Buscar

AP 1 AULA DIREITO INTERNACIONAL (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROF NAYARA FIGUEIREDO
Benefícios e Desafios
Intensificação das relações entre os povos
Distâncias menores (tempo e espaço perdem seus 
significados)
Mundo globalizado, interligado física e eletronicamente
As fronteiras perdem sua importância
O termo globalização pode ser entendido como fenômeno 
de aceleração e intensificação de mecanismos, processos e 
atividades, com fins à promoção de uma interdependência 
global e, em última escala, à integração econômica e 
política em âmbito mundial. Trata-se de conceito 
revolucionário, envolvendo aspectos sociais, econômicos, 
políticos e também culturais.
um fenômenoO termo globalização denota
tridimensional constituído pela:
a) intensificação de f luxos diversos (econômicos, 
financeiros, comunicacionais, religiosos etc.);
b) pela perda de controle do Estado sobre esses 
fluxos e sobre outros atores internacionais; e
c) diminuição de distâncias espaciais e temporais.
(SILVA, Roberto Luiz. Direito Internacional Público. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, p. 
30.)
A globalização envolve a ideia crescente de “mundo sem fronteiras”
Expressões correlatas:
◦ Aldeia global
◦ Economia global
◦ Política global
◦ Govenança global
◦ Conexão mundial
Mas o que estas palavras (globalização, mundo sem fronteiras,
aldeia global, economia global) têm haver com as nossas vidas?
De que forma elas interferem nas relações entre os povos?
Que resultados elas oferecem para a construção de um mundo
mais justo e solidário?
Algumas 
questões...
...no 
mínimo, 
intrigantes!
Pode um motociclista Sikh exigir que seja dispensado da obrigação de usar capacete, invocando
o seu dever religioso de vestir o turbante (sikhismo ou siquismo é uma religião no Paquistão e
Índia)?
Fonte: http://www.guardian.co.uk/polit ics/2009/may/07/police-sikhs-bulletproof-
turbans
http://www.guardian.co.uk/politics/2009/may/07/police-sikhs-bulletproof-turbans
Um trabalhador mulçumano tem o direito de interromper brevemente o seu trabalho ou
as suas aulas na escola para fazer as orações prescritas pela sua religião?
Fonte: internet
Deve-se permitir aos comerciantes judeus que abram os seus negócios aos domingos,
dado que não podem fazê-lo nos sábados porque a sua religião lhes proíbe?
Fonte: internet
As alunas islâmicas podem usar o véu livremente em uma sala de aula?
Fonte: internet
E quando se trata não de alunas, mas de professoras islâmicas que usam véu?
Fonte: internet
Podem os pais estrangeiros, conforme os seus costumes culturais, privar as filhas de uma 
educação superior ou casá-las contra a vontade?
Fonte: internet
Deve-se autorizar a poligamia aos imigrantes no país de acolhida quando ela é permitida 
em seu país de origem?
Fonte: internet
Declaração “Universal” dos Direitos Humanos
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948
Globalização: os problemas e os desafios:
Criminalidade
Países subdesenvolvidos
Doenças sem fronteiras
Fome, pobreza e guerras civis
Crises econômicas, políticas, culturais e sociais
Problemas relacionados à proteção ambiental
Proteção dos direitos humanos
1 Globalização: aspectos gerais
GLOBALIZAÇÃO
DIREITO 
INTERNACIONAL
SOCIEDADE 
INTERNACIONAL
“GLOBALIZAÇÃO”
→ termo utilizado
frequentemente para
definir o atual estágio
da sociedade
internacional.
1 Globalização: aspectos gerais
1 Globalização: aspectos 
gerais
Conceituação:
→ processo de progressivo 
aprofundamento da integração entre 
várias parte do mundo, especialmente nos 
campos político, econômico, social e 
cultural, com vistas a formar um espaço 
internacional comum, dentro do qual 
bens, serviços e pessoas circulem da 
maneira mais desimpedida possível 
(PORTELA, 2015, p. 37) 
Trata-se de fenômeno
apenas recente na
nossa história?
1 Globalização: aspectos gerais
Trata-se de fenômeno recorrente na história da humanidade,
cujos momentos de maior intensidade (Estágios) foram:
GRANDES NAVEGAÇÕES (Séc. XV);
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (início do Séc. XX);
DÉCADA DE 1990 (final do Séc. XX) com o fim da Guerra Fria;
CONTEMPORANEIDADE: forte incremento no ritmo da
integração da economia mundial nos últimos anos.
1 Globalização: aspectos gerais
FUNDAMENTOS ATUAIS:
i) CAMPO DA TECNOLOGIA → Desenvolvimento no campo da
TIC, incluindo ampla difusão de suas ferramentas que são
disponibilizadas para um número cada vez maior de pessoas;
ii) CAMPO POLÍTICO E ECONÔMICO → ampla propagação e
adoção de valores políticos e econômicos em vários Estados,
como o Estado Democrático de Direito e a economia de
mercado.
1 Globalização: aspectos gerais
CARACTERÍSTICAS ATUAIS (PORTELA, 2015, p. 38)
▪Aumento nos fluxos de comércio internacional e de
investimento estrangeiro direto (IED);
▪ Acirramento da concorrência no mercado internacional;
▪ Maior dependência entre os países;
▪ Expansão dos blocos regionais;
▪ Redefinição do papel do Estado e de noções como a de
soberania estatal.
1 Globalização: aspectos gerais
REFREAMENTO:
Maior ênfase da
política internacional
em questões de
segurança , após os
atentados de 11 de
setembro de 2001, e a
crise econômica vivida
na primeira década do
século XXI.
1 Globalização: aspectos gerais
Para o professor de Relações Internacionais da 
Fundação Getúlio Vargas Maurício Santoro, os 
problemas econômicos pelos quais passa o mundo 
atualmente tiveram sua gênese, em parte, após o 
11 de Setembro. “Para evitar uma desaceleração 
econômica naquela época o governo dos EUA 
reduziu os juros e estimulou o consumo da 
população”, disse.
11 de SETEMBRO X MUNDO
CRISE DE 2008 EUA X BOLHA
“Com baixas taxas de retorno, a população começou
a consumir e a procurar opções mais rentáveis de
investimentos, como a bolsa de valores. Muitos
compraram casas com financiamento a juros baixos,
pegaram empréstimos colocando imóveis como
garantia e foram investir em ações e consumir mais,
alimentando o descontrole sobre as finanças
pessoais e o sistema financeiro como um todo.
Construíram um castelo de cartas que ruiu com a
crise financeira de 2008, afirmou Santoro.
HOMEWORK 
Importância do Direito Internacional (Público e Privado)
Direito Internacional Público (DIP) - fornece subsídios para compreensão 
de como os países do globo têm se relacionado, interligado e se obrigado 
reciprocamente (v.g., acordos políticos, tratados ou acordos 
internacionais) e como eles têm lidado com a diversidade de questões 
complexas, reflexo de relações econômicas, sociais, políticas e culturais 
de igual modo cada vez mais complexas
Direito Internacional Privado (DIPr) - trata das relações internacionais de 
caráter privado que tenham algum elemento que conecta duas ordens 
jurídicas diferentes. O DIPr se ocupa acerca de como os conflitos de leis 
no espaço (conflitos entre ordens jurídicas diferentes) podem ser 
solucionados.
Temas importantes para o DIPr:
a nacionalidade (aquisição, perda e requisição);
a naturalização (Estatuto do Estrangeiro – Lei n. 6.815/80);
a situação jurídica do estrangeiro (v.g., entrada em território 
nacional, deportação, expulsão, extradição etc.);
a antiga Lei de Introdução ao Código Civil – LICC (Decreto-Lei
4.657/42), cujo nome foi alterado no ano de 2010 para Lei de
Introdução às normas do Direito Brasileiro – LINDB (Lei n.
12.376/2010);
o conflito de competência internacional;
o reconhecimento de sentença estrangeira etc.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6815compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del4657compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12376.htm#art2
2 Sociedade Internacional
→ Tão antiga quanto a civilização em
geral, pois na mais remota Antiguidade
os povos já mantinham relações entre si
(comércio, direito de legação,
celebração de tratados).
2 Sociedade Internacional
O HOMEM É UM 
SER GREGRÁRIO 
(ZIMMERMMAN)
Marco inicialde sua
formação no “mundo
moderno” → PAZ DE
VESTFÁLIA (1648)
(ou de Vestefália, ou
ainda Westfália), também
conhecida como os Tratados de
Münster e Osnabrück (ambas
as cidades atualmente
na Alemanha), designa uma série
de tratados que encerraram
a Guerra dos Trinta Anos e
também reconheceram
oficialmente as Províncias
Unidas e a Confederação Suíça.
2 Sociedade Internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Trinta_Anos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_das_Sete_Prov%C3%ADncias_Unidas_dos_Pa%C3%ADses_Baixos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%AD%C3%A7a
Importância da Paz de Vestfália → consciência internacional nova em
que os Estados aceitaram a coexistência de várias sociedades políticas
e a possibilidade de as mesmas serem independentes, sobre a base
dos princípios da soberania e igualdade, ou seja, inaugurou-se o
moderno sistema internacional, ao acatar princípios como a soberania
estatal e o Estado-nação.
2 Sociedade Internacional
Sociedade
internacional e
comunidade
internacional são
a mesma coisa?
Existe realmente
uma comunidade
internacional?
2 Sociedade Internacional
Sociedade internacional → apoia-se na vontade de seus integrantes,
que decidiram se associar para atingir certos objetivos que compartilham
(objetivos comuns).
Comunidade internacional → fundamenta-se em vínculos
espontâneos e de caráter subjetivo, envolvendo identidade e laços
culturais, emocionais, históricos, linguísticos, sociais religiosos e
familiares (identidade comum)
2 Sociedade Internacional
Comunidades - afinidades
INTERNACIONAL
COMUNIDADE SOCIEDADE
Vínculo psicológico
Vínculo psicológico
(finalidades subjacentes)
jurídica/política/econômica/comercial
Formação natural (laço espontâneo e
subjetivo de identidade)
Formação voluntária (baseia-se na vontade
dos indivíduos)
Vontade orgânica (energia 
própria/hábito/prazer/memória)
Vontade refletida (intelectual/abstrato)
Participação profunda dos indivíduos na
vida em comum
Participação superficial dos indivíduos na vida
em comum
Membros unidos apesar de tudo quanto os 
separa
Membros permanecem separados apesar de 
tudo o que fazem para seunir
Sentimento de pertencer (simpatia e
afinidade)
Sentimento de participar (visando fins)
Regida pelo Direito Natural Regida pelo Contrato
Comunidade – funda-se em vínculos
espontâneos de caráter subjetivo, envolvendo
identidade e laços (culturais, emocionais,
históricos, sociais, religiosos e familiares)
comuns. Caracteriza-se pela ausência de
dominação, pela cumplicidade e pela
identificação entre seus membros em uma
convivência harmônica;
Sociedade – apoia-se na vontade de seus
integrantes, que decidiram se associar para
atingir certos objetivos que compartilham. É
marcada pelo papel decisivo da vontade como
elemento que promove a aproximação entre
seus membros e pela existência de fins que o
grupo pretende alcançar.
Distinção feita por Ferdinand Tönnies, sociólogo alemão, feita em obra 
pioneira intitulada “Comunidade e Sociedade”.
Conjunto de entes: atores internacionais (Estados,
Organizações Internacionais, Indivíduo, Empresas, 
Beligerantes, Santa Sé etc.)
relacionalInteração sistêmica: destaca- se o aspecto 
(economia, política, cultura, tecnologia etc.)
Forças profundas: fatores que influenciam as ações coletivas,
v.g., condições geográficas; movimentos demográficos;
interesses econômicos, financeiros, tecnológicos; fator
ideológico; fator político-jurídico; fator militar-estratégico; 
fator cultural
CONCEITO: a sociedade internacional pode ser conceituada como o 
conjunto de entes que interagem de maneira sistêmica em uma 
esfera internacional sob a influência de forças profundas.
Características da Sociedade Internacional:
Universalidade
Aberta
Não institucionalização/Descentralizada
Paritariedade*
Originalidade do Direito
Pertencer à sociedade internacional como ator internacional dessa
sociedade é diferente de ser sujeito de direito internacional?
Certa parte da doutrina tem destacado que falar-se em atores
internacionais tem sentido mais amplo do que falar-se em sujeitos de
direito internacional, sendo que pertence a esta última categoria
somente alguns atores que figuram no cenário internacional, v.g., os
Estados (personalidade jurídica originária) as Organizações
Internacionais Intergovernamentais (personalidade jurídica derivada),
os indivíduos (ainda que limitadamente) e a Santa Sé.
Para quem assim entende, haverá atores que carecem de
personalidade jurídica de direito internacional e de capacidade para
agir internacionalmente e, portanto, não podem ser considerados
sujeitos de direito internacional. A questão é polêmica e bastante
debatida na doutrina internacional.
UNIVERSAL: alcançada após a Segunda Guerra Mundial,
pela ocorrência da “descolonização” em que, antes,
somente a metrópole tinha acesso à sociedade
internacional. Portanto, nesse sentido, abrange o mundo
inteiro, ainda que o nível de integração de alguns de seus
membros e às suas dinâmicas não seja tão profundo.
2 Sociedade Internacional
ABERTA: apesar do caráter interestatal, não existe
um número determinado de atores que façam parte
das relações internacionais, pois além dos Estados
e as Organizações internacionais, incluem-se
também as empresas transnacionais, ONG’s, a
pessoa humana, os beligerantes, a Santa Sé, Cruz
Vermelha, além de outros existentes no cenário
internacional.
2 Sociedade Internacional
DESCENTRALIZADA: não possui uma organização
institucional, como nos Estados, mas apresenta sistema
próprio, distinto do interno.
Porém, não se apresenta como um “superestado” e, por isso
mesmo, não existe poder legislativo, executivo e tampouco
judiciário.
2 Sociedade Internacional
PARITÁRIA: consagra a igualdade jurídica, embora essa igualdade seja considerada incipiente, ela
vem sendo aplicada em várias situações no âmbito da sociedade internacional, por exemplo, na
assinatura de tratados internacionais celebrados entre Estados soberanos, realização de Congressos e
Conferências Internacionais, onde a disposição deles se dá de ordem alfabética.
Essa igualdade é prevista no art. 1º, alínea 2 e o art. 2º,
alínea 1, da Carta da ONU. Essa igualdade é também
presente no dia-a-dia dessa sociedade internacional, como
no caso do direito de legação, do direito de convenção, de
demandar em tribunais internacionais, de votar etc.
2 Sociedade Internacional
A doutrina ainda aponta outras duas características:
Desigualdade de fato → corolário de sua própria
heterogeneidade e do grande diferencial de poder entre os
Estados que ainda influencia os ramos das relações
internacionais;
Coordenação → e não subordinação, havendo
coordenação de interesses entre seus membros que vai
permitir o convívio entre seus integrantes.
2 Sociedade Internacional
Ordem jurídica INTERNA
Executivo
Legislativo 
Judiciário
1. Existência de uma 
organização institucional
2. Poder central autônomo
3. Hierarquia
4. Relacionamento vertical 
(subordinação)
Ordem jurídica INTERNACIONAL
Executivo
Legislativo 
Judiciário
1. Inexistência de uma 
organização institucional
2. Inexistência de um poder 
central autônomo
3. Não há hierarquia
4. Relacionamento 
horizontal (coordenação)
Direito Internacional Público
3.1 Aspectos Gerais (“Direito Constitucional da Humanidade”)
No plano internacional não existe autoridade superior nem milícia
permanente. Os Estados se organizam horizontalmente, e dispõem-se
a proceder de acordo com normas jurídicas na exata medida em que
estas tenham constituído objeto de seu consentimento. A criação das
normas é obra direta de seus destinatários. Não há representação,
como no caso dos parlamentos nacionais que se propõem exprimir
a voz dos povos, nem prevalece o princípio majoritário. (REZEK,
2008).
3 Direito Internacional Público
Não há hierarquia entre as normas de direito
internacionalpúblico, de sorte que só a análise
política, independente da lógica jurídica, faz ver um
princípio geral, qual seja o da não-intervenção
nos assuntos domésticos de certo Estado, como
merecedor de maior zelo que um mero dispositivo
contábil escrito em tratado bilateral de comércio ou
tarifas. (REZEK, 2008).
3 Direito Internacional Público
• 3.2 Evolução Histórica
Registre-se que sociedade internacional é composta de vários
Estados cujas relações externas são reguladas por meio de
normas através do Direito Internacional, são também chamados
de sujeito de direito internacional, os Estados nacionais; A
prática também adota e reconhece como entes de direito
internacional as organizações internacionais, e, modernamente
outros atores como o indivíduo (TORRACA, 2010).
3 Direito Internacional Público
ANTIGUIDADE: os povos comerciavam entre si,
enviavam embaixadores, e vinculavam-se por meio
de tratados e outras formas de obrigação; nota-se
então uma plena existência de um direito
internacional.
3 Direito Internacional Público
O registro de tratado
mais antigo foi entre
as cidades Lagash
e Umma, relativo às fronteiras estabelecidas.
Obs.: Mas o tratado mais famoso da Antiguidade
remota é, possivelmente, o de Kadesh, concluído
entre Ramsés II do Egito e Hatusil III dos hititas no
século XIII a.C.
MESOPOTÂMIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kadesh
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rams%C3%A9s_II
https://pt.wikipedia.org/wiki/Egito_Antigo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hatusil_III
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hititas
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIII_a.C.
GRÉCIA ANTIGA: Do
mesmo modo que na
Antiguidade remota,
na clássica, já eram
reconhecidas e praticadas pelos gregos os institutos
da inviolabilidade dos embaixadores, do respeito aos
tratados e do recurso à arbitragem, dentre outros.
GRÉCIA ANTIGA
ROMA ANTIGA: A maioria dos juristas entende que a Roma
Antiga, ao longo de quase toda a sua história, não se considerava
sujeita a um direito internacional distinto do seu direito interno, o
que se explica pelo predomínio da chamada Pax romana. O ius
gentium, que alguns apontam como indício de um direito
internacional romano, era, na essência, um direito romano
aplicado a estrangeiros por um magistrado romano, o pretor
peregrino.
ROMA ANTIGA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pax_romana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ius_gentium
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_romano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cursus_honorum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pretor
IDADE MÉDIA:
o Direito
Internacional foi
muito influenciado
pela Igreja; o papa
era considerado o
árbitro por excelência das relações internacionais e
possuía a autoridade para liberar um chefe de Estado do
cumprimento de um tratado. No período medieval a grande
contribuição da Igreja foi a humanização da guerra. Em
especial, três conceitos, tiveram forte impacto:
3 Direito Internacional 
Público
a Paz de Deus (distinguia-se
entre beligerantes e
não-beligerantes, proibindo-se
a destruição de colheitas e
exigindo-se o respeito aos
camponeses, aos viajantes e às mulheres);
a Trégua de Deus (a suspensão dos combates durante o domingo e
nos dias santos);
e a noção de Guerra Justa (a guerra seria justa caso fosse declarada
pelo príncipe, tivesse por causa a violação de um direito e pretendesse
reparar um mal (esta, idealizada por Santo Ambrósio, Santo Agostinho e
São Tomás de Aquino). (TORRACA,2010)
3 Direito Internacional Público
FINAL DA IDADE MÉDIA: a primeira Missão diplomática de caráter
permanente foi estabelecida por Milão junto ao governo de Florença.
Com o surgimento de noções de Estado nacional e de soberania estatal,
(conceitos consolidados pela Paz de Vestfália), surgiu também o Direito
Internacional como conhecemos hoje. Assim os Estados abandonaram a
hierarquia internacional vinculada à religião e não mais reconheceriam
outro poder acima de si próprios (soberania). (TORRACA,2010)
3 Direito Internacional Público
MARCO HISTÓRICO-FORMAL (Século XVII): Tratado de Vestfália
(1648) – com ele o Direito Internacional veio a ter existência.
O tratado de Vestfália, assinado em 24 de outubro de 16481 , em
Osnabrück, entre Fernando III, Sacro Imperador Romano-Germânico,
os demais príncipes alemães, França e Suécia, pôs fim ao conflito
entre estas duas últimas potências e o Sacro Império. O Tratado dos
Pirinéus (1659), que encerrou a guerra entre França e Espanha,
também costuma ser considerado parte da Paz de Vestfália. É
também conhecida como os Tratados de Münster e Osnabrück
(ambas as cidades atualmente na Alemanha), designa uma série de
tratados que encerrou a Guerra dos Trinta Anos e também
reconheceu oficialmente as Províncias Unidas e a Confederação
Suíça
3 Direito Internacional Público
https://pt.wikipedia.org/wiki/24_de_outubro
https://pt.wikipedia.org/wiki/1648
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paz_de_Vestf%C3%A1lia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Osnabr%C3%BCck
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_III_da_Germ%C3%A2nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sacro_Imp%C3%A9rio_Romano-Germ%C3%A2nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A9cia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_dos_Pirin%C3%A9us
https://pt.wikipedia.org/wiki/1659
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espanha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Trinta_Anos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_das_Sete_Prov%C3%ADncias_Unidas_dos_Pa%C3%ADses_Baixos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%AD%C3%A7a
SÉCULO XIX: o florescimento do Direito Internacional se fez
maior, tivemos a criação dos primeiros organismos
internacionais com vistas a regular assuntos
transnacionais, a proclamação da Doutrina Monroe e a
primeira das Convenções de Genebra, dentre inúmeras
outras iniciativas.
3 Direito Internacional Público
SÉCULO XX: O Direito Internacional foi aprofundado e
consolidado com a criação da Sociedade das Nações, mais
tarde, Organização das Nações Unidas (ONU), e neste
século também foi codificado o Direito Internacional e a
proliferação de tratados nascida na necessidade de
acompanhar o intenso intercâmbio internacional do mundo
contemporâneo. (TORRACA, 2010).
3 Direito Internacional Público
Terminologia: Direito Internacional foi empregado pela primeira
vez em 1780, pelo inglês Jeremy Bentham, na obra An
Introducion to the Principles of Moral and Legislation, como o
intuito de diferenciar do direito das relações entre Estados do
direitos das relações internas.
Nesse primeiro momento, somente os Estados e depois as
Organizações Internacionais eram atores e/ou sujeitos desse
direito (entendimento clássico).
3 Direito Internacional Público
Conceituação 
ALBERTO DO AMARAL JR (Conceito Clássico): “tem sido
tradicionalmente entendido como o conjunto das regras escritas e não
escritas que regula o comportamento dos Estados.” (ligado à Paz de
Vestfália).
GUERRA: “Caracteriza-se pelo conjunto de normas que regulam as
diversas relações existentes entre os múltiplos atores que compõem a
sociedade internacional.”
3 Direito Internacional Público
NASCIMENTO e ACCIOLY (conceito conciliador): o conjunto de
normas jurídicas que regulam as relações mútuas dos Estados e,
subsidiariamente, as das demais pessoas internacionais, como
determinadas organizações, e dos indivíduos.
PORTELA: “ramo do Direito que visa a regular as relações
internacionais e a tutelar temas de interesse internacional,
norteando a convivência entre os membros da sociedade
internacional, que incluem não só os Estados e as organizações
internacionais, mas também outras pessoas entes como os
indivíduos, as empresas e as organizações não-governamentais
(ONG’s), dentre outros.”
3 Direito Internacional Público
ENTENDIMENTO
CLÁSSICO
ENTENDIMENTO
MODERNO
Atores Estados e Organizações
internacionais
-Estados;
-Organizações internacionais;
-Indivíduo;
-Empresas (especialmente as
transnacionaise aquelas com
negócios internacionais);
-ONG’s etc.
Matéria a 
regular
Relações interinstitucionais,
envolvendo Estados e
organizações institucionais.
-Relações entre Estados e
organizações internacionais;
-Cooperação internacional;
-Relações entre qualquer ator
internacional envolvendo temas
de interesse global.
Elementos do Conceito de Direito Internacional 
OBJETO
▪ Reduzir a anarquia na sociedade internacional e delimitar as 
competências de seus membros;
▪ Regular a cooperação internacional;
▪ Conferir tutela adicional a bens jurídicos aos quais a sociedade 
internacional decidiu atribuir importância; 
▪ Satisfazer interesses comuns dos Estados.
3 Direito Internacional Público
Conceito ou definição?
“o conjunto de normas jurídicas que rege a 
comunidade internacional, determina 
direitos e obrigações dos sujeitos, 
especialmente nas relações mútuas dos 
estados e, subsidiariamente, as das 
demais pessoas internacionais, como 
determinadas organizações, bem como 
dos indivíduos” (ACCYOLI)
“teorias que abrangem o estudo das 
entidades coletivas, internacionalmente 
reconhecidas – Estados, organizações 
internacionais e outras coletividades –, 
além do próprio homem, em todos os 
seus aspectos, incluindo os princípios e 
regras que regem tais sujeitos de direito 
nas respectivas atividades internacionais” 
(HUSEK)
“sistema jurídico autônomo, onde 
ordenam as relações entre Estados 
soberanos” (REZEK)
Doutrina
“conjunto de princípios e regras jurídicas 
(costumeiras e convencionais) que disciplinam 
e regem a atuação e a conduta da sociedade 
internacional (formada pelos Estados, pelas 
organizações internacionais 
intergovernamentais e também pelos 
indivíduos), visando alcançar as metas 
comuns da humanidade e, em última análise, 
a paz, a segurança e a estabilidade das 
relações internacionais” (MAZZUOLI)
A definição de Mazzuoli procura abranger os três critérios que
comumente são utilizados de maneira isolada pelos autores que
escrevem sobre o DIP:
• “conjunto de princípios e regras jurídicas 
(costumeiras e convencionais)”
Critério das fontes 
normativas
• “que disciplinam e regem a atuação e a conduta 
da sociedade internacional (formada pelos 
Estados, pelas organizações internacionais 
intergovernamentais e também pelos indivíduos)”
Critérios dos sujeitos 
intervenientes
•“visando alcançar as metas comuns da 
humanidade e, em última análise, a paz, a
segurança e a estabilidade das relações
internacionais”
Critério das matérias 
reguladas
Diversas são as denominações que o DIP vem recebendo através dos
tempos :
◦ Jus gentium (Direito Romano)
◦ Direito transnacional
◦ Direito das Gentes, Direito dos Povos, Direito dos Estados, Direito das
Nações (Law of Nations - países anglo-americanos; Droit des gens; Diritto
Internazionale; Völkerrecht);
◦ Direito Internacional é a expressão moderna e consagrada, estando
sedimentada na prática internacional. Foi utilizada pela primeira vez por
Jeremy Bentham, no final do século XVIII, mais precisamente em 1789.

Continue navegando