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peça 5 trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA DO TRABALHO DE PELOTAS/RS. 
 
 
Processo n. 0001022-20.2019.504.0001 
 
 
 
 
AZ Automóveis S/A., nos autos da reclamação trabalhista movida por Miguel Antônio dos Santos., 
ambos já qualificados no presente feito, vem apresentar Contrarrazões ao Recurso Ordinário para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, com fulcro no art. 900, da CLT. 
Satisfeitos os mandamentos legais, requer seja a peça processual recebida e enviada à apreciação do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. 
 
Termos em que pede juntada e deferimento. 
 
Local, dia, mês e ano.
Nome e assinatura do advogado.
Nº da OAB
 
 
 
 
 
 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO PELA RECORRIDA, AZ AUTOMÓVEIS S/A. 
 
 
Egrégio Tribunal 
Colenda Turma 
Senhores julgadores 
 
 
 	I – Tempestividade 
 
 A recorrida foi intimada acerca da interposição do Recurso Ordinário do reclamante em 28/10/2019, segunda-feira. 
Dessa forma, o prazo para apresentação das contrarrazões se iniciou em 29/10/2019, terça-feira, e 
finda em 08/11/2019, haja vista a contagem em dias úteis, conforme preconiza o art. 775, da CLT, e diante do fato de que 01/11/2019 é feriado, nos termos da Lei n. 6.741/79. 
Assim, são tempestivas. 
 
 
II – Mérito 
 
II. 1 – Acidente de Trabalho – Indenização por Danos Morais 
 
O reclamante requer o provimento do Recurso Ordinário para que a reclamada seja condenada ao pagamento de indenização por danos morais. Para tanto, insiste que o dever de indenizar se funda na responsabilidade civil objetiva do empregador, que assume os riscos do seu negócio. Além disso, pugna pela condenação baseando-se na teoria objetiva, aduzindo que há dano, nexo de causalidade e culpa da reclamada, haja vista a inexistência de transporte público no horário da sua jornada de trabalho. 
A pretensão recursal não merece prosperar. 
A sentença analisou, cautelosamente, todos os argumentos lançados a respeito do tema, razão pela qual merece ser mantida. 
Pelo princípio da imediatidade, segundo o qual o magistrado que colhe a prova tem melhores e amplas 
condições de avaliá-la, o depoimento não foi suficiente para afastar a prevalência da prova documental, mais especificamente do mapa de horários dos ônibus público, o que comprova a compatibilidade com a jornada do obreiro. Neste contexto, afasta-se qualquer hipótese de aplicação do art. 2º, da CLT, no que diz respeito à assunção dos riscos econômicos por parte da empresa. 
Também não se aplica ao caso em comento a teoria objetiva da responsabilidade civil, estabelecida no 
art. 927, parágrafo único, do Código Civil. Conforme bem lançado pela sentença ora combatida, a atividade de operador de produção, exercida pelo recorrente, não implicava em qualquer risco. Assim, inaplicável a previsão legal. Pede-se vênia para transcrever o seguinte trecho da decisão de primeiro grau: 
 
O art. 927, parágrafo único, do Código Civil, dispõe que a teoria objetiva deve ser utilizada quando “a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. A atividade habitualmente exercia pelo reclamante era de operador de produção, não implicando em qualquer risco à sua integridade física ou de terceiros. 
O deslocamento de casa para o trabalho por meio de motocicleta ou qualquer outro veículo não atrai a aplicação do referido dispositivo legal, na medida em que ele guarda relação, no contexto do Direito do Trabalho, com os riscos que envolvem a efetiva prestação de serviços. 
 
 Acrescente-se, ainda, que a previsão legal é da atividade que pressupõe risco, o que não pode, portanto, confundir-se com o deslocamento do trabalhador entre sua casa e o trabalho. 
 Uma vez descartada a aplicação da responsabilidade civil objetiva, passa-se a analisar a existência dos requisitos ensejadores da reponsabilidade subjetiva, quais sejam: dano, nexo de causalidade e culpa. 
No caso em tela não e vislumbra nexo de causalidade ou culpa da reclamada. Não há relação direta entre o evento danoso e a prestação de serviços. Lembre-se, ainda, que o obreiro sequer estava no roteiro original entre sua casa e o trabalho. Por fim, a empresa não contribuiu em nada para o acidente de trânsito. Muito pelo contrário. A opção pelo uso de veículo particular foi do próprio trabalhador, que renunciou ao direito de receber o vale transporte para uso do ônibus público. Ausentes, portanto, os requisitos do art. 186, do Código Civil. 
Não se pode perder de vista as informações constantes no Boletim de Ocorrência. Nele há relato de que o acidente se deu em razão do motorista do automóvel ter avançado o sinal vermelho. Além disso, ele estava embriagado. Trata-se de típica excludente de responsabilidade civil, ou seja, a existência de fato de terceiro. 
Diante do exposto, sob todos os ângulos pelos quais o caso é analisado, a conclusão é única, isto é, 
inexiste qualquer obrigação à reparação civil. 
Dessa forma, pugna-se pelo não provimento do Recurso Ordinário, interposto pelo reclamante. 
 
 
 
 
 
II.2 – Honorários advocatícios 
 
A condenação aos honorários advocatícios deve ser mantida, ante a previsão contida no art. 791-A, da CLT, que determina o seu pagamento mesmo quando a trabalhador for beneficiário da justiça gratuita, podendo ser descontado dos créditos a que eventualmente faça jus nesta demanda. 
 
III – Pedido 
 
Diante do exposto, requer seja negado provimento ao Recurso Ordinário, interposto pelo reclamante, nos termos da fundamentação supra. 
 
Termos em que pede juntada e deferimento. 
 
Local, 08 de novembro de 2019.
Nome e assinatura do advogado.
Nº da OAB

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