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Questões de Direito Internacional Público
Professor: Alexandre Cordeiro
Aluno: Pâmela da Silva Rodrigues Pereira RA: B81BHA4
AULA SOBERANIA
1.O QUE É PACTA SUNT SERVANDA?
Significa "os pactos assumidos devem ser respeitados" ou mesmo "os contratos assinados devem ser cumpridos". É um princípio-base do Direito Civil e do Direito Internacional, isto porque não se pode obrigar alguém a cumprir um contrato, no qual não é signatário. No seu sentido mais comum, esse princípio refere-se aos contratos privados, enfatizando que as cláusulas e pactos ali contidos são um direito entre as partes, e o não cumprimento das respectivas obrigações implica a quebra do que foi pactuado. Esse princípio geral no procedimento adequado da práxis comercial implica o princípio da boa-fé. É um requisito para a eficácia de todo o sistema, de modo que uma eventual desordem seja às vezes punida pelo direito de alguns sistemas jurídicos mesmo sem quaisquer danos; diretos causados por qualquer das partes.Com relação aos acordos internacionais, "todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa-fé", ou seja, o princípio sunt servanda é baseado na boa-fé. Isto legitima os Estados a exigir e invocar o respeito e o cumprimento dessas obrigações. Essa base da boa-fé nos tratados implica que uma parte do tratado não pode invocar disposições legais de seu direito interno como justificativa para não executar. O único limite ao pacta sunt servanda é o jus cogens (latim para "direito cogente"), que são as normas peremptórias gerais do direito internacional, inderrogáveis pela vontade das partes.
2. COMO SE DEVE ENTENDER A REGRA DA "pacta sunt servanda" EM FACE DA REGRA “rebus sic stantibus"?
São dois os princípios correlatos, porque, embora por trilhas antagônicas, levam ao mesmo destino, que é a garantia de um fim juridicamente protegido ou, pelo menos, almejado. O primeiro para preservar a autonomia da vontade, a liberdade de contratar e a segurança jurídica de que os instrumentos previstos no nosso ordenamento são confiáveis. O segundo para proteger o bem comum, o equilíbrio contratual, a igualdade entre as partes e a certeza de que o interesse particular não predominará sobre o social. O princípio da força obrigatória (pacta sunt servanda) é uma regra, cuja exceção tem merecido cada vez mais a atenção do jurista pátrio. Versa sobre a vinculação das partes ao contrato, como se norma legal fosse, tangenciando a imutabilidade. Já a teoria da imprevisão (rebus..) constitui uma exceção da qual a regra está a merecer mais observação do legislador. Contempla a possibilidade de que um pacto seja alterado, a despeito da obrigatoriedade, sempre que as circunstâncias que envolveram a sua formação não forem as mesmas no momento da execução, imprevisível e inimputável, de modo a prejudicar uma parte em benefício da outra. Percebe-se que ambos os princípios giram em torno do cumprimento do contrato; da necessidade de cumpri-lo incondicionalmente ou de, condicionalmente, alterá-lo. Justamente por isso é que não é possível falar de pacta sunt servanda ou de rebus sic stantibus sem mencionar a revisão dos contratos. O leitor perceberá que a revisão contratual acaba tomando boa parte deste estudo, ainda que não seja este, exatamente, o objeto perseguido. No caso da força obrigatória, em função das suas limitações. No da teoria da imprevisão, pelo fato desta ser pressuposto à revisão.
3. OS TRATADOS INTERNACIONAIS TAMBÉM SE FUNDAM NA REGRA DO PACTA SUNT SERVANDA?
Os tratados quase sempre são negociados pelos agentes diplomáticos que assistem aos seus Chefes de Estado e só se tornam obrigatórios após sua ratificação, que acontece, normalmente, quando se encerra a apreciação do Poder Legislativo de um determinado Estado. A necessidade de submeter o tratado à apreciação do Poder Legislativo situa-se na ideia de que o povo é detentor da soberania, que delega, por sua vontade, ao legislativo nacional. Os tratados são tão importantes quanto as leis, pois obrigam o Estado ao seu cumprimento e desta forma, obrigam os cidadãos. Neste sentido, pode-se afirmar que a subordinação ao tratado advém do acatamento deste pelos Estados que o ratificaram e fundamentado no pacta sunt servanda, em virtude do qual o Estado deve cumprir as obrigações dele decorrentes, sob pena de responder na esfera internacional pela quebra do que fora firmado. A obrigação de cumprimento do contrato tem assento na Convenção de Viena, que preceitua em seu art. 26 que “Todo tratado em vigor obriga às partes e deve ser cumprido por elas de boa-fé. (pacta sunt servanda).” E no seu art. 27 estabelece que “uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado. Esta regra não prejudica o artigo 46.” Deve-se atentar para o fato de que o cumprimento de um tratado por parte do Estado que o ratificou, ou que a ele aderiu, dura enquanto o tratado estiver em vigor no cenário internacional.
4. QUANDO UM PAÍS COMPÕE O GRUPO DAS NAÇÕES UNIDAS, ELE ABRE MÃO DE SUA SOBERANIA?
A Organização das Nações Unidas é uma organização internacional de direito público cujo objetivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e a realização da paz mundial entre os países membros. O desenvolvimento do direito internacional é um dos objetivos primários das Nações Unidas. O Direito Internacional define as responsabilidades legais dos Estados em sua conduta uns com os outros e o tratamento dos indivíduos dentro das fronteiras do Estado. Conduz também à definição de responsabilidades legais dos Estados em sua conduta uns com os outros e o tratamento dos indivíduos dentro das fronteiras do Estado. Os tratados são considerados uma das fontes do Direito Internacional positivo e podem ser conceituados como todo acordo formal, firmado entre pessoas jurídicas de Direito Internacional Público, tendo por finalidade a produção de efeitos jurídicos. São essas as definições de tratado e Direito Internacional informadas no site oficial da ONU no Brasil. Para se tornar parte de um tratado, um Estado deve expressar, através de um ato concreto, a sua vontade de realizar os direitos e obrigações contidas no tratado. Deve “consentir em ficar vinculado” a ele, justificando a Vox de Kelsen. As considerações de Kelsen fizeram o mundo dar-se conta de que a concepção clássica da soberania, vista como um poder ilimitado, não poderia ser considerado, nem no aspecto interno e nem no externo. A partir de suas análises e, em decorrência das causas de período de transição, o poder limitado da soberania absoluta começou a perder seu significado, para dar espaço a um conceito mais flexível, permitindo maior possibilidade de relacionamento entre os Estados soberanos e organismos internacionais. Podemos ver a concessão de uma liberdade limitada é tão contraditória quanto a concessão de uma soberania ´limitada´ ou parcial. O conceito moderno de soberania, que teve início nos anos 50, é diferente, pois organizações como a Organização das Nações Unidas (ONU) têm poderes que se sobrepõem aos poderes dos Estados. Atualmente, os Estados aparecem com igualdade jurídica entre si. Na celebração dos tratados, a igualdade entre os Estados é apenas formal. Na prática, aquele que possui maior força política e militar impõe as condições do tratado. Assim acontece com todos os tratados de paz, quando a rendição na parte derrotada é simbolizada pela aceitação de um tratado. O próprio Kant (2005) afirmava que a guerra é o meio de afirmar o direito pela força. O Direito Internacional é definido por como “ a forma jurídica da luta dos Estados capitalistas entre si pela dominação sobre o resto do mundo”. Podemos ver que é um elemento determinante da desigualdade na ordem internacional é a estrutura de violência do Estado mais forte, a coerção desigual: “a forma jurídica internacional assume igualdade jurídica e violência desigual”. A organização (ONU) não se propôs constituirum "superestado" ou um governo mundial, mas sim pôr em ação um sistema de segurança coletiva, fundamentado na cooperação voluntária de seus membros. Cada um dos estados-membros continuou sendo plenamente soberano, sem que a organização, como tal, tivesse competência nos assuntos pertencentes à jurisdição interna dos estados. Conclusão final: O país que faz parte da ONU não perde a soberania, somente se o conselho de segurança autorizar e o país solicitar ajuda externa.
5. A ONU TEM PODER DE INTERVENÇÃO SOBRE ESTADOS AUTÔNOMOS?
OS OBJETIVOS E PRINCÍPIOS DA ONU:
O artigo 1º da Carta define os objetivos primordiais das Nações Unidas: a manutenção da paz internacional; a defesa dos direitos humanos; o estabelecimento de relações amistosas entre as nações, com base no princípio de autodeterminação dos povos; a cooperação dos países na solução de problemas internacionais de ordem econômica, social, cultural e humanitária; e constituir-se em centro de convergência das ações dos estados na luta pelos objetivos comuns. Os princípios básicos que devem reger a ação das Nações Unidas são expressos nos artigos seguintes. Em primeiro lugar, as disputas devem ser solucionadas por meios pacíficos, tais como sanções econômicas ou políticas, ou mediante o uso de uma força coletiva. Em troca, cada membro se compromete a não fazer uso da força nem a utilizar a ameaça da força contra os objetivos das Nações Unidas. Cada um dos membros é obrigado a prestar ajuda à organização em qualquer iniciativa prevista pela Carta. Os estados não pertencentes à organização são chamados a agir de acordo com os mesmos princípios, quando isso for necessário para a manutenção da paz e da segurança. Exceto no cumprimento de seus objetivos, a organização não pode intervir em matérias que caibam à jurisdição interna de cada estado. 
ÓRGÃOS PRINCIPAIS
As Nações Unidas têm seis órgãos principais: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. 
CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
Com sede em Haia, a Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judicial das Nações Unidas. Sua competência é limitada, uma vez que só pode resolver conflitos jurídicos a pedido dos estados-membros ou do Conselho de Segurança, ou dar pareceres a pedido de organismos internacionais. Não pode intervir em assuntos internos dos países. Sua jurisdição compreende todos os casos que lhe sejam submetidos pelas partes interessadas, e todas as matérias previamente designadas na Carta, nos tratados e nas convenções em vigor. Compõe-se de 15 juízes eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança, em votações independentes. Conclusão final: a ONU não pode intervir nos Estados Autônomos.
AULA FORMAÇÃO DOS ESTADOS
1. QUAL O CONFRONTO ENTREA AS TEORISTAS MONISTA E DUALISTA EM FACE DO RECONHECIMENTO DA NOÇÃO DE ESTADO?
Para a teoria dualista, é impossível a ocorrência de conflitos entre eles, já que as normas de um não teriam aplicação no outro. Só podendo uma norma de Direito Internacional ser aplicada no Direito Interno após a recepção no ordenamento jurídico nacional, de forma expressa ou tácita, só assim ela irá possuir natureza de norma de Direito Interno. Outra diferença entre essas teorias é a de que enquanto no Direito Internacional existe uma vontade comum dos Estados, no Direito Interno essa vontade é unilateral e soberana.
No dualismo radical pressupõe o exercício do chefe estatal de uma maneira de garantir a incorporação, ou seja, o presidente poderia avaliar que a norma internacional é diferente a do estado, e por pura discricionariedade relevante, pela oportunidade de conveniência em aderir determinada norma, ele elaboraria um decreto, incorporando a norma internacional, sem passar pelo legislativo. O dualismo admite uma divisão radical entre a ordem interna e a ordem internacional, onde estas por sua vez situam-se em patamares equivalente, porém, incomunicáveis. Dessa forma o tratado vai estar entre a Constituição Federal e a Lei Ordinária.
Quanto a teoria monista, os defensores desta alegam que esses ramos deveriam compor um sistema único, com base no princípio lógico da identidade, pois não deveria ser admitido que uma norma pudesse ter validade internacional sem possuir validade interna, e vice-versa.  Dois caminhos foram seguidos pelos monistas: o monismo nacionalista que defendia que deveria haver a submissão do Direito Internacional ao Direito Interno e o monismo internacionalista defendendo o contrário.  
2. OS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS GENERICAMENTE CONSIDERADOS TERÃO STATUS CONSTITUCIONAL SE FOREM APROVADOS PELO PROCESSO LEGISLATIVO PREVISTO NA CF?
De acordo com a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, de 1969, os tratados internacionais são acordos internacionais concluídos entre Estados, na forma escrita e regulados pelo Direito internacional. Interessa-nos, porém, estudar o modo pelo qual os mesmos passam a integrar o Direito interno. Para tanto, importa a análise das regras estabelecidas a esse respeito na Constituição. Inicialmente, deve ser salientado que o artigo 21, I da Constituição Federal estabelece ser competência exclusiva da União "manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais". Por seu turno, estabelece o artigo 84, VIII, da Constituição que compete privativamente ao Presidente da República "celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional". Assim, a celebração dos tratados sempre será levada a cabo pela representação diplomática do Governo Federal, sendo que a assinatura dos tratados será de atribuição do Presidente da República ou de representante por ele designado. Assinado o tratado internacional pelo Poder Executivo, faz-se necessária sua aprovação pelo Poder Legislativo (mediante decreto legislativo), seguida de sua ratificação pelo Presidente da República. Desta feita, o processo de formação dos tratados consiste em um ato complexo, do qual não participa apenas o chefe do Poder Executivo Federal, mas também o Poder Legislativo, em estrita obediência ao princípio da harmonia entre os Poderes. Tal constatação dá-se não somente a partir da leitura do já citado artigo 84, VIII, da Constituição Federal (que condiciona a celebração do tratado à sua posterior aprovação pelo Poder Legislativo), como pela dicção do artigo 49, I, da Constituição Federal, que estabelece ser competência exclusiva do Congresso Nacional "resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional".
3. RESOLUÇÕES DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS PODEM CRIAR OBRIGAÇÕES AOS ESTADOS?
As decisões de organizações internacionais são os resultados das atividades de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), que se materializam em atos que podem gerar efeitos jurídicos para o organismo que o praticou e para outros sujeitos de Direito Internacional. São também denominadas de atos unilaterais de organizações internacionais.
As decisões das organizações internacionais são reguladas pelas normas que regulam o funcionamento dessas entidades, constantes de tratados que permitem que o organismo pratique seus próprios atos e que estabelecem a denominação destes, as condições para seu aperfeiçoamento e suas possíveis consequências jurídicas.
Os atos das organizações internacionais podem ser internos, aplicando-se apenas ao funcionamento da entidade ou externos, voltados a tutelar os direitos e obrigações de outros sujeitos de Direito Internacional. Podem resultar das deliberações dos Estados-membros da entidade ou dos órgãos do organismo, desde que sejam competentes para tal.
Por fim, podem ou não obrigar seus destinatários, podendo, portanto, não se revestir de caráter vinculante. Os organismos internacionais podem praticar os mesmos atos unilaterais que os Estados. Entretanto, há decisões típicas das organizações internacionais, como os atos preparatórios da negociação de tratados,a convocação de reuniões internacionais, e, especialmente, as recomendações e resoluções. Há dois tipos de resoluções: as obrigatórias (ou impositivas) e as facultativas. As obrigatórias vinculam os sujeitos de Direito Internacional, a exemplo das recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que criam para os Estados a obrigação de legislar a respeito da matéria de que tratam no prazo de um ano, e das decisões do Conselho de Segurança da ONU, executáveis pelos Estados nos termos do artigo 25 da Carta das Nações Unidas.
As facultativas têm caráter de recomendação, consistindo apenas em propostas de ação, possuindo força moral e política, mas não jurídica, a exemplo das resoluções da Assembleia Geral da ONU. Em alguns casos, o caráter vinculante ou não do ato estará previamente determinado em norma internacional. Entretanto, há hipóteses em que somente o exame do caso concreto permitirá apurar se a decisão do organismo é ou não obrigatória. Exemplo de resolução vinculante é a Resolução nº 1.874, de 12 de junho de 2009, que determina medidas voltadas a impedir a proliferação de armas nucleares, biológicas e químicas na República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte). A propósito, tal Resolução foi objeto, no Brasil, do Decreto nº 6.935, de 12/08/2009, voltado a conferir-lhe a devida execução em território nacional, proibindo o comércio de armas e materiais relacionados entre o Brasil e a Coreia do Norte, autorizando a realização de inspeções em embarcações destinadas àquele país ou dele provenientes e restringindo as atividades financeiras da República Popular Democrática da Coreia e exigindo a cessação de todas as atividades nucleares e balísticas daquele país. Aliás, as resoluções deverão ser executadas no Brasil por meio de Decreto presidencial, do que é exemplo também a Resolução 1373/2001, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que visa a estabelecer medidas para o combate ao terrorismo e que foi objeto do Decreto 3.976, de 18/10/2001, o qual determinava textualmente, em seu artigo 1º, que ficam as autoridades brasileiras obrigadas, no âmbito de suas respectivas atribuições, ao cumprimento do disposto na Resolução 1373 (2001), adotada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 28 de setembro de 2001, anexa ao presente Decreto. Os atos das organizações internacionais, quando vinculantes, são fontes de Direito Internacional, o que não exclui, em todo caso, a importância de resoluções não vinculantes como parâmetros interpretativos, como elementos de relevância política e moral e como orientações para a futura elaboração de normas jurídicas.
TRATADOS INERNACIONAIS (ATOS INTERNACIONAIS)
ATO INTERNACIONAL
É todo instrumento pelo qual uma Pessoa de Direito Internacional Público (Estado ou
Organização Internacional, por exemplo) assume obrigações e adquire direitos, por escrito, sobre determinada matéria, perante outra ou outras Pessoas de Direito Internacional.
Os atos internacionais constituem instrumentos formais da execução da política exterior, em particular dos princípios inscritos no art. 4º. da Constituição Federal, com vistas a estabelecer, expandir e diversificar relações diplomáticas e serviços consulares.
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, de 23 de maio de 1969, representou o coroamento de vinte anos de estudos e debates na Assembléia Geral e na Comissão de Direito Internacional da Organização das Nações
Unidas, constituindo importante passo no caminho da codificação do direito internacional. A Convenção foi ratificada pelo Brasil em 25 de outubro de 2009 e promulgada pelo Decreto nº 7.030, de 14 de dezembro de 2009, com reserva aos artigos 25 e 66.
Conforme a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados - 1969 (C.V/69); significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica.
A nova convenção de Viena sobre os Direitos dos Tratados entre os Estados e as Organizações Internacionais de 1986 (C.V/86) reconhece também tratados entre Estados e Organizações Internacionais.
Competências constitucionais:
O regime jurídico-político constitucional plasma a divisão de competências entre os Poderes em matéria de celebração de atos internacionais. No caso brasileiro, a Constituição Federal de 1988 determina ser da competência privativa do Presidente da República a celebração de tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos ao referendo do Congresso Nacional (Artigo 84, inciso VIII).
Ademais, a Constituição determina ser da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos
4. O QUE SE COMPREENDE POR “dever de não intervenção”?
Não - intervencionismo, em política internacional, é a doutrina que indica a obrigação dos Estados de não intervir, direta ou indiretamente, nos assuntos internos de outro Estado com a intenção de afetar ou subordinar sua vontade.
5. QUEM TEM PERSONALIDADE INTERNACIONAL?
Primeiramente será demonstrado como cada agente/ator, são eles: o Estado, as Organizações, o Ser Humano e as Empresas. E como estes são “vistos” dentro do direito internacional público.
 
O ESTADO
Os Estados são a exteriorização da vontade do seu povo, no intuito de defender os seus interesses e direitos em todos os âmbitos no qual necessitarem. O Estado, personalidade originária de direito internacional público, ostenta três elementos conjugados: uma base territorial, uma comunidade humana estabelecida sobre essa área, e uma forma de governo não subordinado a qualquer autoridade exterior. 
ORGANIZAÇÕES
Duas são as espécies de organizações. Em primeiro plano, tem – se as organizações intergovernamentais. Estas são uma criação dos Estados, ou seja, possuem a personalidade internacional indireta. As ONG´S, são uma inovação jurídica, pois estas não possuem fins lucrativos e destinam – se a ações de solidariedade internacional. Por elas possuírem um objetivo nobre e uma grande influência no âmbito internacional elas também possuem a personalidade jurídica, pois são uma subdivisão das Organizações. Porém há um entendimento pacífico, se as ONG´S possuem ou não personalidade jurídica no âmbito internacional, todavia estudos recentes defendem que estas possuem a referida personalidade jurídica. Argumenta-se que o propósito dessas instituições é muito maior, o bem da coletividade.
SERES HUMANOS (PESSOAS)
São todas as pessoas que estão nos países, não havendo distinção entre naturais ou naturalizados. Uma parcela considerável da doutrina afirma que a pessoa humana não possui personalidade internacional por não poder se envolver, a título próprio, na produção do acervo normativo internacional, somente se envolvendo enquanto representantes dos estados e organizações internacionais. Além disso, não dispõe de prerrogativa ampla de reclamar nos foros internacionais, só podendo fazê-lo quando houver vínculo de sujeição entre ela e o Estado Soberano ao qual está vinculada pela sua nacionalidade. Tal posição não é pacífica, pois, a partir do momento em que há tribunais internacionais que aceitam suas reclamações (Corte Interamericana de Direitos Humanos, Corte Européia de Direitos Humanos, Tribunal Penal Internacional), poderá exercer sua personalidade. Mesmo os seres humanos podendo utilizar alguns Tribunais Internacionais, alguns doutrinadores colocam que só essa personalidade extraordinária, é tida graças aos Tratados.
EMPRESAS MULTINACIONAIS E TRANSNACIONAIS
Alguns doutrinadores defendem que estes “novos seres” de um mundo globalizado possuem a personalidade jurídica no âmbito internacional. Estes autores estendem à personalidade jurídica a este agente/ator é devida a grande influência que detêm neste mundo tão globalizado nos dias atuais.
CONCEPÇÕES ACERCA DO DETENTOR DA PERSONALIDADE JURÍDICA INTERNACIONAL 
É possível dividir em 3 correntes sobre a personalidadejurídica no âmbito internacional de acordo com o Direito Internacional Público. A primeira poderia ser chamada de clássica ampliada, a segunda de moderna e a terceira e última de extensiva pura.
De acordo com a primeira corrente existem apenas 2 (dois) sujeitos com personalidade jurídica no âmbito internacional, são eles: os Estados e as Organizações. O fundamento desta primeira corrente baseia – se no fato de que só tais sujeitos têm competência para celebrar os tratados, acordos e outros institutos relacionados no âmbito internacional.
Já a segunda corrente diz que seriam 3 (três) os agentes com personalidade jurídica no âmbito internacional, são eles: os estados, as organizações e os seres humanos. Esta corrente é chamada de concepção/corrente moderna. Os fundamentos desta corrente é que o ser humano deve ser visto como sujeito de direito e deveres, mas nunca como objeto do mesmo. E a ampliação da área de atuação do direito internacional público.
Entretanto a terceira e última corrente diz que seriam 4 (Quatro) os entes que possuem personalidade jurídica no âmbito internacional, são eles: os Estados, as Organizações Intergovernamentais, os indivíduos e as empresas multinacionais. Esta corrente é chamada de corrente/concepção extensiva. O fundamento desta corrente é baseado no fato de que hoje às empresas tem uma crescente influência no âmbito nacional e isto, refletiria no âmbito internacional.

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