Buscar

Anestésico local em gestantes e crianças

Prévia do material em texto

Paciente gestante❖
Atender no segundo período da manhã-
No final da gestação é atendida sentada-
Atendida deitada do lado esquerdo para não comprimir a veia 
cava
-
Todo sal anestésico atravessa a membrana placentária, o fígado 
do feto ainda está em imaturo, é preciso metabolizar para que 
seja excretado.
-
Tetraciclina, que pode manchar o dente pelo depósito de 
ortofosfato na dentição tanto decídua quanto dos dentes 
permanentes que se formam na vida intrauterina.
-
Toda mulher em idade fértil devemos tratar como 
potencialmente grávida. Não devemos correr o risco, então 
sempre tratar a paciente como potencialmente grávida, 
evitando até constrangimento.
-
Utilizar anestésico com vasoconstrictor, tendo em vista 
que quando eu utilizo anestésico com vasoconstrictor vou 
diminuir dose anestésica, evitando toxicidade sistêmica e 
aumentando o tempo de trabalho, dando mais conforto a 
paciente e evitando que ela sinta dor, com isso retardar a 
absorção do sal anestésico para a corrente sanguínea, o que 
diminui sua toxicidade e aumenta o tempo de duração 
anestésica.
-
OBS: Todo sal anestésico, por ser lipossolúvel, atravessa a 
barreira placentária. Existem fatores que vão determinar qual 
anestésico vai passar mais rápido, uns mais rápidos, outros 
mais lentos, mas todos vão passar.
Fatores que determinam a quantidade e velocidade 
transferência do anestésico:
Tamanho da molécula: quanto mais pequena for a molécula 
irá ultrapassar com mais facilidade, dentre os sais anestésicos a 
que tem menor tamanho de molécula é a prilocaína do 
que a lidocaína, mepivacaína e bupivacaína, isto quer dizer que 
a prilocaína atravessa mais rapidamente a barreira, em relação ao 
tamanho da molécula quem dá maior proteção é a 
bupivacaína em relação a este fator, porém lembrar que ela 
tem toxicidade cardíaca, é 4 vezes mais cardiotóxica, então não 
importa que ela tenha tamanho grande porque ela vai passar 
para corrente de qualquer forma.
1.
Grau de ligação do A.L ás proteínas plasmáticas: Outro 
fator que vai determinar quem vai passar mais rapidamente, a 
molécula anestésica ultrapassa a membrana placentária, quando 
ela está livre, quanto maior estiverem ligadas as proteínas 
plasmáticas mais dificilmente ela vai ultrapassar a barreira 
placentária, quanto maior a ligação às proteínas plasmáticas maior 
proteção ao feto. Obs: o anestésico somente atravessa a 
placenta se estiver na forma livre.
2.
Quem vai se ligar pouco as proteínas plasmáticas é prilocaína 
(55%). A bupivacaína (96%) se liga melhor as proteínas 
plasmáticas do que os outros anestésicos. Lidocaína (64%), 
mepivacaína (77%). A bupivacaína seria o agente anestésico mais 
seguro, porque ela é a maior (molécula grande), se liga mais as 
proteínas plasmáticas, só que ela tem uma longa duração de 
anestesia – 6 à 7 horas circulando, e ela é mais cardiotóxica do que 
os outros; tem uma metabolização lenta, 4 vezes mais lenta do 
que os outros anestésicos e ultrapassa membrana placentária.
OBS: Como o sangue fetal tem menor quantidade de 
globulinas, a ligação proteica é ~ 50% daquela observada em 
adultos. Como consequência, tem-se mais anestésico livre na 
circulação. 
A fase de metabolização das drogas: Como o fígado 
do feto não possui ainda sistema enzimático maduro, a 
metabolização das drogas anestésicas na corrente circulatória 
do feto é mais demorada. A metabolização hepática da 
mepivacaína é 2-3 vezes mais lenta do que a da lidocaína. 
3.
OBS: Metemoglobinemia: Efeito é explicado pela 
existência de tolueno na molécula de prilocaína, que, 
quando a substância é metabolizada no fígado, se 
transforma em ortoto-luidina, um composto capaz de 
oxidar o ferro ferroso, passando-o para o estado férrico, 
e bloquear as vias da metemoglobina-redutase. 
Importante, mais uma vez, destacar que a quantidade 
de metemoglobina formada é diretamente 
proporcional à dose de prilocaína administrada. 
A dose máxima segura de prilocaína no ser humano é de 
6 mg/kg de peso corporal, não se devendo ultrapassar 
400 mg. As soluções anestésicas locais que contêm 
prilocaína, no Brasil, apresentam esse sal anestésico numa 
concentração de 3%, ou seja, 3 g de prilocaína para cada 
100 mL de solução, ou seja, 30 mg/mL. Como o tubete 
anestésico contém um volume de 1,8 mL, irá conter uma 
quantidade de 54 mg de prilocaína. A dose máxima 
permitida a um indivíduo sadio de 60 kg de peso seria 
então de 360 mg, equivalente ao volume contido em ~ 6-7 
tubetes anestésicos. Com base nesses cálculos, pode-se 
deduzir que a metemoglobinemia dificilmente irá 
desenvolver--se em um paciente odontológico ambulatorial 
saudável, desde que as doses de prilocaína permaneçam 
dentro dos limites recomendados.
Criança, grávida e idoso são mais susceptíveis para ter 
anemia, se paciente tem anemia, a pessoa tem menor 
quantidade de albumina e alfa-glicoproteína, que é responsável 
por carrear os medicamentos, consequentemente vou ter 
droga livre, 54 mg de prilocaína em um tubete só 
circulando no organismo da mãe e do feto. Então, terei 
mais chance de desenvolver metemoglobinemia do que um 
indivíduo que não esteja grávido. Se eu tenho droga livre, ela 
se liga às proteínas plasmáticas, com anemia a pessoa tem 
menos quantidade de albumina e alfa-glicoproteína ácida 
(que são responsáveis por carrear as drogas), tendo mais 
droga livre no sangue (isso é tóxico para o organismo). 
Azul de metileno é a droga que reverte a 
metemoglobina. Dentista não aplica, médico que faz a 
anamnese e aplica o azul de metileno e consegue reverter.
OBS: VASOCONSTRITOR DA FELIPRESSINA 
MIMETIZA OCITOCINA. Então nos 3 primeiros 
meses gestacionais, corre o risco da paciente abortar, nos 
3 últimos meses corre o risco da paciente entrar em 
trabalho de parto.
Paciente grávida em qualquer período gestacional, de 
preferência saudável aplica lidocaína 2% com 
epinefrina (1:100.000). Grávida com hipertensão 
controlada, você trata como se fosse um paciente normal, 
qual é o anestésico indicado? -> lidocaína com epinefrina. 
Se tiver paciente grávida com hipertensão não 
controlada, junto com o médico avalia risco e benefício 
para o tratamento da paciente, qual a droga a utilizar? ->
prilocaína 3% com felipressina, desde que a paciente
não tenha anemia utilizando em menor dose, menor risco. Se 
a paciente for hipertensa não controlada e tiver 
anemia, usa a mepivacaína, desde que ele controle 
a dor dessa paciente. 
Larissa Primo 
Anestésico local em gestantes e crianças 
 Página 1 de Terapêutica 
Paciente pediátrico❖
Um adulto jovem tem em média 6 litros de sangue, 
enquanto que uma criança 3,5 anos e meio tem 1,5 
litros. É muito mais fácil acontecer acidentes graves no caso 
do paciente pediátrico, tendo em vista deles apresentarem 
menor volume plasmático.
-
É preferível a gente utilizar a infiltrativa, mesmo na 
mandíbula do paciente pediátrico.
-
Para evitar reações adversas em relação ao anestésico, é 
necessário sempre usar anestésico com vasoconstritor, 
porquê? -> MENOR DOSE, MAIS LOCALIZADA 
NAQUELA REGIÃO, PORQUE VOCÊ VAI CONTRAPOR 
A VASODILATAÇÃO DO SAL. Quando você tem o 
anestésico com vasoconstritor, você tá na concentração de 
2% (menor quantidade de sal), sem vasoconstritor, tem 3%. 
-
Para evitar reações adversas dos anestésicos locais em 
crianças é necessário:
-
Usar anestésico com vasoconstritor; 1.
Evitar injeção intravascular 2.
Usar menor volume e menor concentração3.
Reduzir a dose em 1/3 quando a criança estivar 
sedada ou muito debilitada.
4.
Recomenda-se a seguinte ordem de escolha:-
Lidocaína 2% com adrenalina: 1:100.0001.
Mepivacaína 2% com epinefrina: 1:100.0002.
Sempre utilizando a concentração de 1:100.000, porque é 
altamente diluído.
Porque coloca a mepi em segunda opção? Porque ela fica 
mais tempo circulando, já que ela tem uma metabolização 
lenta. E criança tem o fígado, o sistema enzimáticonão 
totalmente maduro, então hepatócitos ainda em formação, 
então metabolização mais lenta que um adulto. 
OBS: No livro diz lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00
PRILOCAÍNA 3% COM FELIPRESSINA 0.03 UI/ML, DEVE-
SE EVITAR EM CRIANÇA PORTADORA DE ANEMIA. 
Devido a metemoglobinemia.
-
Articaína 4% não é recomendada para criança abaixo de 4 
anos, devido à concentração a 4%, você tem muito maior a 
quantidade de sal no tubete anestésico do que utilizando a 
bupivacaina e mepivacaína. Dose máxima de articaína é de 
5mg/kg. 
-
 Página 2 de Terapêutica

Continue navegando