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Resenha Crítica do Livro "A Revolução dos Bichos" - Adriely

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS 
ADRIELY OLIVEIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA 
“A REVOLUÇÃO DOS BICHOS” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JI-PARANÁ 
2020 
RESENHA CRÍTICA 
 
ORWELL, George. A Revolução dos Bichos. 1945. 
 
1. RESUMO DO LIVRO 
O livro conta uma história muito bem engajada, de uma granja onde os 
bichos tomaram-na e deram início a uma revolução com o intuito de melhorarem 
de vida, pois trabalhavam muito e em troca disso o proprietário os dava pouco 
alimento. O idealizador desta revolução fora o Porco Major, que juntamente com 
os demais porcos da época instituíram o animalismo, que abarcava 7 princípios, 
os quais regeriam vossas condutas. Todos os animais da granja deveriam 
memorizar e guardar cordial reverência desses mandamentos, para que tudo 
ocorresse da forma mais social e justa possível. 
Mas a princípio o animalismo não fora aplicado, somente alguns anos 
após a morte de Major - quando os animais tornaram a demonstrar indignação 
com a forma em que eram tratados - que deram início à revolução, expulsaram 
o Sr. Jones e sua esposa da granja e passaram a realizar as atividades rurais e 
administrativas por si só. Os porcos, por serem animais mais inteligentes que os 
demais, eram responsáveis pelo planejamento dessas atividades. 
A princípio tudo ia bem. Os animais estavam imensamente felizes, pois 
estavam trabalhando para si próprios e já não havia mais fome na Granja. Tudo 
era feito de forma honesta e justa, de modo a beneficiar a todos. Realizavam 
reuniões periódicas com todos os animais para que todos ficassem ciente da 
situação em que se encontrava a Granja e também para exporem vossas 
opiniões e ideias. Inicialmente, os porcos Bola-de-Neve e Napoleão que 
lideravam a revolução, este primeiro elaborou um projeto para construção de um 
moinho de vento, mas Napoleão, além de ser contra, menosprezava o trabalho 
do colega, então certo dia os cães treinados por ele colocaram Bola-de-Neve 
para fora da Granja. 
Após a expulsão de Bola-de-Neve, tudo mudara. Aos poucos a Granja 
viera perdendo os princípios do animalismo e com isso, também seu caráter 
social e justo. Napoleão agora era o “líder”, jamais ouve tal expressão, pois até 
então todos os animais eram iguais, só que agora, uns eram mais iguais que 
outros. Com a ajuda persuasiva do porco Garganta, seu porta-voz, Napoleão 
encucava aos animais de maneira indireta as mudanças da nova liderança. Os 
porcos passaram a ter privilégios, porque segundo Garganta, desempenhavam 
a árdua tarefa administrativa a fim de desenvolverem o melhor para todos e por 
isso, necessitavam de melhores condições para subsistência. 
Com o tempo os animais passaram a trabalhar durante um período de 
horas muito maior que no tempo de Jones, mas ainda assim não se queixavam, 
pois estavam trabalhando em benefício próprio, e apesar de não mais se 
alimentarem como no início da revolução, continuavam felizes, pois não se 
lembravam de como viviam logo que tomaram a Granja. Os porcos tiravam 
grande proveito do déficit de capacidade cognitiva dos demais bichos, pois assim 
podiam alterar os princípios do animalismo e mesmo que os outros animais 
pensassem que os princípios não eram mais os mesmos, utilizavam da 
habilidade persuasiva de Garganta para convence-los o contrário. 
Através de invenções e mentiras, Garganta conseguiu convence-los de 
que Napoleão sempre tinha razão. Mentiram sobre Bola-de-Neve, também sobre 
a morte de Sansão e outros inúmeros episódios em que os animais, mesmo que 
incrédulos, eram obrigados a aceitar o que lhes era imposto e por muitas vezes 
na base de chantagem. Assim, fora instaurado na granja um regime totalitário e 
absolutista, em que todos os animais deviam reverência aos porcos e em 
especial, à Napoleão, o grande líder. Como se não bastasse, o hino da revolução 
que enaltecia a ideia de liberdade dos bichos, antes cantado com tanta euforia e 
esperança, agora fora substituído por um hino de enaltecimento ao camarada 
Napoleão. 
O livro termina com uma comemoração entre os porcos e os 
proprietários das granjas vizinhas reunidos na grande casa da Granja dos 
Bichos, onde os animais incomodados com tanto barulho, resolveram ir até a 
casa e espiar o que estava acontecendo, lá viram o que jamais poderia ser aceito 
pelo animalismo, homens e bichos confraternizando, estavam sentados à mesa 
jogando cartas e tomando cerveja. Os animais presenciaram tremenda hipocrisia 
e como se não bastasse, Napoleão proferiu um discurso em que extinguia toda 
ação pela liberdade que os animais vinham lutando por anos, e alegou que a 
partir daquele momento a granja não se chamava mais “Granja dos Bichos”, mas 
sim “Granja do Solar” - nome o qual a pertencia antes da revolução. Em meio a 
grande comemoração, à janela, os animais permaneceram incrédulos e incapaz 
de discernir quem era homem e quem era porco. 
 
2. CRÍTICA DA RESENHISTA 
Este livro é um verdadeiro clássico moderno. Logo no início é possível 
assimilar a obra com o acontecimento emblemático da Segunda Grande Guerra. 
A ideia inicial de um sistema socialista, que prega uma melhoria de vida aos 
animais da Granja e aos poucos tiram-lhes não só a liberdade que tanto lutaram 
para conquistar, como também a segurança que tinham, logo nos remete ao que 
aconteceu na Alemanha quando o Partido Nazista assumiu o governo. Bem 
como: não só a forma com que Napoleão assumiu a liderança, mas também a 
maneira com que a conduziu, utilizando de um interlocutor altamente persuasivo 
para convencer seus ouvintes de que sempre tinha razão, e assim, instituir-lhes 
condições absurdas sem que ao menos se dessem conta de que estavam sendo 
enganados. 
Após a expulsão do camarada Bola-de-Neve, tudo mudara. No 
animalismo os animais eram livres, mas com Napoleão na liderança, não eram 
tão livres assim. Não podiam mais expressar vossas ideias nem opiniões e muito 
menos oporem-se à liderança atual, se não eram brutalmente penalizados. Um 
exemplo disso é quando os animais se reuniram no pátio da Granja a mando de 
Napoleão para serem informados de que dentre eles haviam um traidor, 
mediante a ríspida afirmação e a obediência temerosa alguns animais 
confessaram alguns atos que seriam considerados contra os princípios do 
animalismo (mas nada que um castigo não resolvesse, já que o fizeram devido 
à diminuição de ração e a fome), Napoleão ordenou que os cães trucidassem os 
“culpados”, ali mesmo no pátio, aos olhos de todos - levando isso à realidade 
vivida durante a Guerra, os cães de guarda de Napoleão representam os 
militares, Napoleão representa Adolf Hitler e os demais animais, com exceção 
dos porcos (que representam a elite) o restante da sociedade. 
 
Até então, uns dos princípios do animalismo era que nenhum animal 
poderia matar outro animal, mas alguns dos animais mais capacitados 
intelectualmente, notaram que fora acrescentado a esse princípio um “sem 
motivo”. Mesmo achando estranho, acreditavam que poderiam ter apenas 
esquecido deste detalhe e que na verdade o princípio sempre fora o mesmo: 
“nenhum animal poderá matar outro animal, sem motivo”. 
Assim, os porcos iam liderando a Granja e transformando o regime 
socialista em um regime de totalitário, onde todos os animais eram iguais, mas 
alguns eram mais iguais que outros, e esses desfrutavam de privilégios enquanto 
submetiam os demais a uma crueldade tamanha. 
 
3. INDICAÇÕES DA RESENHISTA 
O livro “A Revolução dos Bichos traz em seu enredo temas 
interessantes, como a importância da leitura e da informação na vida dos 
cidadãos de uma sociedade, para que não sejam influenciados por qualquer 
afirmação ou eloquência persuasiva de modo a interferir em vosso 
comportamento, posicionamento e decisões tomadas perante algumas 
situações. O escritor abarca uma linguagem clara e compreensível, o que facilita 
o entendimento da história e sua assimilação com o acontecimentona Segunda 
Guerra Mundial. Um livro muito interessante, que aconselho e indico, em 
especial, aos estudantes de Direito. 
 
DADOS PESSOAIS 
Adriely Oliveira dos Santos 
Aluna do Curso de Direito

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