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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CAROLINA PEETERS LUBAMBO FERREIRA RESENHA CRÍTICA: ÁFRICA DO SÉCULO XVI AO XVIII CAPÍTULO 4 - ÁFRICA NA HISTÓRIA DO MUNDO: O TRÁFICO DE ESCRAVOS PARCIAL DA ÁFRICA E EMERGÊNCIA DE UMA ORDEM ECONÔMICA NO ATLÂNTICO RIO DE JANEIRO 2020 CAROLINA PEETERS LUBAMBO FERREIRA RESENHA CRÍTICA: ÁFRICA DO SÉCULO XVI AO XVIII CAPÍTULO 4 - ÁFRICA NA HISTÓRIA DO MUNDO: O TRÁFICO DE ESCRAVOS PARCIAL DA ÁFRICA E EMERGÊNCIA DE UMA ORDEM ECONÔMICA NO ATLÂNTICO RIO DE JANEIRO 2020 Sumário 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 O Objetivo do Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3 Construção e Estrutura Textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 4 Contruibuição do Texto para a Formação de Licenciandos em História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 5 Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3 1 Introdução Este trabalho visa identificar os objetivos do livro “África do Século XVI ao XVII” do historiador J. E. Inikori , especificamente do capítulo 4 “A África na história do mundo: o tráfico de escravos a partir da África e a emergência de uma ordem econômica no Atlântico”. Avaliar se o tema discorrido no texto foi devidamente alcan- çado, comprovando a tese do autor, além disso, serão analisados a construção e a estruturação do texto, salientando se o autor é ou não objetivo em suas ponderações e a contribuição historiográfica que o texto tem para a formação do licenciando em História. Para que essas questões fossem respondidas, foi necessário um debate do texto, além da leitura do mesmo, de modo que foi possível a compreensão necessária para que tais questões fossem respondidas. Inikori levantou questões complexas sobre os acontecimentos na África e os reflexos que as práticas afetaram o desenvolvimento social, político e econômico do continente. 4 2 O Objetivo do Autor O capítulo “A África na história do mundo: o tráfico de escravos a partir da África e a emergência de uma ordem econômica no Atlântico” discorre abertamente sobre como o tráfico de escravos foi um fator essencial para o subdesenvolvimento social, político e econômico do continente, e como toda população foi afetada. Praticada desde a antiguidade, tornavam-se escravos aqueles que perdiam uma guerra e caiam sob o domínio de uma tribo rival ou por questões de dívidas, o conceito mudou com a chegada dos europeus, tornando-se uma prática predatória e exploradora. Com o declínio da população ameríndia, o europeu viu na África a mão de obra que precisava para a exploração das colônias nas Américas, e desta forma, constintuiu-se a a base de exploração do ouro e dos recursos agrícolas. Inikori explica em seu texto como o comércio de escravizados transatlântico foi um ponto fora da curva. Apesar de haver outros fluxos escravagistas regidos pela Europa, o comércio pelo Atlântico foi exponencialmente maior, até por ser uma rota relativamente mais curta e mais segura. É notório que Inikori deixa explícito que a partir do comércio de escravizados os países europeus começam a lucrar absurrdamente, uma vez que não é preciso dispor de mão de obra assalariada para trabalhar nas plantantions que cresciam cada vez mais nas colônias americanas. Uma vez que não havia necessidade de pagamento pela mão de obra, todo o lucro do comércio de escpeciarias e das matérias primas servia para o enriquecimentos dos cofres europeus, consequentemente, estimulava o desenvolvimento dos países do continente. Em contrapartida, enquanto por um lado as nações europeias floresciam em questões de desenvolvimento tecnológico, com novos idearios políticos e culturais, o reflexo no continente africano era o oposto. O crescimento do comércio de escravizados prejudicava diretamente no crescimento dos territórios africanos, com o deslocamento forçado das pessoas para as colônias na América, o deficit populacional crescia expo- nencialmente, causando um grande vazio demografico dentro da África. Esse vazio demográfico causado pela escravização foi de grande prejuizo no futuro do continente. Com o crescente desenvolvimento industrial ocorrido dentro da Europa, principalmente em nações como a Inglaterra, o comécrio de escravizados passou a se tornar um fator prejudicial para o crescimento do comércio, uma vez que havia a necessidade de se comercializar os produtos produzidos dentro da Europa. A partir deste ponto, pode-se perceber que o interesse dos países europeus em interromper o trafico de escravizados não estava ligado ao fato do conceito libertador, talvez não como primeiro objetivo direto, mas sim como um potêncial mercado con- sumirdor de seus produtos. Mais uma vez, o continente africano viraria um alvo para mais um processo exploratório das nações europeias. Inikori deixa explícito em seu texto que agora a escravização de todo um povo seria convertida em uma dependência Capítulo 2. O Objetivo do Autor 5 europeia que perdura até os dias atuais. A escravização do povo africano, conforme citado acima, causou um imenso vazio demográfico, visto que o deslocamento forçado levou grande parte dos homens, ou seja a mão de obra, para o Novo Mundo. As consequências desse vazio demográfico foi um gigante atraso tecnológico, que impossibilitou o desenvolvimento econômico, político e social de toda a África Subsaariana, tornando-a totalmente dependente do comércio com as nações europeias. Essa dependência surgiu, principalmente, devido aos empréstimos destinados para uma suposta reestruturação do terrirório africano, a venda de matérias primas para o continente europeu, e a compra do produto europeu feito com a matéria prima vendida para eles. Esse sistema ocasionou um looping de dependência africana para com os europeus, e que dura até hoje. 6 3 Construção e Estrutura Textual O texto é bem estruturado, com as subcapitações bem divididas, o que facilita a compreenção do leitor, porém para chegar até o objetivo final, Inikori dá muitas voltas, o que acaba por tornar a leitura extremamente cansativa. O interessante do texto é que, apesar de ser cansativo, ele é rico em informações, como dados numériocos, o que faz o leitor ter uma noção maior do quantitativo do assunto abordado, o que torna a compreenção do assunto mais palpável, além dos mapas, que demonstram de maneira simples a extensão do tráfico negreiro pelo Atlântico. Inikori também é extremamente cuidadoso em suas referências, uma vez que em qualquer dado ele as expõe em interminaveis notas de rodapé e citações. O texto é de fácil entendimento , uma vez que não há conceitos complexos e as explicações são simples, apesar de serem mais longas que o necessário, o que torna o material de utilização bem simples para a conceituação de comércio transatlântica. 7 4 Contruibuição do Texto para a Formação de Licenciandos em História Conforme citado no tópico acima, apesar de ser um texto longo e com infor- mações que dão muitas voltas para se chegar ao objetivo final, o material tem uma didática bem interessante, que facilita a compreenção do estudante. O acervo de dados e mapas dá uma dinâmica interessante pois torna as questões muito mais palpáveis e visuais para os alunos. Falando sobre o assunto do capítulo em si, ele é extremamente ricos em detalhes sobre o reflexos da escravização africana, e principalmente sobre o comércio de escravizados pelo oceando Atlântico, e as graves consequências desse comércio, que atrasou todo o desenvolvimento político e econômico do continente africano e a sua dependência para com as nações europeias até os dias de hoje. Esses assuntos são de suma importância para o historiador, visto que ao ser perguntado sobre esse assunto tem uma boa argumentação baseando-se nas explicações fornecidas pelo material aqui abordado. 8 5 Referências Bibliográficas INIKORI, J. E. A África na história do mundo: o tráfico de escravos a partir da África e a emergência de uma ordem econômica no Atlântico. In: ÁFRICA do século XVIao XVIII. [S. l.: s. n.], 2011. cap. 4. Folha de rosto Sumário Introdução O Objetivo do Autor Construção e Estrutura Textual Contruibuição do Texto para a Formação de Licenciandos em História Referências Bibliográficas
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