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BASES MATEMÁTICAS PROF. SILVIO TADEU ANALISAR A NATUREZA DAS RELAÇÕES DE INTERDEPENDÊNCIA ENTRE DUAS GRANDEZAS DEFINIÇÃO HISTÓRIA DA FUNÇÃO A ideia de funcionalidade veio da necessidade humana em analisar relações de interdependência entre grandezas. Não se tem um consenso entre os pesquisadores, a respeito da origem do conceito de função (seu caráter empírico), mas por muitos essa origem se deu no povo Babilônio (2.000 a.c.) tal povo já possuía o instinto de funcionalidade que ficou bem claro em suas tabelas de cálculo (vide figura 1). Figura 1 – fonte: http://docplayer.com.br/docs-images/41/22669800/images/14-0.png Porém, para compreendermos esse conceito de interdependência entre grandeza é necessário o estudo de relações binárias. Vamos considerar os seguintes conjuntos: A = {0, 1, 2, 3} e B = {-1, 0, 1, 2, 3} Agora, vamos analisar as relações binárias existentes entre os conjuntos: R = {x,y A X B | y = x +1} S = { x,y A X B | y² = x² } T = { x,y A X B | y = x} V = { x,y A X B | y = (x +1)² - 1} W = { x,y A X B | y = 2} Podemos observar que cada relação é descrita por uma lei, ou seja, operações matemáticas que inter-relacionam um, dois ou nenhum elemento dos conjuntos. Analisando cada relação temos: A relação R tem como pares: (0,1), (1,2), (2,3), resumindo em um diagrama de flechas e estabelecendo as relações por meio de uma seta. Figura 2 – fonte: Fundamentos da Matemática Elementar 1- Conjuntos e Funções. IEZZI & MURAKAMI (1977) Percebemos no diagrama de flechas que existem elementos em B que não possuem nenhuma relação com elementos do conjunto A. A relação S apresentará como pares: (0,0), (1,1), (2, 4), (3, 9), porém o elemento 9 não faz parte nenhum grupo, portanto o par (3,9) não faz parte da relação descrita por diagramas a seguir. Figura 3 – fonte: Fundamentos da Matemática Elementar 1- Conjuntos e Funções. IEZZI & MURAKAMI (1977) Notamos que um único elemento, “1”, do conjunto A possui relação com dois elementos de B, “-1” e “0”. A relação T apresenta os seguintes pares: (0,0), (1,1), (2,2), (3,3), estabelecendo a relação no diagrama de flechas. Figura 4 – fonte: Fundamentos da Matemática Elementar 1- Conjuntos e Funções. IEZZI & MURAKAMI (1977) A relação V apresenta os pares: (0,0), (1,-1), (2,0), (3,3), exemplificando no diagrama de flechas temos. Figura 5 – fonte: Fundamentos da Matemática Elementar 1- Conjuntos e Funções. IEZZI & MURAKAMI (1977) A relação W apresenta os pares: (0,2), (1,2), (2,2), (3,2), no diagrama de flechas. Figura 6 – fonte: Fundamentos da Matemática Elementar 1- Conjuntos e Funções. IEZZI & MURAKAMI (1977) COMPREENDER O CONCEITO DE FUNÇÃO. As relações estabelecidas por T, V e W pode ser definido como “para todo x A existe um só y B tal que (x, y) pertence a relação”, recebem o nome de aplicação de A em B ou função definida de A com imagens em B. Logo, Função é unção é uma lei ou regra que associa cada elemento de um conjunto A à um único elemento de um conjunto B. O conjunto A é chamado de domínio da função, enquanto que o conjunto B é denominado de contradomínio da função. Percebemos durante nossos estudos iniciais a existência de Domínio, Contradomínio e imagem de uma função, que vamos discutir a seguir. DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM: DOMÍNIO. O domínio é o conjunto de partida. Ele composto de todos os elementos do conjunto de partida. CONTRADOMÍNIO. O contradomínio é o conjunto de chegada. Ele composto de todos os elementos do conjunto de chegada. IMAGEM Os elementos do conjunto imagem são todos os elementos do contradomínio que estão associados a algum elemento do domínio Exemplo: Vamos analisar a relação R1 = {(-3,9), (0,0), (3,9)}, cujo diagrama de flechas está disposto abaixo. Figura 7 – fonte: Fundamentos da Matemática Elementar 1- Conjuntos e Funções. IEZZI & MURAKAMI (1977) Podemos observar que todos os elementos de A possuem uma flecha em relação em direção a um único elemento do conjunto B. Ou seja, não existe elemento do conjunto A que não esteja associado a um elemento do conjunto B. E ainda, cada um desses elementos de A está associado a apenas um elemento de B. Tal propriedade garante que esta relação é uma função f de A em B representada por: f:A →B Neste exemplo o conjunto A é o domínio da função f e é representado por D(f) = { - 3, 0, 3 }. O contradomínio da função f, representado por CD(f) = { 0, 9, 18 }, contém todos os elementos do conjunto B. A imagem da função é o conjunto de elementos que possuem relação com os elementos do domínio. Dependendo do caso é o próprio contradomínio, ou então apenas um subconjunto. PRATICANDO UM POUCO Dada à função h: {-3, 0, 3, 8} → {-2, 0, 15, 18, 27, 40} definida pela lei h(x)=x² - 3x. Indique o Domínio, Contradomínio e Imagem desta função. SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL O plano cartesiano foi desenvolvido pelo matemático, físico e filosofo francês René Descartes (1956-1650) alguns autores dizem que sua inspiração para a criação do Plano foi ver uma mosca mover-se no teto. A orientação cartesiana tem em sua concepção várias aplicações, dentre as quais: orientação em mapas, leituras de latitudes e longitudes, utilização de navegação por GPS (sistema de posicionamento global em inglês, global positioning system), o uso de programas de artes como o Sratch (um software que permite a construção de lindas pinturas por meio do uso de coordenadas). O sistema cartesiano ortogonal é composto por dois eixos perpendiculares (que formam entre si um ângulo de 90°), sendo o horizontal chamado de eixo das abscissas e o vertical de eixo das ordenadas. Figura 8 Para facilitara orientação, as disposições dos eixos no plano formam quatro quadrantes, mostrados na figura a seguir: Figura 9 O encontro dos eixos é chamado de origem. Cada ponto do plano cartesiano é formado por um par ordenado (x, y), onde x: abscissa e y: ordenada. PRATICANDO UM POUCO Dados os pontos A(3,6), B(2,3), C(-1,2), D(-5,-3), E(2,-4), F(3,0), G(0,5), represente-os no plano cartesiano. CONSIDERAÇÕES ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ DEFINIR E IDENTIFICAR FUNÇÃO DO 1º GRAU FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1° GRAU OU FUNÇÃO AFIM DEFINIÇÃO A função polinomial do 1° grau o função afim relaciona valores numéricos obtidos de expressões algébricas do tipo ax + b, constituindo, a função, f(x) = ax +b ou y = ax +b. Por exemplo: f(x) = 5x + 2; h(x) = 4x + 1; g(x) = - 3x – 1. Então, chama-se função polinomial do 1° grau , ou função afim, a qualquer função F: IR →IR dada pela lei de formação f(x) = ax + b, onde “a” e “b” são números reais com a≠0. Na função, “a” é chamado de coeficiente angular e “b” de coeficiente linear. COEFICIENTES E RAIZ O coeficiente “a” da função polinomial f(x) = ax + b é denominado coeficiente angular ou declividade da reta no plano cartesiano, que estudaremos mais detalhadamente no próximo tópico. O coeficiente “b” da função polinomial f(x) = ax + b é denominado coeficiente linear. Exemplo: Na função y = 2x + 1 o coeficiente angular é 2 e o coeficiente linear é 1. Observe que se considerarmos x = 0 temos y = 1. Portanto, coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo y. A raiz ou zero da função é todo numero x cuja raiz é nula, ou seja,f(x) = 0 → ax + b = 0. Logo, o zero da função é dado pelo valor de x onde a função assume o valor de zero. Podemos interpretar o zero ou raiz da função afim, como sendo a abscissa do ponto onde a reta corta o eixo x. CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO Dizemos que a função polinomial do 1° grau ou afim é crescente quando seu coeficiente angular for maior que zero, ou seja, a > 0. E será decrescente quando o coeficiente angular for menor que zero, ou seja, a < 0. Exemplo: A função f(x) = 3x + 2 é crescente, pois seu coeficiente angular é 3 (a = 3) ou seja maior que zero. Enquanto que a função f(x) = - x + 4 é decrescente, pois seu coeficiente angular é – 1 (a = -1), ou seja, menor que zero. CONSTRUIR E INTERPRETAR GRÁFICOS DESSAS FUNÇÕES GRÁFICO CARTESIANO DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1° GRAU O gráfico de uma função polinomial do 1° grau ou função afim é constituído por pontos dispostos no plano cartesiano a partir da lei de formação f(x) = ax + b. Vamos construir o gráfico de uma função afim no plano cartesiano. Função afim com a ≠ 0 e b ≠ 0 Para, f(x) = 2x + 1, assumiremos valores quaisquer para x. Assim construiremos a tabela a seguir: x f(x) -2 -3 -1 -1 0 1 1 3 2 5 CONSIDERAÇÕES ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Para, f(x) = - 3x + 1, assumiremos valores quaisquer para x. Assim construiremos a tabela a seguir. x f(x) -1 4 0 1 1 -2 CONSIDERAÇÕES ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Função afim com a ≠ 0 Para, f(x) = 3x, assumiremos valores quaisquer para x. Assim construiremos a tabela a seguir. x f(x) -1 - 3 0 0 1 3 CONSIDERAÇÕES ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ VARIAÇÂO DO SINAL Faremos o estudo do sinal da função analisando o gráfico: Primeiro caso, sendo f(x) = ax + b e a > 0. Resumindo: x = r → f(x) = 0 x > r → f(x) > 0 x < r → f(x) < 0 Primeiro caso, sendo f(x) = ax + b e a < 0. + _- r Resumindo: x = r → f(x) = 0 x > r → f(x) < 0 x < r → f(x) > 0 RECONHECER FUNÇÕES LINEARES E QUADRÁTICAS EM SITUAÇÕES DO COTIDIANO Aplicação prática do estudo do sinal da Função Polinomial do 1° grau ou Função Afim Um comerciante gastou R$ 500,00 na compra de um lote de mangas. Como cada manga será vendida a R$ 1,00, ele deseja saber quantas mangas devem ser vendidas para haver lucro. Bom, para analisar o caso devemos criar um modelo matemático que represente a situação. Como o objetivo é calcular o lucro devemos subtrair o valor da receita com a despesa. Se cada manga é representada pela letra x o modelo será a lei de formação de uma função afim f(x) = 1x – 500. Vendendo 500 mangas não haverá lucro nem prejuízo. Pois, x = 500, temos f(x) = 0. Vendendo mais de 500 mangas haverá lucro. Pois, x > 500, temos f(x) > 0. + - r Vendendo menos de 500 mangas haverá prejuízo. Pois x < 500, temos f(x) < 500. Em uma situação como a do exemplo, dizemos que foi realizado um estudo do sinal da função, que consiste em determinar os valores de x do domínio para os quais f(x) = 0, f(x) > 0 e f(x) < 500. PROBLEMAS DE VARIAÇÃO LINEAR 1) O preço de venda de um livro é de R$ 25,00 a unidade. Sabendo que o custo de cada livro corresponde a um valor fixo de R$ 4,00 mais R$ 6,00 por unidade, construa uma função capaz de determinar o lucro líquido (valor descontado das despesas) na venda de x livros, e o lucro obtido na venda de 500 livros. 2) O salário de um vendedor é composto de uma parte fixa no valor de R$ 800,00, mais uma parte variável de 12% sobre o valor de suas vendas no mês. Caso ele consiga vender R$ 450 000,00, calcule o valor de seu salário. 3) Uma pessoa vai escolher um plano de saúde entre duas opções: A e B. Condições dos planos: Plano A: cobra um valor fixo mensal de R$ 140,00 e R$ 20,00 por consulta num certo período. Plano B: cobra um valor fixo mensal de R$ 110,00 e R$ 25,00 por consulta num certo período. Temos que o gasto total de cada plano é dado em função do número de consultas x dentro do período pré – estabelecido. Vamos determinar: a) A função correspondente a cada plano. b) Em qual situação o plano A é mais econômico; o plano B é mais econômico; os dois se equivalem. Exercícios Propostos 01) Na produção de peças, uma indústria tem um custo fixo de R$ 8,00 mais um custo variável de R$ 0,50 por unidade produzida. Sendo x o número de unidades produzidas: a) escreva a lei da função que fornece o custo total de x peças. b) calcule o custo para 100 peças. 02) Um comerciante teve uma despesa de R$230,00 na compra de certa mercadoria. Como vai vender cada unidade por R$5,00, o lucro final L será dado em função das x unidades vendidas. Responda: a) Qual a lei dessa função f; b) Para que valores de x têm f(x) < 0? Como podemos interpretar esse caso? 03) (Ufes) Uma produtora pretende lançar um filme em fita de vídeo e prevê uma venda de 20.000 cópias. O custo fixo de produção do filme foi R$150.000,00 e o custo por unidade foi de R$20,00 (fita virgem, processo de copiar e embalagem). Qual o preço mínimo que deverá ser cobrado por fita, para não haver prejuízo? a) R$ 20,00 b) R$ 22,50 c) R$ 25,00 d) R$ 27,50 e) R$ 35,00 04) O valor de um carro novo é de R$9.000,00 e, com 4 anos de uso, é de R$4.000,00. Supondo que o preço caia com o tempo, segundo uma linha reta, o valor de um carro com 1 ano de uso é: a) R$8.250,00 b) R$8.000,00 c) R$7.750,00 d) R$7.500,00 e) R$7.000,00 05) Em certa cidade, durante os dez primeiros dias do mês de julho de 2003, a temperatura, em graus Celsius, foi decrescendo de forma linear de acordo com a função T(t) = -2t + 18, em que t é o tempo medido em dias. Nessas condições, pode-se afirmar que, no dia 8 de julho de 2003, a temperatura nessa cidade foi: a) 0°C b) 2°C c) 3°C d) 4°C e) 1° C DEFINIR E IDENTIFICAR FUNÇÃO DO 2º GRAU. FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2° GRAU OU FUNÇÃO QUADRÁTICA DEFINIÇÃO Uma função polinomial do 2° grau ou quadrática é definida como: f: IR →IR com a lei de formação f(x) = ax² + bx + c com a, b e c números reais, a≠0 e x є IR. Exemplos: f(x) = -x² + 100x, em que a = -1, b = 100 e c = 0 f(x) = x² - 4, em que a = 1, b = 0 e c = -4 f(x) = 17x², em que a = 17, b = 0 e c = 0 CONSTRUIR E INTERPRETAR GRÁFICOS DESSAS FUNÇÕES. GRÁFICO Vamos observar o gráfico da função f(x) = x² - 4x +3. Para a construção do gráfico iremos montar uma tabela com valores arbitrários de x. Observe a tabela abaixo: A partir dos pares ordenados, podemos interligar os pontos por meio de uma curva suave. Encontrando assim a Parábola, denominação do gráfico gerado por uma equação do segundo grau. x Y = f(x) = x² -4x + 3 (x, y) 0 3 (0, 3) 1 0 (1, 0) 2 -1(2, -1) 3 0 (3, 0) 4 3 (4, 3) CONSIDERAÇÕES ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Agora utilizaremos a seguinte função: f(x) = - x² -4x + 3. Executando mais uma vez a construção da tabela: Assim, a partir dos pares ordenados podemos demarcar pontos que serão unidos por uma curva suave, mais uma vez surge nossa parábola. x y CONSIDERAÇÕES ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ x Y = f(x) = - x² -4x + 3 (x, y) -1 0 (-1,0) 0 3 (0, 3) 1 -2 (1,-2) 2 -7 (2, -7) 3 -18 (3, 0) ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Elementos do gráfico da Função do Segundo Grau CONSIDERAÇÕES ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ZEROS DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO SEGUNDO GRAU OU FUNÇÃO QUADRÁTICA Os zeros da função são os números xIR tal que f(x) = 0, ou seja, pontos do eixo das abscissas onde a parábola o intercepta. Para determinar os valores dos zeros da Função basta encontrar as raízes da equação do 2º grau: ax² +bx +c utilizando a fórmula de Bhaskára. x = a b .2 com = b² - 4.a.c (discriminante). Vamos observar as consequências do discriminante para os gráficos da função quadrática. 1) Quando > 0, a função f(x) = ax² + bx + c tem dois zeros reais diferentes. Portanto, a parábola intersecta o eixo x em dois pontos distintos. 2) Quando = 0, a função f(x) = ax² + bx + c tem um zero real. Logo, a parábola intersecta o eixo x em um só ponto. 3) Quando < 0, a função f(x) = ax² + bx + c não tem zeros reais . Assim, a parábola não intersecta o eixo x. RELAÇÃO DOS PARAMÊTROS DA EQUAÇÃO NA PARÁBOLA Vamos estudar o efeito dos parâmetros a, b e c na parábola que representa a função quadrática f(x) = ax² + bx + c. Parâmetro a: Responsável pela concavidade e abertura da parábola. Parâmetro b: Um ponto ao percorrer a parábola, da esquerda para a direita, ao cruzar o eixo das ordenadas poderá estar subindo ou descendo. Parâmetro c: Indica o ponto onde a parábola cruza o eixo y. Exemplo: Na função quadrática f(x) = ax² + bx + c da figura abaixo, a < 0, b > 0, c > 0. PONTO DE MÁXIMO E MÍNIMO Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-1Ae8oR_t6Lg/Vn2F5Kw2AKI/AAAAAAAAFRc/FH-- FLINZDk/s1600/pontos%2Bde%2Bmaximos%2Be%2Bminimos%2Bde%2Buma%2Bfun%25C3 %25A7%25C3%25A3o%2Bquadratica.png IMAGEM E DOMINIO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA Para determinar a imagem de uma função é necessário encontrar o valor do vértice, consequentemente, seus valores de máximo ou mínimo. x v = a b 2 e y v = a4 Logo, dada a função f: IR →IR tal que f(x) = ax² + bx + c, com a 0, para v(xv, yv) é o vértice da parábola. a > 0 ↔ yv é o valor mínimo de f ↔ Im (f) ={ y │ y IR} a < 0 ↔ yv é o valor mínimo de f ↔ Im (f) ={ y │ y IR} ESTUDO DOS SINAIS Os sinais são estudados a partir da construção gráfica, como o discriminante influencia o gráfico vamos realizar o estudo do sinal por casos a partir do discriminante. 1º Caso: > 0 http://2.bp.blogspot.com/-1Ae8oR_t6Lg/Vn2F5Kw2AKI/AAAAAAAAFRc/FH--FLINZDk/s1600/pontos%2Bde%2Bmaximos%2Be%2Bminimos%2Bde%2Buma%2Bfun%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bquadratica.png http://2.bp.blogspot.com/-1Ae8oR_t6Lg/Vn2F5Kw2AKI/AAAAAAAAFRc/FH--FLINZDk/s1600/pontos%2Bde%2Bmaximos%2Be%2Bminimos%2Bde%2Buma%2Bfun%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bquadratica.png http://2.bp.blogspot.com/-1Ae8oR_t6Lg/Vn2F5Kw2AKI/AAAAAAAAFRc/FH--FLINZDk/s1600/pontos%2Bde%2Bmaximos%2Be%2Bminimos%2Bde%2Buma%2Bfun%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bquadratica.png f(x) = 0 para x = x 1 ou x = x 2 f(x) > 0 para x < x 1 ou x > x 2 f(x) < 0 para x 2 < x < x 1 Consequências: A função admite dois zeros reais distintos, x 1 e x, ou seja, a parábola que representa a função intersecta o eixo x em dois pontos. 2º Caso: = 0 Consequências: A função admite um zero real duplo x 1 = x, ou seja, a parábola que representa a função tangencia o eixo x. 3º Caso: < 0 Consequências: A função não admite zeros reais, logo a parábola que representa a função não intersecta o eixo x. a > 0 a < 0 f(x) = 0 para x = x 1 ou x = x 2 f(x) > 0 para x 1 < x < x 2 f(x) < 0 para x < x 1 ou x > x 2 a > 0 a < 0 f(x) = 0 para x = x 1 = x 2 f(x) > 0 para x x 1 f(x) = 0 para x = x 1 = x 2 f(x) < 0 para x x 1 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1) Estude o sinal das seguintes funções quadráticas: a) f(x) = x² - 10x + 25 b) -3x² + 2x + 1 c) -4x² + 1 2) Dada a função f(x) = -2x² + 3x, determine os valores reais de x para os quais f(x) > 0. 3) Para quais valores de m a função f(x) = (m - 1)x² - 6x – 2 assume valores negativos para todo x real? 4) Dada a função quadrática f(x) = –x² + 6x – 9, determine: a) Se a concavidade da parábola esta voltada para cima ou para baixo; b) Os zeros da função; c) O vértice V da parábola definida pela função; d) A intersecção com o eixo x e com o eixo y; e) O domínio D e o conjunto Im da função; f) Os intervalos onde a função é crescente, decrescente ou constante; g) O esboço do gráfico. a > 0 a < 0 f(x) > 0 para todo x real f(x) < 0 para todo x real EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. (F.C.CHAGAS) A função real f, de variável real, dada por f(x) = -x2 + 12x + 20, tem um valor: a) mínimo igual a –16, para x = 6 b) mínimo igual a 16, para x = -12 c) máximo igual a 56, para x = 6 d) máximo igual a 72, para x = 12 e) máximo igual a 240, para x = 20. 2. (F.C.CHAGAS) Seja a função f, de R em R, definida por f(x) = 2x2 – 24x +1. O valor mínimo de f é: a) 73 b) 71 c) –71 d) –73 e) –79 3. (PUC) Considere um terreno retangular que pode ser cercado com 50m de corda. A área desse terreno expressa como função do comprimento x de um dos lados é: a) A(x) = -x2 + 25x para x 0 b) A(x) = -x2 + 25x para 0 < x < 25 c) A(x) = -3x2 + 50x para x 0 d) A(x) = -3x2 + 50x para 0 < x < 50/3 e) A(x) = x² + 12x para x > 3 4. (UFMG) Sendo f : R R uma função definida por f(x) = x2 –1, calcule: a) 2 1 f b) 21f 5. (UCMG) O valor máximo da função f(x) = -x2 + 2x + 2 é: a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 6. (FUVEST) O gráfico de f(x) = x2 + bx + c, onde b e c são constantes, passa pelos pontos (0,0) e (1,2). Então f(-2/3) vale: a) 9 2 b) 9 2 c) 4 1 d) 4 1 e) 4 7. (PUC) A função quadrática y = (m2 – 4)x2 – (m + 2)x – 1 está definida quando: a) m 4 b) m 2 c) m -2 d) m = -2 ou +2 e) m 2 8. (MACK) O ponto (k, 3k) pertence à curva dada por f(x) = x2 – 2x + k; então, k pode ser: a) -2 b) -1 c) 2 d) 3 e) 4 9. (F.C.CHAGAS) Uma função quadrática f, de R em R, tem raízes, nos pontos (-1,0) e (1,0) e assume o valor mínimo –1 se x = 0. Essa função é dada por: a) f(x) = x2 – 1 b) f(x) = x2 + 1 c) f(x) = x2 – 2x + 1 d) f(x) = x2 – 2x – 2 e) f(x) = x2 – x + 1 10- (UFRRJ) O custo de produção de um determinado artigo é dado por C(x) = 3x2 – 15x + 21. Se a venda de x unidades é dada por V(x) = 2x2 + x, para que o lucro L(x) = V(x) – C(x) seja máximo, devem ser vendidas: a) 20 unidades b) 16 unidades c) 12 unidades d) 8 unidades e) 4 unidades 11. (UNICAMP) Determine o número m de modo que o gráfico da função y = x2 + mx + 8 – m seja tangente ao eixo dos X. 12. (UNESP) A expressão que define a função quadrática f(x), cujo gráfico está esboçado, é: a) f(x) = -2x2 - 2x + 4 b) f(x) = x2 + 2x – 4 c) f(x) = x2 + x - 2 d) f(x) = 2x2 + 2x - 4 e) f(x) = 2x2 + 2x - 2 Respostas: 1) c; 2) c; 3) b; 4-a) –3/4; 4-b) 212 ;5) b; 6) a; 7) e; 8) e; 9) a; 10) d; 11) – 8 ou 4; 12) d. REFERÊNCIAS CARNEIRO, Vera C. Funções elementares. Porto Alegre: Universidade/UFRGS, 1993. DEMANA, Franklin et al. Pré-cálculo Vol. Único. 7ª Ed. São Paulo 2009. Desenvolvimento histórico do conceito de funções. Disponível em: <http://www.unifal-mg.edu.br/matematica/?q=hist_funcao> Acesso em: 20 de Mar. de 2017. IEZZI, G. e MURAKAMI, C. Fundamentos de matemática elementar. Vol. 1, 8ª Ed. São Paulo: Atual, 2004. SOUZA, Joamir. Matemática: Novo Olhar. Volume 1. 1 Ed. São Paulo: FTD, 2010.
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