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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA SOLUCIONÁRIO DE ESTRUTURAS ALGÉBRICAS CAMPINA GRANDE, 03/10/2020 NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 2 Devemos encontrar todos os elementos da matriz N ∊ E, N sendo a matriz dos elementos neutros à esquerda, tal que N∙ A=A , A ∊ E. Seja, N=[ 0 0 ℮1 ℮2 ] e A=[ 0 0 𝑎 𝑏 ] N∙ A=A ⇔ [ 0 ∙ 0 + 0 ∙ a 0 ∙ 0 + 0 ∙ b ℮1 ∙ 0 + ℮2 ∙ a ℮1 ∙ 0 + ℮2 ∙ b ] = [ 0 0 𝑎 𝑏 ] ⇔ [ 0 0 ℮2𝑎 ℮2𝑏 ] = [ 0 0 𝑎 𝑏 ] Desse modo, ℮2𝑎 = 𝑎 𝑒 ℮2𝑏 = 𝑏 Dessas duas igualdade implicam que ℮2 = 1 Portanto, os elementos neutro a esquerda são da forma N=[ 0 0 ℮1 1 ] ℮1 ∊ ℝ. NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 3 Considere um elemento v=(a,b) ∊ A Temos que α v = α ⇔ (1,1) (a,b) = (1,1) ⇔ (a+b , b+a) = (1,1) { 𝑎 + 𝑏 = 1 𝑏 + 𝑎 = 1 Logo, A= {a,b ∊ ℝ | ou a≠ 0 ou b≠ 0 } } Primeiramente devemos encontrar o elemento neutro ℮. Suponhamos que ℮ e ℮’ sejam elementos neutro da operação * , então β ℮ = β = ℮ β Daí, NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 4 (1, 2) (℮, ℮’) = (1, 2) ⇔ ( 1℮ + 2 ℮’ , 1℮’ +2℮) = (1,2) ⇔ ( ℮ + 2 ℮’ , ℮’ + 2℮) = (1,2) Donde chegaremos ao seguinte sistema: { ℮ + 2 ℮’ = 1 2℮ + ℮′ = 2 ℮=1 e ℮’=0 ∊ A Verificando, (1,0) (1,2)= (1∙1 +0∙2, 1∙2 + 0∙1) = (1, 2) Portanto, O par ordenado (1,0) é elemento neutro de , a,b ∊ A. Feito isso, agora devemos encontrar o simétrico de beta β Suponhamos que o par (, ) = β’ é elemento invertível ou simetrizável de β, ou seja, basta que β β’ = ℮ = β’ β β, β’ ∊ A temos, (1,2) (, ) = (1,0) ⇔ ( 1 + 2 , 1 +2) = (1,0) ⇔ ( + 2 , + 2) = (1,0) De onde obtemos o seguinte sistema: { + 2 = 1 (I) + 2 = 0 (II) NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 5 Resolvendo o sistema de equação pelo método da substituição + 2 =1 =1–2 + 2 =0 + 2(1–2 ) =0 + 2 – 4 =0 3 = +2 = 2 3 ∊ A Substituindo na (I) equação teremos, =1 - 2∙ 2 3 = 1– 4 3 = – 1 3 ∊ A Logo, β’ = (– 1 3 , 2 3 ) é o inverso de β = (1,0) Verificando: (, ) (1,2) = (– 1 3 , 2 3 ) (1,2) = ( – 1 3 + 4 3 , – 2 3 + 2 3 ) = (1,0) Portanto, concluímos que beta é invertível em relação a NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 6 Queremos mostrar que a operação é comutativa, ou seja, (x , y) (z , w) = (z , w) (x , y) , x,y,z,w ∊ ℝ2 Suponhamos, por hipótese, que seja verdade para x=1, y=2, z=5, w=6, isto é, suponhamos que (1,2) (5,6) = (5,6) (1,2) Resolvendo o primeiro membro dessa igualdade temos: (1,2) (5,6) = (1 ∙ 5 , 1 ∙ 6 + 2) = (5 , 8) Resolvendo o segundo membro dessa igualdade temos: (5,6) (1,2) = (5 ∙ 1 , 5 ∙ 2 + 6) = (5 , 16) Ora, (5 , 8) ≠ (5 , 16) Portanto, não vale a comutatividade. NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 7 Dizemos que o par (℮1 , ℮2 ) é elemento neutro de G, se satisfaz a operação (a , b) (℮1 , ℮2 ) = (a , b) = (℮1 , ℮2 ) (a , b) Vejamos, (a , b) (℮1 , ℮2 ) = (a , b) ⇔ (a ∙ ℮1 , a ∙ ℮2 + b ) = (a , b) Desse modo, a ∙ ℮1 = a ⇔ ℮1 = 1 e a ∙ ℮2 + b = b ⇔ a ∙ ℮2 = b - b ⇔ ℮2 = 0 Logo, G possui elemento neutro, e ele é da forma (1 , 0) ∊ G Verificando se (1 , 0 ) (a , b) = (a , b) , temos: (1 , 0 ) (a , b) = (a ∙ 1 , a ∙ 0 + b ) = (a , b) Assim, concluímos que o par (1,0) é elemento neutro a,b ∊ G. NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 8 Dizemos que o par (w’, p’) é elemento invertível ou simetrizável de G, se satisfazer (a , b) (w’, p’) = (1 , 0) = (w’, p’) (a , b) a, b, w’, p’ ∊ G Desse modo, (a , b) (w’, p’) = (1 , 0) ⇔ ( a ∙ w’ , a ∙ p’ + b ) = (1 , 0) De onde obtemos a ∙ w’ = 1 w’ = 1 𝑎 ∊ ℝ a ∙ p’ + b = 0 a ∙ p’ = – b p’ = −𝑏 𝑎 ∊ ℝ verificando se (w’, p’) (a , b) = (1, 0), temos ( w’ ∙ a , w’ ∙ b + p’ ) = ( 1 𝑎 ∙ a , 1 𝑎 ∙ b + −𝑏 𝑎 ) = (1,0) Logo, os pares ordenados (w’, p’) =( 1 𝑎 , −𝑏 𝑎 ) e (1,0) ∊ G ; U (G; ) = { a,b ∊ ℝ | a ≠ 0} ; NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 9 ⟹ ida Para mostrar a injetividade, precisamos mostrar que g(x)=g(y) x= y , x,y ∊E mas isso segue diretamente do fato do elemento a ser regular à esquerda. Portanto, G é injetora. ⟸ volta Como g é injetora, vale que g(x) = g(y) x = y , x,y ∊ E Logo, a x = a y x = y isso implica que a é regular à esquerda. De maneira análoga, a é regular a direita usando a função g(x) = x a NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 10 Seja a,b ∈ 𝑅∗(𝐸). Dado x,y ∊ E. Temos x a = y a x = y (I) x b = y b x = y (II) queremos mostrar que a b ∈ 𝑅∗(𝐸). x (a b) = y (a b) (x a) b = (y a) b x a = y a (pois b é regular) x=y (pois a é regular) Portanto, a b ∈ 𝑅∗(𝐸). Seja a,b ∈ 𝑅∗(𝐸). Dado x,y ∊ E. Temos a x = a y x = y (III) b x = a y x = y (IV) queremos mostrar que a b ∈ 𝑅∗(𝐸). (a b) x= (a b) y a (b x)= a (b y) b x = b y (pois a é regular) x=y (pois b é regular) Portanto, a b ∈ 𝑅∗(𝐸). NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 11 Consideremos os elementos X e Y ∊ B, onde X= ( 𝑚 −𝑝 𝑝 𝑚 ) e Y= ( 𝑧 −𝑘 𝑘 𝑧 ) , com m,p,k,z ∊ ℝ Daí, X+Y = ( 𝑚 + 𝑧 −𝑝 − 𝑘 𝑝 + 𝑘 𝑚 + 𝑧 ) = ( 𝑚 + 𝑧 −(𝑝 + 𝑘) 𝑝 + 𝑘 𝑚 + 𝑧 ) ∊ B Portanto, B é fechado sob a operação da soma ℮ a b ℮ ℮ a b a a b ℮ b b ℮ a NATHÁLIA LEITE DE OLIVEIRA 12 Consideremos os mesmos elementos X e Y ∊ B; X= ( 𝑚 −𝑝 𝑝 𝑚 ) e Y= ( 𝑧 −𝑘 𝑘 𝑧 ) , com m,p,k,z ∊ ℝ Daí, X∙Y = ( 𝑚 ∙ z + (−p)k 𝑚 ∙ (−𝑘) + (−𝑝)z 𝑝 ∙ z + 𝑚 ∙ 𝑘 p ∙ (−k) + 𝑚 ∙ 𝑧 )= ( 𝑚 ∙ z − p ∙ k −(𝑚 ∙ 𝑘 + 𝑝 ∙ z) 𝑚 ∙ 𝑘 + 𝑝 ∙ z 𝑚 ∙ z − p ∙ k ) ∊ B Portanto, B é fechado sob a operação da multiplicação.
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