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Mod_3 - TEORIAS DE INTELIGÊNCIA_ CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS

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24/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/2
 
MÓDULO (3)
 
Este módulo será o primeiro de três a tratar das Teorias de Inteligência. Este
centralizará sua atenção no conceito de Inteligência como capacidade cognitiva, a
fim de, estabelecer algumas considerações críticas iniciais. O capítulo de
ALMEIDA, L. S.; PRIMI, R., Considerações em torno da medida da inteligência,
em: PASQUALI, L. e cols., Instrumentação Psicológica: fundamentos e
práticas. Artmed. 2010. p.386-410 iniciará com um breve relato sobre a
polêmica em torno da definição e em torno da medida de inteligência. Salienta as
críticas sobre a descrição fatoralista da inteligência, que eram descritas a partir de
seu desempenho e não de sua essência, bem como, da psicologia cognitiva, que
apesar dos experimentos não conseguiu uniformidade de posições. Contudo,
apesar das considerações é importante conceituar pelo menos duas abordagens
da inteligência: como uma entidade simples e como uma entidade integradora de
funções. A inteligência geral tem sido avaliada por tarefas que envolvem
compreensão, raciocínio e resolução de problemas. Em outras palavras,
predominam funções cognitivas mais complexas que simples. Estudos
cognitivistas mais recentes reforçam a importância dos componentes relacionais e
inferenciais na descrição do exercício da inteligência, ou seja, a predominância de
funções complexas. Com isto, decorrem várias classificações dos testes de
inteligência, porém, aqui serão agrupados em testes de inteligência de aplicação
coletiva e de aplicação individual. Abaixo um exemplo de questão que encontrará
durante seu estudo.
 
Muitas são as críticas aos instrumentos de avaliação de inteligência. Estas
parecem estar propiciando a diminuição no uso da palavra “inteligência”. Em seu
lugar têm surgido outras como “cognição” e “competências de realização.”
Contudo, este desinteresse pelo estudo da inteligência não atribui a ela uma
importância menor. Por esta razão é possível afirmar que:
 
a) Nos casos de atraso no desenvolvimento da aprendizagem escolar, os testes
de inteligência podem ser substituídos por observações e escalas respondidas pelo
professor.
b) Nos dias atuais a avaliação das aptidões cognitivas é um dos domínios da
psicologia que não tem muita aplicação. Estão dando lugar a análise da
‘performance’ no caso de adultos.
c) Os testes de inteligência não perderam sua pertinência. Uma das
comprovações desta afirmação é o resultado da pesquisa feita em 44 países de
que o teste mais usado é o WISC.
d) Estudos de revisão salientam que em situação de trabalho, a medida
cognitiva tem menor capacidade preditiva de desempenho profissional.
e) Nosso desinteresse no estudo da inteligência refere-se à concepção de
inteligência como uma estrutura de aptidões diferenciadas, ou seja, organizadas
hierarquicamente.
 
Para esta questão a resposta correta é a letra (c). As novas concepções e
conhecimentos sobre dificuldades de aprendizagem não permitem a substituição
da avaliação de inteligência. É possível complementar com outros recursos.
Quanto à avaliação das aptidões cognitivas este é um dos domínios da psicologia
que tem muita aplicação tanto em crianças quanto em adultos. As pesquisas
24/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/2
apontam que a melhor capacidade preditiva de desempenho profissional é a
medida cognitiva. A concepção de inteligência como uma estrutura de aptidões
diferenciadas tem sido razão de vários estudos sobre a inteligência.
A controvérsia existente sobre os testes de inteligência ficaram particularmente
mais intensos nos períodos de grande uso, como no pós-guerra e na década de 60
quando os EUA investiu recurso maciço na educação. Múltiplos argumentos foram
usados, em especial, o baixo valor científico e a falta de neutralidade social. É
difícil assegurar que se está avaliando algo cuja definição não é perfeitamente
clara. A busca de estandardização e objetividade parecem não assegurar o que se
está avaliando. De acordo com os autores do texto referenciado, o “artificialismo”
nas situações apresentadas e na execução impedem que os examinandos
expressem suas reais capacidades. Uma proposta para realizar uma avaliação
mais abrangente da inteligência é o programa SOMPA (system of multicultural
pluralistic assessment) que integra informações da escala Wechsler com outras
obtidas por meio de entrevistas, avaliação sensório-motora e inventário de
comportamentos. Por último, este módulo se centrará nas possibilidades de
investigação advindas de alterações previsíveis na avaliação da inteligência.
 
De acordo com Almeida (2010) algumas alterações na avaliação de inteligência
são previsíveis. Qual das afirmações abaixo se refere a essas possibilidades:
I) Decompor conceitos clássicos de inteligência nos seus elementos processuais
mais básicos.
II) Valorização progressiva das capacidades e aspectos cognitivos ligados a
aprendizagem em detrimento da aptidão mental.
III) Valorização progressiva da aptidão mental em detrimento das capacidades e
aspectos cognitivos ligados à aprendizagem.
IV) Integrar conceitos de inteligência como aptidão verbal, quociente de
inteligência e raciocínio.
V) desenvolvimentos teóricos operados no campo dos estudos do processamento
da informação.
 
a) As afirmativas (I), (II) e (V) são verdadeiras.
b) As afirmativas (I), (III) e (IV) são falsas.
c) As afirmativas (II), (III) e (IV) são verdadeiras.
d) As afirmativas (II), (IV) e (V) são falsas.
e) As afirmativas (III), (IV) e (V) são verdadeiras.
 
 
A alternativa correta é a letra (a), pois as afirmativas (I), (II) e (V) estão corretas. A afirmativa
(III) está incorreta porque o que se pretende é que a avaliação de aptidão mental e intelectual
pura decresça rapidamente no campo dos estudos sobre problemas de aprendizagem. A
afirmativa (IV) dada à valorização da decomposição dos conceitos citados está incorreta
Complementarmente a estas reflexões é importante ler também o texto de PASQUALI, L.,
Inteligência: Um conceito equívoco. em PRIMI, R. (org) Temas em Avaliação Psicológica.
Campinas. Ibap. 2002. Cap.7.