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Diagnóstico Organizacional e Projeto Aplicado I Prof. Mateus Carrilho Aula 4 Recursos Humanos 4 5 . 2. Organização Empresarial 1.Conceito: Organização é a função administrativa que se incumbe do agrupa- mento dos órgãos e das atividades necessárias para atingir os objetivos da empresa. O agrupamento dos órgãos e das atividades envolve a reunião de pessoas e recursos empresariais sob a autoridade de um chefe. Sim, a organização precisa lidar com pessoas, órgãos e relações de autoridade e responsabilidade. Para que os objetivos sejam alcançados, Os planos Sejam executados e estas pessoas possam trabalhar eficientemente, as atividades precisam ser adequadamente agrupadas c a autoridade convenientemente distribuída dentro da empresa. 2. Objetivo da Organização A organização administrativa serve para agrupar e estruturar todos os recursos da empresa órgãos, pessoas e equipamentos permitindo o alcance dos objetivos almejados da melhor forma possível. Assim, o objetivo da organização é agrupar as pessoas para que estas trabalhem melhor cm conjunto. A organização existe porque o trabalho empresarial a ser realizado é impossível para uma só pessoa. Daí, a necessidade de muitas pessoas em conjunto executando atividades diferentes, o que conduz a uni novo problema: o da coordenação entre as pessoas. 3. Princípios de Organização a.Princípio da Especialização: A organização deve fundamentar-se na divisão do trabalho que provoca a especialização das pessoas em determinados níveis. A especialização produz um incremento da quantidade do trabalho executado. b.Princípio da Definição Funcional: O trabalho de cada pessoa, a atividade de cada órgão e as relações de autoridade e responsabilidade São aspectos que devem ser claramente definidos por escrito. As empresas geralmente utilizam o organograma, a descrição do cargo ou o Manual de Organização para atender ao princípio da definição funcional. O mais importante é deixar clara a posição de cada pessoa dentro da estrutura organizacional da empresa. c.Princípio da Paridade da Autoridade e Responsabilidade: O enunciado deste principio é: a cada responsabilidade deve corresponder uma autoridade que permita realizá-la e a cada autoridade deve corresponder uma responsabilidade equivalente. d.Princípio Escalar: É decorrente do princípio anterior: cada pessoa deve saber exatamente a quem prestar contas e sobre quem possui autoridade. Refere-se à cadeia das relações diretas de autoridade e responsabilidade de um superior para um subordinado em toda a organização, indo desde a sua base até a cúpula, onde geralmente está o chefe principal como a autoridade máxima. 4. Estruturas Organizacionais É a forma pela qual a organização agrupa e reúne as pessoas e órgãos dentro dos escalões hierárquicos (níveis de autoridade) e de áreas (departamentos). Assim a estrutura organizacional pode ser vista sob dois aspectos diferentes: Vertical: Estão os diferentes níveis de autoridade ou escalões hierárquicos, onde cada um desses escalões possui autoridade sobre o escalão inferior e assim por diante. Horizontal: São as diferentes áreas da organização agrupadas em conformidade com os critérios de departamentalização adotados pela empresa. O grau de desdobramento desses aspectos verticais e horizontais dependem do tamanho da empresa. A estrutura é constituída de três componentes básicos que se inter-relacionam, conforme pode ser observado na figura a)Subsistema de Atividades: É o resultado da alocação de tarefas entre os membros da organização, de maneira que cada indivíduo ou grupo de indivíduos seja responsável por uma parcela das atividades. Para seu delineamento três aspectos devem ser considerados: departamentalização; linha e assessoria; especialização do trabalho. Esses aspectos serão discutidos nos próximos itens. b)Subsistema de Autoridade: É o resultado da distribuição da autoridade (poder de decisão), pelos membros da organização. Neste subsistema três aspectos devem ser considerados: amplitude administrativa e níveis hierárquicos; delegação da autoridade; descentralização. Esses aspectos serão abordados nos itens seguintes. d) Subsistema de Comunicações: A comunicação deve ser entendida como o processo através do qual uma mensagem é enviada por um emissor, através de um determinado canal e entendida por um receptor. Esse subsistema prevê através de quais canais será realizada a comunicação. É importante ressaltar que a comunicação envolve interações humanas onde aparecem questões de origem emocional. Estas questões podem agir como barreiras à comunicação. Quatro aspectos devem ser considerados neste subsistema: o que comunicar; como comunicar; quando comunicar; de quem para quem comunicar.Alguns fatores têm influência direta no delineamento da estrutura organizacional e, portanto, devem ser considerados. São denominados condicionantes organizacionais, uma vez que agem como condições de contorno na hora de se compor a estrutura. Esse condicionantes são descritos a seguir. Diretrizes Organizacionais: A estrutura organizacional deve estar adequada com as diretrizes organizacionais (negócio, visão, missão, objetivos e valores). Isto é fundamental para a garantia da eficiência e da eficácia da organização. Natureza da Atividade e da Tecnologia: A estrutura organizacional deve ser delineada de acordo com o tipo de atividade exercida pela organização (rotineira inovativa etc.). Ambiente Externo: O ambiente externo deve ser compreendido como o conjunto de elementos externos a organização que a influenciam e são influenciados por ela. Quanto maior o dinamismo da organização, maior a necessidade de estruturas flexíveis, isto é, passíveis de se adaptarem rapidamente às mudanças. Entre esses elementos, destaque deve ser dado à figura do cliente. Ambiente Interno: O ambiente interno deve ser compreendido como o conjunto de elementos internos a organização que a influenciam e são influenciados por ela. São fatores como disponibilidade de recursos, estrutura atual, dimensão da organização etc. Fator Humano: A sintonia entre as pessoas e a estrutura é um requisito fundamental para o sucesso da organização. Torna se, portanto, importante uma seleção criteriosa das pessoas e um delineamento adequado da estrutura para a obtenção dessa sintonia. 2.5.1. Tipos de organograma Clássico Barra Circular Características Organizacionais Estrutura Por Função Produto Matriz Projeto Ambiente Estável Relati va instabilid ade Instável Muito Estável Incerteza Baixa Média Alta Muito Alta Complexidade Baixa Média Alta Muito Alta Diferenciação Baixa Alta Alta Média Dimensão Pequena Média Média Grande Tecnologia Tradicional Complexa Muito Complexa Nova Duração Curta Média Média Longa Cliente Diversos Diversos Médio Único Importância Pequena Média Elevada Muito Elevada Tempos Críticos Baixo Médio Relativam ente Eleva do Elevadíssimo Natureza da Estrutura Permanente Permanente Mista Temporária 8 2.5. Organogramas A estrutura formal de uma organização é representada de forma gráfica e abreviada, pelo organograma. Organograma é a representação gráfica da estrutura formal de uma empresa. 2.6. Tipos de Estruturas Organizacionais 2.7 Departamentalização É o processo de agrupar atividades em frações organizacionais, definidas segundo um dado critério, com vistas à melhor adequação da estrutura organizacional e sua dinâmica de ação. Para se efetuar a departamentalização é necessário definir os critérios, decidir sobre a centralização e a descentralização das áreas de apoio e estabelecer a amplitude de supervisão. O produto final da departamentalização é denominado de organograma. Cabe ressaltar que não existe a departamentalização ideal. Todos os tipos apresentam vantagens e desvantagens. Portanto, no processo de departamentalização deve-se buscar formas onde a eficiência e a eficácia organizacional sejam otimizadas. A seguir são apresentados e discutidos os diversos critérios de departamentalização. a) Por Função Neste tipo de departamentalização as tarefassão agrupadas conforme as funções a serem executadas pela organização. É o tipo mais encontrado nas empresas. Sua vantagem principal é permitir uma especialização nas áreas técnicas, além de otimizar os recursos nessas áreas. Sua desvantagem principal é incentivar objetivos próprios da especialização em detrimento dos objetivos gerais da organização. A figura apresenta um modelo de departamentalização funcional para uma indústria de equipamentos de telecomunicações. DIRETORIA DEPTO TRANSMISSÃO DEPTO COMUTAÇÃO DEPTO REDE EXTERNA b) Por Projeto Aqui as atividades são agrupadas por projeto. É muito utilizado em organizações de pesquisa e de consultoria. A grande vantagem é que tendo em vista os objetivos exclusivos do projeto, os especialistas trabalham com maior empenho e os prazos são cumpridos de forma mais eficiente. Um dos problemas é a perda de parte do conhecimento técnico quando o projeto termina e os especialistas são distribuídos em outros trabalhos. A figura apresenta um modelo de departamentalização por projeto para uma indústria química 9 POLÍMEROS CONDUTORES MATERIAIS TERMOCONTRÁTEIS PLÁSTICOS REFORÇADOS DIRETORIA TÉCNICA c) Por Cliente Neste modelo de departamentalização, as tarefas são agrupadas conforme os clientes a quem se destinam. É utilizado principalmente quando a organização trabalha com diferentes tipos de clientes, que exigem tratamento especializado. É muito comum em lojas de departamento. Uma vantagem marcante desse modelo é que ela permite conhecer melhor as necessidades e o modo de tratar de cada tipo de cliente. A grande desvantagem é a substituição de recursos, já que muitas vezes o atendimento aos clientes é sazonal. A figura ilustra a departamentalização por cliente para uma loja de departamentos. SETOR MASCULINO SETOR FEMININO SETOR INFANTIL ADMINISTRAÇÃO GERAL 1 0 d) Por Processo Neste caso, os agrupamentos de atividades são estabelecidos por linhas de processo. É freqüentemente utilizado em operações industriais. Como vantagem principal podemos apontar a maior especialização e a rapidez com que flui a informação técnica. Como desvantagem temos a visão limitada dos funcionários em virtude da extrema especialização. A figura apresenta um modelo de departamentalização por processo para uma biblioteca municipal. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL AQUISIÇÃO CATALOGAÇÃO ACERVO e) Por Produto ou Serviço Neste tipo, as atividades são agrupadas com base nos produtos ou serviços. É utilizado em grandes empresas onde os produtos são muito diferenciados ou representam um volume significativo. A grande vantagem é a facilidade de se analisar os resultados e possibilitar um melhor conhecimento sobre o produto. A desvantagem é devida à duplicação de atividades, cujo custo pode exceder os benefícios. A figura apresenta um modelo de departamentalização por produto. ADMINISTRAÇÃO TÉCNICA 1 1 TELEFONE CELULAR TELEFAX e) Geográfica Neste tipo de departamentalização, os grupos são estabelecidos por áreas geográficas. Isto ocorre principalmente quando a organização opera em regiões diferentes, tornando-se desejável a manutenção de uma administração local. Como exemplo típico podemos citar as organizações bancárias. A vantagem principal está no fato da administração local conhecer melhor as peculiaridades de cada região onde atua. A desvantagem é que, como forma de descentralização, esse tipo de departamentalização, pode, em alguns casos, ter seu campo de ação limitado, além das possíveis duplicações de esforços. A figura apresenta um modelo de departamentalização geográfica. AGÊNCIA BRÁS AGÊNCIA CAMBUCI AGÊNCIA PARAISO ADMINISTRAÇÃO CENTRAL f) Por Período ou Tempo Raramente utilizada nos níveis superiores da organização, a estrutura em função do tempo é utilizada basicamente na área fabril, onde o processo de fabricação não pode sofrer interrupções. Dessa forma são criados turnos de trabalho que podem ocupar até 24 horas do dia. A figura mostra um modelo de departamentalização por tempo para uma indústria mecânica. ÁREA DE MONTAGEM 1 2 TURNO 1 TURNO 2 TURNO 3 g) Pela Amplitude de Comando É empregada quando existe a limitação do tamanho dos grupos em função da chefia. É utilizada principalmente nas atividades rurais onde cada supervisor consegue controlar um número limitado de empregados. A figura apresenta um modelo de departamentalização pela amplitude de controle para uma supervisão de cortadores de cana. SUPERVISOR GRUPO 1 SUPERVISOR GRUPO 2 SUPERVISOR GRUPO 3 SUPERVISOR GERAL h) Mista É muito difícil organizações grandes e complexas utilizarem uma só técnica de departamentalização. Normalmente, a estrutura organizacional dessas empresas é uma mistura das várias técnicas apresentadas. A figura mostra um modelo misto de departamentalização para uma indústria, que envolve os tipos: funcional, por cliente e por produto. PRESIDENTE DIRETOR ADMINISTRATIVO DIRETOR TÉCNICO DIRETOR MARKETING COMÉRCIO INDÚSTRIA R H FINANCEIRA PRODUTO A PRODUTO B 2.8. Linha e Assessoria Existem duas autoridades formais extremamente importantes para uma organização. São elas: linha e assessoria. A componente linha pode ser definida como a parte da organização que é diretamente responsável pela realização de suas atividades específicas ou atividades fins. A assessoria (individual ou grupo) tem como função principal aconselhar ou prestar serviços à linha. Assim, a assessoria atua para os elementos da organização que são classificados como linha, motivo pelo qual muitas vezes é conhecida como área de apoio. 1 3 1 4 1 5 1 6 3. Direção Empresarial 1.Conceito: A direção constitui a terceira etapa do processo administrativo após o planejamento e a organização. Enquanto o planejamento e a organização são etapas anteriores a execução dos trabalhos, a direção é a etapa concomitantemente e simultânea. Direção é a função administrativa que conduz e coordena o pessoal na execução das atividades planejadas e organizadas. Significa orientar e coordenar o trabalho dos subordinados. No fundo, dirigir significa interpretar os objetivos e os planos para as outras pessoas e dar as instruções sobre Como executá-los. Trata-se de atuar diretamente sobre pessoas para conseguir que executem as suas atividades dentro do que foi planejado. A importância da direção está em que de nada adianta um bom planejamento e uma boa organização se as pessoas trabalham sem orientação e coordenação adequadas. Dai a direção deve ser considerada a mais importante das funções administrativas, a essência do trabalho do bom administrador. 3.2 Princípios de Direção A direção deve basear-se em quatro princípios, a saber: a. Princípio da Unidade de Comando Cada subordinado deve subordinar-se a um a apenas um superior. A recíproca deste principio é a de que deve haver uma autoridade única sobre cada pessoa na empresa, para evitar a duplicidade de ordens ou mais de uma chefia para cada pessoa. b. Princípio da Delegação É preciso que todas as atividades necessárias à realização dos objetivos empresariais sejam delegadas ao nível hierárquico que deverão executá-las adequadamente. A delegação significa a designação' de tarefas, a transferência de autoridade e a exigência de responsabilidade pela execução daquelas tarefas. Delegar é transferir responsabilidade para alguém. Quem delega é o chefe, quando designa novas tarefas ao subordinado. c. Princípio da Amplitude de Controle Também chamado Princípio de Amplitude de Controle, refere-se ao número ideal de subordinados que cada chefe pode supervisionar diretamente. Seu enunciado é o seguinte: cada chefe deve ter um número adequado de subordinados para poder supervisionar adequadamente. Assim, amplitude de controle é a quantidade de pessoas subordinadas a um chefe. Quanto mais simples as atividades dos subordinados tanto maior amplitude de controle poderá ter o chefe, face à simplicidade de sua supervisão. 1 7 d. Princípio da Coordenação Também chamado Princípio das Relações Funcionais. Significaque todas as atividades devem ser coordenadas e integradas tendo em vista um objetivo comum. Nas empresas, os objetivos maiores submetem os objetivos menores. Estes precisam ser coordenados e integrados para o alcance dos objetivos maiores. 3. MEIOS DE DIREÇÃO Para dirigir os subordinados, o administrador em qualquer nível em que esteja situado deve dar ordens ou instruções, comunicar, motivar, liderar e coordenar. Por isso, os principais meios de direção que o administrador pode utilizar são: a transmissão de ordens ou instruções, a comunicação, a motivação, a liderança e a coordenação. Todos estes meios de direção são utilizados quanto às pessoas. 1. EMISSÃO DE ORDENS OU INSTRUÇÕES Para dirigir os subordinados, o administrador deve dar ordens e instruções para que estes saibam o que devem fazer e quando fazer. Tanto a ordem quanto a instrução servem para fazer iniciar, modificar ou cessar uma tarefa ou atividade. Porém, a ordem refere-se a o que fazer e quando enquanto a instrução se refere a como fazer alguma tarefa ou atividade. Enquanto a ordem é um imperativo de fazer algo, a instrução é uma orientação sobre a maneira de fazer algo. Quanto à sua amplitude, as ordens podem ser gerais ou especificas. a.Ordens Gerais: São aquelas destinadas a todas as pessoas da empresa, indistintamente. As ordens gerais constituem obrigações de todos os funcionários da empresa, como a obrigação de marcar o ponto, o horário de trabalho, a apresentação de crachás de identificação pessoal etc. b.Ordens Específicas: São aquelas destinadas a determinadas pessoas. As ordens especificas constituem obrigações de algumas pessoas relacionadas com algum serviço ou órgão da empresa, como a elaboração de relatórios de viagem apenas aos representantes ou vendedores da empresa que viajam constantemente, a elaboração de relatórios sobre o veículo apenas aos motoristas de veículos da empresa. Quanto à forma pela qual são transmitidas, as ordens podem ser orais ou escritas. a. Ordens Verbais: São as ordens transmitidas de viva voz. São as ordens mais freqüentemente utilizadas nas empresas, nos contatos diretos entre o superior e seus subordinados. Entretanto, as ordens verbais precisam ser muito bem explicadas a fim de se assegurar a adequadas compreensão, e devem ser repetidas com certa freqüência para evitar seu esquecimento. 1 8 b. Ordens Escritas: São aquelas transmitidas por escrito, seja mediante alguma correspondência, seja por meio de documento. 2. COMUNICAÇÃO É o processo de transmissão de informação e compreensão de uma pessoa para outra. Toda comunicação realiza uma ponte de significados entre duas ou mais pessoas. 1. O Processo de Comunicação O processo de comunicação é composto de cinco etapas distintas: a.Emissor: É a pessoa que pretende comunicar uma mensagem pode ser chamada de fonte ou de origem. b.Transmissor: É a etapa que codifica a mensagem e a transmite que o emissor possa enviá-la ao destinatário. c. Canal: É o espaço situado entre o emissor e o destinatário. d.Receptor: É a etapa que recebe a mensagem e a decodifica para que o destinatário a compreenda. e.Destinatário: É a pessoa a quem a mensagem é destinada., constitui o ponto final do processo de comunicação. Quanto ao seu tipo, a comunicação pode ser: a. Formal: É a comunicação endereçada por meio dos canais de comunicação. b.Informal: É a comunicação desenvolvida espontaneamente pela estrutura informal da empresa e fora dos canais de comunicação. As comunicação formais fluem dentro da empresa por meio dos seguintes canais de comunicação, podem ser: a.Canais Verticais: Podem ser descendentes (de cima para baixo) e referem-se à comunicação entre o superior e os subordinados, veiculando ordens e as instruções. Podem ser ascendentes (de baixo para cima) e referem-se à comunicação entre o subordinado e o superior. b.Canais Horizontais: Referem-se às comunicações laterais entre dois órgãos (dois departamentos ou duas seções, por exemplo) ou dois cargos (dois gerentes ou dois escriturários) no mesmo nível hierárquico. 1 9 3.3. Motivação Tanto quanto emoção provém de um mesmo verbo latino que significa mover- se. Ambas indicam um estado de despertar do organismo. temos denominado emocionais os estados intensos e imediatos do despertar, e motivacionais os estados emocionais mais prolongados e (Telford e Sarwrey, 1973). Motivo ou Motivação refere-se a um estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta comportamento usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade ativante. A Motivação é algo que não se pode observar diretamente, inferimos a existência de motivação observando o comportamento. Um comportamento motivado se caracteriza pela energia relativamente forte nele dispensada e por estar dirigido para um objetivo ou meta. Simplificando: motivação é colocar os atores certos no palco, ajustar seus pontos de vista e dar-lhes liberdade para improvisar quando acharem necessário. Significa entender que a rigidez de devoção com respeito a uma ideologia de fato permite que uma empresa deixe as pessoas livres para tentar, mudar, se adaptar e - acima de tudo - agir. 1. Técnicas De Motivação Já está mais do que provado que funcionário descontente não produz a sua capacidade máxima. Então a estratégia é utilizar ferramentas adequadas, através das quais chegaremos mais facilmente aos nossos objetivos: Implantação de Política de Cargos e Salários; Benefícios que possibilitem o enriquecimento profissional e pessoal, como: Pagamento de universidades e cursos de aperfeiçoamento profissional; Investimento em programas de treinamento contínuo e orientação; Participação nos lucros da empresa; Recompensas, concursos e reconhecimento público que premiam aqueles que demonstram se esforçar de forma consistente com a ideologia; Celebrações que consolidem os êxitos e a sensação de ser especial; Aproveitamento de mão-de-obra interna. 2. O Que É Importante Para Tem Motivação Do ponto de vista daqueles que são motivados, observa-se outras perspectivas também importantes. Analisadas as opiniões de 150 profissionais de diferentes níveis hierárquicos, escolhidos a dedo pelas organizações sobre o que os fariam lançar por uma empresa, cinco fatores apareceram como essenciais para despertar essa atração. 2 0 São eles: a)O status da empresa: A companhia tem de ter uma imagem arrojada e sólida no meio empresarial; b)A transparência do seu sistema de gestão para o mercado: A maneira como a empresa dirige e valoriza as pessoas e administra seus negócios tem que ser clara, tanto para funcionários quanto para a comunidade; c)Permissibilidade à visibilidade externa: A empresa tem que permitir que seus empregados apareçam no mercado, que possam fazer sucesso também do lado de fora dos muros da organização. Funcionários talentosos querem desenvolver suas habilidades e competências continuamente. A idéia é cuidar da sua empregabilidade externa sem que isso lhes crie problemas internos; d)Incentivo às mobilidades interna e externa: A empresa deve estimular os funcionários a participar de projetos e ações em toda a organização. Não somente dentro dos departamentos onde trabalham. As exigências vão além: Os talentos querem ser incentivados a representar tecnicamente a empresa no mercado e, dessa forma, desenvolver sua marca pessoal também; e)A empresa tem de ter um líder visível e avaliável: Um presidente capaz, só, não basta. Ele tem que ser também conhecido dentro e fora da empresa. Tem que circular, fazer sucesso, despertar o orgulho dos funcionários. E, principalmente, precisa ser uma pessoa cujas ações sejam reconhecidamente avaliadas como positivas. Esses cinco fatores se destacaram em todas as entrevistas, com mais de 90% de freqüência. O salário foi o item que apareceu imediatamente após a eles. Para os profissionais talentosos é essencial que a empresa utilize mecanismos de remuneração por desempenho individual. 3. Fatores Motivadores do Trabalho Apresentamos idéias básicas que muito ajudarão a compreensão deste assunto:a)Para medir a motivação no trabalho, precisamos de conceitos operacionais, ou seja, de conceitos com os quais possamos atuar. O primeiro deles é o de satisfação e seu correlato, o de insatisfação. Generalizando, podemos dizer: O que causa satisfação, em geral, motiva; o que causa insatisfação reduz a motivação; b)Outro conceito importante é o de necessidade, que gera impulso nos seres vivos. Este impulso está muito ligado a motivo: c)Há muitas tendências nas pessoas, capazes de levá-las à ação. Por exemplo, a tendência para o poder, para a realização, para buscar companhia de outras pessoas (afiliação), para a independência, para a satisfação sensorial (prazer), para a segurança pessoal e familiar, para a auto-realização, para conhecer coisas novas (curiosidade), para destruir obstáculos que impedem a satisfação de necessidades (agressão), etc. Estas apresentam-se em maior ou menor intensidade, em cada pessoa. Podem elas transformar-se em força de ação e por isso, certamente, em motivo; d) E, por fim, relacionamos a diferença entre Incentivo e Motivo: No primeiro (Incentivo), não há envolvimento do . O indivíduo age levado por pressões externas: ganhar comissão, levar certa vantagem, evitar punições, etc. No Motivo, ao contrário, o está envolvido, isto é, o indivíduo age impelido por força interna, porque gosta e quer. Recorrendo aos incentivos, pode-se fazer com que as pessoas ajam, mas sob condições limitadas. Uma ação duradoura, entretanto, só pode emanar de uma motivação verdadeira, que ocorrerá quando o indivíduo tiver seu próprio gerador instalado dentro de si, não havendo maior necessidade de impulso externo; neste caso, o indivíduo terá vontade de executar as tarefas: 4. Modelos Teóricos da Motivação Existem diferentes modelos teóricos de interpretação do processo motivacional: a)Teoria Behaviorista: A motivação, para o Behaviorismo, tem como ponto central o conceito de impulso, entendido como a força que impele à ação e o hábito a via de acesso construída entre o ponto de partida (estímulo) e o destino (resposta). Os hábitos são criados pela contigüidade da resposta ao reforço. A presença do reforço reduz o impulso, uma vez que sacia sua necessidade; b)Teoria Cognitiva: Procuram negar que o efeito dos estímulos sobre o comportamento seja automático (colocando-se contra a behaviorista). Acredita que nós escolhemos, por meio da percepção, pensamento e raciocínio, os valores, as crenças, as opiniões e as expectativas que regularão a conduta para uma tarefa almejada. Mas, reconhece que o comportamento e seu resultado dependerão tanto das escolhas conscientes do indivíduo, como dos acontecimentos do meio sobre os quais não tem controle e que atuam sobre ele; c)Teoria Psicanalítica: Freud entendia que o comportamento humano é determinado, basicamente, pela motivação inconsciente e pelos impulsos instintivos. Portanto, a mais forte tendência de comportamento não é, necessariamente, aquela que a pessoa conscientemente decide que é melhor para ela. Nesta abordagem, a motivação do comportamento, em grande parte, é proveniente do Id e o comportamento resulta da interação, conflituosa ou não entre ID, EGO e SUPEREGO. 3.3.4.1. Classificação das Teorias Sobre Motivação O exame dos mecanismos da motivação gerou, nas última décadas, um volume muito grande de pesquisas, escritos e teorias, de modo que tem sido necessário, aos que se preocupam em rever de maneira ordenada o campo existente de conhecimento sobre motivação, criar uma classificação sobre as teorias principais que investigam a motivação humana. 2 1 Em 1970, Campbell, Dunette, Lawler e Weick (professores de Psicologia e Ciências Administrativas das Universidades de Minnesota e Yale, dos Estados Unidos, após um longo trabalho conjunto de pesquisas, destinado a estudar a produção científica acerca da eficácia gerencial, criaram uma classificação das teorias sobre motivação, que é a mais aceita atualmente. Esta classificação agrupou as teorias motivacionais em duas categorias: As Teorias Motivacionais de Conteúdo As teorias motivacionais de conteúdo se interessam menos pelos mecanismos de articulação existentes entre as variáveis que se ligam e mais pelas variáveis propriamente ditas: Por isso é que os autores citados as designaram genericamente de "teorias substantivas" ou "de conteúdo". Segundo Campbell, Dunette, Lawler e Weick, os principais autores das teorias substantivas ou de conteúdo são: a) A Teoria motivacional de Abraham Maslow: Maslow não estava interessado em esclarecer através de que processo a satisfação de tais necessidades geravam motivação e, sim, preocupado com caracterizar a existência destas necessidades, às quais, para ele, eram motivos determinantes do comportamento. Há uma série universal de necessidades fundamentais inerentes ao homem, que têm seus próprios atributos, os quais não são determinados pelas estruturas sociais, pelos modelos culturais ou por processo de socialização. O que difere é a ênfase e os meios de satisfazê-los, o que varia de cultura de um grupo ao outro. Estudando o comportamento humano, os psicólogos em geral concluem que todo comportamento é motivado, isto é provocado de alguma necessidade dentro do homem e não lhe pode ser imposto. Defini- se o comportamento, como sendo uma tentativa de satisfazer uma necessidade. O que é necessidade? O que acontece quando sentimos necessidade? Uma necessidade é um estado de tensão ou de desequilíbrio que resulta da falta, da ausência que sentimos dentro de nós mesmos. Sentida esta ausência desta necessidade, a pessoa torna-se tensa e irrequieta, ativando-a a satisfazer esta necessidade - procurando livrar-se desta tensão e alcançar o estado de satisfação e equilíbrio. O homem, por exemplo, que esteja assistindo um show de TV, pode muito bem não estar com fome, não ter necessidade de comer. Mas o que acontece, tão logo a propaganda anuncia algo de gostoso? Tal pessoa sente-se com vontade, sente necessidade de ir à cozinha comer, ou seja, ela sente-se num estado de tensão e desconforto até o momento em que ela satisfaça esta necessidade. Desta forma aliviará a tensão, e o equilíbrio se restabelece. Para Maslow, a humanidade está perpetuamente dependendo de indivíduos que estejam empenhados em incessante esforço para encontrarem formas de satisfazer suas necessidades básicas. Uma pessoa é motivada a alcançar um determinado objetivo por possuir internamente a necessidade de alcançá-lo. As necessidades básicas não são estáticas: uma vez satisfeita uma necessidade, ela não mais atuará como agente motivador do comportamento. Outras necessidades, então, passam a ocupar a de e o comportamento é dirigido para a sua satisfação. ] Maslow identificou cinco necessidades fundamentais e as dispôs numa hierarquia: .................... 5. Necessidade de auto-realização ................ 4. Necessidade de respeito/reconhecimento ....... ............. 3. Necessidade de aceitação e afeto ........... ............ 2. Necessidade de segurança ................ 1. ... 1. Necessidades fisiológicas Como é possível observar, estão ali dispostos em termo em que se manifestam, desde o nível mais elementar de sobrevivência até a auto-realização, o apogeu da existência humana: Necessidades fisiológicas: A fome é uma necessidade chamada física, assim como: a sede, a necessidade de dormir, do oxigênio, da eliminação, do sexo, e tantas outras atividades que ajudam a manter um estado físico satisfatório. Cada uma dessas necessidades liga-se com um sistema biológico junto ao corpo, que na maioria dos casos, para poder sobreviver, exige a satisfação. Ninguém pode imaginar um homem privado do oxigênio mais de 8 minutos, ou privado de água e viver mais de uma semana ou privado de comida e viver mais de um mês. Por isso, assim que uma pessoa se torna ciente da falta de oxigênio, água ou comida, ela se torna agitada, irrequieta e tensa, até que consiga algo para satisfazer estas necessidades. O mesmo acontece com todas as outras necessidades fisiológicas, incluindo o sexo,exceto que a necessidade do sexo parece à única necessidade não exigida para a sobrevivência individual, mas é muito importante para a sobrevivência da raça. Ao identificar as necessidades fisiológicas como sendo as preponderantes Maslow quis dizer que, se uma pessoa fosse totalmente carente - se todas as necessidades estivessem por satisfazer - ela seria dominada por suas necessidades fisiológicas; suas outras necessidades desapareceriam ou seriam reprimidas. No entanto, uma vez satisfeitas às necessidades fisiológicas, surgem então necessidades que passam a dominar o comportamento. Ao serem atendidas, elas são substituídas por outras necessidades mais altas por serem mais tipicamente humanas, e assim por diante. Necessidade de segurança: Preenchidas as necessidades fisiológicas, surgem às necessidades de segurança, Karem Horney define como a de sentir-se seguro de perigos hostis e ameaças do . A segurança física não se revela tão importante como a segurança psicológica, conforme ficou demonstrado durante a guerra. Crianças que assistiram ao bombardeio da Segunda Guerra Mundial, em Londres, manifestaram menos insegurança do que as crianças que ficaram privadas dos pais e mandadas para lugares mais seguros. Evidentemente as pessoas que nos amam e nos querem bem representam para nós maior segurança do que toda segurança física que sentimos na presença de pessoas estranhas. Mesmo como adultos nos 2 2 . sentimos inseguros quando tememos que ninguém nos quiséssemos ninguém nos ama, em situações em que pessoas estranhas nos cercam, em situações de perigo. A satisfação dessa necessidade requer uma real segurança física e ainda uma sensação de estar protegido dos males e danos, tanto físico quanto emocional (potencialmente por salários, benefícios marginais e um sentimento de segurança na capacidade pessoal de ganhar o sustento pelo trabalho realizado). As necessidades fisiológicas e as de segurança acham-se, ambas, centradas no indivíduo. Contudo, uma vez satisfeitas, aparecem às necessidades secundárias; Necessidade de aceitação e afeto (sociais): Neste estágio, o indivíduo é motivado a assegurar o seu lugar num determinado grupo, com a gratificação do sentimento de a ele pertencer, bem como a construir relações emocionais íntimas com outros, a dar e receber amor; Necessidade de respeito/reconhecimento: Maslow denominou necessidade de o conjunto de necessidades seguintes, o qual não só inclui a necessidade de auto-respeito e a de uma auto avaliação de si mesmo, como também abrange o respeito ou consideração por parte dos outros indivíduos. Maslow classificou esta necessidade em dois subconjuntos. Primeiro, há uma necessidade de independência e liberdade e de um sentimento íntimo de confiança na própria competência para lidar com o mundo. Segundo, há a necessidade de ter esta competência reconhecida e apreciada pelos outros; Necessidade de auto-realização: Quando todas as outras necessidades foram satisfeitas, a última a emergir é a da auto-realização. Segundo Maslow, que um homem pode ser, ele deve . A auto realização não é tanto um estado ou estágio do organismo, como a fome, a ser satisfeito por uma gratificação periódica. Trata-se, ao invés disso, de um processo do ser humano, no qual o indivíduo luta para alcançar a extensão total da sua capacidade. De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas, as de segurança, as de afeto e as de respeito são todas necessidades por escassez, por déficit, enquanto, por outro lado, a necessidade de auto-realização é a necessidade de crescimento. Os quatro primeiros conjuntos de necessidades foram denominados de déficit por serem resultantes da falta de alimentação ou da falta de segurança e etc. Contudo, a pessoa que busca a auto-realização, livre das necessidades por déficit, está emprenhada no processo de realizar suas potencialidades de vivenciar o conceito que tem de si mesmo. Cada pessoa é uma entidade singular e e precisa procurar sua fórmula própria de realização. Trata-se, pois, quase que inteiramente, de um processo interno, e a gratificação da necessidade, o sentimento de realização, advém da experiência de executar coisas que realizam o potencial da pessoa. A auto-realização é uma necessidade de crescimento por ser, em sua essência, um processo permanente de autodesenvolvimento. Cada novo desenvolvimento do ser constitui prospecção para um desenvolvimento posterior. Embora Maslow defendesse a relativa integridade da ordem de sua hierarquia, ele não acreditava que uma necessidade tivesse 100% satisfeita, antes que surgisse a necessidade mais elevada. Pelo contrário, ele afirmou que a maior parte dos integrantes de nossa sociedade se acha, ao mesmo tempo, parcialmente satisfeita e parcialmente insatisfeita, quanto a todas as suas necessidades básicas. O Ciclo Motivacional A partir da Teoria das Relações Humanas, todo acervo de teorias psicológicas acerca da motivação humana passou a ser aplicado dentro da empresa. Verificou-se que todo comportamento humano é motivado. Que a motivação, no sentido psicológico, é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento visando à satisfação de uma ou mais determinadas necessidades. Daí o conceito de Ciclo Motivacional. O Ciclo Motivacional pode ser assim explicado: O organismo permanece em estado de equilíbrio psicológico (equilíbrio de forças psicológicas, segundo Lewin), até que um estímulo o rompa e crie uma necessidade. Essa necessidade provoca um estado de tensão em substituição ao anterior estado de equilíbrio. A tensão conduz a um comportamento ou ação capaz de atingir alguma forma de satisfação daquela necessidade. Se satisfeita a necessidade, o organismo retornará ao seu estado de equilíbrio inicial, até que outro estímulo sobrevenha. Toda satisfação é basicamente uma liberação de tensão, uma descarga tensional que permite o retorno ao equilíbrio anterior. Nem sempre a satisfação das necessidades é obtida. Pode existir alguma barreira ou obstáculo ao alcance da satisfação de alguma necessidade. Toda vez que alguma satisfação é bloqueada por alguma barreira, ocorre à frustração. Havendo frustração a tensão existente não é liberada através da descarga provocada pela satisfação. Essa tensão acumulada no organismo mantém o estado de desequilíbrio. Por outro lado, o Ciclo Motivacional pode ter outra solução além da satisfação da necessidade ou da sua frustração: a Compensação ou Transferência. Ocorre a compensação (ou transferência) quando o indivíduo tenta satisfazer alguma necessidade impossível de ser satisfeita, através da satisfação de outra necessidade complementar ou substitutiva. Assim, a satisfação de outra necessidade aplaca a necessidade mais importante e reduz ou evita a Frustração. Desta forma, toda necessidade humana pode ser satisfeita, frustrada ou compensada. Cada uma dessas soluções envolve uma infinidade de nuances e de variações intermediárias. Para as necessidades fisiológicas, os objetivos são relativamente fixados e quase não tem compensações ou substitutivos: a fome só se satisfaz com alimentação, a sede somente com a ingestão de líquidos, se estes são os motivos a serem satisfeitos. Para as necessidades psicológicas e de auto-realização os objetivos são mais flexíveis e possibilitam transferências e compensações. A necessidade de prestígio, por exemplo, pode ser satisfeita pela premência social, pelo sucesso profissional, pelo poder do dinheiro ou ainda pela conduta atlética. necessidade não satisfeita é motivada 2 4 de comportamento, porém quando uma necessidade não é satisfeita dentro de algum tempo razoável, ela passa a ser um motivo - Reações à frustração A frustração pode levar a certas reações generalizadas, a saber: -Desorganização do comportamento: A conduta do homem frustrado pode se tornar repentinamente ilógica e sem explicações aparentes; -Agressividade: O homem frustrado pode se tornar agressivo. A liberação da tensão acumulada pode acontecer através de agressividade física, verbal, simbólica, etc.; -Reações emocionais:A tensão retida pela não-satisfação da necessidade pode provocar formas de reação como ansiedade, aflição, estados de intenso nervosismo ou ainda outras formas de conseqüências como insônia, distúrbios circulatórios, digestivos, etc.; -Alienação e apatia: O desagrado em face da não-satisfação pode ocasionar reações de alienação, de apatia e de desinteresse pelo alcance dos objetivos frustrados como forma ou mecanismo inconsciente de defesa do ego. b) A Teoria de Frederick Herzberg: É classificada com uma teoria de conteúdo, preocupada com as variáveis motivacionais e não como a mecânica de interligação. A dos dois foi formulada e desenvolvida por Frederick Herzberg, a partir de entrevistas feitas com 200 engenheiros e contadores da indústria de Pittsburgh. Estas procuravam identificar quais as conseqüências de determinados tipos de acontecimentos na vida profissional dos entrevistados, visando a determinar os fatores que os levaram a se sentirem excepcionalmente felizes e aqueles que os fizeram sentir-se infelizes na situação de trabalho Herzberg concluiu que a satisfação e a insatisfação no trabalho decorrem de dois conjuntos separados de fatores. Essa teoria foi chamada de teoria dos dois fatores: I - Fatores de insatisfação (fatores higiênicos): Ou fatores extrínsecos, pois se localizam no ambiente que rodeia as pessoas e abrange as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Como essas condições são administradas e decididas pela empresa, os fatores higiênicos são: o salário, os benefícios sociais, o tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus superiores, as condições físicas e ambientais de trabalho, as políticas e diretrizes da empresa, o clima de relações entre a empresa e as pessoas que nela trabalham os regulamentos internos, etc. São fatores de contexto e se situam no ambiente externo que cerca o indivíduo. Contudo, de acordo com as pesquisas de Herzberg, quando os fatores higiênicos são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação e, quando a elevam, não conseguem sustentá-la elevada por muito tempo. Porém, quando os fatores higiênicos são péssimos ou precários, eles provocam a insatisfação dos empregados. O mais importante desses fatores é a política da empresa, que segundos muitos indivíduos pode ser uma grande causa de ineficiência e ineficácia. Logo, não se podem alicerçar as bases da motivação do pessoal nos fatores mas, de outro lado, sua ausência produz insatisfação com a qual não é possível criar um processo de motivação verdadeira e duradoura: 2 5 -Salários em espiral: Para alguns empregados e empregadores, o salário é o único motivador eficiente e certo. As pesquisas de Herzberg não confirmam tal posição. Há muitos funcionários ganhando muito bem e sem nenhuma motivação no trabalho; -Vantagens adicionais: Podem ser desde melhorias no ambiente físico de trabalho até seguro de vida, colônia de férias, etc. Esses benefícios logo deixam de ser considerados como recompensas, passando a ser vistos como direito. São fatores higiênicos e não motivadores segundo Herzberg; -Preparo em relações humanas: Quando a administração percebeu a ineficiência dos incentivos materiais como motivadores, recorreu aos psicológicos, no intuito de introduzir na empresa novas maneiras de motivar. A resposta foi: Preparo em relações humanas. Contudo, se há um problema de Organização e Métodos ou uma falha administrativa, as práticas de relações humanas pouco adiantam. Nesta mesma área de bom relacionamento entre as pessoas e grupos, contamos, hoje, com práticas mais aperfeiçoadas como sejam de dinâmica de grupo, etc.; que mesmo assim não motivam, isoladamente ou no contexto administrativo defeituoso; -Desenvolvimento da sensibilidade: É a busca da autenticidade nas relações interpessoais. Embora útil essa técnica não resolve o problema da motivação na área administrativa ou industrial quando o problema se origina da estrutura deficiente da empresa; -Boas comunicações: Surgiram cursos e livros sobre comunicação, técnicas de liderança de reuniões, jornais e revistas de empresa, todos querendo obter mais satisfação e motivação no trabalho; -Orientação individual do empregado: Verificou-se neste último caso, que os empregados apresentavam problemas pessoais que interferiam em seu comportamento no trabalho. A orientação individual, neste caso, foi um meio de permitir que os empregados tirassem esse peso dos ombros, conversando com alguém. Há uma pergunta implícita na mente de todo administrador: o que fazer para melhorar o comportamento dos funcionários? Em outros termos, como motivá-los? Muitas empresas acharam que a melhor resposta era: aumento de salário, melhoria nas condições de trabalho, vantagens adicionais, seguros, participação nos lucros, etc. Herzberg chamou esses elementos de Fatores Higiênicos ou Incentivadores e não Motivadores. Servem para criar um clima empresarial saudável, sem insatisfação. Somente com as pesquisas de Herzberg é que se soube que todas essas práticas, muito úteis, não são em sua essência motivadoras. Servem, na expressão do autor citado, para eliminar a insatisfação nos funcionários e o ambiente de trabalho. Mas, afinal, como Motivar? Por que as práticas de que falamos não são motivadoras? Vamos encontrar uma resposta na análise da natureza humana. O homem possui uma natureza biológica e outra psíquica; cujas necessidades e objetivos se encontram num plano diferente e mais elevado. Os incentivos tradicionais e os que descrevemos acima giram em torno da natureza biológica do homem, atendendo às necessidades que surgem nessa área. Bom salário, vantagens adicionais, colônia de férias, tratamento adequado à pessoa, etc., deixam o ser humano biologicamente satisfeito e atendido em suas necessidades fisiológicas, de conforto, de segurança e de saúde. Contudo, essas práticas pouco têm 2 6 haver com a natureza psíquica que possui outras necessidades: De realização, de crescer como pessoa (auto-realização), de reconhecimento e estima, e fazer alguma coisa que lhe agrade e de fazê-la bem feito, de ascensão social, etc. Motivar é mobilizar esta área psíquica (superior) da pessoa. É implantar nessa parte da personalidade um móvel ou de ação. Numa empresa, o indivíduo gosta de sentir-se solicitado como pessoa, de receber responsabilidade, de aceitar um trabalho que o desafie. Partindo desta premissa, pode-se motivar alguém com estas palavras: uma tarefa difícil para você. Mas sei que está à altura . Tais palavras podem tornar-se um gerador de ação dentro da pessoa. Sabendo-se digno de confiança, o funcionário passa a ver e a sentir a tarefa de modo diferente. Sendo responsável pelo trabalho e estando pessoalmente envolvido, quer mostrar que tem capacidade para realizá-lo. É diferente do que alguém dizer: isto, e você ganhará uma comissão de 10% ou não fizer isto, você será ou simplesmente . Como já vimos, o incentivo parte sempre do exterior, ao contrário da verdadeira motivação, que atua no interior do indivíduo, levando-o a ação. Empresários de países, sobretudo ricos, consciente ou inconscientemente, fazem-se muitas vezes esta pergunta: que o pessoal não é mais produtivo? Pagamos bom salário, damos boas condições de trabalho, temos excelentes vantagens adicionais e emprego estável. Mesmo assim, o pessoal parece não estar disposto a despender mais do que o esforço . Para motivar não é preciso usar palavras, basta criar condições tais que mobilizem o empregado como pessoa, como realizador que é, como ser responsável que deseja ser, como ser social, justo e produtivo que é. II - Fatores de satisfação (fatores motivantes): Ou fatores intrínsecos, pois estão relacionados com o conteúdo do cargo, com a natureza das tarefas que o indivíduo executa e às recompensas ao desempenho profissional. Assim sendo, os fatores motivacionais estão sobre controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Os fatores motivacionais envolvem os sentimentos de crescimento individual, de responsabilidade, de reconhecimento profissionale as necessidades de auto-reavaliação e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. Os estudos de Herzberg levaram a conclusão que os fatores que influíam na produção de satisfação profissional eram desligados e distintos dos fatores que levaram a insatisfação profissional. Assim, os fatores que causavam satisfação estão relacionados à própria tarefa, relações com o que ele faz, reconhecimento pela realização da tarefa, natureza da tarefa, responsabilidade, promoção profissional e capacidade de melhor executá-la. c) McClelland: com seus "fatores n", agrupando as necessidades humanas ligadas à motivação em três conjuntos de motivos: - Os ligados à necessidade de realização; - Os ligados à necessidade de poder; e - Os ligados à necessidade de afiliação. Estes três produzem satisfações quando suas necessidade são atendidas. d) Alderfer (79): A teoria ERC (Existência, Relacionamento, Crescimento ,ou - Existence, Relatedness e Growth), de Aladerfer. Esta teoria foi desenvolvida pelo Psicólogo Clayton Alderfer, a partir do estudo da teoria de Maslow e de pesquisas por ele realizadas. Alderfer, citado em Stoner & Freeman (1999), concorda que a motivação do trabalhador pode ser medida seguindo uma hierarquia de necessidades, porém sua teoria diverge da teoria de Maslow em dois pontos básicos: 2 7 d.1) A hierarquia foi dividida somente em três categorias: -Necessidade existencial: Corresponde às necessidades básicas de Maslow, ou seja, às necessidades de sobrevivência e de segurança, acrescentando-se os benefícios extras que são oferecidos no local de trabalho; -Necessidade de relacionamento: O ser humano tem de se relacionar com outras pessoas, principalmente na aceitação do indivíduo no grupo de trabalho ou no sentimento de pertencer a um grupo, seja ele interno ou externo á organização. Diz um velho provérbio que "o ser humano não é uma ilha", por isso necessitamos de contatos com outras pessoas. Corresponde à terceira necessidade de Maslow (necessidade de aceitação e afeto); -Necessidade de crescimento: Refere-se à necessidade que o ser humano tem de criar, dar sugestões, participar, se sentir importante e desenvolver sua capacidade produtiva. Desfrutar de um ajuste positivo satisfatório ás necessidades do ambiente. Diz respeito ás necessidades de auto-realização e auto-estima. Corresponde às duas últimas necessidades de Maslow (respeito/reconhecimento e auto-realização). d.2) Outro ponto em que Alderfer discorda de Maslow é que, para o primeiro, quando ocorre uma frustração quanto ao atendimento das necessidades mais elevadas, há uma regressão para um nível inferior dentro da hierarquia, ou seja,: "...quando as necessidades mais altas são frustradas, as necessidades inferiores retornam, mesmo já tendo sido satisfeitas" Stoner & Freeman (1999:326). Maslow via as pessoas subindo progressivamente dentro da hierarquia das necessidades, enquanto que Alderfer percebia uma oscilação de direção, ou seja, dependendo da situação, as pessoas subiam ou desciam dentro da hierarquia das necessidades. Comparação entre os modelos de Maslow, Herzberg E Alderfer As semelhanças entre os três modelos são evidentes, entretanto existem também importantes contrastes. Maslow e Alderfer centram-se nas necessidades internas do empregado, enquanto Herzberg diferencia as condições do cargo que podem ser promovidas para a satisfação de necessidades. As interpretações populares dos modelos de Maslow e Herzberg sugerem que em sociedades modernas a maioria dos trabalhadores já satisfez suas necessidades mais baixas, estando mais motivados por necessidades mais altas. Alderfer sugere que o fracasso na satisfação de necessidades de relacionamento ou de crescimento irá causar interesse renovado pelas necessidades de existência. Finalmente, todos os três modelos indicam que antes de um administrador tentar aplicar uma recompensa, seria útil descobrir qual a necessidade particular do empregado naquele momento. 2 8 As Teorias Motivacionais de Processo As teorias de processo, em vez de definirem quais variáveis afetam a motivação, tentam explicar por quais processos estas variáveis se inter-relacionam. a)Woodworth: No século XVIII, as idéias de "racionalismo" e de free will eram predominantes, pouca atenção foi concedida pelos pesquisadores a questões tais como as do ser humano. As primeiras pesquisas ligadas aos processos de comportamento foram desenvolvidas em animais. Campbell e Pritchard citam Woodworth como o primeiro pesquisador sobre comportamento, ao procurar conceituar drive (atividade, impulso, energia com que alguém se dedica a uma atividade) e ao querer determinar quais fatores levam pessoas a serem mais ou menos ativas. b)Prof. Kurt Lewin: Até 1950 pouco se desenvolveram as teorias motivacionais de processo. Em 1951 o Prof. Kurt Lewin, se constituiu no primeiro teórico a criar um modelo explicativo sobre o comportamento humano, com sua "teoria de campo", que diz: O indivíduo possui uma estrutura de necessidades, envolvendo necessidades fisiológicas e psicológicas. Tais necessidades, por não estarem satisfeitas, criam um estado de tensão (idéia análoga à da tensão elétrica ou diferença de potencial) que faz com que o indivíduo atue (exerça ações) no sentido de reduzir tal tensão ao invés de satisfazer as referidas necessidades. Para tanto, o indivíduo tenta distinguir a atratividade de cada resultado que poderia ser obtido por cada ação, ligando-o à intensidade ou habilidade de reduzir a tensão. Esta propriedade é chamada por Lewin de "valência": -A força com que o indivíduo se lança a uma tarefa ou para atingir um objetivo é resultante de uma combinação da necessidade de reduzir tensões com a atratividade ou valência daquele caminho; -A ação passada e os dados anteriores acumulados pelo indivíduo servem de reforço positivo ou negativo ao comportamento do indivíduo apenas através de sua percepção de cada caminho, ou seja, através da "valência". c)Skinner: Um outro marco no campo dos antecedentes das teorias motivacionais de processo, segundo Campbell e Pritchard, é dado por Skinner, cuja posição é diferente da de Lewin, pois sua base se situa na teoria do reforço. Para ele, o comportamento humano pode ser explicado e previsto através da possibilidade que um indivíduo tenha sido exposto ou não a situações similares no passado. d)Vroom: Após tais antecedentes (Lewin e Skinner), o principal trabalho surgido sobre as teorias motivacionais de processo foi o de Vroom. Segundo o qual, a força que leva uma pessoa a escolher um caminho ou a exercer uma tarefa é uma função de duas variáveis: -Da valência ou o valor percebido de resultados decorrentes do caminho escolhido ou da tarefa feita; -Da expectativa ou crença de que o comportamento adotado levará à obtenção de tais objetivos ou resultados. Por sua vez, a valência de um dado caminho é função do produto de todos os resultados decorrentes desse caminho pelas instrumentalidades, sendo a instrumentalidade uma medida de que um certo objetivo "meio" conduza ao objetivo seguinte, visto como "fim". 2 9 ESTUDO DE CASO: DIÁLOGO NA LIVRARIA Moisés, Massahiro e Lívio são amigos desde que se conheceram na faculdade. Moisés esta há pouco tempo trabalhando como estagiário em uma corporação multinacional. Um dia desses, Moisés encontrou em uma livraria seus amigos Masshiro, que é professor de um colégio particular, e Lívio, que também é estagiário em uma outra grande empresa. Massahiro: E então, Moisés, que nos conta de seu novo emprego? Moisés: Ah, Massahiro, é uma empresa grande, com atuação no mundo todo, cheia de recursos e benefícios. Com desafio, estou gostando muito. Só que há alguns problemas que estou precisando discutir com alguém. E vai ser com vocês. Imaginem, meu amigos, que nessa empresa há gerentes que acreditam que os funcionários devem trabalhar até tarde, sem horário para sair, em nome da lealdade à empresa. Massahiro: Ah, essa história é conhecida. Pelo que sei, muita gente pensa e age assim. A propósito, há pouco tempo uma revistade negócios publicou um artigo sobre o sucesso dos executivos. A recomendação principal era a seguinte: se você quiser fazer carreira, tem que se dedicar totalmente. Você não tem o projeto de se tornar um alto executivo, Moshe? Então... Lívio: Em minha empresa, todo mundo leu esse artigo. Meu chefe, o presidente, pensa desse jeito. Ele acha que o funcionário só pode sair depois do chefe. Não pergunte o que a empresa pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por ela. Massahiro: Tenha dó, Lívio. Não me diga que você leva isso a sério. Eu achei esse artigo uma obra-prima do mau-gosto. Um canto de louvor ao sacrifício pessoal em nome da competitividade de uma empresa que, quando não precisar mais de você, te dá um pé no traseiro. Oh! Quanta nobreza! Lívio: Escute, massa se há trabalho pra fazer, as pessoas precisam ficar até quando for necessário. Depois, os mais dedicados são recompensados. Sempre foi assim. Pergunte a quem é diretor ou presidente. Só faz carreira quem vive para a empresa. Moisés: Sim, é verdade, mas fica todo mundo neurótico. Na empresa em que estou agora, ninguém mais tem o direito a vida pessoal. Ninguém mais pode pegar filho na escola ou ir ao cinema. Até nos fins de semana tem trabalho para fazer. E o diretor de recursos humanos tem a coragem de dizer que de gente que ame a . Ora, com licença! Lívio: Moisés, e o que há de errado nisso? De fato, quem trabalha mais é mais eficiente e mais competitivo. Veja os japoneses, que se matam por suas empresas. Além disso, a convivência entre as pessoas que enfrentam os mesmos problemas reforça o espírito de equipe. Veja os japoneses novamente. Eu acho que, se você quiser subir na empresa, e eu quero, tem que deixar outras coisas em segundo plano. Massahiro: Eficiente, espírito de grupo? Eu não acredito! Tenha a santa paciência, Lívio-san! Eficiente é quem trabalha menos, como já dizia Taylor há quase 100 anos. Como? Você não sabe quem foi Taylor? Em que escola você estuda? Eficiente é quem trabalha menos e não mais, é claro. Esse argumento seu é de gente ineficiente, que não consegue fazer o trabalho direito durante o horário normal do expediente. Essa gente é ineficiente, isso sim, e fica vendendo essa lorota da dedicação. Depois, faça isso com as pessoas para ver o que acontece. Elas ficam frustradas, doentes e acabam se tornando ineficientes. Isso se não se matarem literalmente. Ou se não matarem os chefes e colegas antes, como acontece de vez em quando no chamado primeiro mundo. Há, há, há... 3 0Lívio: Calma, Massa, não se exalte. Nem faça ironia do Moisés aqui. Se seguirmos suas idéias, todo mundo debanda e a empresa fica as moscas. Aliás, meu amigo, interessante sua posição, não é mesmo? Você que é professor, certamente sabe que há professores que ficam pulando de uma escola para outra, de manhã até a noite. E no fim de semana, corrigindo provas. Também sem tempo para mulher, filhos e diversão. Não é seu caso? Como se explica isso? Massahiro: Isso é diferente, pessoal. O professor ganha de acordo com o quanto trabalha. Na empresa, você ganha à mesma coisa, trabalhando mais ou menos. Moisés: Sim, Massa, mas há perspectiva da promoção para os mais dedicados. Mas, de qualquer forma, acho que há algo de errado nisso. Parece que não há mesmo muito trabalho para fazer, ainda mais agora. As pessoas ficam até tarde só para mostrar que a e ganhar pontos com seus chefes. Questões 1) Que problemas de gestão de equipes estão ilustrados neste caso? 2) Quais teorias explicam motivações e frustrações dos três personagens? 3) Faça uma síntese dos argumentos de cada um dos personagens e indique quem está concordando com quem. 4) Indique com qual personagem você mais se identifica. Qual é o seu ponto de vista a esse respeito? Como você defenderia seus argumentos 3.4. Liderança A Liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, principalmente nas empresas, onde uma boa Liderança pode gerar satisfação num grupo de pessoas envolvidas pelo líder, assim como uma má Liderança pode gerar separação do grupo não atingindo o mesmo objetivo da organização. Hoje em dia o espírito de Liderança é muito valorizado, tanto no âmbito profissional como no pessoal, ser Líder não é ser o "chefe" ou o "gerente", é muito diferente disto. Os Líderes autênticos são pessoas que já absorveram a verdade fundamental da existência: Que não é possível fugir das contradições inerentes à vida. A mente de Liderança é ampla. Ela tem espaço para as ambigüidades do mundo, para sentimentos conflitantes e idéias contraditórias. O comportamento de Liderança envolve funções como planejar, dar informações, avaliar, arbitrar, controlar, recompensar, estimular, punir etc., deve ajudar o grupo a satisfazer suas necessidades. Um líder inato pode ser facilmente reconhecido perante o grupo, pois sua capacidade de coordenar, direcionar, conduzir o grupo a atingir seus objetivos ficam evidentes e o tornam uma espécie de guia representativo do grupo: -Tannenbaum, Weschler e Massarik definiram: "Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo de comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos". A Liderança é encarada como um fenômeno social, pois ocorre exclusivamente em grupos sociais, ou seja, envolve relações pessoais e estruturas sociais; - é a atividade de influenciar pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo. George R. Terry; - interpessoal exercida numa situação e dirigida, através do processo de comunicação, para a consecução de objetivos específicos. Robert Tannenbaum, Irving R. Wescgler e Fred Massarik; - liderança consiste em influenciar pessoas para a realização de um objetivo comum. Harold Koontz e Cyril ; -A Liderança é uma influência interpessoal, a influência envolve conceitos como poder e autoridade, abrangendo todas as maneiras pelas quais se introduzem mudanças no comportamento de pessoas ou de grupos de pessoas; -A importância da Liderança sobretudo nas empresas, é bastante visível nos dias de hoje, pois se a liderança é uma influência interpessoal, que modifica o comportamento, esta, deve ser dirigida a aumentar a satisfação na conquista de determinada meta e na diminuição dos riscos. 3.4.1 Tipos De Liderança É preciso distinguir dois tipos de Liderança: a)Liderança Como Qualidade Pessoal: Combinação especial de características pessoais que fazem de um indivíduo um líder; b)Liderança Como Função: Decorrente da distribuição da autoridade de tomar decisões dentro de uma empresa. Liderança é uma questão de redução de incertezas do grupo, pois o indivíduo que passa a contribuir mais com orientações e assistência ao grupo (auxiliando para tomada de decisões eficazes), tem maiores possibilidades de ser considerado seu líder. Assim, a Liderança é uma questão de tomada de decisões do grupo. Do ponto de vista da Liderança Funcional, "A Liderança é função das necessidades existentes numa determinada situação e consiste numa relação entre um indivíduo e um grupo". Essa relação funcional somente existe quando um líder é reconhecido por um grupo como possuidor ou controlador de meios para a satisfação de suas necessidades. Quando o grupo elege, aceita espontaneamente um indivíduo como líder, é porque ele possui e controla os meios (como: habilidade pessoal, conhecimento, dinheiro, relacionamentos, posses, etc.), que o grupo deseja utilizar para atingir seus objetivos, ou seja, para obter um aumento de satisfação de suas necessidades. 3.4.2.Teorias Sobre Liderança I. Teoria De Traços De Personalidade Traço é uma qualidade ou característica distintiva da personalidade. O líder é aquele que possui vários traços específicos de personalidade que o distinguem das demais pessoas. Com isso o líder apresenta traços marcantes por meio dos quais pode influenciar o comportamento das pessoas, passando para elas parte das suas ações, a maneira de agir em determinada situação, como lidar com pessoas temperamentais, enfim alguns lideres possuem traçostão marcantes que pode até influenciar a missões importantes como religião ou uma missão militar. 3 1 Essas teorias baseadas nos traços da personalidade do líder foram marcadamente influenciadas pela chamada teoria do "grande homem", que foi defendida por Carlyle em 1910 para explicar que o progresso do mundo foi produto das realizações pessoais de alguns homens que dominam a história da humanidade. O líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que os distingue das demais pessoas, dando-lhe poder de influenciação. Porém, as teorias de traços apresentam aspectos falhos, como não ponderar a importância de cada traço e a reação dos subordinados, bem como não distinguir traços para alcance de objetivos diferentes. Devemos memorizar os traços mais comumente apontados foram os seguinte: a) Traços físicos: Energia, aparência e peso; b) Traços intelectuais: Adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança; c)Traços sociais: Cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa; d)Traços relacionados com a tarefa: Impulso de realização, persistência e iniciativa. Um líder deve inspirar confiança, ser inteligente, perceptivo e decisivo para ter melhores condições de liderar com sucesso. Exemplos de certos reis, militares, heróis. Mas, nem todas as pessoas podem ser lideres, pois para ser um líder, o indivíduo tem que cativar as pessoas com habilidade pessoal, passando para elas confiança, sinceridade, conhecimento, exercendo influencia sobre o grupo ou pessoa. Uma pessoa pode ser um grande líder em uma empresa ou escola, no entanto na comunidade ou até mesmo em seu lar ao menos consegue dar uma opinião. O próprio Stogdill, em 1948, já verificava que "torna-se claro que uma análise adequada da liderança envolve não apenas o estudo dos líderes em si, mas também das situações em que estão envolvidas. Ë importante ressaltar, que este poder atribuído aos líderes deve ser orientado, e voltado à satisfação daqueles que são subordinados, pois é crescente o número de casos de chefes que humilham seus subordinados, como forma de mostrar o seu poder, e tornam o que deveria ser uma conquista, um motivo de orgulho, uma rotina de humilhações, que segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é um dos principais fatores de aposentadoria precoce. Uma Liderança inadequada, por tiranos ou incompetentes, traz prejuízos drásticos não só à empresa, mas principalmente aos indivíduos que dela fazem parte. Há relatos impressionantes de pessoas que sofrem verdadeira tortura cotidiana, causando problemas emocionais, físicos e conseqüências irreversíveis à carreira .Como última análise, é fundamental ao Líder ter habilidade para lidar com gente, para não perder a contribuição que cada um pode dar a qualquer projeto. 3.4.3.Teorias Sobre Estilos de Liderança São as teorias que estudam a liderança em termos de estilo de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras pelas quais o líder orienta sua conduta, o seu estilo de comportamento de liderar. A principal teoria que explica a liderança por meio de estilos de comportamento, sem se preocupar com características de personalidade é a que se refere a três estilos de liderança: Autoritária, democrática e liberal. . O quadro a seguir dá uma idéia das principais características de cada um desses estilos de liderança: Autocrática Democrática Liberal (laissez-faire) => Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo; => O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma pôr vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo; => O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho => O líder é dominador e é nas críticas ao trabalho de cada membro. => As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. => O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham nova perspectivas com os debates; => A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher os seus companheiros de trabalho; => O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se muito de tarefas. O líder é e limita-se aos em suas críticas e elogios. => Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. => A participação do líder no debate apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem; => Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros, fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder; => O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos. O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado. White e Lippitt fizeram um estudo em 1939 para verificar o impacto causado por esses três diferentes estilos de liderança em meninos de dez anos, orientados para a execução de tarefas. Os meninos foram divididos em quatro grupos e, de seis em seis semanas, a direção de cada grupo era desenvolvida por líderes que utilizavam os três estilos diferentes. Os resultados dessa experiência tiveram uma entusiástica repercussão nos Estados Unidos, pois os meninos se comportaram da seguinte forma aos diferentes tipos de liderança a que foram submetidos: *Liderança Autocrática: O comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustração e, sobretudo, agressividade, de um lado, e, de outro, nenhuma espontaneidade nem iniciativa, nem formação de grupos de amizade. Embora aparentemente gostassem das tarefas, não demonstraram satisfação com relação à situação. O trabalho somente se desenvolvia com a presença física do líder. Quando este se ausentava, as atividades paravam e os grupos expandiam seus sentimentos reprimidos, chegando a explosões de indisciplina e de agressividade; *Liderança Liberal (laissez-faire): Embora a atividade dos grupos fosse intensa, a produção foi simplesmente medíocre. . As tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações perdendo-se muito tempo com discussões mais voltadas para motivos pessoais do que relacionadas com o trabalho em si. Notou-se forte individualismo agressivo e pouco respeito com relação ao líder; * Liderança Democrática: Houve formação de grupos de amizade e de relacionamentos cordiais entre os meninos. Líder e subordinados passaram a desenvolver comunicações espontâneas, francas e cordiais. O trabalho mostrou um ritmo suave e seguro sem alterações mesmo quando o líder se ausentava. Houve um nítido sentido de responsabilidade e comprometimento pessoal. 4. Teorias Situacionais Da Liderança Uma das principais abordagens contingenciais à liderança é a teoria da liderança situacional, de Paul Hersey e Kennth H. Blanchard, que afirma que o estilo mais eficaz de liderança varia de acordo com a "maturidade" dos subordinados. Hersey e Blanchard definem maturidade não como idade ou estabilidade emocional, mas como desejo de realização, disposição para aceitar responsabilidades e capacidades e experiência relacionadas à tarefa. Os objetivos e o conhecimento dos seguidores são variáveis importantes na determinação de um estilo eficaz de liderança. Hersey e Blanchard acreditam que o relacionamento entre um administrador e subordinados passa por quatro fases (uma espécie de ciclo de vida) à medida que os subordinados se desenvolvem e "amadurecem", e que os administradores precisam variar seu estilo de liderança a cada fase. a)Na fase inicial - quando os subordinados se iniciam na organização - o mais apropriado é a orientação para a tarefa pelo gerente. Os subordinados têm que ser instruídos em suas tarefas e familiarizados com as regras e procedimentosda organização. Um gerente não- direcionador causaria ansiedade e confusão nos novos empregados. Uma abordagem de relacionamento participativo com os empregados também seria inadequada nesse estágio porque os subordinados ainda não podem ser vistos como colegas; b)À medida que os subordinados começam a aprender suas tarefas, a gerência orientada para as tarefas continua sendo essencial, porque os subordinados ainda não estão desejosos nem capazes de aceitar toda a responsabilidade. Entretanto, a confiança do gerente e o apoio dos subordinados devem aumentar à medida que o gerente se familiariza com eles, encorajando-os a esforços continuados. Assim, nessa segunda fase o gerente pode decidir iniciar comportamentos orientados para o empregado; c)Na terceira fase, crescem a capacidade e a motivação dos subordinados, e eles começam ativamente a procurar maiores responsabilidades. O gerente não precisará mais ser direcionador (de fato, o direcionamento constante pode gerar ressentimento). Entretanto, o gerente ainda precisará dar apoio e consideração aos subordinados a fim de que eles mantenham o interesse por mais responsabilidades. À medida que os subordinados se tornam gradualmente mais confiantes, autodirecionados e experientes, o gerente pode reduzir a quantidade de apoio e encorajamento. Nessa quarta fase, os subordinados não mais necessitam nem esperam um relacionamento direcionador por parte de seu gerente. Estão por conta própria. A teoria da liderança situacional gerou interesse porque recomenda uma liderança mais dinâmica e flexível, em vez de estática. A motivação, a capacidade e a experiência dos subordinados podem ser constantemente avaliadas para determinar que combinação de estilos seja mais apropriada sob condições flexíveis e mutáveis. Segundo Hersey e Blanchard, se o estilo for apropriado ele não apenas motivará os subordinados: Também irá ajudá-los a amadurecer. Assim, o administrador que queira desenvolver os subordinados, aumentar sua confiança e ajudá-los a aprender seu trabalho terá de mudar constantemente de estilo. No entanto, permanece uma questão prática: Até que ponto os administradores são capazes de escolher entre estilos de liderança em diferentes situações? Essa questão é importante porque afeta a seleção, a colocação e a promoção dos administradores. Se os administradores forem flexíveis em termos de estilo de liderança, ou se puderam ser treinados para variar seu estilo, presumivelmente serão eficazes em várias situações de liderança diferentes. Se, por outro lado, forem relativamente inflexíveis em termos de estilo de liderança, os administradores irão operar com eficácia apenas nas situações que melhor se adaptem ou que possam ser ajustadas ao seu estilo. Uma inflexibilidade assim prejudicaria a carreira dos gerentes individualmente e complicaria a tarefa da organização de preencher com eficácia seus cargos de gerência. A Teoria Situacional surgiu diante da necessidade de um modelo significativo na área de liderança, onde defini-se a maturidade como a capacidade e a disposição das pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento. Portanto, entende-se como Liderança Situacional o líder que comporta-se de um determinado modo ao tratar individualmente os membros do seu grupo e de outro quando se dirigirem a este como um todo, dependendo do nível de maturidade das pessoas que o mesmo deseja influenciar. A Liderança Situacional não só sugere o estilo de liderança de alta probabilidade para os vários níveis de maturidade, como indica a probabilidade de sucesso das outras configurações de estilo, se o líder não for capaz de adotar o estilo desejável. Estes conceitos são válidos em qualquer situação em que alguém pretenda influenciar o comportamento de outras pessoas. Num contexto geral, ela pode ser aplicada em qualquer tipo organizacional, quer se trate de uma organização empresarial, educacional, governamental ou militar e até mesmo na vida familiar. Na Teoria Situacional existem quatro estilos de liderança: e . Estes estilos resumem uma combinação de comportamento de tarefa e de relacionamento, estabelecendo objetivos e definindo os papéis das pessoas que são dirigidas pelo líder. . Observe o quadro abaixo: Determinar Para maturidade baixa. Pessoas que não tem nem capacidade nem vontade de assumir a responsabilidade de fazer algo, não são seguras de si. Este estilo caracteriza-se pelo fato de o líder definir as funções e especificar o que as pessoas devem fazer, como, quando e onde devem executar vá rias tarefas. Estilo apropriado: Comportamento de tarefa alta e relacionamento baixo. Persuadir Para maturidade entre baixa e moderada. Pessoas que não tem capacidade e sentem disposição para assumir responsabilidades, mas ainda não possuem as habilidades necessárias. A maior parte da direção a ser tomada neste estilo ainda é dada pelo líder. Estilo apropriado: Comportamento de alta tarefa e alto relacionamento. Compartilh a r Para maturidade entre moderada e alta. As pessoas possuem capacidade, mas não estão dispostas a fazer o que o líder quer, por não estarem seguras de si mesmas. O líder e o liderado participam juntos da tomada de decisão, sendo o papel principal de o líder facilitar a tarefa e a comunicação. Estilo apropriado: Comportamento de relacionamento alto e tarefa baixa. Delegar Para maturidade alta. As pessoas têm capacidade e disposição para assumir responsabilidades. São psicologicamente maduros, não necessitando de uma comunicação acima do normal ou de um comportamento de apoio. Estilo apropriado: Comportamento de relacionamento baixo e tarefa baixa. Levando em consideração que o estilo de liderança a ser adotado por determinado líder depende do nível de maturidade das pessoas que o mesmo deseja influenciar, devemos então definir o que significa Maturidade . Em termos de capacidade e de disposição, dizemos que o conceito de maturidade divide- se em duas dimensões: a) A maturidade de trabalho (capacidade): Está relacionada com a capacidade de fazer alguma coisa, referindo-se ao conhecimento e à capacidade técnica. As pessoas com alta maturidade de trabalho numa determinada área tem o conhecimento, a capacidade e a experiência necessária para executarem certas tarefas sem direção da parte de outros. Ex.: Uma pessoa de alta maturidade de trabalho pode dizer: conhecimentos permitem que meu trabalho seja realizado por conta própria nessa área, sem muita ajuda do meu chefe. b) A maturidade psicológica (disposição): refere-se à disposição ou motivação para fazer alguma coisa. Está ligada à confiança em si mesmo e ao empenho. As pessoas que possuem alta maturidade psicológica julgam que a responsabilidade é importante, tem confiança em si mesmas e sentem-se bem nesse aspecto do seu trabalho. Não precisam de grande encorajamento para cumprir suas tarefas. Ex.: Uma pessoa de alta maturidade psicológica pode dizer: chefe não precisa ficar em cima de mim ou me incentivando nessa área. Na Liderança Situacional está implícita a idéia de que o líder deve ajudar os liderados a amadurecer até o ponto em que sejam capazes e estejam dispostos a fazê-lo, esse desenvolvimento deve ser realizado ajustando-se o comportamento de liderança. Independente do nível de maturidade do indivíduo ou grupo, podem ocorrer algumas mudanças. Sempre que, por qualquer razão, o desempenho de um liderado começar a regredir e sua capacidade ou motivação diminuir, o líder deverá fazer uma reavaliação do nível de maturidade e dar o apoio sócio-emocional e a direção apropriada que o(s) liderado(s) necessitarem. Estudo de Caso: A ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DOS MARINES1 Os marines, homens e mulheres do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (United States Marine Corps) consideram-se uma organização militar singular. Alguns estudos sobre os marines concluem que o mundo dos negócios tem muito a aprender com eles. Muitos executivos americanos, que foram marines, confirmam essa crença. Liderança e persuasão, em lugar de chefia autocrática, estão
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