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Thaís Pires 1 Problema 5 1. Estudar a anatomia do quadril e da coxa; Quadril – é formado pela fusão de 3 ossos – ÍLIO, ISQUIO e PUBIS – ao nascimento, os ossos estão unidos por cartilagem hialina, sofrendo o processo de ossificação ao longo do crescimento → a fusão propriamente dita inicia entre 15 e 17 anos, sendo completa ao redor de 20 e 25 anos / embora não sejam nem visualizadas as linhas de fusão desses ossos em adultos, eles são estudados separadamente Ílio – forma a maior parte do quadril, participando da formação superior do ACETÁBULO – é composto por uma MARGEM POSTEROLATERAL ESPESSA - sustentação do peso, uma ASA FINA - inserção muscular e uma COLUNA MEDIAL FINA que é DENSA, funcionando como transmissor do peso recebido / o corpo do ílio se une ao ísquio e ao púbis para formar o ACETÁBULO – na margem anterior do osso, existem as ESPINHAS ILÍACAS ANTEROSSUPERIORES E ANTEROINFERIORES que funcionam como local de inserção para TENDÕES e LIGAMENTOS do MMII Crista Ilíaca – tem origem anteriormente na espinha ilíaca anterossuperior, segue pela margem superior do ílio e termina na espinha ilíaca posterossuperior → essa crista funciona como local de inserção de músculos finos e da fáscia muscular A face LATERAL do corpo do íleo possui 3 linhas ásperas e curvas, as LINHAS GLÚTEAS POSTERIOR, ANTERIOR E INFERIOR que são locais de inserção dos músculos glúteos – MEDIALENTE, cada asa do ílio tem uma DEPRESSÃO = FOSSA ILÍACA que é local de inserção do músculo ilíaco Ísquio – forma a parte POSTEROINFERIOR do quadril – a parte superior do corpo do ísquio funde-se ao púbis e ao ílio para compor a região POSTEROINFERIOR DO ACETÁBULO – Na parte inferior, o RAMO DO ÍSQUIO une-se ao RAMO INFERIOR DO PÚBIS para formar o RAMO ISQUIOPÚBICO, o limite inferior do FORAME OBTURADO / a margem posterior do ísquio forma a INCISURA ISQUIÁTICA MAIOR, que possui uma protuberância (ESPINHA ISQUIÁTICA) que a separa da INCISURA ISQUIÁTICA MENOR – essa espinha isquiática funciona como um local de inserção para ligamentos / na região de junção entre o CORPO/RAMO DO ÍSQUIO há uma projeção óssea, o TÚBER ISQUIÁTICO → na posição sentada, o peso do corpo se apoia sobre ele Púbis – forma a parte ANTEROMEDIAL do quadril, sendo dividido em CORPO (achatado) e dois RAMOS (INF E SUP) que se projetam lateralmente a partir do corpo / na parte medial, o púbis encontra com o seu contralateral na região da SÍNFISE PÚBICA e unem-se formando a CRISTA PÚBICA, local de inserção Thaís Pires 2 de músculos abdominais – nas porções LATERAIS DA CRISTA, emergem os TUBÉRCULOS PÚBICOS onde há inserção do ligamento inguinal Forame Obturado – é uma abertura oval e irregular no quadril, que, por exceção da passagem do nervo obturador, é totalmente selada pela MEMBRANA OBTURADORA → isso tem como objetivo minimizar a massa óssea e propiciar local para inserção muscular Acetábulo – é a região resultante da união lateral dos ossos que permite a articulação com a cabeça do fêmur / Inferiormente, o limite do acetábulo é incompleto na INCISURA DO ACETÁBULO – no seu centro há uma depressão, a FOSSA DO ACETÁBULO Fêmur – é o osso mais longo e pesado do corpo, responsável por transmitir o peso do quadril para a tíbia quando o indivíduo está em pé / é composto por um CORPO e duas EXTREMIDADES (proximal e distal) – na extremidade proximal, existem 3 estruturas importantes: CABEÇA, que possui 2/3 da superfície cobertos por CARTILAGEM ARTICULAR, exceto por uma depressão central = FÓVEA DA CABEÇA DO FÊMUR; o COLO DO FÊMUR que tem formato trapezoide, com a sua base estreita em ligação à cabeça e a larga em continuidade com o corpo; TROCANTER maior e menor que é o local de ligação colo+corpo – a delimitação trocânter maior/colo se dá pela LINHA INTERTROCANTÉRICA que dá origem a LINHA ESPIRAL inferiormente – semelhante à linha intertrocantérica, há uma outra mais lisa, a CRISTA INTERTROCANTÉRICA localizada posteriormente que possui uma elevação = TUBÉRCULO QUADRADO O eixo longitudinal da cabeça + colo forma, com o eixo longitudinal do corpo do fêmur, um ÂNGULO OBTUSO que, com o desenvolvimento, diminui gradativamente → nas mulheres, esse ângulo é menor por consequência da pelve mais larga Esse ângulo é importante pois permite uma maior movimentação do fêmur na articulação do quadril, uma vez que a cabeça + colo ficam mais perpendiculares ao acetábulo em posição neutra → os músculos ABDUTORES E ROTADORES fixam-se ao TROCANTER MAIOR onde funcionam como uma alavanca que puxa o osso LATERALMENTE e não verticalmente → ASSEGURA A MARCHA BÍPEDE A torção proximal do fêmur não se torna paralela ao eixo longitudinal do corpo do fêmur – olhando superiormente o fêmur, nota-se que os dois eixos formam um ângulo = Ângulo de torção /anteversão, cuja média é de 7° em homens e 12° em mulheres → ângulo de torção + ângulo de inclinação permitem os movimentos giratórios da cabeça do fêmur sejam convertidos em FLEXÃO, EXTENSÃO, ABDUÇÃO, ADUÇÃO E ROTATÓRIOS O CORPO DO FÊMUR é convexo anteriormente → em casos de RAQUITISMO, pode aumentar a convexidade anterolateralmente / anteriormente, possui uma superfície lisa, onde é local de inserção da maior parte dos músculos extensores do joelho – posteriormente possui uma linha áspera onde faz a inserção aponeurótica do abdutores da coxa Na extremidade inferior do fêmur, os CONDILOS LATERAL E MEDIAL ocupam quase toda a sua superfície e são separados pela FOSSA INTERCONDILAR – na posição anatômica, os dois côndilos estão no mesmo plano horizontal → eles, no joelho, articulam-se com os MENISCOS e os CÔNDILOS DA TÍBIA Thaís Pires 3 Tela Subcutânea – são tecidos conjuntivos frouxos localizados no espaço subcutâneo, sendo repletos de tecido adiposo, vasos sanguíneos e linfáticos, nervos – a tela subcutânea do quadril e da coxa é contínua com a do abdome e das nádegas / já a FÁSCIA da perna reveste toda o MI, funcionando como uma meia elástica resistente Fáscia Lata – é a fáscia da coxa, possui grande dimensões por acomodar os grandes músculos da coxa, sobretudo na região lateral onde sofre um espessamento para formar o TRATO ILIOTIBIAL – contínua superiormente com: ligamento inguinal, arco púbico, corpo do púbis, crista ilíaca lateral e posteriormente, sacro, cóccix – contínua inferiormente com: partes expostas dos ossos do joelho, fáscia muscular da perna / a coxa é formada por 3 COMPARTIMENTOS (anterior, medial, posterior) que são delimitados pela FÁSCIA LATA e outros 3 SEPTOS INTERMUSCULARES originados da face profunda da fáscia lata e fixados na face áspera do fêmur / o HIATO SAFENO é uma abertura na fáscia lata localizada inferomedialmente ao ligamento inguinal, sendo recoberto por uma membrana, a FÁSCIA CRIBIFORME → é perfurada por várias aberturas, daí o seu nome → permite a passagem de VASOS LINFÁTICOS INGUINAIS EFERENTES, VEIA SAFENA MAGNA E TRIBUTÁRIAS Thaís Pires 4 Veias Superficiais – as duas principais são SAFENA MAGNA E PARVA Safena Magna – é resultante da união VEIA DORSAL DO HÁLUX + ARCO VENOSO DORSAL DO PÉ / segue posteriormente ao côndilo medial do fêmur, anastomosa com a parva, atravessa o hiato safeno e desemboca na feia femoral / essa veia possui uma distribuição de válvulas maior na PERNA do que na coxa, o que diminui as chances de refluxo de sangue distal → mecanismo unidirecional Safena Parva – é resultante da união da VEIA DORSAL DO 5º DEDO + ARCO VENOSO DORSAL DO PÉ → PERNA Compartimentos da Coxa Anterior/Extensor – é o maior de todos, sendo inervado, de forma geral, pelo NERVO FEMORAL – contém os FLEXORES DO QUADRIL e EXTENSORES DO JOELHO = pectíneo, iliopsoas, sartório e quadríceps femoral Músculo Pectíneo – é o menor de todos, quadrangular, plano, localizado anteriormente na face superomedial da coxa → é inervado separadamente, possuindo funçõesdiferentes também – pode ADUZIR, FLETIR E ROTACIONAR a parte medial da coxa, sendo considerado um músculo de transição entre compartimento ANTERIOR E MEDIAL Músculo Iliopsoas – é o principal músculo flexor do quadril, com a maior amplitude – maior parte está localizada na parede posterior do abdome e no quadril → ele é resultante da união do M. ILÍACO lateralmente e do M. PSOAS MAIOR medialmente, sendo o único músculo que faz a união entre COLUNA VERTEBRAL, QUADRIL e COXA / esse músculo participa das fases iniciais da marcha, realizando a flexão do quadril com elevação da coxa, o que transmite o peso para o MI contralateral + é um MÚSCULO POSTURAL que mantém a lordose lombar normal Músculo Sartório – é logo, semelhante a uma fita – inicia lateralmente no ílio e desce medialmente para se fixar medialmente ao joelho – é relativamente superficial – é o MÚSCULO MAIS LONGO DO CORPO, atuante em duas articulações → permite MI na posição sentada e com pernas cruzadas → não é um músculo forte, atua como SINERGISTA Músculo Quadríceps – grande extensor da perna - é o maior volume da coxa e, no seu total, é um dos músculos mais fortes do corpo / é composto por 4 partes: M. RETO FEMORAL, M. VASTO Thaís Pires 5 LATERAL, M. VASTO INTERMÉDIO, M. VASTO MEDIAL → distalmente os tendões dos músculos se unem e formam o ligamento da patela – os músculos vasto lateral e medial formam estruturas que reforçam a articulação do joelho, os RETINÁCULOS LATERAL E MEDIAL DA PATELA Músculo Reto Femoral – desce reto na coxa – tem inserções no quadril e na tíbia pelo ligamento da patela, cruzando duas articulações → flete a coxa no quadril e estende a perna no joelho Medial/Adutor – composto pelos M. ADUTOR LONGO, O M. ADUTOR CURTO, O M. ADUTOR MAGNO, O M. GRÁCIL E O M. OBTURADOR EXTERNO → eles tem como função a movimentação da coxa no sentido medial (pressão ao cavalgar), atuando, também, na manutenção do equilíbrio em superfícies irregulares (corrigem a lateralização) M. Adutor Longo – o mais anterior do compartimento, tem formato de leque – originado na face anterior do corpo do púbis e fixa-se na face áspera do fêmur (base do triangulo/leque) M. Adutor Curto – profundamente ao longo, insere no corpo e ramo inferior do púbis, insere na linha áspera M. Adutor Magno – o maior, mais forte e mais posterior do compartimento medial – possui uma parte adutora e outra associada aos músculos isquiotibiais, ambas diferem quanto a inserção, função e inervação → a parte ADUTORA abre-se em leque para inserção posterior no fêmur M. Grácil – longo, em forma de correia e o mais medial – mais superficial e fraco do medial → do compartimento medial, é o único a cruzar duas articulações – ele une-se a outros dois músculos (sartório e semitendíneo) na inserção na parte SUPERIOR DA FACE MEDIAL DA TÍBIA em uma região tendínea = PATA DE GANSO Trígono Femoral – possui relação com o compartimento anteromedial da coxa – é um espaço SUBFASCIAL localizado inferiormente ao LIGAMENTO INGUINAL ao se realizar a FLEXÃO + ABDUÇÃO + ROTAÇÃO LATERAL da coxa Limites – superiormente pelo ligamento inguinal (forma a base do trígono); medialmente (margem lateral do músculo adutor longo); lateralmente pelo músculo sartório (o ápice do trígono é a região de cruzamento entre SARTÓRIO x ADUTOR LONGO É composto de LATERAL-MEDIAL por: nervo femoral e seus ramos; bainha femoral (artéria femoral + veia femoral + linfonodos inguinais e vasos linfáticos) Nervo Femoral – ramo de L2-L4 – o maior de todos – originado dentro do psoas maior no abdome e desce posterolateralmente até o ponto médio do ligamento inguinal → no trígono femoral se divide em ramos para os músculos anteriores da coxa Thaís Pires 6 Compartimento Posterior – são 3 músculos isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral) → esses possuem em comum o fato de: inserção proximal no túber isquiático profundamente ao glúteo máximo; inserção distal nos ossos da perna; inervação pela divisão tibial do nervo isquiático Thaís Pires 7 2. Estudar as causas de claudicação e adolescentes (doença de Perthes e epifisiólise) de forma sucinta enfatizando a epidemiologia e quadro clínico; Citar os exames complementares para estas duas afecções; Citar as formas de tratamento para estas duas afecções. Doença de Legg-Calvé-Perthes / osteocondrose ou epifisite de quadril Uma doença EPIFISÁRIA INFANTIL – Sabe-se que os ossos longos são compostos por uma DIÁFISE e duas EPÍFISES, contendo entre elas a METÁFISE que, nas crianças, apresenta a PLACA EPIFISÁRIA → a diáfise recebe irrigação direta dos vasos nutrícios que penetram no forame nutrício, enquanto que as epífises recebem irrigação dos vasos que a circundam pela CÁPSULA ARTICULAR – no FÊMUR, a cabeça/epífise é totalmente intra-articular, recebendo, portanto, irrigação de RAMOS DAS CIRCUNFLEXAS LATERAL E MEDIAL DO FÊMUR = ARTÉRIAS RETINACULARES A doença de PERTHES é caracterizada pela NECROSE AVASCULAR IDIOPÁTICA da cabeça/epífise do fêmur durante a fase de crescimento Etiopatogenia – apesar de ser classificada como idiopática, existem alguns fatores que podem influenciar na sua ocorrência → em crianças geneticamente suscetíveis (trombofilia), pode haver a oclusão trombótica de veias de drenagem da cabeça femoral – essa oclusão aumenta a pressão na região, favorece a isquemia, levando a necrose Fase Precoce/Necrose Óssea – caracterizada por ser assintomática, precedendo por meses a fase sintomática – a isquemia causa destruição dos osteócitos e das células da medula óssea epifisária, o que impede o CRESCIMENTO DA CABEÇA DO FÊMUR – a epífise contralateral, entretanto, continua o seu crescimento, então realtivamente à outra a acometida torna-se MENOR + o espaço capsular e seus componentes não foram acometidos, assim ele se torna relativamente maior também → nessa fase, a radiografia não mostra nenhuma alteração de DENSIDADE Fase de Fragmentação Óssea – é a fase sintomática da doença – caracterizada pela OSSIFICAÇÃO DA CARTILAGEM ARTICULAR, com deposição mineral na região, o que gera HIPERDENSIDADE → esse osso neoformado não é totalmente rígido, possuindo, assim, certo grau de plasticidade, o que torna a epífise suscetível a DEFORMIDADES / No local de maior sustentação de peso, na porção ANTERO- SUPERIOR DA CABEÇA, há formação de FRATURAS, que causam SINOVITE = MARCO SINTOMÁTICO DA DOENÇA → em reação a fratura, há uma REABSORÇÃO ÓSSEA – isso, associado a deposição óssea, causa o aspecto de FRAGMENTOS ÓSSEOS / Nessa fase há DOR e CLAUDICAÇÃO – se não tratada nessa fase, pode causar deformidade do tipo achatamento Fase de Reossificação – observada de 12-13 meses após a fase anterior, podendo durar até 3 anos – embora haja reossificação, a epífise está suscetível a deformidades Quadro Clínico – acomete mais meninos de 2-12 anos (médio 7 anos) – a predileção pelo sexo masculino está associada a maior atividade física deles, podendo haver algum microtrauma / pode ser bilateral, porém é mais frequentemente unilateral / os sintomas aparecem de forma SUBAGUDA (+de 6 semanas) com CLAUDICAÇÃO, DOR NA REGIÃO INGUINAL OU FACE ANTERIOR DA COXA – pode haver dor referida no joelho (sinal do obturador) → importante limitação na ABDUÇÃO E ROTAÇÃO INTERNA DO QUADRIL Diagnóstico – quadro clínico + exames de imagem – RNM e cintilografia óssea são os mais específicos, portanto se alteram mais precocemente + radiografia Thaís Pires 8 Radiografia – utilizado tanto no diagnóstico como no prognóstico e acompanhamento - incidências em AP e em Lauenstein (posição de rã) → Sinais PRECOCES: diminuição do núcleo epifisário + aumento do espaço articular + hiperdensidade + fratura subcondral / Sinais INTERMEDIÁRIOS: fragmentação epifisária + deformidade epifisária + cistos metafisáriosRNM – maior sensibilidade → indicado quando a radiografia é duvidosa Cintilografia Óssea – realizada para diagnóstico precoce – apresenta áreas de hipocaptação do radioisótopo Tratamento – tem como principal objetivo prevenir a deformidade residual da epífise femoral – de forma geral, quanto mais esférica a cabeça em relação ao acetábulo, melhor o resultado final → utiliza-se o princípio da contenção da cabeça no acetábulo, funcionando como um molde / a agressividade do tratamento depende do prognóstico da doença e da idade → crianças de 6 anos para baixo apresentam melhor prognóstico, com indicação de tratamento conservador, uma vez que as chances de deformidade são baixas - imobilização inguinomaleolar bilateral em abdução → a abdução força o encaixe cabeça- acetábulo - Petrie e a órtese do Hospital Scottish Rite de Atlanta Terapia Definitiva – indicada conforme a imagem ao lado → Realizada a osteotomia pélvica ou femoral → essa osteotomia é um corte transversal no osso que muda a sua angulação de encaixe com o fêmur Epifisiólise do Quadril / Coxa vara do adolescente Essa doença também acomete a epífise proximal, sendo um deslizamento da cabeça em relação ao colo femoral, causada pelo enfraquecimento da placa epifisária → pelo efeito do peso, a cabeça se desloca para TRÁS, BAIXO e faz uma ROTAÇÃO INTERNA Epidemiologia – é mais comum em MENINOS NEGROS entre 11-15 anos, dificilmente acometendo menores de 10 anos – na faixa etária mencionada, é a causa mais comum de dor no quadril / (1) BIOTIPO ADIPOSO GENITAL, ou de Frölich, com obesidade de distribuição ginecoide da gordura e subdesenvolvimento da genitália; e (2) biotipo alto e magro, com estirão puberal Thaís Pires 9 acelerado → o acometimento PUBERAL está relacionado a influências hormonais, sendo no biotipo 1 uma insuficiência de esteroides sexuais e no tipo 2 um excesso de GH / há predileção pelo lado esquerdo, podendo aparecer bilateralidade → por isso, mesmo após o tratamento de um lado, é importante observar o outro Quadro Clínico – apresenta-se de duas formas: AGUDA (< 3 semanas), geralmente associada a um trauma, do tipo queda – dor forte que impede a deambulação e dificulta o exame físico; CRÔNICA (> 3 semanas), de curso clínico insidioso e sem relato de trauma – inicia com claudicação com rotação externa da coxa e dor crônica na região lateral do quadril, irradiando para nádega e joelho (sinal do obturador) Exame físico – MI em rotação externa com dificuldade para rotação interna - Uma manobra característica é quando o examinador flete passivamente a coxa da criança, provocando uma rotação externa e abdução involuntária = SINAL DE DREHMAN. Diagnóstico – radiografia em AP e Lauenstein – antes mesmo do deslizamento da cabeça, pode-se observar ESPESSAMENTO DA PLACA EPIFISÁRIA – Na radiografia, traça-se uma linha tangente ao colo femoral= LINHA DE KLEIN – caso essa linha não atravesse o núcleo epifisário, ocorreu deslizamento / em casos crônicos, há um dobramento do colo = SINAL DO CAJADO Tratamento – importante pois a epifisiólise tende a evoluir com necrose avascular da cabeça pela rotura dos pequenos vasos; necrose da cartilagem articular; incongruência articular (leva a osteoartrose) – é CIRÚRGICO com retirada da placa epifisária e ligação da cabeça-colo para evitar o deslizamento → tratamento conservador tem péssimos resultados Pré-deslizamento/Deslizamento Grau 1 – fixação com parafusos canulados – não pode perfurar a cartilagem articular, pois pode haver morte da cartilagem com complicações futuras Grau 2 e 3 - podemos indicar fixação in situ com ressecção da “gibosidade” ou osteotomias corretivas transtrocantéricas ou subtrocantéricas → Apesar de a doença ser geralmente unilateral, alguns autores recomendam a fixação profilática contralateral pelo fato da bilateralidade ser frequente, principalmente em pacientes com idade abaixo do comum (meninas < 12 anos e meninos <14 anos), com doenças metabólicas associadas e baixo nível social.
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