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Caderno Processo penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I até 29/09/16 Renata 
Avaliação=Prova (8) e Artigo (2) =29/09 
Sempre Trazer=Constituição e Código
Aula 04-08-2016
Juiz->apelação TJ->STJ->recurso STF
Normas Princípios
 Regras (especificas)
I-Princípios 
-Normas Gerais e Abrangentes. Irradiam-se pelo ordenamento jurídico
-Mandamentos Nucleares=Núcleo do processo penal
1-Jurisdição= Preciso de um Juiz
a) Juiz Natural =Competente Art. 5°, LIII, CF. Ninguém será processado nem sentenciado se não pela autoridade competente.
b) Juiz Imparcial art. 252e 254- coletivo art.253CPP
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
        I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
        II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
        III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
        IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
        Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.  
 Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
        I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
   II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
        III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
        IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
        V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
        Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
c)Juiz Inerte= deve ficar parado Princípio da Inércia prega que o juiz não se manifesta, mas espera a parte, havendo, no entanto, situações em que, por exceção, a lei diz que deve a inércia ser deixada de lado, devendo o juiz de manifestar e dar início ao processo. Diversos são os dispositivos que autorizam, senão determinam, a atuação do juiz de ofício (ex officio), tal como ocorre no art. 989, do CPC (abertura de inventário, quando nenhum interessado assim o faz), art. 1129, do CPC (instauração de conflito de competência), art. 476, do CPC (incidente de uniformização de jurisprudência). Outro exemplo corriqueiro é a determinação do Magistrado de inclusão de ofício do litisconsórcio necessário. art. 46 do CPC, o litisconsórcio ocorre quando “duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em queixa conjunto, ativa ou passivamente.
2)Separação entre as funções=órgão acusador art. 41 CPP =MP denuncia/querelante=queixa-crime de acusar e de julgar 
Vitima querelante = diz-se de ou aquele que é queixoso, reivindicador, o autor da queixa-crime.
Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
a)Sistema inquisitório
Predominou do sec. XI ao XVII e caracterizou-se pela presença de um “Juiz inquisidor” que acumulava as funções de acusar e de julgar. O procedimento era secreto; a tortura era autorizada; a defesa era praticamente inexistente; e a confissão era a “rainha das provas”.
“É da essência do sistema inquisitório um desamor pelo contraditório”. Aury Lopes Junior -Rui Cunha
b)Sistema acusatório
Caracteriza-se pela radical separação das funções de acusar e de julgar (MP e querelante) e, consequentemente, a iniciativa probatória fica nas mãos das partes. No sistema acusatório, há: 1-predominio da publicidade e da oralidade; 2- tratamento igualitário das partes e 3-contraditório e ampla defesa.
Art.129, CF. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art.93.
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.
11/08/2016
3)Presunção de Inocência/”Estado de inocência"
P=Publica/ Querelante =privado
Art. 5°, LVII, CF Art. 5º Todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
->A presunção de inocência e a prisão processual. (prisão-pena vai preso)
A recente mudança de paradigma no Julgamento do Habeas Corpus N° 126.292 do STF.
Um dos efeitos da presunção de inocência é a excepcionalidade da prisão processual=ficarei preso excepcionalmente. Em fevereiro 2016, o STF julgou o HC 126.292 e promoveu uma importante mudança de paradigma, entendendo que o inicio da execução da pena – após a confirmação da sentença condenatória em 2 ° grau TJ – não ofende o principio da presunção de inocência permite.
Juiz->condenado, a partir daqui não discuti mais provas TJ preso->STJ discute lei infraconstitucional->STF discute constituição.
4)Contraditório 
Art. 5°, LV, CF - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; ampliar ampla defesa. 
Exceção: contraditório, postergado,
 Contraditório=rebater a outra parte (saber o que a outra parte esta acusando, informação, conhecimento).
Ampla defesa=reagir
a) Informação/ Ciência
b)Possibilidade de Reação
5)Ampla
Defesa.
 Art. 5°, LV, CF - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
a)Defesa Técnica=>Indisponível(não posso abrir mão)=>Art. 261, CPP- Advogado, Defensor Público, Dativo.
Art. 261, CPP. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. 
b)Defesa Pessoal =
->Positiva + me disponho a colaborar
 ->Negativa (Nemu Tenetur se Detegere =nada a temer por se calar) -
b.1)Manifesta-se em vários momentos. Principal momento=>Interrogatório, ver art. 186, caput e parágrafo único, CPP.
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. Nada a temer por ficar calado
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. 
6)Fundamentação da Decisão Judicial. 
Art. 93, IX, CF todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
->Legitimação da função jurisdicional tem que ser precisa
7)Publicidade. 
Art. 93, IX, CF todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
8)Igualdade Processual=Isonomia=Paridade igualdade material
a)”Desigualar”->Para buscar equilíbrio
a.1)Prazo em dobro para defensoria: 
No processo penal, há prazo em dobro para a defensoria pública não tem para o MP, e o STF reconheceu a constitucionalidade dessa diferenciação até que sua organização se equipare aquela do MP: STF, HC 70.514.
 tempestivo =tempo certo; Intempestivo=fora tempo.
a.2)Favor rei:
Art.386 VI e VII CPP (sentença absolutória; duvida em beneficio do réu) art. 621, CPP (revisão criminal; ação exclusiva da defesa). Art. 609,§ Ú CPP (Embargos infringentes; recursos exclusivos da defesa).
O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
Art. 386 CPP, VI - existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
VII - não existir prova suficiente para a condenação
Art. 621CPP. A revisão dos processos findos será admitida:
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos; 
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; 
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. 
609 CPP Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
9)Duração Razoável: Art.5° LXXVIII, CF a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Melhor que celeridade é razoabilidade
10)Duplo Grau de Jurisdição
a)Implícito (Avena)
b)As vezes não se configura tramite STF
11) Inadimissibilidade de Prova Ilícitas, 
Art. 5°, LVI, CF são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
A jurisprudência consolidou o entendimento de que é possível a utilização de prova ilícita a favor do réu, quando se tratar da única prova de inocência do cidadão ou, ainda, provar fato importante a sua defesa. Nessas situações, reconhecesse o conidência da vedação de provas ilícitas com o direito a liberdade e aplica-se o principio da proporcionalidade.
18-08-16
II-Inquérito Policial
1-Contexto =>Persecução penal divide-se em
a)Investigação Preliminar
b)Ação Penal e -> Publica se MP->Denuncia
 =Privada= Querelante=>queixa crime
c)Execução Penal
1.1-Conceito: 
Procedimento administrativo (delegado) destinado a apurar infrações penais, suas circunstancias e indícios de autoria. O “indiciamento” (atribuir a autoria a alguém) deve ser fundamentado 
=> (Art. 2°, § 6°, Lei 12 830/13). Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. 
Art. 2o As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. 
§ 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
1.1.1-Decisão do informativo 552/STJ
Informativo n° 0552
Período: 17 de dezembro de 2014 
Quinta Turma
DIREITO PROCESSUAL PENAL. INDICIAMENTO COMO ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA DA AUTORIDADE POLICIAL.
STJ - Informativo de Jurisprudência
O magistrado não pode requisitar o indiciamento em investigação criminal. Isso porque o indiciamento constitui atribuição exclusiva da autoridade policial. De fato, é por meio do indiciamento que a autoridade policial aponta determinada pessoa como a autora do ilícito em apuração. Por se tratar de medida ínsita à fase investigatória, por meio da qual o delegado de polícia externa o seu convencimento sobre a autoria dos fatos apurados, não se admite que seja requerida ou determinada pelo magistrado, já que tal procedimento obrigaria o presidente do inquérito à conclusão de que determinado indivíduo seria o responsável pela prática criminosa, em nítida violação ao sistema acusatório adotado pelo ordenamento jurídico pátrio. Nesse mesmo sentido, é a inteligência do art. 2º, § 6º, da Lei 12.830/2013, o qual consigna que o indiciamento é ato incerto na esfera de atribuições da polícia judiciária. Precedente citado do STF: HC 115.015-SP, Segunda Turma, DJe 11/9/2013. RHC 47.984-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 4/11/2014.
2-Destinatário
a)Imediato/Direto: Titular da Ação Penal= Ministério Publico (iniciativa Publica=Denuncia Art. 41,CPP incondicionada(sem condição prévia) ou condicionada(representação pela vitima ou ofendido)ou Querelante (41, CPP)(privada=queixa crime oferecida por advogado ou defensoria publica) 
Art.41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
b)Mediato/Indireto: Autoridade Judicial (Juiz)
3-Características do Inquérito Policial IP
a)Procedimento Administrativo(delegado) Pré-Processual
b)Obrigatoriedade e Oficiosidade=de oficio (não precisa pedir para juiz)-exceções: restrições a direitos fundamentais tem que pedir para juiz analisar
c)Indisponibilidade: Art. 17, CPP somente juiz pode arquivar, autoridade pode pedir arquivamento para MP.
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
d)Inquisitoriedade? 
Boa parte da doutrina afirma que o inquérito é inquisitório, significando que não há ampla defesa e contraditório. Isso porque poderia causar perturbação do regular andamento da investigação. Outra parte
da doutrina faz uma leitura constitucional, a luz do art. 5° LV, afirmando a incidência de tais princípios elengando a inquisitoriedade. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Sumula vinculante 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
e)Oficialidade-> Por órgãos oficiais
Delegação para particulares
f)escrito 
.Art.9°, CPP Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
g)Sigiloso? Art. 20, CPP 
Apesar da redação do art. 20, CPP, atualmente, o entendimento é de que a publicidade interna é a regra. Nesse sentido, juiz, promotor, advogado e investigado tem direito a ter acesso aos autos, sendo que, em situações excepcionais, para proteger diligencias em curso, pode haver sigilo com relação aos dois últimos. Nesse sentido ver sumula vinculante 14 STF.
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que Ihe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes, salvo no caso de existir condenação anterior. 
Sumula vinculante 14 STF É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
4-Dispensabilidade do IP
-Dispensável
a)Questão: Como pode ser obrigatório autoridade policial e facultativo(dispensável) ao mesmo tempo?
O inquérito policial é facultativo para o titular da ação penal, que pode sem ele agir, MP ou querelante. È obrigatório para a polícia que está obrigada a investigar e que não pode mandar arquivar (indisponibilidade; art. 17, CPP). Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
5-Valor Probatório do IP.
a)Fundamenta medidas endo (dentro do processo) procedimentais e a admissão da acusação. Diz se recebe ou não processo, verifica elementos.
b)Valor relativo: Art.155, CPP.
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. 
6-Vicios no IP.
Existe forte entendimento doutrinário e jurisprudencial de que os vícios do inquérito policial não levam a nulidades processuais. Muito cuidado: segundo entendimento majoritário, a prova produzida no inquérito pode ser considerada nula, mas não o inquérito nem a ulterior ação penal.
Atividade:
1-O que é inquérito policial? 
É o conjunto de diligências realizadas pela autoridade policial para obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a materialidade das infrações penais investigadas, permitindo, assim, ao Ministério Público (nos crimes de ação penal pública) e ao ofendido (nos crimes de ação penal privada) o oferecimento da denúncia ou da queixa crime.
2-Explique quem são os destinatários imediato e mediato do inquérito policial
 A cognição imediata acusador ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato ilícito em decorrência de suas atividades rotineiras. Ao contrário, a cognição mediata é verificada quando a consumação de um crime é transmitida a Autoridade policial, por requerimento da vítima, ou de quem possa representá-la, requisição da autoridade judiciária, ou do órgão do Ministério Público, ou mediante representação.
3-Cite e explique as características do IP trabalhadas em aula. 
A)Inquérito é o ato ou efeito de inquirir, isto é, procurar informações sobre algo, colher informações acerca de um fato, perquirir. É um procedimento administrativo preliminar, de caráter inquisitivo, presidido pela autoridade policial, que visa reunir elementos informativos com objetivo de contribuir para a formação da “opinio delicti” do titular da ação penal, o inquérito tem por objetivo subsidiar a propositura da ação penal. Além desta finalidade, o inquérito policial visa colher elementos para o deferimento das medidas cautelares pelo juiz. Natureza jurídica: corresponde a entender o que o instituto representa dentro do ordenamento jurídico. O IP pode ser descrito como um procedimento preliminar, de cunho administrativo e investigatório. Vale ressaltar que não se trata de única modalidade de investigação preliminar.
 B)Obrigatoriedade: O IP é obrigatório PARA O DELEGADO! Se há indícios mínimos da ocorrência de ilícito penal e nao há elementos suficientes para embasar a propositura da ação penal, a autoridade policial está obrigada a instaurar o inquérito policial. Tal característica decorre do Princípio da Obrigatoriedade da ação penal. Vale destacar que da decisão do delegado que indefere a instauração de inquérito cabe rescurso inominado para o Chefe de Polícia. 
C)Indisponibilidade: O IP é indisponível PARA O DELEGADO! Uma vez instaurado, o inquérito policial jamais poderá ser arquivado por iniciativa da autoridade policial (art. 17, CPP). Aqui, vale destacar a aplicação do art. 28 do CPP, segundo o qual cabe ao órgão acusatório pedir o arquivamento do inquérito ao juiz. Caso este considere improcedentes as razões invocadas pelo membro do parquet, fará remessa dos autos ao procurador-geral, que poderá: oferecer denúncia, designar outro órgão do MP para oferecê-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
D)INQUISITIVO, haja vista que não obedece aos princípios da ampla defesa e do contraditório. Em face disso,eventual sentença condenatória NÃO poderá se basear EXCLUSIVAMENTE em elementos de informação colhidos durante a fase investigatória, RESSALVADAS as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas (art. 155, CPP).)
E)Princípio da oficialidade: Por força desse princípio, salvo as exceções expressamente previstas em lei, a atividade de investigação realizada tipicamente no inquérito policial, como a realização de oitivas, requisição de exames periciais, etc, somente pode ser desenvolvida por Delegados de Polícia, ou sob a supervisão destes, por seus agentes. Deste modo, tirante as exceções legais expressamente previstas, outros servidores públicos não poderão exercer funções investigativas típicas de Polícia Judiciária. Não se exclui, todavia, a possibilidade de terceiros, sobretudo a vítima, obterem informações e, até mesmo, provas da prática criminosa, desde que esses atos ditos investigativos não adentrem na esfera de atribuições afetas ao órgão policial judiciário.
F) Procedimento escrito: os elementos informativos produzidos oralmente devem ser reduzidos a termo. O termo “eventualmente datilografado” deve ser considerado, através de uma interpretação analógica, como "digitado". A partir de 2009, a lei 11.900/09 passou a autorizar a documentação e captação de elementos informativos produzidos através de som e imagem (através de dispositivos de armazenamento).
G)Procedimento sigiloso: O inquérito policial tem o sigilo natural como característica em razão de duas finalidades: 1) Eficiência das investigações; 2) Resguardar imagem do investigado. O sigilo é intrínseco ao IP, diferente da ação penal, uma vez que não
é necessária a declaração de sigilo no inquérito. Apesar de sigiloso, deve-se considerar a relativização do mesmo, uma vez que alguns profissionais possuem acesso ao mesmo, como é o exemplo do juiz, do promotor de justiça e do advogado do ofendido, vide Estatuto da OAB, lei 8.906/94, art. 7º, XIX. O advogado tem o direito de consultar os autos dos IP, ainda que sem procuração para tal.
4- Na sua opinião o art. 5° LXXIII da CF incide no IP? Fundamente sua resposta.
 Diante da inserção do direito à razoável duração do processo na Constituição Federal (art. 5º, LXXVIII), já não há mais dúvidas de que um inquérito policial não pode ter seu prazo de conclusão prorrogado indefinidamente. As diligências devem ser realizadas pela autoridade policial enquanto houver necessidade. Evidentemente, em situações mais complexas, envolvendo vários acusados, é lógico que o prazo para a conclusão das investigações deverá ser sucessivamente prorrogado. Porém, uma vez verificada a impossibilidade de colheita de elementos que autorizem o oferecimento de denúncia, deve o Promotor de Justiça requerer o arquivamento dos autos. Não obstante o silêncio da legislação brasileira quanto às consequências de eventual dilação indevida referente a persecuções criminais em que o acusado esteja em liberdade, em pioneiro julgado acerca do assunto, a 5ª Turma do STJ concedeu a ordem para determinar o trancamento de inquérito policial em andamento em relação a suspeitos que estavam em liberdade, por entender que, no caso concreto, passados mais de sete anos desde a instauração do inquérito, ainda não teria havido o oferecimento da denúncia contra os pacientes. Nas palavras do Min. Napoleão Nunes Maia Filho, “é certo que existe jurisprudência, inclusive desta Corte, que afirma inexistir constrangimento ilegal pela simples instauração de Inquérito Policial, mormente quando o investigado está solto, diante da ausência de constrição em sua liberdade de locomoção; entretanto, não se pode admitir que alguém seja objeto de investigação eterna, porque essa situação, por si só, enseja evidente constrangimento, abalo moral e, muitas vezes, econômico e financeiro, principalmente quando se trata de grandes empresas e empresários e os fatos já foram objeto de Inquérito Policial arquivado a pedido do Parquet Federal”
25-08-2016
7-Incomunicabilidade do Preso. Art. 21, caput, CPP.  A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil. 
a)Questão: É constitucional esta incomunicabilidade? 
art. 136,§3°,IV,CF. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.§ 3º Na vigência do estado de defesa: IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
O entendimento amplamente majoritário é de que o art 21, CPP não foi recepcionado (não foi compatível) pela constituição. Isso porque no art. 136,§3°,IV, a CF vedou a incomunicabilidade em situação de estado de defesa. Não sendo permitida em um momento de exceção, entende-se que não seria possível também em momentos comuns, em um “simples” Inquérito Policial.
8-Finalizado o Inquérito Policial, qual o seu destino?
a)Sendo ação privada, aguarda-se o ofendido=> art.19, CPP.  Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
b)sendo pública condicionada, aguarda-se representação
c)Sendo de iniciativa pública incondicionada , dá-se vista ao MP.
c.1)MP pode:
1- Pedir arquivamento, Mp não arquiva, juiz decide arquivamento
2- Oferecer denuncia inicial acusatória
3- Requerer outras diligências imprescindíveis ao oferecimento da denuncia
4- Requerer a remessa a outro juízo. 
III)Ação Processual Penal
1-Especies
a)Ação penal pública->Promovida pelo MP=>(Inicial)Denuncia
a.1)Incondicionada
É a regra. Ministério Público promove a ação independentemente da vontade do ofendido.
a.2)condicionada
Para agir, o MP depende de representação ou requisição, art. 100, §1° CP
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
Ex: 147, CP - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único – Somente se procede mediante representação. 
156, §1°CP - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 1º - Somente se procede mediante representação. 
b)Ação privada=Querelante=>queixa crime 
Promovida pelo ofendido ou pelo seu representante legal por meio de queixa crime. Ver art. 100, §2° - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 
145, CP - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa,
BO é uma noticia crime
c)Por que esta diferenciação?
 A classificação atende a motivos de politica criminal. Aqueles crimes que ofendem a estrutura social e que atingem o interesse geral são promovidos por ação pública incondicionada. Os delitos que afetam imediatamente a esfera íntima do particular e mediatamente o interesse social são de ação pública condicionada. Por fim, os delitos que maculam imediata e profundamente interesses íntimos ensejam ação privada. 
Art.345, CP- Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência. Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. 
2-Condição da ação 
2.1)Classificação Majoritária=CPC
a)Genéricas
a.1)Interesse de agir=>
-Necessidade (exceção: art. 76 lei 9099/95 -86 vade mecum ), presumidada
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco
anos. § 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. 
-Adequação (ver sumula 693 STF) quando não for condenatória (Habeas liberatório). Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.
- Utilidade – tem que ser útil 
a.2)Legitimidade das partes
Pertinência subjetiva da ação. Legitimação para ocupar “polo ativo” (acusa) e “polo passivo” do réu somente pessoa física exceção crime ambiental 
art. 225 § 3° CF Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
a.3)Possibilidade jurídica do pedido?
a.4)substituições das condições da ação/Aury Lopes Junior
Propõe a substituição destas condições (oriundas do processo civil), pelas seguintes:
- Pratica de um fato aparentemente criminoso (fumus commissi delicti) 
 -Punibilidade concreta; tem que ser possível punir
 -Legitimidade; 
-Justa causa, tem que ter prova mínima para iniciar o processo.
b)Específicas/Especiais
São aquelas condições exigidas pela lei para alguns casos concretos.
Exemplos:
-Representação do ofendido, requisição do ministro da justiça, poderes especiais na queixa crime, art 44 CPP, 236, CP
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. Conhecimento prévio de impedimento 
Obs: ver tema 25-08-16
01-09-2016
3- Ação Pública
a)Titular: Ministério Público. Art. 129, I, CF, art. 257, I, CPP
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei. 
Art. 257.  Ao Ministério Público cabe: 
        I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Código
a.1)Em caso de Inércia do Ministério Público, é cabível ação privada subsidiaria da pública. Art. 5° LIX, CF; Art. 29, CPP.
Art. 5º, CF Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
Art. 29, CPP.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la (negar, afastar) e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Muito cuidado: O oferecimento de denuncia, o pedido de arquivamento e o pedido de diligencias impedem a propositura da ação subsidiaria da pública.
b)Princípios da ação pública:
-Obrigatoriedade/ legalidade; Exceção art 76, 9099=> Obrigatoriedade mitigada
 Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. § 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. 
-Indisponibilidade. Art. 42, CPP, Art. 576, CPP se ver que é inocente pede absolvição.
Art. 42.  O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
Art. 576.  O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
Art. 385.  Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
, 9099/95 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal ).
-Intranscendência. Art.5°, XLV, CF
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
-Oficialidade= MP promovida por órgãos oficiais
-Divisibilidade= dividir (Tribunais Superiores=>STJ e STF)
3.1)Ação Publica Condicionada
a)Representação
-“Autorização” do ofendido= autoriza MP para agir, oferendo sua denuncia
Quando for necessária a representação, haverá indicação expressa na lei (“somente se procede mediante representação”, “Dependerá de representação”). 
Ex:- Ameaça ( art. 147,§ Ú , CP) Art. 147 – Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Parágrafo único – Somente se procede mediante representação.
- Crimes contra a dignidade sexual ( art. 225, CP);. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal
pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. Aumento de pena 
-Lesão corporal leve e culposa (Art. 88, lei 9099/95). Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
-Não tem forma especial ver HC 8874, STF
-Prazo decadencial= Prazo de 6 meses da ocorrência do fato, ou momento conhecimento da autoria Art. 38.  Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único.  Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
-Retração até oferecimento (ou recebimento) da denuncia. Exceção lei Maria da penha art 16 até recebimento Art. 25, CPP
Art. 25.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.=> MP
-Eficácia objetiva da representação (por fato)– Em face da vitima-> fato, mais a, b, c . Feita a representação por um fato delituoso, a representação abarca todos autores e participes daquele fato.
4)Ação Privada
a)Espécies
A ação processual privada pode ser propriamente dita, personalíssima ou subsidiaria da pública a primeira pode ser proposta pelo ofendido e, na sua falta, pelas pessoas do art. 31, CPP. A segunda pode ser proposta única e exclusivamente pelo ofendido; e o único caso é o do art. 236, CP. A terceira pode ser proposta pelo ofendido ou pelo seu representante, quando a ação não for proposta pelo MP no prazo legal.
  Art. 31.  No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. Conhecimento prévio de impedimento 
Propriamente dita= mais comum=31 CPP
Personalissima=236, CP=ofendido ( Não)
Subsidiaria=MP inerte
b)Princípios:
-Oportunidade ou conveniência
É a faculdade de propor, ou não, a queixa-crime.
-Disponibilidade “continuar”
É a decisão de “ Prosseguir” 
-Intranscendencia. Art. 5°, XLV, CF Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido
-Indivisibilidade. Art.48,CPP .  A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. Mp vai verificar se foi proposital ou não , se foi vai pedir para extinguir o processo , se não a parte que se pronuncie se quer aditar ou não quem ficou de fora da denuncia
-Prazo decadencial=> 6 meses art. 38 CP conhecimento da autoria
Art. 38.  Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único.  Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
5)Peças Inaugurais
5.1)Denuncia-> Incondicionada ou condicionada (representada)
->Elaborada pelo MP
->Requisitos art.41,CPP.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
->Prazo
Em regra, (5) cinco dias se preso; (15) quinze dias se solto. Ver art 46, caput CP. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. Lei de drogas 30 e 90 se solto ; Justiça Federal 15 e 30
5.2)Queixa-crime
->Art. 41, CPP + cuidar procuração: .  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
art 44CPP. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
No que tange a menção ao fato criminoso, não precisa ser um relato exaustivo, bastando que se mencione o fato. Eventuais omissões na procuração estarão supridas se o ofendido assinar juntamente com o advogado, o que é recomendado.
Atividade: Folha
08-09-2016
4-Prisões
1. Espécies
a) Prisão pena =depois trânsito em julgado de uma sentença penal condenatória
b) Prisão Processual= não é prisão pena, não tenho ainda uma pena
2-Flagrante = Pré cautelar
a) Espécies
a.1)Facultativo(poderá) ou Obrigatoriedade(deverão), art 301, CPP.
ART 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
 a.2)Próprio (I e II), Impróprio (III), Presumido (IV): Art. 302, CPP
art 302 Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. =80 horas
 a.3)=Forjado ex: enxerto de drogas (ilegal),
 =Preparado ex: preparação de uma cena criminosa,ex: policial armando situação para comprar droga art (ilegal, sumula 145, STF) 
145, STF. Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.
 =Esperado-esperando delito acontecer (legal) e Protelado-esperando delito acontecer (legal); 
 =Retardamento da Intervenção Policial querem pegar chefe- com autorização em lei depende de expedição judicial.
Na forma do art. 310, CPP, ao receber o Auto de Prisão em Flagrante a autoridade terá 3 possibilidades
 Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; o III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena
de revogação.
 1) Relaxar a prisão ilegal (I),
2) Converter a prisão em flagrante em cautelar ( II) ou 
3) Conceder liberdade provisória.
3)Prisão Cautelar =Provisória
a) Imprescindível art. 312
=FUMUS COMISSI DELICIT=Fumaça do Cometimento do Delito=probabilidade forte do ato criminoso. 
=PERICULUM LIBERTATIS= perigo da liberdade do sujeito
b)Princípios das Prisões Cautelares =
=Jurisdicionalidade lembra juiz, único que pode decretar prisão cautelar,
=Provisionalidade =significa que só pode ser mantida enquanto estiverem presentes os requisitos, enquanto for necessária será mantida, 
=Excepcionalidade =a regra é a liberdade, a exceção é a prisão 
=Proporcionalidade= olhar as consequências, a sentença não deve ser maior que o crime
3.1 -Prisão Preventiva
a)Previsão legal: Art.312, caput e parágrafo único, CPP art. 313, CPP
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
 
 a.1)Fundamento (hipóteses alternativas): art. 312
-Ordem Pública= O STF já afirmou o entendimento de que o clamor social não constitui fator de legitimação de prisão cautelar. Ver HC 80.719, STF
-Ordem Econômica criminalidade econômica
-Conveniência da Instrução - instrumentabilidade do processo, ameaçando testemunha, atrapalhando processo
-Assegurar Aplicação da Lei Penal – fugir – 319 e 320 CPP
-Descumprimento de outras medidas cautelares
b)Fundamentação deve ser baseado em DADOS CONCRETOS, e não em situações abstratas. O STF aborda o “ Principio tácito de individualização da prisão cautelar”. Ver art. 93 IX da CF e art. 315, CPP.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada.
c)Momento qualquer momento, sendo possível no curso da investigação ou do processo. Não tem prazo
d)Revogação e Nova Decretação art. 316, CPP
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
3.2)Prisão Temporária=somente durante investigação 7960/89
a)Finalidade possibilitar a investigação de crimes graves.
b)Cabimento apenas na fase administrativa do processo penal.
 b.1)Previsão Legal art 1°, I, II e III da lei 7960/89. São necessários o fumus comimissi delite (art 1°,III 7960/89 e periculum libertatis (art. 1°, I OU II, 7960 .
 c)Prazo 
=Regra 5 mais 5 ver art 2° da 7960/89
=Exceção 30 mais 30 ver art 2° paragrafo 4° 8072/90 Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: § 4o  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.     
	 .
Lei 7960/89 Art. 1° Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.   (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016)
art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. § 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.
Atividade: folha
15-09-2016
Prisão Processual (meio do processo)–Prisão Pena (depois transito em julgado)
4-Mediadas cautelares alternativas
a)”Novidade” no CPP->lei 12.403/2011, art. 319-320
b)Critérios- art. 282, CPP
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. 
 -Necessidade-I
-Adequação-II
b.1)Modalidades: art. 319,V é diferente de prisão domiciliar e 320 CPP
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão. I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado
dela permanecer distante; IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;(medida segurança provisória cautelar) VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; IX - monitoração eletrônica. 
Art. 320.  A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
 c)Possibilidade de cumulação: art.282, § 1°, CPP
Art. 282.  As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: § 1o  As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.
d)Descumprimento e desnecessidade: art. 282, §§ 4° e 5°, CPP
§ 4o  No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas (319-320), o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante (queixa iniciativa privada), poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
§ 5o  O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
 d.1)Situacionalidade
d.2)Prisão=ultima ratio
 5-Nulidades =vícios do ato Processual
I)Tipicidade Processual Penal encaixe na norma=observância da forma da lei, tem que ser seguida
-Tipicidade é Garantia
1)Não observância da prova=>Ato viciado
1.1)Vicio=>Graus:
A atipicidade apresenta os seguintes graus: 
1-Irregularidade;
2-Inexistencia;
3-Nulidades absolutas e 
4-Nulidades relativas.
II) Graus de atipicidade
1)Irregularidade=>
Defeito de mínima relevância. Não há nulidade. Ex: defeito erro de grafia no nome, laudo fora do prazo
2-Nulidades Relativas=> Interesse das partes- provocação das partes
Interesse preponderantemente das partes em determinado e especifico processo. Em regra, só pode ser declarada mediante provocação das partes.
 2.1)Principio do Prejuizo=> “PAS DE NULLITE SANS GRIEF”. Art. 563 e 566, CPP 
Art. 563.  Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.
 Art. 566.  Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa. 
precisa demonstrar o prejuízo tenho que declarar
 2.2)Momento para declarar: Passou? Houve preclusão !! 571, CPP Art. 571.  As nulidades deverão ser argüidas: I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o. II - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos especiais, salvo os dos, nos prazos a que se refere 
 2.3)Principio do Interesse
A parte deve ter interesse e não deve ter dado causa. Ver artigo 565, CPP Art. 565.  Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
2.3.1)Inversão de Sinais: Aury Lopes Junior e Gustavo Badaró
Os autores propõem uma “Inversão de sinais”: Não é a parte que alega a nulidade que deverá demonstrar o prejuízo, mas o juiz que deve expor, de forma fundamentada, as razões pelas quais há atipicidade não impediu que o ato atingisse sua finalidade. Essa “Inversão de sinais” permite a liberação dessa carga probatória por parte da defesa e atribui ao juiz a necessidade de demonstrar ser devida a convalidação do ato (e sua permanência no processo).
3)Nulidades Absolutas= interesse publico= partes/ de oficio
Há violação de regra constitucional ou de lei infra-constitucional de interesse público. A doutrina leciona que há prejuízo presumido. Pode ser declarada por invocação das partes ou de oficio (sem ninguém pedir) pelo juiz em qualquer momento.
Exemplo: sem defensor, sem advogado, violação ampla defesa
-Tribunais Superiores=>
Os tribunais superiores tem exigido demonstração de prejuízo também nas nulidades absolutas. Ver RHC 110. 623, STF.
-Insanável=>
A nulidade absoluta não esta sujeita há preclusão podendo ser argüida mesmo depois do transito em julgado( revisão criminal ou habeas corpus). Tratando-se de sentença absolutória, mesmo as nulidades absolutas não podem ser reconhecidas de oficio em prejuízo da defesa, se não foram alegadas pelo órgão acusador. Nesse sentido ver a sumula 160 do STF 
Sumula 160 STF-É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não argüida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
4-Atos Inexistentes/Não-Ato/Aparência de Ato
“Para que algo valha é preciso que exista.” (Pontes de Miranda). A doutrina refere não ser necessária a declaração judicial.
4.1)Preexistente (anterior) a questão da validade Nulidade absoluta( não existe, não precisa ser declarado
Exemplo: Sentença dada por alguém que não é juiz, sentença dada sem dispositivo.
Atividade
Aponte o vicio existente nos atos que seguem
a- Denuncia feita e subscrita por estagiário do MP:
Nulidade relativa
b- Sentença proferida por juiz em férias:
 Nulidade absoluta
c- Sentença proferida por juiz absolutamente incompetente (juiz estadual no lugar de juiz federal);
Ato Inexistente
d- Não intimação do advogado para apresentação de contra razões ao recurso do MP:
Nulidade Absoluta
e- E no curso do processo o acusado ser chamado de “Juarez” quando seu nome é “Juares”:
Meras Irregularidades

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