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RELATÓRIO OP1

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20
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: OPERAÇÕES UNITÁRIAS I
PROFESSOR: DRª MABEL DE BARROS BATISTA
BIANCA BEATRIZ TORRES DE ASSIS
BRUNA GADELHA GOMES
SILVIA CARLA DIAS
UMIDIFICAÇÃO DO AR 
JOÃO PESSOA
2017
 BIANCA BEATRIZ TORRES DE ASSIS
BRUNA GADELHA GOMES
SILVIA CARLA DIAS
UMIDIFICAÇÃO DO AR
Relatório elaborado no período 2016.2 correspondente a nota na disciplina de Operações Unitárias I, do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal da Paraíba, lecionada pela ProfaDra MABEL DE BARROS BATISTA
JOÃO PESSOA
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
2 OBJETIVOS	4
2.1 OBJETIVO GERAL	4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	4
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	5
4 MATERIAL E MÉTODOS	10
4.1 MATERIAL	10
4.2 MÉTODOS	11
4.2.1 TÚNEL PSICROMÉTRICO ...........................................................................................11
4.2.2 TORRE DE UMIDIFICAÇÃO........................................................................................11
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................................12
5.1 TÚNEL DE UMIDIFICAÇÃO ..........................................................................................12
5.2 TORRE DE UMIDIFICAÇÃO .........................................................................................16
6 CONCLUSÃO	18
ANEXO I	20
ANEXO II	21
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................22
1 INTRODUÇÃO
	Na indústria de alimentos são freqüentes as aplicações de operações unitárias para alterar as propriedades do ar. Tais propriedades são estudadas pela psicrometria que é o estudo das misturas de ar e vapor d´água, isto é, o estudo do ar úmido. O túnel psicrométrico tem como principal finalidade demonstrar os processos térmicos, possíveis de serem feitos com ar úmido, com adição ou retirada de calor e/ou umidade, de modo que se possa verificar os princípios básicos do condicionamento de ar.
	Os processos de umidificação e desumidificação do ar são usualmente utilizados para controlar a umidade de um ambiente ou para resfriar a água mediante o contato com o ar. Essas operações envolvem a transferência de massa e calor nas fases gasosas (ar) e líquida (água), e a transferência de massa de uma fase para a outra. Está envolvida com o calor latente associado à condensação e/ou evaporação. Nesses processos, a temperatura da interface gás/líquido se ajusta, de maneira que no estado permanente, a taxa de transferência de calor nas fases distintas compensa a taxa de transferência de calor equivalente à de transferência de massa.
	No processo de umidificação do ar pelo método de injeção de vapor, injeta-se vapor superaquecido no duto de ar recirculante ou diretamente na câmara. O controle da injeção de vapor pode ser feito através de uma válvula operada manualmente, ou através de uma válvula operada com ar comprimido, controlado por um umidistato instalado na câmara ou no duto de ar. Os sistemas mais comuns nesse processo utilizam vapor da linha normal da indústria, isto é, produzido na caldeira. Alguns sistemas não utilizam a linha de vapor; o aquecimento de água por energia elétrica, através de uma resistência, faz com que esses sistemas produzam seu próprio vapor.
	Há situações em que se deseja aumentar a umidade absoluta e a umidade relativa do ar sem que, no entanto, sua temperatura seja alterada. Essa situação se verifica com frequência em acondicionamento de ar no interior de câmaras frigoríficas ou em ambientes de trabalho (salas de processamento, laboratórios, etc).
	Nesse processo é importante mensurar algumas propriedades do ar. As mais importantes para tal processo são a temperatura, a umidade do ar e a pressão de vapor.As propriedades do ar podem ser obtidas através de equações ou através de diagramas psicrométricos.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Apresentar um sistema de condicionamento de ar (Túnel Psicrométrico) que permite demonstrar diversos processos térmicos, possíveis de serem realizados com ar úmido bem como, promover a umidificação do ar úmido por injeção de vapor simulando diferentes condições: De carga térmica na caldeira; com auxílio de um conjunto de resistências elétricas; e do fluxo de ar no túnel, através da variação da velocidade do ventilador.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Estimar: massa de vapor d´água antes e após o processo de umidificação, massa de vapor absorvida pelo ar e a energia contida no ar após o processo de umidificação.
· Analisar e comentar os resultados pela carta psicrométrica e através de gráficos.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A psicrometria é a área da Termodinâmica que trata da quantificação do vapor de água presente na atmosfera. 
A quantificação da umidade atmosférica é importante para o dimensionamento de sistemas de acondicionamento térmico. A determinação da umidade do ar não é feita a partir de uma amostragem, que é um procedimento muito utilizado para a quantificação da umidade do solo, na prática, a umidade do ar é determinada indiretamente por meio da pressão parcial exercida pelo vapor de água na atmosfera. 
A realização de projetos de condicionamento de ar envolve os seguintes passos:
· Conhecimento prévio: das condições higrométricas interior e exterior, de forma a garantir o bem-estar dos ocupantes e caracterizar as perdas ou ganhos de energia que os sistemas de ar condicionado devem anular. 
· Determinação das cargas térmicas de aquecimento e arrefecimento dos ambientes interiores. 
· Dimensionamento e seleção de equipamentos de condicionamento de ar que devem ser instalados. 
Se a temperatura de uma substância desce abaixo da temperatura crítica, a fase gasosa é usualmente designada por vapor. O termo vapor refere-se a um estado gasoso que está próximo da zona de saturação da substância, o que pode conduzir à ocorrência de condensação durante o processo. 
Em engenharia encontram-se várias misturas gás-vapor, sendo a mais utilizada, na prática, a mistura ar-vapor de água. 
O ar úmido é uma mistura de ar e vapor de água. O seu estudo, como foi dito, tem em consideração os possíveis efeitos de vaporização e condensação da água. 
Para conhecermos o seu estado necessitamos saber os valores de temperatura, umidade e pressão total (ASHRAE 2005).
De acordo com o livro “Understanding Psycrometrics, 2nd Edition, 2005, ASHRAE” o termo psicrometria se originou do substantivo psicrômetro, criado em 1825 por Ernest Ferdinand August, para designar seu termômetro de bulbo úmido.
A palavra originou-se do termo latino “psychro” que significa “produzir frio” e “metro” que significa “medir”, indicando um dispositivo para “medir a refrigeração”. Versões mais recentes do dispositivo possuem termômetros de bulbo seco e bulbo úmido e passaram a ser designados como termohigrômetros.
Ao acrescentarmos o sufixo “ia” (oriundo de ciência) em “metro” transformamos o substantivo em “psicrometria”, designando a palavra originalmente como um ramo da ciência que estuda o uso do psicrômetro.
Em 1904, Willis H. Carrier denominou sua carta de propriedades do ar úmido como “carta higrométrica” e em 1911 o nome foi modificado para carta psicrométrica.
Atualmente aceita-se que a psicrometria é a ciência que estuda o envolvimento das propriedades do ar úmido (uma mistura de ar seco e vapor d’água) e do processo (secagem, umidificação, resfriamento, aquecimento) na mudança da temperatura ou do conteúdo de vapor d’água da mistura.
A água como substância pode existir em 3 estados físicos (ou fases): sólido (gelo), líquido (água) ou gasoso (vapor d’água).
Sendo uma substância muito incomum, a água pode ser observada a qualquer momento nos três estados simultaneamente. Por exemplo, no verão podemos tomar um copo de água com cubos de gelo imersos em seu interior e, após atemperatura do copo entrar em equilíbrio com a da água em seu interior, podemos observar a condensação de vapor em sua superfície externa. (Como o vapor d’água é um gás invisível este não pode ser “observado” diretamente).
 Isto ocorre porque, em condições atmosféricas normais, a água se encontra em temperatura / pressão muito abaixo de seu ponto crítico (374ºC / 22,1 MPa). 
A figura 1 representa o diagrama Pressão x Temperatura para a água:
Figura 1 – Diagrama Pressão x Temperatura para a água
Conforme se pode verificar na figura 1, dois diferentes estados da água podem coexistir em equilíbrio em qualquer ponto da curva e todos os três estados podem coexistir no ponto triplo.
Para levar a água à uma determinada temperatura do estado sólido para o líquido (derretimento ou fusão) e vice-versa (congelamento) são necessários 333,39kJ/kg de energia e para levá-la do estado líquido para gasoso (evaporação ou vaporização) ou gasoso para líquido (condensação) são demandados entre 2500,81kJ/kg (à 0ºC) e 2256,28 kJ/kg (à 100ºC).
Estas quantidades de energia demandadas pelo processo são denominadas respectivamente de calor latente de solidificação e de evaporação.
À temperatura de 0ºC, para levar a água diretamente de seu estado sólido para o gasoso, a energia necessária, denominada calor latente de sublimação, equivale à somatória das energias demandadas para fundir e evaporar a água, ou seja: 333,39 + 2500,81 = 2834,20 kJ/kg.
Deste modo, verificamos que para que ocorra uma mudança de estado físico ou fase da água, basta que seja fornecida a quantidade de energia necessária, não sendo necessário atingir uma determinada temperatura para que isso aconteça.
Assim, quando encontramos água em fase líquida acima (ou à esquerda) da curva de saturação, dizemos que esta se encontra subresfriada. Da mesma forma, quando a encontramos em fase gasosa abaixo (ou à direita) da linha de saturação, dizemos que o vapor se encontra superaquecido.
Por exemplo, em um determinado dia de verão a temperatura de bulbo úmido da água (temperatura correspondente à da pressão parcial do vapor d’água contido no ar, ou seja, a temperatura mínima em que a água se evapora naquele momento) na praia onde um indivíduo se encontra é de 25 ºC. Se retirarmos uma garrafa de água da geladeira à 8ºC e a colocarmos em copo sobre a mesa, diremos que nesta condição a água está subresfriada.
Simultaneamente este indivíduo está sob a ação de um vento úmido vindo do mar, cuja temperatura é de 35ºC. Dizemos então que o vapor d’água contido no ar (ou seja, a umidade do ar) está superaquecido.
Os diagramas onde estão registradas as propriedades da mistura entre o ar seco e o vapor d’água são chamados de Cartas Psicrométricas.
Estes diagramas são elaborados para uma determinada altitude, em função da qual se estabelece uma pressão atmosférica (ou barométrica) “P” de referência.
A Carta Psicrométrica padrão assume uma altitude de 0 m (nível do mar) e, por consequência, uma pressão atmosférica de 101,3250 kPa (760 mmHG).
Um determinado estado psicrométrico “E”, pode ser definido informando-se um par qualquer de valores dentre as seguintes variáveis indicadas na figura 2 e especificadas a seguir:
Para os pontos situados à direita da curva de saturação, TBS e v constituem variáveis independentes (geralmente igual aPatm).
		Figura 2 – Diagrama Psicrométrico
Caracterização das variáveis:
Temperatura de bulbo seco (TBS): indica a quantidade de energia na forma de calor contido no ar. Expresso em ºC. Sua variação é designada como calor sensível (que pode ser medido diretamente).
Temperatura de bulbo úmido (TBU): indica a quantidade de energia na forma de calor contido no ar úmido. Está associado à mínima temperatura em que a água em estado líquido se transforma em vapor (temperatura de evaporação) para uma determinada quantidade física de água contida no ar (ver umidade específica). Também permite definir a condição de ponto de orvalho e a pressão parcial de vapor d’água. Expresso em ºC.
Ponto de orvalho (DP): expressa a condição mínima de temperatura de bulbo seco em que uma mistura ar-vapor consegue manter água no estado gasoso (vapor), abaixo da qual ocorre a condensação da umidade (ou a formação de névoa). Expresso em ºC.
Entalpia (h): expressa o conteúdo energético do ar (calor total) por unidade de massa de ar úmido de um estado psicrométrico em relação a um estado de referência (normalmente para TBS = 0 e v = 0) e incorpora os conteúdos de calor sensível e latente. Expresso em kJ/kg.
Umidade Relativa (UR): expressa a relação entre a máxima pressão parcial de vapor que se pode obter a uma determinada temperatura de bulbo seco (condição de saturação de umidade) e a pressão parcial de vapor em determinado instante. Indica a proporção do afastamento vertical entre o ponto e a curva de saturação. Expresso em %.
Umidade Específica (v): expressa a relação entre a massa de ar seco e a de vapor superaquecido contido na mistura de ar úmido (mVAPOR/mAR SECO). Adimensional, pode representado em kgVAPOR/kgARSECO. Sua variação é designada como calor latente (associado à mudança de fase da água).
Volume específico (v): expressa a relação entre o volume e a massa do conteúdo de ar seco da mistura. Expresso em m³/kg (SMACNA, 2005).
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
· Túnel Psicrométrico;
Descrição do sistema: O túnel psicrométrico, conforme mostrado na figura 3, é dividido em duas partes principais: A primeira é denominada sistema de ventilação, e é composta pelo ventilador, pelos aquecedores de ar, pelos umidificadores por vapor e pelo medidor de fluxo de ar. A segunda é denominada de sistema refrigerante e é composta por um compressor-condensador, um umidificador, controles e instrumentação (AGUIRRE, 2000).
Figura 3 - Túnel Psicrométrico
· Termohigromêtro;
· Ventilador;
· Gerador de vapor;
· Manômetro.
4.2 MÉTODOS
4.2.1 TÚNEL PSICROMÉTRICO
Inicialmente ligou-se o sistema de alimentação elétrica e o ventilador com uma velocidade permitida. A potência de resistência elétrica que aqueceu o gerador de vapor foi 1,5KW. O gerador foi ligado esperando que o sistema entrasse em regime permanente. As leituras das temperaturas de bulbo seco e umidade relativa foram lidas em pontos pré-estabelecidos, e a pressão do fluxo de ar foi medida para estimar a vazão através do gráfico.
4.2.2 TORRE DE UMIDIFICAÇÃO 
	Inicialmente ligou-se o sistema de alimentação elétrica da torre de resfriamento de água e definiu-se a potência da resistência elétrica que irá aquecer o gerador de vapor, ligando o gerador de vapor e esperando entrar em regime permanente, observou-se o funcionamento da torre e seus parâmetros de controle na operação.
Figura 4. Torre de umidificação
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 TÚNEL PSICROMÉTRICO
Aplicando o método descrito para a utilização do túnel psicrométrico, com o objetivo de umidificar o ar úmido insaturado por injeção de vapor gerado por aquecimento de resistências elétricas e transportado por ventiladores em diferentes velocidades, foram obtidos os dados explicitados na Tabela 1. 
A partir dos dados obtidos experimentalmente (temperatura de bulbo seco, umidade relativa e pressão) para mesma potência (1,5 KW) descritos na Tabela 1, tornou-se possível a determinação de outras propriedades com o auxílio da carta psicrométrica (ANEXO I) e do gráfico de conversão Vazão do ar (m³/h) versus Pressão (mmH2O) (ANEXO II). O estado 1 representa as condições iniciais do sistema, no ponto de entrada do túnel psicométrico e o estado 2, as condições dentro do sistema, no ponto no interior do equipamento.
Tabela 1. Dados referentes aos estados de entrada e interior do túnel, estados 1 e 2, respectivamente
	Potência (kW)
	Leituras
	ESTADO 1
	ESTADO 2
	
	
	RH (%)
	Tbs (°C)
	RH (%)
	Tbs (°C)
	1,5
	1
	64,5
	25,7
	70
	27,3
	
	2
	-
	-
	71
	28,3
	
	3
	-
	-
	75
	28,9
	
	4
	-
	-
	79
	29,5
	
	5
	60
	27
	90
	30,7
	
	Média
	62,2
	26,3
	-
	-
Iniciou-se as leituras com a velocidade mínima permitida (leitura 1) e a cada leitura aumentava avelocidade, até atingir a velocidade máxima permitida (leitura 5). Pode-se observar na tabela 1, que quanto menor a velocidade maior a umidade relativa (RH). Isto ocorre devido a um maior tempo de contato do ar com o vapor, a vendo uma maior troca entre eles. 
Em um processo de umidificação teórico, não há variação de temperatura, isto é, ele é isotérmico, entretanto, no experimento realizado, houve variação de temperatura entre as leituras. No caso em que se usou uma potência de 1,5 W, a diferença entre as leituras. A diferença entre as médias de temperatura do estado 1 e 2 foi de 3,1°C, valor bem maior do que o considerado tolerado para que o processo seja considerado isotérmico, que deve ser uma diferença menor que 1.
Com o uso do gráfico de conversão Vazão do ar (m³/h) versus Pressão (mmH2O) (ANEXO II), determinou-se a vazão para cada leitura na tabela 2.
	Tabela 2. Dados referentes aos estados de entrada e interior do túnel, estados 1 e 2, respectivamente
	
	
	Potência (kW)
	Leituras
	Estado 1
	Estado 2
	Pressão
	Vazão
	
	
	RH (%)
	Tbs (°C)
	RH (%)
	Tbs (°C)
	(mm
Hg)
	(m³/h)
	1,5
	1
	60
	28
	67
	31,7
	1,2
	180
	
	2
	59,6
	28,2
	61,3
	31,5
	2,6
	280
	
	3
	60,2
	28,1
	60
	31,1
	4,2
	355
	
	4
	60,1
	28,8
	59
	31,2
	6,7
	440
	
	5
	61,5
	28,9
	60
	31,1
	10,4
	555
	
	Média
	60,3
	28,4
	-
	-
	-
	
	Utilizando-se a carta psicrométrica, foi possível obter o volume específico, a umidade absoluta e a entalpia. Tais valores são apresentados na tabela 3.
Tabela 3. Condições do ar pela análise do diagrama psicrométrico
	
	
	Estado 1
	Estado 2
	Potência (kW)
	Teste
	X (kg vapor/kg ar seco)
	V (m³/ kg de ar seco)
	H (kJ/kg de ar seco)
	X (kg vapor/kg ar seco)
	H (kJ/kg de ar seco)
	
	1
	
	
	
	0,0218
	269
	1,5
	2
	
	
	
	0,0202
	260
	
	3
	
	
	
	0,0190
	250
	
	4
	
	
	
	0,0181
	248
	
	5 
	
	
	
	0,0190
	250
	Média
	
	0.0165
	0,874
	229
	
	
A massa de vapor d’água absorvida pelo ar foi calculada, através da umidade absoluta e massa de ar, e tabelada conforme a Tabela 4.
	Potência (kW)
	Leituras
	ΔX (kg de vapor/kg de ar seco)
	Massa de ar (kg ar seco/h)
	Massa de vapor d’água antes do processo 
(kg vapor/h)
	Massa de vapor d’água após o processo 
(kg vapor/h)
	Massa de vapor d’água absorvido pelo ar (kg vapor/h)
	1,5
	1
	0.0053
	205,9
	3,3973
	4,4886
	1,0913
	
	2
	0.0037
	320,3
	5,2849
	6,4700
	1,1851
	
	3
	0.0025
	406,1
	6,7006
	7,7159
	1,0153
	
	4
	0,0016
	503,4
	8,3061
	9,1115
	0,8054
	
	5
	0,0025
	635,0
	10,4775
	12,0650
	1,5875
Tabela 4. Massa de vapor d’água absorvida pelo ar
Na teoria, o princípio físico envolvido é apenas o da transferência de massa, entretanto, observa-se uma grande quantidade de vapor, por esse motivo há um aquecimento sensível, resultando na diferença de temperatura.
	Quanto ao ganho de energia sofrido pelo ar após o processo de umidificação, calculou-se em função da massa de ar e da variação de entalpia, conforme apresentado na Tabela 5.
Tabela 5. Ganho de energia sofrido pelo ar após o processo de umidificação.
	Potência (kW)
	Leituras
	Δh (kJ/kg ar seco)
	Massa de ar (kg ar seco/h)
	Energia = Massa de ar. Δh (kJ/h)
	1,5
	1
	40
	205,9
	8236
	
	2
	31
	320,3
	9929,3
	
	3
	21
	406,1
	8528,1
	
	4
	19
	503,4
	9564,6
	
	5
	21
	635,0
	13335
	Para uma melhor visualização da relação entre a Vazão e a massa de vapor absorvido e também da Vazão com a Energia cedida ao sistema foram gerados os Gráficos 1 e 2.
Gráfico 1. Relação de vazão com massa de vapor, para potência de 1,5 kW
Gráfico 2. Relação de vazão com energia de vapor adicionada, para potência de 1,5 kW
Os gráficos gerados permitem uma visualização prática do comportamento da umidificação no sistema estudado.
É possível perceber que quanto maior é a vazão, menor é a massa de vapor d’água absorvido. Como também quanto maior a vazão maior é a energia contida no ar após o processo.
5.2 TORRE DE UMIDIFICAÇÃO
	O processo de resfriamento de água em uma torre funciona com uma quantidade limitada de ar que é reciclada através da água na forma líquida causando umidificação e abaixamento da temperatura do ar. A vaporização de uma parte da água causa a diminuição da temperatura da água remanescente, que é utilizada para resfriamento de equipamentos de trocadores de calor na indústria. Essas torres são utilizadas para economizar água por meio de sua reciclagem. A água quente é distribuída na parte superior da torre, escoando para baixo com gravidade, através do “recheio” da torre, entrando continuamente em contato com o ar que escoa para cima ou transversalmente por convecção natural ou forçada. O calor latente da água que é vaporizada causa a diminuição da sua temperatura (FIOREZE).
	As condições iniciais utilizadas na torre de umidificação são as mesmas condições citadas anteriormente para o túnel de umidificação. A tabela a seguir mostra as condições do ar no estado 2.
Tabela 6. Dados referentes ao estado 2 do ar.
	Leituras
	ESTADO 2
	
	RH (%)
	Tbs (°C)
	1
	94,0
	28,0
	2
	95,0
	28,0
	3
	94,5
	27,5
	Média
	94,5
	27,8
	Utilizando-se a carta psicrométrica, foi possível obter o volume específico, a umidade absoluta e a entalpia. O mesmo procedimento de cálculo feito para o túnel psicrométrico foi realizado para a torre. Tais valores são apresentados na tabela 7 e 8.
Tabela 7. Umidade absoluta, volume específico, vazão, massa de ar seco, massa de vapor adicionada, massa de vapor antes e após o processo
	X1 (kg vapor/kg ar seco)
	X2 (kg vapor/kg)
	ΔX (kg de vapor/kg de ar seco
	Volume específico (m³/kg ar seco)
	Vazão (m³/h)
	Massa de ar seco (kg ar seco)
	Massa de vapor d’água antes do processo 
(kg vapor/h)
	Massa de vapor d’água após o processo 
(kg vapor/h)
	Massa de vapor d’água absorvido pelo ar (kg vapor/h)
	
	0.016
	0,100
	0,084
	0,874
	450
	514,9
	8,2384
	51,49
	43,2516
	
Tabela 8. Entalpia, variação de entalpia, massa de ar seco e energia de vapor adicionada
	H1 (kJ/kg ar seco)
	H2 (kJ/kg ar seco)
	Δh (kJ/kg ar seco)
	Massa de ar seco (kg ar seco)
	Energia de vapor adicionada (kJ/h)
	23
	27
	4
	515,4
	2061,6
6 CONCLUSÃO
	
	Com a realização do experimento foi possível colocar em prática os conhecimentos aprendidos nas aulas teóricas e também observar um processo de umidificação do ar, tratando os dados obtidos e comparando o comportamento real com o teórico. Teoricamente, o processo de umidificação no túnel psicrométrico deveria ser um processo isotérmico, envolvendo apenas transferência de massa. No entanto, devido à grande quantidade de vapor quando comparada com a massa de água, o aquecimento torna-se inevitável. Além disso pode-se observar também que quanto maior a velocidade do ar menos eficiente é a sua umidificação, pois com a maior velocidade, o ar insaturado passa menos tempo em contato com o vapor de água, diminuindo a transferência de massa.
	Pode-se perceber uma maior eficiência da torre de umidificação quando comparado os valores de umidade absoluta no uso da torre de umidificação com os valores do túnel psicrométrico. O fato de sua estrutura permitir o contato direto do ar com a água, potencializa a troca de calor e umidificação do ar, devido a diferença entre o grau de saturação da água e o ar.
	Ao realizar diferentes casos de umidificação por injeção de vapor, criaram-se diferentes situações, logo possível analisar o processo em diferentes condições. Viu-se a importância da velocidade do ar no sistema, e como ela influencia no processo, como também a potência das resistências elétricas que aquece o vapor.
ANEXOS
ANEXO I – Carta psicrométrica
ANEXO II – Gráfico de conversão Vazão do ar (m³/h) versus Pressão (mmH2O)
RERÊNCIAS
AGUIRRE, L. A., 2000, Introdução à Identificação, Técnicas Lineares e Não – Lineares Aplicadas a Sistemas Reais, Ed. UFMG, Belo Horizonte, Brasil.
ASHRAE, ASHRAE 2005 – Fundamentals Handbook.
Programa de Educação Continuada – SMACNA UnderstandingPsychrometrics – 2nd Edition, 2005. 
BATISTA, MABEL B. Notas de Aula da Disciplina Engenhariade Alimentos I. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, 2010.
FIOREZE, ROMEU. Introdução à transferência de calor e massa. Editora Universitária / UFPB, 2004.
ROSSI, S. J. Notas de aula de Refrigeração na indústria de alimentos. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2006.

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