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Ação de Usucapião

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ALUNO: Luis Claudio Milhomens
EXMA. SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE SUCESSÕES, EMPRESARIAL E DE REGISTROS PÚBLICOS DA COMARCA DE JUIZ DE FORA/MG
PROCESSO N°:
JOÃO DA SILVA, brasileiro, casado, vendedor, inscrito no CPF sob o n°: 999977774444, RG: 444333222, com endereço eletrônico joaodasilva@gmail.com, e sua cônjuge MARIA DA SILVA, brasileira, casada, balconista, inscrita no CPF sob o n°: 555666777888, RG: 2222333444, com endereço eletrônico mariadasilva@gmail.com, ambos residentes e domiciliados à Rua Ivair Campos Machado, n° 110, Bairro Marumbi, Juiz de Fora/MG, CEP: 36.050-575, vêm, respeitosamente, perante V. Exa., por meio de seu advogado, que abaixo subscreve, com escritório em Rua ____, nº ____, local onde recebe intimações e avisos, com fulcro no Art. 1.242, §único do Código Civil, propor:
AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA
Em face de LUIS FERNANDO SOBREIRA, brasileiro, casado, administrador, inscrito no CPF sob o n°: 888999444111, RG: 777788888, e sua cônjuge MARILU LUZ SOBREIRA, ambos residentes e domiciliados à Rua Silvestre de Araújo Porto, n° 172, casa 01, Bairro Marumbi, Juiz de Fora/MG, CEP: 54545-89, pelos fatos e fundamentos de Direito a seguir delineados:
1. DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
O direito à justiça gratuita àqueles que não tem condições de arcar com os custos de um processo sem benefício do próprio sustento é assegurado constitucionalmente, no art. 5º, LXXIV, bem como na legislação constitucional. Consiste, este direito, na forma de assegurar o cumprimento do princípio do acesso à justiça e do princípio da isonomia.
Requer, assim, desde já, a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art. 98 do CPC, vez que não possui condição de arcar com as custas, encargos e despesas decorrentes de quaisquer medidas ou ações judiciais ou extrajudiciais sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência em anexo.
2. DOS FATOS
Os autores são possuidores de imóvel residencial urbano, localizado à Rua Ivair Campos Machado, n° 110, Bairro Marumbi, Juiz de Fora/MG, CEP: 36.050-575, desde 05 de fevereiro de 2015, totalizando um prazo de mais de 05 (cinco) anos.
O referido imóvel, cujo proprietário é o réu, Sr. Luis Fernando Sobreira, (conforme consta na certidão de registro juntada), possui as seguintes especificações e confrontantes: 254m2, medindo 8,69m2 de frente para a Rua João Guimarães Rosa; 31,87m do lado direito, confrontando com o lote de Márcio José Rezende, casado com Madalena Santos Resende; 30,01m do lado esquerdo, confrontando com lote de Antônio Batista de Matos, que sabidamente faleceu há 5 anos; 9,01m nos fundos confrontando com terreno pertencente a Indústria de Tecelagem Juizforana Ltda.-EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
Os autores nunca sofreram qualquer tipo de contestação ou impugnação por parte de quem quer que seja, sendo a posse, portanto, mansa, pacífica, e ininterrupta durante todo esse tempo. Ademais, os requerentes em momento algum tiveram ciência de que não eram donos do referido imóvel, tendo, inclusive, um documento que os possuidores acreditavam ser hábil a comprovar que o imóvel lhes pertencia, mas que na realidade se revelou defeituoso.
O documento que os possuidores tinham a seu favor comprova, incontestavelmente, que o imóvel foi adquirido onerosamente e cujo registro fora cancelado posteriormente. Os autores adquiriram o imóvel mediante contrato de compra e venda, realizado em 05 de fevereiro de 2015. Tendo residido desde a data constante no contrato de compra e venda no imóvel, o casal fez dele sua moradia habitual, realizando diversas benfeitorias no mesmo.
Buscando regularizar a situação do imóvel, o autor ingressou em 2017 com os procedimentos para o registro junto ao 3° RGI da Comarca de Juiz de Fora, já que ainda consta na matrícula Luis Fernando Sobreira e esposa, Marilu Luz Sobreira, como proprietários da unidade residencial. Entretanto, por questões de ordem registral, apesar de ultimada inicialmente, foi cancelada a referida matrícula.
É de conhecimento da vizinhança que o casal habita no referido imóvel de forma mansa e pacífica desde a data da compra do mesmo, em especial dos vizinhos Natanael Siqueira, Renato Paulino e Alaor Fabriciano. 
Diante todo o exposto, e, estando presentes todos os requisitos legais exigidos, os autores fazem jus à presente ação.
3. DO DIREITO
Assegura o art. 1.242 do CC que adquirirá a propriedade do imóvel, mediante usucapião ordinário, a situação fática que apresentar a junção de alguns elementos fundamentais, quais sejam, posse mansa, pacífica e ininterrupta de um determinado imóvel; lapso temporal de 10 (dez) anos, e ainda a constatação de que o possuidor esteja agindo de boa-fé e tenha a seu favor um justo título.
CC, Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. 
Ocorre que a lei, no art. 1.242, parágrafo único, traz uma outra hipótese em que o tempo exigido para a configuração do usucapião ordinária será reduzido para 05 anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. 
Essa hipótese ocorrerá quando o possuidor contar com a existência de um justo título, que se baseie num documento que comprove a aquisição onerosa do imóvel, tendo este sido, inclusive registrado no cartório respectivo. E não é somente esse requisito que será exigido. Simultaneamente, deverá ser comprovado que o possuidor estabeleceu no imóvel a sua moradia ou implementou no imóvel serviços de interesse social ou econômico, como é o caso dos autos.
Salienta-se que aquele que possui um justo título, tem a seu favor a presunção de que é possuidor de boa-fé, conforme determina o art. 1.201, parágrafo único, do CC. 
A jurisprudência também anuncia os requisitos indispensáveis para a configuração do usucapião ordinário e esclarece, ainda, a conceituação do que seria justo título, conforme julgados do TJMG:
APELAÇÃO CÍVEL - USUCAPIÃO ORDINÁRIO - REQUISITOS PREENCHIDOS - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL. Para o reconhecimento da prescrição aquisitiva delineada pelo artigo 551 do antigo Código Civil erigem-se como requisitos a) posse mansa, pacífica, e ininterrupta, exercida com intenção de dono; b) decurso do tempo de dez anos entre presentes, ou de quinze anos entre ausentes; c) justo título, mesmo que este contenha algum vício ou irregularidade; e boa-fé. Justo título não quer dizer título perfeito. É qualquer fato jurídico apto à transmissão de domínio, ainda que não registrado. A ação de usucapião compete também ao possuidor a non domino. (Número do processo: 2.0000.00.446409-7/000 1 Relator: 	DOMINGOS COELHO Data do acordão: 23/02/2005. Data da publicação: 05/03/2005)
AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIO - REQUISITOS - AUSÊNCIA - PRESCRIÇÃO AQUISITIVA - IMPOSSIBILIDADE. - O usucapião, consabidamente, é o modo de adquirir a propriedade pela posse continuada, durante certo lapso de tempo, com os requisitos estabelecidos na lei. - O autor da ação de usucapião ordinário que não comprovar que possui o imóvel por dez anos, com animus domini e pacifica-mente, com justo título e boa-fé, não faz jus à prescrição aquisitiva pleiteada. - Apelação não provida. (Número do processo:2.0000.00.341612-2/000 1. Relator: EDGARD PENNA AMORIM Data do acordão:26/03/2002. Data da publicação: 01/05/2002)
4. DOS PEDIDOS
Diante todo o exposto, requerem os autores:
A- Que seja citado o réu e sua esposa, que são os proprietários do imóvel litigioso para responder a presente ação;
B- Que sejam citados todos os confinantes, conforme as especificações já citadas;
C- Que sejam intimados, por via postal, os representantes da Fazenda Pública da União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios para que manifestem eventuais interesses na causa;
D-Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis.
Pretendem os autores provar suas argumentações fáticas, documentalmente, apresentando desde já os documentos acostados à peça exordial (contrato de compra e venda, registro do imóvel, protocolo da tentativa de registro em cartório, carta de testemunhas atestando a posse mansa e pacífica por período superior a cinco anos), protestando pela produção das demais provas que eventualmente se fizerem necessárias no curso da lide.
Para efeitos meramente fiscais dá-se à causa o valor de R$ (valor do imóvel).
Termos em que,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, 04 de novembro de 2020.
________________________
ADVOGADO(A)/OAB

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