – arts. 203 e 204, CF Saúde – art. 196 a 200, CF a) Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) Fundamento constitucional – art. 195, I, “a”, CF Fundamento legal – art. 22, I, Lei 8.212/91 Fato Gerador: folha de salário e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física Base de Cálculo: total das remunerações pagas, devidas ou creditadas ao segurado empregado, ao trabalhador avulso e ao segurado contribuinte individual Alíquota: 20% Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparado Sujeito Ativo: União Desoneração da folha de salários – art. 195, §13, CF – objetiva reduzir os ônus tributários na contratação de empregado, busca do pleno emprego e combater o trabalho informal b) Seguro Acidente de Trabalho (SAT) Fundamento constitucional – art. 195, I, “a”, CF Fundamento legal – art. 22, II, Lei 8.212/91 Fato Gerador: folha de salário e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física Base de Cálculo: total das remunerações pagas, devidas ou creditadas ao segurado empregado, ao trabalhador avulso e ao segurado contribuinte individual Alíquotas – 1% (risco leve), 2% (risco médio), 3% (risco grave) Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparado Sujeito Ativo: União c) COFINS Fundamento constitucional – art. 195, I, “b”, CF Fundamento legal – Lei 12.973/14 e LC 70/91 Fato Gerador: auferimento de faturamento mensal Base de Cálculo: faturamento mensal ou receita bruta mensal Alíquotas – 3% (regime cumulativo), 7,6% (regime não cumulativo) Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparado Sujeito Ativo: União Faturamento: receita bruta proveniente da venda de mercadorias e serviços Receita Bruta: ingresso de recursos que se incorpora ao patrimônio da pessoa jurídica Meras Entradas/Ingressos: todo recurso que ingressa provisoriamente nos cofres de uma entidade d) PIS/PASEP Previsão normativa – arts. 195, I, “b” e 239, CF; Lei 9.718/99; Lei 10.637/02 Origem – LC 07/70 (PIS); LC 08/70 (PASEP) Fato Gerador: auferimento de faturamento mensal Base de Cálculo: faturamento mensal ou receita bruta mensal Alíquotas – 0,65% (regime cumulativo), 1,65% (regime não cumulativo) Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparado Sujeito Ativo: União e) PIS/COFINS (Regimes Tributários) Legislação: Regime Cumulativo – Lei 9.718/98 Regime não Cumulativo – Lei 10.637/02 (PIS), Lei 10.833/03(COFINS) Alíquotas: Regime Cumulativo – 0,65% (PIS), 3% (COFINS), 3,65% (PIS/COFINS) Regime não Cumulativo – 1,65% (PIS), 7,6% (COFINS), 9,25% (PIS/COFINS) f) PIS/COFINS (Importação) Fundamento constitucional – art. 195, IV, CF Fundamento legal – Lei 10.865/04 Fato Gerador: entrada de bens estrangeiros no território nacional ou pagamento, crédito, entrega ou remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior, como contraprestação por serviço prestado Base de Cálculo: valor aduaneiro que servir de base de cálculo do Imposto de Importação e valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do IR Alíquotas – 1,65% (PIS-importação), 7,6% (COFINS-importação) Sujeito Passivo: importador, PF ou PJ, que promova a entrada de bens estrangeiros no território nacional ou contrate serviços de residente ou domiciliado no exterior Sujeito Ativo: União g) CLL Fundamento constitucional – art. 195, I, “c”, CF Fundamento legal – Lei 7.689/88; art. 28, Lei 9.430/96 Fato Gerador: auferimento de lucro Base de Cálculo: Lucro – resultado do exercício, antes da provisão para IR (Regime do Lucro Real) e Percentual sobre a receita bruta (Regime do Lucro Bruto) Alíquotas – 9%, 15% de IRPJ + adicional de 10% sobre a parcela de lucro real que ultrapasse R$20.000,00 por mês ou R$240.000,00 por ano Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparados Sujeito Ativo: União h) Contribuição Previdenciária dos Trabalhadores Fundamento constitucional – art. 195, II, CF Fundamento legal – Lei 8.212/91; Decreto 3.048/99 Fato Gerador: remuneração paga ou creditada pelos serviços prestados pelo segurado Base de Cálculo: salário de contribuição (remuneração mensal auferida em uma ou mais empresas) Alíquotas – de 8% a 11% Sujeito Passivo: trabalhador (segurado empregado, inclusive doméstico e avulso) Sujeito Ativo: União i) Contribuição sobre Receita de Loterias Fundamento constitucional – art. 195, III, CF Fundamento legal – Lei 8.212/91; Decreto 3.040/99 Fato Gerador: auferir receita de concurso de prognóstico Base de Cálculo: receita líquida (total da arrecadação) ou receita bruta (movimento global de apostas de concurso de prognósticos) Sujeito Passivo: entidade que realiza o concurso de prognóstico Sujeito Ativo: União Contribuições Sociais Gerais a) Salário-Educação Fundamento constitucional – art. 212, §5º, CF Fundamento legal – art. 15, Lei 9.424/96 Fato Gerador: pagamento de remuneração aos segurados empregados Base de Cálculo: total das remunerações pagas ou creditadas, aos segurados empregados Alíquotas – 2,5% Sujeito Passivo: empresa Sujeito Ativo: União b) Contribuições ao Sistema “S” Fundamento constitucional – art. 240, CF Fundamento legal – DL 4048/42 (SENAI); DL 9403/46 (SESI) Fato Gerador: folha de salários Base de Cálculo: total das remunerações pagas ou creditadas, aos segurados empregados Alíquotas – 1% (SENAI), 1,5% (SESI), 1% (SENAC), 1,5% (SESC) Sujeito Passivo: empresa Sujeito Ativo: União Abrange: SESC, SENAC, SESI E SENAI CIDE Fundamento constitucional – art. 149, CF “São tributos que se caracterizam por haver uma ingerência da União sobre a atividade privada, na sua condição de produtora de riquezas[...]” a) CIDE-Combustíveis Fundamento constitucional – arts. 149 e 177, §4º, CF Fundamento legal – Lei 10.336/01 Fato Gerador: operações de importação ou comercialização no mercado interno, de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool combustível Base de Cálculo: unidade de medida legal para os produtos importados e/ou comercializados no mercado interno Alíquotas – alíquotas específicas (e não ad valorem), podendo ser diferenciados por produto ou uso Contribuintes: produtor, formulador e importador, PF ou PJ, que realizar operações de importação e de comercialização, no mercado interno, nos diversos combustíveis b) CIDE-Royalties Fundamento legal – Lei 10.168/00 Fato Gerador: Ser pessoa jurídica detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos tecnológicos que pagar, creditar, entregar, empregar ou remeter royalties, a qualquer título signatária de contratos que impliquem transferência de tecnologia e que tenham por objeto serviços técnicos e de assistência administrativa Base de Cálculo: valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração decorrente das obrigações assumidas pelos contribuintes Alíquotas – 10% a) IPVA Tributação de Patrimônio Fundamento constitucional – art. 155, III, CF Fundamento legal – Lei 8.115/85 (RS) Fato Gerador: propriedade de veículo automotor de qualquer espécie Base de Cálculo: valor médio de mercado dos veículos automotores Alíquotas – diferenciadas em função do tipo e utilização – art. 155, §6º, II, CF RS – Lei 8.115/85: 3% (automóvel ou caminhoneta); 1% (caminhões); 1% (veículos de locadoras de veículos); 3% (veículos motor-casa) Sujeito Passivo: Proprietário de veículos automotores sujeitos a registro e/ou licenciamento em órgão federal, estadual ou municipal, no RS Devedor fiduciante ou possuidor direto Proprietário de aeronave cujo aeródromo situar-se no RS Sujeito Ativo: Estados e DF Isenções no RS – art. 4ª, Lei 8.115/85: Proprietários de máquinas agrícolas e de terraplanagem, tratores Veículos fabricados há mais de 20 anos Portadores de deficiência física, visual, mental severa ou autista Táxi Ônibus e lotação Veículos usados no transporte escolar b) ITCMD Tributação do Patrimônio Fundamento constitucional – art. 155, I, CF Lei 8.821/89 (RS) Fato Gerador: transmissão não onerosa ou causa mortis da propriedade de quaisquer bens e transmissões (cessões) de direitos em decorrência de falecimento do titular ou transmissão e cessão gratuitos Base de Cálculo: valor venal dos bens ou direitos transmitidos e da doação Alíquotas – poderá ser progressiva em função do quinhão que cada herdeiro receber – máxima de 8% (Res. 09/92, Senado) RS: Doação – 3% (até R$188.094,00); 4% (acima de R$188.094,00) Transmissão causa mortis: 0% (até R$37.618,80) 3% (acima de R$37.618,80 até 188.094,00) 4% (acima de R$188.094,00 até R$564.282,00) 5% (acima de R$564.282,00 até R$940.470,00) 6% (acima de R$940.470,00) Sujeito Passivo: herdeiro ou legatário e qualquer das partes envolvidas em doação Sujeito Ativo: Estados e DF c) ICMS Tributação do consumo – Circulação de mercadorias e serviços Fundamento constitucional – art. 155, II, CF Fundamento legal – Lei 8.820/89 e Decreto 37.699/97 (RS); LC 87/96; LC 24/75 Fato Gerador: circulação de mercadorias ou prestação de serviços interestadual ou intermunicipal de transporte e de comunicação Base de Cálculo: valor da operação ou preço do serviço de transporte Alíquotas: 18% (operações internas – RS) 7% ou 12% (se destinado ao consumidor final) 7% (se destinado ao contribuinte que dará continuidade ao ciclo produtivo) Sujeito Passivo: prestador de serviço, PJ ou PF Sujeito Ativo: Estados ou DF em que se iniciou a efetiva prestação do transporte Princípio da Seletividade – art. 155, §2º, III, CF Substituição Tributária – Antecipação e Diferimento a) IPTU Fundamento constitucional – art. 156, I, CF Fundamento legal – CTN; Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade) Progressividade: Extrafiscal (cunho regulatório)– art. 156, §1º, CF Fiscal (cunho arrecadatório) – art. 156, §1º, I, CF Seletividade – art. 156, §1º, II, CF Imposto instituído pelos Municípios, por Lei Ordinária, sobre os bens imóveis localizados em seu território (zona urbana ou equiparada) – propriedade situada em zona rural será instituída e tributada pelo ITR Fato Gerador: propriedade, domínio útil ou posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do Município Base de Cálculo: valor venal do imóvel – Municípios utilizam Planta Genérica de Valores (PGV) com o objetivo de definir o valor dos imóveis para fins de IPTU Alíquotas – devem estar previstas na Lei Municipal que instituir o IPTU Devem cumprir as normas de progressividade e seletividade previstas no art. 156, §1º, I e II, da CF Estatuto da Cidade prevê alíquota progressiva máxima de 15% Sujeito Passivo: proprietário do imóvel, titular do seu domínio útil ou seu possuidor a qualquer título Sujeito Ativo: Municípios b) ITBI Fundamento constitucional – art. 156, II, CF Fundamento legal – art. 35 ao 42, CTN; Leis Tributárias Municipais – 5.570 Fato Gerador: transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis por natureza ou acessão física Transmissão de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia Cessão onerosa de direitos à aquisição de bens Base de Cálculo: Valor venal dos bens ou direitos transmitidos Valor venal da arrematação (arrematação judicial) Alíquotas – não excederão os limites fixados em resolução do Senado Federal – deverão ser aplicados os princípios do direito tributário para controlar a alíquota fixada pelo legislador ordinário Sujeito Passivo: qualquer das partes da transmissão – Lei Municipal vai estabelecer Sujeito Ativo: Município onde está o bem Imunidades – art. 156, §2º, I, CF c) Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) Fundamento constitucional – art. 156, III, CF Fundamento legal – LC 116/2003; DL 406/68; Leis Tributárias Municipais – 5.570 Fato Gerador: prestar serviço que não esteja compreendido no art. 155, II, da Constituição Federal e tenha previsão expressa na Lei Complementar nº 116/2003 Base de Cálculo: preço do serviço Alíquotas – variam entre 2% e 5% Sujeito Passivo: prestador de serviço (contribuinte) Sujeito Ativo: Município
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