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1 
 
Curso preparatório para o concurso de professor 
 
 Autores- Principais ideias 
 
 
APPLE, Michael W. 
 Pedagogia crítica, baseada na relação entre a educação e a sociedade. 
 Não é fundamental saber como o conhecimento será disseminado, mas sim qual saber, e porque este e não 
outro. 
 Saber não como algo dado, mas sim enquanto uma realidade que deve ser criticamente examinada 
 Conceitos de ideologia, hegemonia e senso comum. 
 Teorias críticas. 
 Questões de gênero e raça, a partir das quais elabora a questão da branquidade. 
 Dos brancos como os normais, enquanto as demais raças e etnias não se ajustam nas estruturas vigentes; 
A raça branca predomina na criação do Currículo, o qual é visto também como um instrumento de poder na 
preservação da sociedade em sua atual configuração. 
IMBERNÓN, F. 
Os educadores que idealizam uma concepção participativa e dialógica de educação, “questionam a inquietação, a 
opressão e a desigualdade como fatores de desumanização e reivindicam a liberdade e o protagonismo do sujeito, 
reconhecendo sua capacidade de criação, de recriação e de transformação da natureza material e social escola 
cidadã deve possuir dois objetivos essenciais: “contribuir no plano público, para o desenvolvimento de uma cultura do 
discurso crítico sobre a realidade concreta; Socializar os valores e as práticas da democracia nos âmbitos 
institucionais cotidianos que facilitem a participação ativa e crítica e as experiências de organização. 
Contexto mundial 
 Era pós industrial. 
 Sociedade do conhecimento. 
 Novas configurações do mundo globalizado. 
Novas configurações da sociedade e da democracia 
 Revolução tecnológica: informação mais acessível. 
 Competências cognitivas superiores requerem maior base de conhecimento. 
 Atividades laborais não automatizadas exigem mais conhecimento. 
 Produto tem mais conhecimento concentrado do que matéria prima concentrada. 
 Crescimento econômico depende também de acumulação de conhecimentos. 
 A organização do trabalho muda consideravelmente, das tarefas fragmentadas para equipes de trabalho 
cooperativo. 
Outra configuração da democracia 
 Da hierarquia às redes distribuídas. 
 Do crescimento à sustentabilidade. 
 Da padronização à diversidade. 
Um futuro incerto 
GARCIA, Pedro Benjamim 
 Reflexão sobre nossa existência, processos de humanização/desumanização, encorajamento, vontade de correr 
riscos, dizer a palavra e ser ouvido, enfrentar problemas com bons argumentos (conflitos e amorosidade) 
Pensar em processos de libertação de situações opressores 
 PENSAR CERTO – que uma das condições necessárias para pensar certo é não estarmos demasiadamente 
certos de nossas certezas.” (Educação Popular) 
 A infância oprimida entra na escola, com sua sensibilidade e pedagogia. Ela vem na mochila, na tensão entre 
humanização, desumanização 
 EDUCAÇÃO POPULAR – É preciso instrumentalizar as classes populares 
 As classes populares precisam ter condições de saber operar epistemologicamente. 
 As Ferramentas utilizadas 
A reflexão crítica, 
O diálogo, 
CURRÍCULO 
http://www.infoescola.com/pedagogia/a-pedagogia-critica-de-michael-apple/
2 
 
A disponibilidade de escuta e fala dos atores que se põem em relação, 
Reciprocidade e cooperação, 
A construção compartilhada do conhecimento, 
Uma visão de saberes e práticas diferentes. 
 
MOLL, Jaqueline 
Escola em tempo integral: 
Organização escolar na qual o tempo de permanência dos estudantes se amplia para além do turno escolar. 
Debate da educação integral - consideradas as necessidades formativas nos campos cognitivo, estético, ético, lúdico, 
físico-motor, espiritual, entre outros - no qual a categoria “tempo escolar” reveste-se de relevante significado tanto em 
relação a sua ampliação, quanto em relação à necessidade de sua reinvenção no cotidiano escolar 
Escola de tempo integral está referenciada na história das ideias pedagógicas da educação brasileira, sobretudo no 
compromisso democrático e republicano de uma escola para todos, lócus de enfrentamento de desigualdades 
sociais. 
Escola de Educação em Tempo Integral pode ser caracterizada pela superação do caráter parcial e limitado que as 
poucas horas diárias proporcionam, em estreita associação com o reconhecimento das múltiplas dimensões que 
caracterizam os seres humanos e com as múltiplas possibilidades de formação que se estabelecem na relação da 
escola com seu entorno, na perspectiva da expansão dos territórios educativo. 
Na legislação educacional brasileira em vigor, especificamente no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 
8.069/1990), nos artigos 34 e 87 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), no Plano 
Nacional de Educação (Lei n.º 10.179/01) e, mais recentemente, no Fundo Nacional de Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, o FUNDEB (Lei nº 11.494/2007), retoma-se 
e ratifica-se o ideário de uma escola de tempo integral 
O Programa Mais Educação constitui-se como ação indutora para a ampliação da jornada escolar e a organização 
curricular na perspectiva da Educação Integral 
 
 
Luiz Heron 
Contexto mundial 
Era pós industrial. 
Sociedade do conhecimento. 
Novas configurações do mundo globalizado. Novas configurações da sociedade e da democracia. 
Era pós industrial 
 A base da pirâmide de mão de obra se estreita como resultado do processo de automação que está substituindo 
as tarefas repetitivas e braçais. 
 Produção industrial envolve cada vez menor número de trabalhadores do que a produção de bens e serviços. 
 A terceirização desloca postos de trabalho na indústria para atividades autônomas e informais ou para o 
desemprego. 
 A globalização separa investimento, trabalho, produção e consumo. 
Sociedade do conhecimento 
 Revolução tecnológica: informação mais acessível. 
 Competências cognitivas superiores requerem maior base de conhecimento. 
 Atividades laborais não automatizadas exigem mais conhecimento. 
 Produto tem mais conhecimento concentrado do que matéria prima concentrada. 
 Crescimento econômico depende também de acumulação de conhecimentos. 
A organização do trabalho muda consideravelmente, das tarefas fragmentadas para equipes de trabalho cooperativo. 
Daqui há vinte anos: 
 70% das carreiras que serão importantes não existem ainda. 
 O conhecimento dobrará a cada 73 dias. 
 O local-global (glocalização) e o nacional-internacional. 
 A mobilidade profissional será uma exigência autonomia para gerenciar sua própria carreira. 
 
 
 
BRASIL Constituição da República 
205 - ―A educação, direito de todos e dever do Estado e da família será promovida e incentivada com a colaboração 
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho 
EDUCAÇÃO COMO DIREITO – DIRETRIZES 
 
3 
 
206,- Princípios que estão descritos também na LDB e no ECA, diretrizes 
208 - Detalha o direito a educação - Direito Público Subjetivo 
Art. 208 (*) O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
I - Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; 
II - Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; 
III - Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de 
ensino; 
IV - Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; 
V - Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada 
um; 
VI - Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - Atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
 
ECA - LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança do 
Adolescente – ECA 
 
Obrigatoriedadeda educação básica 
 Estabelecer que é dever do poder público oferecê-lo 
 Dever dos pais ou responsáveis matricular seus filhos (a partir dos 4 anos de idade). 
 O acesso à escola pública e gratuita próxima à residência; 
 O direito de meninos e meninas de zero a 5 anos à Educação Infantil; 
 O atendimento especializado para crianças e adolescentes com deficiência no ensino regular 
 A progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade – ao Ensino Médio 
 Artigo 53 do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8069/90:―A criança e o adolescente têm direito à 
educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e 
qualificação para o trabalho. 
No campo da educação o compromisso social é garantir escolarização com qualidade a todas as crianças e 
adolescentes, até os 18 anos, lutar pela não exclusão da escola, protegê-las diante da situação de vulnerabilidade 
social, enfim, assegurar a apropriação do saber em sua forma mais ampla. Para tanto, a escola deve rever 
diariamente suas práticas, ser flexível às mudanças sociais e estar atenta ao combate de trabalho infantil, violência 
doméstica e exploração sexual, por fim, de todos os atos que sejam danosos ao pleno desenvolvimento dos sujeitos. 
BRASIL LEI Nº 9394/96 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 
 
 Educação - processo de formação humana 
 Educação é dever da família e do Estado 
Princípios: Igualdade acesso /permanência - Liberdade; Pluralismo de ideias; Tolerância; Coexistência – público 
/privado; Gratuidade do ensino público; Valorização do profissional Gestão democrática; Padrão de qualidade; 
Valorização extraescolar; Escola – trabalho – práticas 
 Obrigatório e gratuito: de 4 a 17 anos - 
Atendimento especializado-necessidades especiais; 
Atendimento gratuito - creches e pré-escolas; 
Acesso aos níveis mais elevados do ensino; 
Oferta de ensino noturno regular 
Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos 
Atendimento ao educando - programas suplementares 
Padrões mínimos de qualidade de ensino 
Educação básica: direito público subjetivo 
Matrícula: é dever dos pais matricular - 6 anos. 
Responsabilidades: 
Educação Infantil (Municípios) 
Ensino Fundamental (prioridade dos municípios com colaboração do Estado) 
Ensino Médio: Estadual 
Art.23 
 Organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, grupos não seriados, com base na idade, etc. (art. 
23) 
Carga-horária mínima anual: 800 horas e 200 dias de efetivo trabalho escolar. 
Classificação e reclassificação dos alunos 
Avaliação do aluno: contínua 
http://www.profdomingos.com.br/federal_lei_8.069_1990.html
4 
 
Frequência mínima: 75% 
Históricos, declarações, certificados: responsabilidade da escola 
Base nacional comum e parte diversificada 
Educação Infantil: creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 5 anos); desenvolvimento integral da criança, não existe 
reprovação- (Art. 29 a 31) 
Ensino Fundamental: (mínimo 9 anos) objetivo de desenvolver a capacidade de aprender, fortalecer os vínculos da 
família, da solidariedade e tolerância. – pelo menos 4 horas de trabalho diário. (Art. 32-4) 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do compromisso 
Se posiciona a favor da liberdade, da justiça, da ética e da autonomia do ser humano, da escola, da sociedade. 
Democracia, a liberdade, a autonomia, é um processo. 
Educação Popular 
 Compreende-se a educação popular como uma concepção de educação, realizada por meio de processos 
contínuos e permanentes de formação, que possui a intencionalidade de transformar a realidade a partir do 
protagonismo dos sujeitos. Estratégias de ação: a prática reflexiva. 
Educação Popular é pautada na dialogicidade. 
O que é cultura popular? 
Cultura Popular é todo processo de democratização da cultura que visa neutralizar o distanciamento, o desnível 
anormal e antinatural entre as duas culturas através da abertura a todos os homens (...). Fazer Cultura Popular, 
portanto, é democratizar a cultura. 
Proposta pedagógica da Educação popular nega a educação tradicional da escola, ou seja, nega a educação oficial 
do sistema. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia 
 Autonomia de ser e de saber do educando 
 Sujeitos históricos 
 Não há docência sem discência – relação direta 
 Rigor metódico e intelectual 
 Pensa certo – bem e o belo 
 Fazer parte de um processo inconcluso 
 Respeito à autonomia e à dignidade de cada um 
 Professores e alunos sejam curiosos 
 Ensinar é algo de profundo e dinâmico 
 Aprender é uma descoberta criadora 
 Educação orientada por uma bússola que aponta entre outros os seguintes pontos cardeais: 
 A rigorosidade metódica e a pesquisa, 
 A ética e estética, 
 A competência profissional, 
 O respeito pelos saberes do educando e o reconhecimento da identidade cultural, 
 A rejeição de toda e qualquer forma de discriminação, 
 A reflexão crítica da prática pedagógica 
 O saber dialogar e escutar, 
 O querer bem aos educandos, 
 O ter alegria e esperança, 
 O ter liberdade e autoridade, o ter curiosidade, o ter a consciência do inacabado... 
 Os conhecimentos dos alunos têm que ser respeitados 
 O conhecimento do professor precisa ser vivido por ele 
 Bom senso. Autoridade não pode ser entendida como autoritarismo. 
 Avaliação: seria boa uma forma na qual fosse feita junto com os alunos, pois a avaliação é para eles, e não para 
o educador. 
 O futuro deve ser tratado como problema 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido 
A teoria da ação antidialógica e suas características/Conquista: a necessidade e conquista se dá desde as mais 
duras às mais sutis; das mais repressivas às mais adocicadas, como o paternalismo” 
 Dividir para manter a opressão: na medida em que as minorias, submetendo as maiorias ao seu domínio e 
poder. 
http://www.paulofreire.org/programas-e-projetos/educacao-popular
5 
 
 Manipulação: através da manipulação, as elites dominadoras vão tentando conformar as massas populares a 
seus objetivos. E quanto mais imaturas mais dominadas pelas elites dominadoras que não quererem que se esgotem 
seus poderes. 
 Invasão cultural: a invasão cultural é a penetração que fazem os invasores no contexto cultural dos invadidos, 
impondo a estes sua visão de mundo enquanto lhes freiam a criatividade, ao inibirem sua expansão. 
Paulo Freire ainda enfatiza que se deve trabalhar a teoria dialógica, contrária à manipulação das classes menos 
favorecidas pelas "cultura", através dos meios de comunicação. A população em si precisa ser conduzida ao diálogo, 
canal este de libertação da harmoniosa opressão imperante. Haja vista que uma das principais características da 
ação antiadialogica das lideranças é a DIVISÃO para manutenção da opressão. Em resumo a arma que se tem para 
combater a manipulação é a teoria da ação dialógica pautada pela organização e síntese cultural. 
O que pretende a ação cultural dialógica não pode ser o desaparecimento da dialeticidade, permanência, mudança, 
mas superar as contradições antagônicas de que resulte a libertação dos homens. 
Paulo Freire destaca que os educadores devem assumir uma postura revolucionária passando a conscientizar as 
pessoas da ideologia opressora, tendo como compromisso a libertação desta classe. O povo e lideranças devem 
aprender a fazer junto, buscando instaurar a transformação da realidade que os mediatiza. O autor ainda enfoca que 
o ser opressor precisa de uma teoria para manter a ação dominadora, os oprimidos igualmente precisam também de 
uma teoria para alcançar a liberdade 
 
FREIRE, Paulo. “Professora sim, Tia não”. 
A tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma “inocente” armadilha ideológica em que, tentando-se dar a 
ilusão de adocicar a vida da professora, o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta ou entretê-la no exercício 
de tarefas fundamentais. 
Não é possível ser professora sem amar os alunos e sem gostar do que se faz 
Ensinar – aprender; leitura do mundo – leitura da palavra 
Não deixe que o medo do difícil paralise você 
A práticaeducativa é algo muito sério. Ao participarmos da formação de pessoas, participamos também do seu 
sucesso ou fracasso. 
Das qualidades indispensáveis ao melhor desempenho de professoras e professores progressitas: humildade / 
coragem / confiança e respeito 
O professor deve estar sempre atento para que, aos poucos, consiga “ler” a classe, de forma a perceber as crianças 
com suas peculiaridades, suas diferentes histórias de vida. 
As relações entre a educadora e os educandos incluem a questão do ensino, da aprendizagem, do processo do 
conhecer – ensinar – aprender, da autoridade, da liberdade, da leitura, da escrita, das virtudes da educadora, da 
identidade cultural dos educandos e do respeito devido a ela. 
De falar ao educando a falar a ele e com ele; de ouvir o educando a ser ouvido por ele. 
Identidade cultural e educação 
Contexto concreto – contexto teórico 
A disciplina é um princípio básico nos diversos contextos de aprendizagem, seja no trabalho intelectual, na leitura 
séria de textos, na escrita cuidada, na observação. 
Saber e crescer – tudo a ver- Para saber é preciso crescer. Não é possível saber sem crescimento, e não é possível 
crescer sem sabedoria. 
 
 
 
 
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação 
Filosofia - fundamenta-se na perspectiva da dialética. 
Uma crítica à sociedade de mercado que não persegue outro fim que não o do progresso técnico. 
A indústria cultural traz em seu bojo todos os elementos característicos do mundo industrial moderno e nele exerce 
um papel específico, qual seja, o de portadora da ideologia dominante, a qual outorga sentido a todo o sistema. 
Adorno fala acerca da ideologia capitalista, e sua cúmplice, a indústria cultural contribui eficazmente para falsificar as 
relações entre os homens, bem como dos homens com a natureza, de tal forma que o resultado final constitui uma 
espécie de anti-iluminismo. 
A indústria cultural nas palavras do próprio Adorno “impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, 
capazes de julgar e de decidir conscientemente. 
Tolhendo a consciência das massas e instaurando o poder da mecanização sobre o homem, a indústria cultural cria 
condições cada vez mais favoráveis para a implantação do seu comércio fraudulento, no qual os consumidores são 
continuamente enganados em relação ao que lhes é prometido mas não cumprido 
FILOSOFIA E SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica
6 
 
BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação - A Reprodução 
Analisou o funcionamento do sistema escolar francês e concluiu que, em vez de ter uma função transformadora, ele 
reproduz e reforça as desigualdades sociais. 
Quando a criança começa sua aprendizagem formal, segundo os autores, é recebida num ambiente marcado pelo 
caráter de classe, desde a organização pedagógica até o modo como prepara o futuro dos alunos. 
Conceitos, como habitus, capital cultural, campo. 
Inicialmente tais estudos estiveram principalmente concentrados em demonstrar os mecanismos escolares de 
reprodução cultural e social e as “estratégias” do sistema escolar para diferentes agentes e grupos sociais. 
 O sociólogo sempre manteve uma concepção pessimista em relação a escola e ao sistema educacional, ele entendia 
como uma grande ilusão afirmar que o sistema escolar é um facilitador da mobilidade social, quando na verdade a 
escola se de mostra como o ambiente onde todas diferenças de classes serão atenuadas e assim coopera com a 
conservação social. São essas noções que posteriormente fundamentam afirmações sobre a legitimidade das 
desigualdades sociais e meritocracia. 
A Reprodução - Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron desenvolvem uma teoria geral da violência simbólica 
legítima. 
Como os agentes incorporam a estrutura social, ao mesmo tempo que a produzem, legitimam e reproduzem. 
A noção de habitus procura evitar esse risco. Ela se refere à incorporação de uma determinada estrutura social pelos 
indivíduos, influindo em seu modo de sentir, pensar e agir, de tal forma que se inclinam a confirmá-la e reproduzi-la, 
mesmo que nem sempre de modo consciente. 
Estruturas sociais e agentes individuais se alimentam continuamente numa engrenagem de caráter conservador. É o 
caso da maneira como cada um lida com a linguagem. Tudo que a envolve – correção gramatical, sotaque, habilidade 
no uso de palavras e construções etc. – está fortemente relacionado à posição social de quem fala e à função de 
ratificar a ordem estabelecida. 
FERNANDES. Florestan. O desafio educacional 
Florestan bateu-se também pela democratização do ensino, entendendo a democracia como liberdade de educar e 
direito irrestrito de estudar. 
A escola de qualidade, para Florestan, não era redentora da humanidade, mas um instrumento fundamental para a 
emancipação dos trabalhadores. 
Educação e a ciência têm, potencialmente, uma grande capacidade transformadora. Por isso, deveriam ser 
instrumentos de elevação cultural e desenvolvimento social das camadas mais pobres da população. 
Uma classe burguesa controlava os mecanismos sociais no Brasil, como acontecia em quase todos os países do 
Ocidente. 
Por causa de fatores históricos como a escravidão tardia, a herança colonial e a dependência em relação ao capital 
externo -, a burguesia brasileira era mais resistente às mudanças sociais do que as classes dominantes dos países 
desenvolvidos. 
Ele acreditava que o sucateamento da escola, com péssimas condições de trabalho e estudo, fazia parte das 
tentativas de sufocar a democratização da sociedade por meio da restrição do acesso à cultura e à pesquisa. 
Estimularia as massas populares a participar politicamente e ao mesmo tempo tiraria das classes dominantes a 
prerrogativa de fazer tudo o que quisessem sem precisar dar satisfações ao conjunto da população. 
O sociólogo propunha que a lei incluísse o princípio de escola única, que abrangesse Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Ensino Médio, conjugada com educação profissional, e possibilitasse uma escolaridade maior aos 
setores carentes da população. 
 
SILVA, Agostinho da. Textos pedagógicos 
Crítico dos sistemas políticos contemporâneos, definia o capitalismo como uma fatalidade histórica da qual os 
homens deveriam libertar-se e considerava o socialismo – apesar de melhor do que o seu sistema antagônico – 
imperfeito. 
A educação para a emancipação é, entendemos, fundamental numa sociedade que se queira verdadeiramente 
democrática, considerando que a democracia não é somente uma forma de organização da convivência social entre 
os indivíduos, mas também, e acima de tudo, um processo cultural que visa conhecer e reconhecer o princípio 
valorativo da dignidade humana. 
Uma educação que tenha como base, e fio condutor, a teoria e a prática dos direitos humanos ou, de modo mais 
geral, do princípio da dignidade de todos. 
No ato de ensinar e de apreender, existem duas vontades e duas inteligências. Chamaremos embrutecimento à sua 
coincidência. Chamaremos emancipação à diferença conhecida e mantida das duas relações, o ato de uma 
inteligência que não obedece senão a si própria, enquanto a vontade obedece a uma outra vontade. 
Em suma, a educação em contexto agostiniano não é um mecanismo de perpetuação e autoconservação do poder, 
não prepara – não deve preparar – para uma sociedade governada pela razão mas pelo amor, caridade, como 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Bourdieu
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Claude_Passeron
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_simb%C3%B3lica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura_social
7 
 
coroação das faculdades humanas, de um amor que o espírito grego não criou, de um amor não interpretado como 
carência, mas como vínculo. 
 
 
 
LOUREIRO, C. F. B 
Indica o “caráter plural” das sociedades ocidentais contemporâneas. 
 Condição inescapável do mundo atual, presente, sem volta, está aí. 
 Caráter plural 
O mundo responde de diferentes formas 
Foco na cultura: 
Centralidade nos fenômenos sociaiscontemporâneos e em suas análises. 
Papel constitutivo da cultura. 
Revolução cultural. 
Diversidade de culturas. 
Associação das diferenças culturais às relações de poder. 
Currículo, como a cultura: prática social; produz significados; contribui para a construção de identidades 
 Multiculturalismo 
 O multiculturalismo é o reconhecimento das diferenças, da individualidade de cada um saber lidar com o plural, o 
diverso, o múltiplo; respeitando a diferença e a pluralidade cultural das pessoas que nos cercam. 
Dentro das sociedades e entre povos há relações de desigualdade e dominação em que alguns grupos sociais 
acumulam bens materiais, saberes, prestígio e poder ao mesmo tempo em que impedem o amplo acesso de outros 
grupos a essas riquezas. 
Focalizando as implicações para o currículo: 
1 - O abandono de uma perspectiva monocultural; 
2 - Temos que reescrever o conhecimento 
3 - Ancoragem social 
4 - As inter-relações favoreçam a aprendizagem 
Diálogo: O diálogo é visto mesmo como o elemento norteador das estratégias pedagógicas 
 
MATURANA, Humberto 
Autopoiese - Característica de um sistema capaz de se autodefinir, autoconstrução e frequentemente se renovar a 
partir dessas duas primeiras ações. Ou seja, existe autonomia no estabelecimento de duas constituintes básicas de 
um sistema: estrutura e organização. 
 Estrutura: Componentes de um sistema; 
 Organização: Relação entre esses componentes. 
O pensamento complexo 
A complexidade e suas implicações são as bases do denominado pensamento complexo , que vê o mundo como um 
todo indissociável e propõe uma abordagem multidisciplinar e multirreferenciada para a construção do conhecimento 
Visão sistêmica consiste na habilidade em compreender os sistemas de acordo com a abordagem da Teoria Geral 
dos Sistemas, ou seja, ter o conhecimento do todo, de modo a permitir a análise ou a interferência no mesmo. 
A visão sistêmica é formada a partir do conhecimento do conceito e das características dos sistemas. 
 
SOUZA NETO, João Clemente, 
Para o professor, diferentemente de outras pedagogias, que trabalham em cima do fracasso dos indivíduos, a 
Pedagogia Social busca trabalhar as potencialidades, os atributos. “Uma pessoa que vive nas ruas pode aprender e 
ter um saber tão fundamental quanto outras pessoas, desde que alguém a ajude a canalizar suas energias e suas 
potencialidades. 
Educação Popular é um método de educação que valoriza os saberes prévios do povo e suas realidades culturais na 
construção de novos saberes. Está implicada com o desenvolvimento de um olhar crítico, que facilita o 
desenvolvimento da comunidade que o educando está inserido, pois estimula o diálogo e participação comunitária, 
possibilitando uma melhor leitura de realidade social, política e econômica. 
É uma estratégia de construção da participação popular para o redirecionamento da vida social. A principal 
característica da Educação Popular é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino, valorizando 
PEDAGOGIA 
SOCIAL 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Geral_dos_Sistemas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Geral_dos_Sistemas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Geral_dos_Sistemas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema
http://pt.wikipedia.org/wiki/Povo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino
8 
 
todos os sujeitos sociais nesse processo, tornando esse espaço de educação um lugar de afetos alegres e 
amorosidade. 
É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele, 
reconhecendo a importância do saber popular e o saber científico. A Educação é vista como ato de conhecimento e 
transformação social, tendo um certo cunho político. O resultado desse tipo de educação é observado quando o 
sujeito pode situar-se bem no contexto de interesse. 
A Educação Popular é uma educação comprometida e participativa orientada pela perspectiva de realização de todos 
os direitos do povo. Sua principal característica é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino. É 
aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele. O 
processo-ensino-aprendizagem é visto como ato de conhecimento e transformação social, sendo pautada na 
perspectiva política. 
A Educação Popular visa a formação de sujeitos com conhecimento e consciência cidadã e a organização do trabalho 
político para afirmação do sujeito. É uma estratégia de construção da participação popular para o redirecionamento 
da vida social objetivado trabalhar as necessidades populares. O resultado desse tipo de educação é observado 
quando o sujeito pode situar-se bem no contexto de interesse. A Educação Popular não se restrige pelos contextos, 
busca caracterizar os contextos em que ela precisa ser trabalhada, mas as aplicações mais comuns ocorrem em 
assentamentos rurais, em instituições socioeducativas, em aldeias indígenas e no ensino de jovens e adultos. 
CAPRA, Fritjof e outros. Alfabetização ecológica 
Visão sistêmica - características de um sistema, dentre as quais podemos citar: 
 Um sistema é composto por partes. 
 Todas as partes de um sistema devem se relacionar de forma direta ou indireta. 
 Um sistema é limitado pelo ponto de vista do observador ou um grupo de observadores. 
 Um sistema pode abrigar outro sistema. 
 Um sistema é vinculado ao tempo e espaço. 
Ecoalfabetização, visualiza uma abordagem ecológica à educação, na qual as crianças adquirem tanto a competência 
como a preocupação em criar um futuro sustentável. 
A ecoalfabetização é uma estratégia educacional que trabalha o currículo como um todo interligado, e os recursos 
didáticos como formas de se aproximar e compreender o estudo da natureza, da pessoa e da sociedade. Ser 
ecologicamente alfabetizado, ou ecoalfabetizado, significa compreender os princípios básicos de organização das 
comunidades ecológicas (ecossistemas) e ser capaz de incluí-los na vida diária das comunidades humanas. Ensinar 
este conhecimento ecológico será o papel mais importante de educação no próximo século. 
Por meio da alfabetização ecológica, as crianças se familiarizem com os conceitos e as práticas ecológicas e 
compreendam o impacto que seus hábitos e estilos de vida provocam sobre o ambiente natural e social. 
À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza para satisfação de necessidades e 
desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos."(pg.173) 
 
Algumas das mudanças: 
 Das partes para o todo 
 Dos objetos para as relações 
 Do conhecimento objetivo para o conhecimento contextual 
 Da quantidade para qualidade 
 Da estrutura para o processo 
 Dos conteúdos para padrões 
“A sustentabilidade das diferentes populações e a sustentabilidade de todo o ecossistema são interdependentes” 
Palavras-chave: 
Interdependência, totalidade, diversidade, redes, sistemas, ciclos, fluxos, equilíbrio dinâmico. 
 
 
 
PCN Língua Portuguesa 1º ao 5º ano 
Os PCNs 
 Privilegiam a dimensão interacional e discursiva da língua. 
 Definem o domínio dessa língua como uma das condições para a plena participação do indivíduo em seu meio 
social. 
Os PCNs estabelecem que os conteúdos de língua portuguesa devam se articular em torno de dois grandes eixos: 
 o do uso da língua oral e escrita; 
 o da reflexão acerca desses usos; 
A PARTIR DOS PCN’S - USO > REFLEXÃO > USO 
ponto de partida - finalidade do ensino = produção/compreensão de discursos 
 
O que se deseja com o ensino da Língua Portuguesa? 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino
9 
 
 Que o professor de línguas não faça “do conhecimento gramatical o único fundamento de sua autoridade”, até 
porque “ a língua excede a gramática” 
A gramática, sozinha, é incapaz de preencher as necessidades interacionais de quem FALA, ESCUTA, LÊ ou 
ESCREVE TEXTOS. 
Questionamentos sobre o ensino da Língua Portuguesa 
Dois níveis de exigência: 
1. que o aluno seja um usuáriocompetente da língua; 
2. que ele seja crítico, reflexivo e independente 
Conhecimentos além do gramatical 
 O conhecimento do real ou do mundo. 
 O conhecimento das normas de textualização. 
 O conhecimento das normas sociais de uso da língua. 
O ensino da Língua Portuguesa pautado nos gêneros de texto 
 
Os PCNs propõem um ensino da língua materna, a partir de trabalho efetivo com os gêneros de texto ou discursivos, 
nas modalidades escrita e oral. 
 QUE O EIXO CENTRAL DO ENSINO DA LÍNGUA SE INSTALE SOBRE O TEXTO, COMO REALIZAÇÃO 
DISCURSIVA DO GÊNERO, COMO FORMA DE EXPLICAR O USO EFETIVO DA LÍNGUA. 
O estudo da gramática e o estudo das estruturas linguísticas  redirecionamento do enfoque da prática pedagógica 
do ensino de língua portuguesa - compõem o texto 
TEXTO = Unidade significativa que concretiza habilidades e competências relacionadas a situações concretas 
Gêneros Textuais -Realizações empíricas do texto em situações sócio-comunicativas: 
Ex. carta, telefonema, conversa, palestra, aula, curriculum vitae, monografia, recibo, relatório, ofício, romance, 
editorial, notícia, telegrama, resumo, ata etc (Marcuschi, 2000) 
Classificação que toma como critério a organização linguística, o conjunto de estruturas linguísticas utilizadas no 
plano composicional do texto. 
O plano composicional é constituído por palavras, frases, orações etc. 
Ex. Narrativo, descritivo, expositivo, argumentativo, instrucional, injuntivo e preditivo. 
Habilidades que desenvolvem a competência textual 
Desde a capacidade de usar o conhecimento gramatical para perceber a relação entre palavras até A capacidade de 
usar o vocabulário para perceber estruturas textuais, atitudes e intenções 
 
 
Pcn Língua Portuguesa - Anos finais 
 O QUE É ENSINAR Língua Portuguesa na escola básica? 
Vista a linguagem como meio de ação e interação, seu ensino deve estar voltado para o desenvolvimento das 
capacidades de ler, ouvir, falar e escrever. 
A escola deve, portanto, comprometer-se com práticas que garantam o domínio da língua, em situações diversas de 
comunicação, como condição para uma atuação autônoma e cidadã no mundo. 
Categorias organizadoras: tipologias e gêneros textual 
Considerando: 
 que “a língua é uma atividade interativa, social e mental” 
 que “seu uso se dá em eventos discursivos situados sociocognitivamente” (Marcuschi, 2008:65) 
as categorias GÊNERO e TIPOLOGIA TEXTUAL possibilitam a construção de práticas mais produtivas, voltadas para 
o uso da língua em situações diversas de comunicação. 
Eixo 1: Apropriação do sistema alfabético 
 Reúne expectativas de aprendizagem relativas ao domínio das regras que organizam o SISTEMA DE ESCRITA 
em Língua Portuguesa. 
 Concebe a Alfabetização e o Letramento como processos distintos do ponto de vista conceitual, mas 
indissociáveis do ponto de vista das práticas de ensino. 
 Alfabetização- apropriação da leitura e da escrita. 
 Letramento- usos sociais da leitura e da escrita. 
 Propriedades e convenções do sistema alfabético – EA relativas ao reconhecimento da escrita como sistema de 
representação regido por convenções de organização do texto na página e de utilização das letras do alfabeto. 
 Leitura – EA das relações entre os sons da fala e os sinais gráficos que a representam + valorização de objetos e 
situações que envolvem a cultura escrita. 
 Escrita – EA relativas à apropriação do sistema alfabético na perspectiva do escritor. 
Eixo 2: Análise Linguística 
 A reflexão sobre a língua faz sentido apenas quando orientada para seu uso competente em situações de 
comunicação oral, de leitura ou de escrita. 
 O ensino METALINGUÍSTICO – normativo e classificatório – dá lugar ao ensino EPILINGUÍSTICO – funcional e 
discursivo. 
10 
 
 Envolve também o domínio da NORMA CULTA, considerada em sua relação com as demais variedades., numa 
perspectiva que vise à superação de preconceitos e simplificações e que vise à adequação da linguagem a 
situações distintas de comunicação. 
Superando a abordagem normativa, a prática de análise linguística alia leitura, escrita e unidades linguísticas. 
Eixo 3: Oralidade 
O que/como ensinar a oralidade na escola? 
 Propor situações sistemáticas e organizadas, de modo que o estudante possa exercitar gêneros textuais orais 
diversos – debates, seminários, palestras etc – , aprendendo a organizar a própria fala, a partir da consideração 
das especificidades do contexto interativo. 
 Ensinar a oralidade é ocupar-se dos processos de construção de sentidos, em atividades de escuta e produção 
da fala. 
 Conversar, desenvolver trabalhos em grupo, resolver exercícios oralmente não são atividades suficientes para 
desenvolver habilidades orais. 
As práticas de oralidade devem propor a PRODUÇÃO, a ESCUTA e a ANÁLISE LINGUÍSTICA de diversos gêneros 
do oral, bem como a RETEXTUALIZAÇÃO do oral para o escrito e do escrito para o oral 
Eixo 4: Leitura 
Definir a leitura como eixo central destes Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa implica assumir a relevância 
e a prioridade da tarefa de formação de leitores. 
O Eixo 4 diz respeito ao “ENSINO DA LEITURA”. 
Premissas fundamentais deste documento: 
 A leitura é construção subjetiva de leitores que atuam sobre o texto a partir de um conjunto vasto de 
conhecimentos acumulados e estruturados pela vivência em determinada cultura. 
 O “significado” não está pronto no texto. O texto oferece um conjunto de pistas que guiam a construção de 
sentidos. 
 A leitura é atividade sócio-cognitiva e interacional que implica diálogo mediado pelo texto. 
A tarefa de ensinar a ler não seria incoerente com a natureza subjetiva da leitura, “se o ensino da leitura for entendido 
como o ensino de ESTRATÉGIAS de leitura, por uma parte, e como o desenvolvimento das HABILIDADES 
linguísticas, por outra.” 
(KLEIMAN 1993, p. 49) 
O ensino da leitura deve envolver o exercício sistemático daquilo que faz um leitor proficiente quando lê: 
 Localizar informações. 
 Levantar hipóteses e confirmá-las. 
 Inferir e relacionar informações. 
 Selecionar e refletir sobre recursos linguísticos mobilizados por determinados gêneros. 
 Construir hipóteses sobre os objetivos dos textos. 
 Comparar textos 
Eixo 4 leitura: tópicos estruturantes 
1) Gêneros textuais e suas funções comunicativas- Expectativas de Aprendizagem relativas à competência do 
leitor em avaliar elementos da agenda comunicativa do texto para produzir sentido. 
2) Procedimentos de leitura em diferentes discursos- Expectativas de Aprendizagem relativas a procedimentos 
gerais de leitura mobilizados pelos leitores. 
3) Organização temática- Expectativas de Aprendizagem relativas ao reconhecimentos das relações entre as partes 
de um texto. 
4) Tipologias- Expectativas de Aprendizagem relativas ao reconhecimento da organização estrutural dos 
gêneros/tipos textuais e dos recursos linguísticos implicados em sua construção. 
Eixo 5: Escrita 
As práticas de escrita devem ser pensadas na perspectiva dos “gêneros textuais”. Os estudantes devem: 
 Vivenciar situações comunicativas mediadas pelo texto escrito. 
 Reconhecer as especificidades dos contextos comunicativos e a forma como estas determinam escolhas 
sintáticas e lexicais. 
 Apropriar-se, como leitor e como escritor, de um repertório de gêneros, reconhecendo sequências tipológicas, 
elementos estruturais e recursos coesivos próprios de determinados gêneros. 
Abordar a escrita na perspectiva dos gêneros textuais requer a criação, no espaço da sala de aula, de situações reais 
de comunicação, nas quais a linguagem escrita se constitua uma forma de interação entre os sujeitos. 
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental a produção escrita deve estar vinculada a situações ligadas às esferas da 
vida social mais próximas à criança, nas quais o grau de formalidade é pequeno. Progressivamente, esse repertório 
amplia-se, abrangendo esferas distantes do cotidiano e que exigem maior grau de formalidade. 
Eixo 6: Estéticas Literárias e seus contextos sócio-históricosPara além da memorização mecânica de regras gramaticais ou das características de determinado movimento 
literário, o aluno deve ter meios para ampliar e articular conhecimentos e competências 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
VYGOTSKY, L. S – Teorias da aprendizagem 
As funções psicológicas superiores (percepção, atenção, memória, capacidade de solucionar problemas) modificam-
se pelo processo de internalização das instruções 
A importância da linguagem se dá porque a mediação se faz através de signos; 
A apropriação da linguagem do grupo social pelo sujeito supõe, também, que este internalizará concepções e 
significados partilhados dentro do grupo em que se encontra. 
O aprendizado tem papel vital no processo de desenvolvimento cognitivo. Ou seja, a aprendizagem vem “antes” do 
desenvolvimento. 
Nível de desenvolvimento real: diz respeito a funções já consolidadas, amadurecidas. 
Aquilo que o indivíduo já aprendeu, domina e consegue fazer por si só. 
Nível de desenvolvimento potencial: refere-se às funções potenciais, ou seja, aquilo que pode “vir a ser”, que o 
indivíduo poderá aprender. 
Zona de desenvolvimento Proximal: 
É definida como “ distância entre o n.d.r. e o n.d.p. As funções da zona proximal ainda estão em estado embrionário. 
Internalização: Um processo interpessoal (social/cultural) é transformado em um processo intrapessoal (individual). 
Mediação, em termos genéricos, é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação 
deixa de ser direta para ser mediada por esse elemento; a presença de elementos mediadores introduz um elo a mais 
nas relações entre o sujeito e o meio, tornando-se a relação mais complexa. 
 
 
 
MANTOAN, M. T. E. 
A escola é marcada pelo fracasso e pela evasão de uma parte significativa de alunos marginalizados, vítima dos pais, 
professores, das condições em que vivem. Na inclusão o autoconhecimento é importante e a baixa auto-estima não 
gera uma inclusão e sim uma diferenciação. A escola precisa incluir em todos os sentidos e não atribuir aos alunos as 
deficiências que são do próprio ensino. Precisa-se avaliar o modo como a escola ensina. 
A inclusão se justifica por meio de três questões, a identidade x diferença, a questão legal e a questão das 
mudanças. Embora a inclusão seja uma prática recente e ainda incipiente em nossas escolas, questiona a ética que 
ilumina nossas ações na direção de uma escola para todo. 
A ética, em sua dimensão crítica e transformadora, é que referenda nossa luta pela inclusão escolar. Sua posição é 
oposta à conservadora, porque entende que as diferenças estão sendo constantemente feitas e refeitas, já que vão 
diferindo infinitamente. A identidade de cada um vai sendo construída à medida que se entra em contato com novos 
desafios, novas experiências relacionais. O ser humano esta em constante mudança e ao mudar desconstrói e 
constrói diferenças. 
 
 
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da 
educação inclusiva. Brasília, MEC/SEESP, 2008 
 
Modalidade da educação escolar definida na proposta Pedagógica, que assegura um conjunto de recursos, apoios e 
serviços especializados estruturados para apoiar, complementar, suplementar e, em algumas situações, substituir os 
serviços educacionais comuns, de modo a garantir o processo de ensino e aprendizagem de alunos com 
Necessidades Educacionais Especiais em todos os níveis, etapas e modalidades da educação. 
 Afirma a necessidade de políticas que disponibilize serviços e apoios a uma população real. 
 Reconhece o sujeito enquanto cidadão, com direito à escola inclusiva, sob responsabilidade da União, dos 
Estados e Municípios. 
 Redimensiona o significado e o valor das interações sociais, da existência do “outro”. 
 Aprofunda continuamente o conhecimento histórico – cultural com vistas à emancipação do educando. 
DIVERSIDADE / HETEROGENEIDADE - Presente em qualquer sociedade humana 
Pressupõe: 
 Compromisso com a formação humana. 
 Construção coletiva na efetivação dos direitos humanos. 
 Iniciativas plurilaterais que visem ações afirmativas. 
 Condições formais e reais. 
Educação: 
Uma das possibilidades de transformação social 
TEORIAS DA APRENDIZAGEM 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
12 
 
Direito / Construção Humana 
Deve levar a efetivação de uma visa com qualidade para todas as pessoas 
Apropriação de conhecimentos sistematizados historicamente. 
 
Diretrizes da Educação Especial 
 Define os educandos com necessidades educacionais especiais como sendo os que apresentam: 
 “dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o 
acompanhamento das atividades curriculares”; vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a 
condições, disfunções, limitações ou deficiências; “dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos 
demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis”; “altas habilidades / superdotação, 
grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes”. 
Estabelece que a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos deve ser realizada pela 
escola, com assessoramento técnico, mediante sua avaliação no processo de ensino e aprendizagem. 
 Reitera que o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ocorrer em classes 
comuns, indicando que as escolas comuns devem garantir: 
Professores comuns capacitados e professores de educação especial especializados; flexibilizações e adaptações 
curriculares; serviços de apoio especializado realizado nas classes comuns (“mediante: colaboração de professor 
especializado em educação especial, atuação de professores-intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis e 
atuação de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à comunicação”); extraordinariamente, 
classes especiais em caráter transitório, além de condições para reflexão e elaboração teórica da educação 
inclusiva. 
Estabelece, ainda, que o atendimento pode se dar, extraordinariamente, em escolas especiais públicas e privadas, 
em classes hospitalares e no domicílio. 
Refere-se à responsabilidade dos sistemas públicos de ensino pela “garantia do atendimento às necessidades 
educacionais especiais de seus alunos, observados os princípios da educação inclusiva” 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS LEI ORGÃNICA DO MUNICÍPIO DE 5 DE ABRIL DE 1990 Capítulo IV – Seção I – Da 
Educação - Artigos 311 a 330). 
Da Educação, da Cultura, do Esporte 
Seção I – da Educação 
Art. 312. Ao Poder Público Municipal compete, prioritariamente, a manutenção e a universalização do ensino 
fundamental e pré-escola e a organização de programas destinados à erradicação do analfabetismo. 
Art. 313. O Município organizará o seu sistema municipal de ensino abrangendo todos os níveis em que atuar e 
coordenado por uma Secretaria própria, que terá como órgão deliberativo superior o Conselho Municipal de 
Educação. 
Art. 314. Nenhuma sala de aula poderá abrigar mais que trinta e cinco alunos. 
Parágrafo Único - As salas de aula provisórias não poderão ser utilizadas por mais de um ano letivo. 
Art. 315. Ao Poder Público Municipal compete a elaboração do Plano Municipal de Educação, que terá como objetivo 
prioritário assegurar: 
I- ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria; 
II- atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos; 
III- atendimento ao educando através de programas suplementares de material didático escolar, alimentação e 
assistência à saúde; 
IV- programas de erradicação do analfabetismo. 
Art. 316. O Poder Público Municipal aplicará, anualmente, no mínimo, vinte e cinco por cento da receita resultante de 
impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público e 
gratuito. 
Parágrafo Único - Para efeito de se estabelecer o percentual de aplicação previsto no "caput" desteartigo, não serão 
incluídas as despesas com alimentação e assistência à saúde, mesmo quando efetuadas com recursos do próprio 
Município. 
Art. 317. O Município fará publicar, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre, informações completas e 
detalhadas sobre receitas arrecadadas e transferências de recursos destinados à educação, bem como as despesas 
nesses períodos. 
Art. 318. É vedada a cessão de próprios municipais para funcionamento de estabelecimentos de ensino privado de 
qualquer natureza. 
Art.319. Os convênios ou acordos firmados pelo Município, na área da Educação, só poderão ocorrer com instituições 
desprovidas de finalidade lucrativa, à exceção dos casos de cessão por particulares, de espaço físico e recursos 
materiais e/ou humanos para que o ensino público fundamental ou pré-escolar seja ministrado pela rede municipal). 
LEGISLAÇÃO 
MUNICIPAL 
13 
 
Parágrafo Único - Os convênios, acordos ou outras formas de parceria firmados nos termos do "caput" deste artigo 
deverão ser aprovados pela Câmara Municipal. 
Art. 320. A gestão democrática do ensino far-se-á mediante a instituição do Conselho Municipal de Educação, com 
funções de coordenação, fiscalização e de liberação, constituído na forma da lei. 
Art. 321. Será mantido um plano de carreira para os profissionais de ensino, definido em lei, através de estatuto 
próprio do magistério, condigno com as atividades inerentes à profissão. 
Parágrafo Único – Será remunerado o ensino religioso. 
Art. 322. O Município poderá implantar, dentro de suas possibilidades orçamentárias, nas unidades de ensino, 
classes-pilotos de ensino informatizado através de microcomputadores e de outros meios desenvolvidos pela 
tecnologia da informática educacional. 
Art. 323. O Município manterá programa educacional destinado ao desenvolvimento da educação permanente, na 
forma estabelecida pelo Conselho Municipal de Educação. 
Art.324. As construções de novos prédios escolares, deverão ser acompanhadas de praças de esporte e áreas de 
lazer, exceto as escolas de emergência. 
Art.325. O Poder Público Municipal atuará supletivamente na falta de vagas escolares oferecidas pelo Poder Público 
Estadual aos portadores de deficiência. 
Art. 326. Os alunos das escolas municipais que praticarem atividades esportivas em clubes, associações e entidades 
de reconhecida competência por parte do órgão municipal respectivo poderão requerer dispensa da prática esportiva 
escolar. 
Art. 327. O Município garantirá, dentro do prazo de cinco anos da publicação desta Lei Orgânica, a cada criança 
matriculada na rede de ensino fundamental, um mínimo de cinco horas diárias de permanência na escola. 
Art. 328. O Município perseguirá, por todas as formas, o objetivo de implantar a jornada integral na rede municipal de 
ensino. 
Art. 329. O Município poderá criar uma escola fundamental rural no Distrito de São Francisco Xavier, adaptada ao 
meio e dotada de recursos humanos e materiais indispensáveis à sua permanência e continuidade, como embrião da 
reforma do ensino rural. 
Art. 330. Através de programas especiais de ensino-profissionalizante, o Município deverá promover, em colaboração 
com a sociedade, a qualificação para o trabalho nos setores primário, secundário e terciário da economia. 
 
 
HADJI, Charles - Avaliação 
Avaliação Formativa 
Esta avaliação ocorre ao longo do ano letivo. É através desta avaliação que se faz o acompanhamento progressivo 
do aluno; ajuda o aluno a desenvolver as capacidades cognitivas, ao mesmo tempo fornece informações sobre o seu 
desempenho. 
 Informa sobre os objetivo se estão ou não a ser atingidos pelos alunos; 
 Identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem; 
 Localiza deficiência/dificuldades. 
AVALIAÇÃO MEDIADORA: intervir nas aprendizagens realizadas pelos alunos 
Avaliação diagnóstica- verificar o seguinte: 
 Identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos; 
 Constata deficiências em termos de pré-requisitos; 
 Constata particularidades. 
Avaliação somativa /CLASSIFICATÓRIA 
Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre/trimestre, do curso, do ano letivo, segundo níveis de 
aproveitamento. Tem a função classificadora (classificação final). 
 
 
Conceito de infância; 
O Imaginário infantil; 
Criança- sua essência, isto é, ela mantém suas fantasias e sua necessidade de brincar. 
A sociedade pós-moderna lida com a perda da experiência infantil formativa e a queda de valores sociais, morais, 
históricos, artísticos e educacionais. - Em contrapartida, consolida-se o capitalismo. 
A criança: o desenvolvimento da identidade e da autonomia 
A infância torna-se incompleta, a criança menos criativa e menos espontânea. Suas brincadeiras tornam-se cada vez 
mais mecanizadas e suas diversões mais virtuais. 
AVALIAÇÃO 
CRIANÇA - BRINCAR 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Obst%C3%A1culos&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Defici%C3%AAncia/dificuldades&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Avalia%C3%A7%C3%A3o_diagn%C3%B3stica&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pr%C3%A9-requisitos&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Particularidades&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Avalia%C3%A7%C3%A3o_sumativa&action=edit&redlink=1
14 
 
O brincar e o brinquedo 
Compreender a criança é, necessariamente, observá-la e interpretar seus atos. Nesta perspectiva, os atos infantis 
são relevantes para comunicar os sentimentos da criança. 
Através do brincar, a criança emite sinais que, se forem observados, comunicarão muitas coisas aos adultos. 
“Não há dúvida que o brincar significa sempre libertação. Rodeadas por um mundo de gigantes, as crianças criam 
para si, brincando, o pequeno mundo próprio.” (BENJAMIN, 2002, p.85) 
A criança como uma pessoa participante do contexto sócio- histórico-cultural. Ele vê a criança como um ser criativo e 
dinâmico. 
 
 
BRASIL LEI Nº 10639/03 DE 9 DE JANEIRO 
BRASIL LEI Nº 11645/08 DE 10 DE MARÇO DE 2008 Altera a Lei nº 9.394, 
Leis 10.639/03 ((dispõe sobre a História e Cultura Afro-Brasileiras) e 11.645/08 são simbolicamente uma correção do 
estado brasileiro pelo débito histórico em políticas públicas em especiais para a população negra e indígena 
 Denúncia da realidade de exploração na qual vivem milhões de agentes históricos 
 Os jovens, adultos e idosos não alfabetizados, as populações indígenas, populações remanescentes de 
quilombos, agricultores familiares, acampados e assentados da reforma agrária, povos tradicionais assalariados 
rurais temporários, dentre outros e diferentes sujeitos, passam a ser reconhecidos como opção preferencial das 
políticas públicas. 
Questão da herança negra: 
O resgate da memória coletiva e da história da comunidade negra não interessa apenas aos alunos de ascendência 
negra 
Diversidade na unidade não deve sugerir uma diversidade hierarquizada em culturas 
 
BRASIL PARECER N.º: CNE/CP 003/2004 DE 10/3/2004 
Estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e traz orientações de 
como a lei 10.639/2003 deve ser implementada. Este Parecer é pertinente às Diretrizes Curriculares para a Educação 
das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, e visa regulamentar a 
alteração ocasionada à Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pela Lei 10639/2003 que 
estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica. Desta 
forma, busca cumprir o estabelecido na Constituição Federal nos seus Art. 5º, I, Art. 210, Art. 206, I, § 1° do Art. 242, 
Art. 215 e Art. 216, bem como nos Art. 26, 26 A e 79 B na Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
que asseguram o direito à igualdade de condições de vida e cidadania, assim como garantem igual direito às histórias 
e culturas que compõem a nação brasileira além dodireito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos 
brasileiros. 
Constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o planejamento. 
 Execução e avaliação da Educação 
 Meta: promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica 
do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção de nação democrática 
 Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, atitudes, 
posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial 
 Tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos 
legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira. 
 O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da 
identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de 
valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias, asiáticas. 
 
BIANCHETI, Lucídio 
1. Os seres humanos, ao longo de sua história, vêm tratando o corpo irracionalmente; 
2. A irracionalidade não é fortuita, ou seja, ela é padronizada de acordo com critérios historicamente estabelecidos; 
3. A análise de como os homens vêm suprindo suas necessidades básicas é a chave para a compreensão da história 
da humanidade; 
 4. Para compreender o lugar que ocupa a diferença e a necessidade de educação para os diferentes, é necessário 
inseri-los no processo de produção da existência humana. 
O trabalho é inerente ao ser humano. Através do trabalho o homem produz e reproduz as condições de sua 
existência, transformando a natureza e a si mesmo. O homem se humaniza através do trabalho. O processo de 
humanização, que ocorre por meio das relações sociais, pressupõe a superação das próprias limitações e o 
desenvolvimento das capacidades individuais. Esse processo se dá por meio da educação. 
DIVERSIDADE 
 
15 
 
A educação planejada e sistematizada é condição para o desenvolvimento de todas as pessoas, inclusive as com capacidades especiais. 
 
TORRES, Carlos Alberto. 
Foca principalmente nos assuntos de igualdade e eficiência na educação infantil, ensino fundamental e médio. 
Foca também no impacto da globalização na vida dos professores de diversas regiões do mundo. 
Mais do que transmitir saberes, o professor deve orientar a comparação das imagens e dos valores dominantes com 
a realidade local. 
Estabeleça um diálogo com meninos e meninas naquilo que eu chamo de "dialética do local e do global". Trata-se de 
comparar imagens, influências e valores globalizados com o contexto local, discutindo se são válidos ou não em cada 
realidade. 
Um dos grandes dilemas do momento é que a escola não pode mais apenas reproduzir conhecimento, como fazia até 
pouco tempo atrás. Agora a escola tem de ser um lugar de produção de conhecimento. 
Primeiro, ele deve saber que o conhecimento é uma construção coletiva, que nasce das interações na sala de aula. 
Segundo, precisa ter competência técnica e possuir as ferramentas para fazer os alunos avançar. 
O processo de conhecimento tem um aspecto diretivo, ou seja, precisa ser orientado, conduzido. Parte-se sempre do 
saber dos alunos, que carrega uma riqueza muito grande mas precisa ser reorganizado, decodificado, reconstruído 
pelo contato com outros conhecimentos e outras ciências. 
Colaborar no processo de tradução não apenas de conhecimentos, mas também de culturas e de identidades. O 
multiculturalismo é uma característica que se intensificou com a globalização. 
 
 
DARCY RIbeiro - Povo Brasileiro 
Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a 
mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Essa massa de nativos 
viveu por séculos sem consciência de si... Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-nacional, a de 
brasileiros. 
Ao longo da costa brasileira se defrontaram duas visões de mundo completamente opostas: a selvageria e a 
civilização. Concepções diferentes de mundo, da vida, da morte, do amor, se chocaram cruamente. Aos olhos dos 
europeus os indígenas pareciam belos seres inocentes, que não tinham noção do "pecado". Mas com um grande 
defeito: eram "vadios", não produziam nada que pudesse ter valor comercial. Serviam apenas para ser vendidos 
como escravos. Com a descoberta de que as matas estavam cheias de pau-brasil, o interesse mudou... Era preciso 
mão de obra para retirar a madeira. 
Há duas contribuições fundamentais nesse encontro: uma mestiçagem do corpo e uma mestiçagem da cultura. 
 
 
 
 
 
 
ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. 
A alfabetização cartográfica ocorre com a transposição didática da cartografia básica e da cartografia temática com o 
intuito de formar alunos leitores de mapas. 
O desenvolvimento destas noções contribui para a desmistificação da cartografia como apresentadora de mapas 
prontos e acabados. O objetivo das representações dos mapas e dos desenhos é transmitir informações e não 
simplesmente objeto de reprodução. 
O avanço dos níveis de leitura de mapas e gráficos permite ao leitor tornar-se reflexivo e crítico: ver o problema, 
analisá-lo e investigar caminhos para sua solução. Criar circunstâncias desafiadoras para que ocorram avanços nos 
níveis de leitura é um dos objetivos da “Alfabetização Cartográfica”. 
Compreender que o mapa é uma representação do real, modelo de comunicação que se vale de um sistema 
semiótico complexo, onde a informação é transmitida por meio de uma linguagem que se utiliza de três elementos 
básicos: sistemas de signos, redução e projeção. 
 Trabalhar com representações do espaço para além dos mapas: 
 Croquis, gráficos, desenhos. 
Almeida e Passini (1999) defendem que somente aos 11-12 anos é que a criança começa a entender o espaço 
concebido. A partir dessa fase a criança compreenderá, por exemplo, a área representada em um mapa. 
 A linguagem cartográfica permite: 
 Entender as diferentes territorialidades organizadas e definidas pelas sociedades humanas, espacializando os 
fenômenos naturais ou culturais ocorridos, estabelecendo a relação da Cartografia com a Geografia; a apreensão e 
compreensão da distribuição espacial dos fenômenos, contemplando as especificidades do objeto de estudo da 
Geografia 
 
GEOGRAFIA E HISTÓRIA E CIÊNCIAS 
16 
 
CERRI, Luis Fernando. Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. 
O aprendizado histórico pode ser definido como um processo de interpretação de experiências, orientadas no tempo, 
que resulta na produção de narrativas. Tais narrativas responderiam às necessidades da vida humana prática, 
constituindo a base para a formação de identidades e a elaboração de decisões a serem tomadas tendo como 
perspectiva o futuro. 
A ação de dar um sentido temporal às experiências constitui o conceito de Consciência Histórica, que é central para a 
análise no âmbito da Didática da História. 
“Teoricamente, a didática da história tem de conceituar consciência histórica como uma estrutura e processo de 
aprendizado”. 
Dessa maneira, podemos dizer que o aprendizado histórico ao mesmo tempo parte de uma consciência histórica 
prévia e, no seu desenvolvimento, possibilita transformações no interior dessa mesma consciência histórica. 
O resultado desse processo, que envolve o aprendizado e a consciência histórica, é a constituição de uma cultura 
histórica. 
A cultura histórica é o conjunto de manifestações da consciência histórica e é apresentada sob a forma de narrativas 
que são comunicadas nos diversos meios nos quais a história é utilizada: na mídia, no ensino, no cinema, na política 
etc. 
É essa forma acabada de interpretação histórica, que a cultura histórica representa, que está na base da formação 
identitária de uma sociedade e orienta oagir humano em relação à ideia de futuro. 
 
CHASSOT, A. Alfabetização Científica: uma possibilidade para a inclusão social 
CONCEITO DA ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA Segundo Chassot (2002), o significado ampliado da expressão ser 
alfabetizado cientificamente é saber ler a linguagem em que está escrita a natureza. 
A alfabetização científica, constitui-se como uma das grandes linhas de investigação no ensino de ciências. 
Este movimento relaciona-se à mudança dos objetivos do ensino de ciências, em direção à formação geral da 
cidadania, tendo hoje papel importante no panorama internacional, estando estreitamente relacionado à própria crise 
educacional e a incapacidade da escola em dar aos alunos os elementares conhecimentos necessários a um 
indivíduo cientificamente alfabetizado. 
A área de ciências naturais é, como todas as demais áreas do conhecimento na escola, uma construção humana e 
sendo entendida desta maneira é possível perceber suas idas e vindas na história, seus erros e acertos, suas 
tentativas de solução e destruição da vida humana e seduções ao capitalismo, gerando maiores lucros, etc. 
A alfabetização científica é importante na medida em que – juntamente a outros conhecimentos importantes – 
empodera o ser humano para viver e atuar no mundo. Serve então para entender o funcionamento do mundo e das 
coisas do mundo e, detentor deste conhecimento, atuar de maneira crítica. Por isso a alfabetização científica deve ser 
acompanhada de uma formação humana crítica, no mundo. 
 
 
PCN História/Geografia 
Consideramos que a leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade, possamos 
exercitar nossa cidadania. Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço.. 
Ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes 
distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. 
Aprender a pensar o espaço. E, para isso, é necessário aprender a ler o espaço, “que signif ica criar condições para 
que a criança leia o espaço vivido. 
Superar aquela Geografia chamada tradicional, caracterizada pela enumeração de dados geográficos e que trabalha 
espaços fragmentados, em geral opera com questões desconexas, isolando-as no interior de si mesmas, em vez de 
considerá-las no contexto de um espaço geográfico complexo, que é o mundo da vida. É preciso trabalhar com a 
possibilidade de encontrar formas de compreender o mundo, produzindo um conhecimento que é legítima. 
O importante é poder trabalhar, no momento da alfabetização, com a capacidade de ler o espaço, com o saber ler a 
aparência das paisagens e desenvolver a capacidade de ler os significados que elas expressam. 
Um lugar é sempre cheio de história e mostra o resultado das relações que se estabelecem entre as pessoas, os 
grupos e também das relações entre eles e a natureza. 
Partindo do lugar, considerando a realidade concreta do espaço vivido. É no cotidiano da própria vivência que as 
coisas vão acontecendo e, assim, configurando o espaço, dando feição ao lugar. Um lugar que “não é apenas um 
quadro de vida, mas um espaço vivido, isto é, de experiência sempre renovada, o que permite, ao mesmo tempo, a 
reavaliação das heranças e a indagação sobre o presente e o futuro. A existência naquele espaço exerce um papel 
revelador sobre o mundo. 
Ao ler o espaço, a criança estará lendo a sua própria história, representada concretamente pelo que resulta das 
forças sociais e, particularmente, pela vivência de seus antepassados e dos grupos com os quais convive atualmente. 
Desse modo, fazer a leitura da paisagem pode ser uma forma interessante de desvendar a história do espaço 
considerado, quer dizer, a história das pessoas que ali vivem. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consci%C3%AAncia_Hist%C3%B3rica
17 
 
História 
O saber histórico escolar, na sua relação com o saber histórico, compreende de modo amplo, a delimitação de três 
conceitos fundamentais: o fato histórico, de sujeito histórico e de tempo histórico. Os contornos e as definições que 
são dadas a estes três conceitos orientam a concepção histórica, envolvida no ensino da disciplina. Assim, é 
importante que o professor distinga algumas dessas possíveis conceituações. 
O ensino de História nas Séries Iniciais deve promover a reflexão do aluno além de motivá-los a conhecer a história 
do mundo e do povo do qual fazem parte. 
É necessário dinamizar conceitos como, o fato histórico: uma reflexão sobre a atividade cotidiana; o tempo histórico: 
suporte para uma avaliação sobre o tempo e finalmente, uma observação e avaliação sobre as ações cotidianas que 
identificam o sujeito histórico, partindo da premissa do cotidiano da criança. 
 
PCN – Séries finais 
É necessário dinamizar conceitos como, o fato histórico: uma reflexão sobre a atividade cotidiana; o tempo histórico: 
suporte para uma avaliação sobre o tempo e finalmente, uma observação e avaliação sobre as ações cotidianas que 
identificam o sujeito histórico, partindo da premissa do cotidiano da criança. 
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, 
a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação; 
conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,materiais e culturais como meio para construir 
progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País. 
O ensino de História também tem como objetivo estabelecer relações entre identidades individuais, sociais e 
coletivas. 
A criança deve perceber que é um ser único, capaz de ser agente da História, ao mesmo tempo em que faz parte de 
um grupo, seja da sua comunidade, da sua cidade. 
Para que isso ocorra, três aspectos são importantes: 
 Constituição da identidade social situar a relação entre o particular e o geral; 
 Construção das noções de diferenças e semelhanças compreensão do eu e do outro. 
 Construção das noções de continuidade e permanência percepção que o eu e o nós somos distintos dos outros 
povos de outros tempos.. 
Conhecer o “outro” e o “nós” significa comparar situações e estabelecer relações e, nesse processo comparativo e 
relacional, o conhecimento do aluno sobre si mesmo, sobre seu grupo, sobre sua região e seu país aumenta 
consideravelmente. 
Leitura de diferentes obras humanas que permitam que o aluno perceba as semelhanças e diferenças no modo de 
vida social, cultural e econômico de sua localidade. 
No primeiro ciclo, os alunos iniciem seus estudos históricos no presente, mediante a identificação das diferenças e 
das semelhanças existentes entre eles, suas famílias e as pessoas que trabalham na escola. Com os dados do 
presente, a proposta é que desenvolvam estudos do passado, identificando mudanças e permanências nas 
organizações familiares e educacionais. 
No segundo ciclo, permanecem as mesmas preocupações do primeiro, com a diferença de que o aluno já consegue 
dominar melhor a escrita. 
O trabalho continuará baseado na vivência do aluno e naquilo que o cerca. 
 
 
PCN de Ciências 
Persiste uma tendência que os aborda de modo estanque nas disciplinas científicas, tais como se consagraram há 
mais de um século, e de forma caricatural. 
 Papel do professor para a aprendizagem da área; 
 Papel do ensino de Ciências na formação do aluno; 
 A atitude investigativa como conteúdo de ensino; 
 Análise comparativa de diferentes situações didáticas; 
 Elaboração de atividades significativas 
 1º/2º Ciclos Blocos Temáticos: - Ambiente - Ser Humano e Saúde - Recursos Tecnológicos Orientações 
Didáticas: - Problematização - Busca de informações em fontes variadas (observação, experimentação e leitura) - 
Sistematização de Conhecimentos - Projetos; 
 Ciências Naturais – 3º/4º Ciclos Eixos Temáticos: - Terra e Universo - Vida e Ambiente - Ser Humano e Saúde - 
Tecnologia e Sociedade Orientações Didáticas: - Unidades e Projetos - Temas de Trabalhoe Integração de 
Conteúdos - Problematização - Busca de informações em fontes variadas (observação, experimentação, trabalhos de campo, TIC 
e leitura) - Sistematização de Conhecimentos. 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal 
O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos 
integrantes do campo da atividade humana. 
 A riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas porque são inesgotáveis as possibilidades da 
atividade humana. 
 Cabe salientar a extrema heterogeneidade dos gêneros do discurso (orais e escritos), nos quais devemos incluir 
as breves réplicas do diálogo do cotidiano, o relato do dia-a-dia, a carta, o comando militar, etc. 
Os enunciados são individuais, porém moldados pelos gêneros do discurso. 
Para cada esfera de utilização da língua, temos tipos relativamente estáveis de enunciados, determinados sócio-
historicamente que são denominados gêneros do discurso. 
Podemos utilizar um infindável número de gêneros tantos orais ou escritos que nos são dados, em princípio, “quase 
da mesma forma com que nos é nos é dada a língua materna‖ 
Gêneros  organizam a nossa fala e as estruturas gramaticais 
ENUNCIADO: 
Unidade de comunicação verbal. 
Unidade concreta real da comunicação discursiva 
 Alternância de sujeitos (locutores) 
 Pode ser realizada através de uma palavra ou oração 
 Tem um destinatário 
 Considera o outro (enunciado) ou discurso 
 Tem começo e fim absolutos (dentro dos gêneros de discurso), determinados pela alternância de sujeitos 
falantes, no discurso oral 
 Tem um acabamento (intuito discursivo) que possibilita se adotar uma atitude responsiva; adequado a um gênero 
de discurso 
 É seguido de uma pausa real e promove uma atitude responsiva. 
 Diálogo: forma clássica de comunicação discursiva (oral ou escrito) 
 Pode ser criativo (dentro dos gêneros do discurso) (receita culinária X artigo opinativo) 
 Contém ecos de outros enunciados 
 Atitudes emotivo-valorativas 
Elementos que determinam a inteireza ou conclusibilidade do enunciado 
 O tratamento do tema – alguns campos de conhecimento mais padronizados e outros mais livres. 
 O intuito discursivo – a liberdade de concluir do sujeito e a percepção desta pelo ouvinte. 
 O gênero: que depende da esfera de ação, do conteúdo temático, das condições de produção e da composição 
dos participantes 
A segunda fase: determina a composição e o estilo  necessidade de expressividade do autor (emoção, juízo de 
valor) 
Estilo (expressividade: é um dos elementos constitutivos do enunciado. 
Expressar a relação emotivo-valorativa do locutor com o objeto de seu estudo (formal,irônico , etc) 
A expressividade marcada pela relação a outros enunciados. 
O estilo é individual e ao mesmo tempo coletivo: eco gêneros do discurso: 
Intuito discursivo ajusta-se ao gênero 
Segundo Bakhtin (2000, p.279-287), gêneros do discurso são “tipos relativamente estáveis de enunciados” (grifo do 
autor) elaborados nas diferentes esferas de utilização da língua. Tomados como enunciados concretos (orais e 
escritos) refletem as condições específicas e as finalidades de cada esfera pelo conteúdo temático, pelo estilo verbal 
e pela construção composicional. 
 A utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos 
integrantes de uma ou de outra esfera da atividade humana. 
 O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu 
conteúdo (temático) e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua — recursos lexicais, 
fraseológicos e gramaticais —, mas também, e, sobretudo, por sua construção composicional. Esses três elementos 
(conteúdo temático, estilo e construção composicional) fundem-se indissoluvelmente no todo do enunciado, e todos 
eles são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação. 
 Qualquer enunciado considerado isoladamente é, claro, individual, mas cada esfera de utilização da língua 
elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que chamamos gêneros do discurso, 
Entendemos como domínio discursivo uma esfera da vida social ou institucional [...] na qual se dão práticas que 
organizam formas de comunicação e respectivas estratégias de compreensão. Assim, os domínios discursivos 
produzem modelos de ação comunicativa que se estabilizam e se transmitem de geração para geração com 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
19 
 
propósitos e efeitos definidos e claros. Além disso, acarretam formas de ação, reflexão e avaliação social que 
determinam formatos textuais que em última instância desembocam na estabilização dos gêneros textuais. 
 
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. et col. Gêneros orais e escritos na escola 
As práticas de linguagem são consideradas aquisições acumuladas pelos grupos sociais no curso da história. Numa 
perspectiva interacionista, são, a uma só vez, o reflexo e o principal instrumento de interação social. É devido a essas 
mediações comunicativas, que se cristalizam na forma de gêneros, que as significações sociais são 
progressivamente reconstruídas. Disso decorre um princípio que funda o conjunto de nosso enfoque: o trabalho 
escolar, no domínio da produção da linguagem, faz-se sobre os gêneros, quer se queira ou não. Eles constituem o 
instrumento de mediação de toda estratégia de ensino e o material de trabalho, necessário e inesgotável, para o 
ensino da textualidade. A análise de suas características fornece uma primeira base para organizar as atividades de 
ensino que esses objetos de aprendizagem requerem. 
Noção de gênero: a concepção de texto como unidade de sentido em uma dada situação comunicativa e constituído 
pelos fatores de textualidade, ou seja, marcado pela coesão e coerência. 
Quantidade e diversidade de gêneros: vêm descritos por Dolz e Schneuwly (2004, p. 49): 
 prepará-los para dominar a língua em situações variadas, fornecendo-lhes instrumentos eficazes; 
 ajudá-los a construir uma representação das atividades de escrita e de fala em situações complexas, como 
produto de um trabalho e de uma lenta elaboração. 
Opção de trabalhar com gêneros; 
a) criar a oportunidade de oferecer diferentes vias de acesso à escrita; 
b) diversificar e trabalhar a construção por confronto; 
c) exercitar numerosas operações de linguagem; 
d) atender às finalidades sociais do ensino já que a diversificação desenvolve a capacidade em domínios bem 
diversos. 
Os princípios da progressão organizada em torno dos agrupamentos de gêneros são os seguintes: 
 progressão “em espiral”; 
 distribuição dos gêneros de acordo com o nível de escolaridade. 
 
GÊNERO 
Características 
Formas do uso da linguagem sócio-historicamente cristalizadas, oriundas de necessidades produzidas em diferentes 
esferas da comunicação humana, adequadas ao contexto. 
Apresentam uma economia cognitiva e comunicativa nos processos de troca verbal 
Mudanças da língua passam pelos gêneros do discurso (exemplo Internet) 
Cada situação social origina um gênero, com suas características que lhe são peculiares. Portanto, os gêneros são 
infinitos e ligados às novas esferas de atividade humana. 
Sofrem modificações em conseqüência do momento histórico ao qual estão inseridos (cartas X emails) 
Qualquer utilização da língua efetua-se em forma de enunciados orais e escritos resultantes das esferas de 
atividades humanas, que comporta um certo repertório de gêneros. 
 
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre Alfabetização 
Crianças têm um papel ativo no aprendizado. 
Elas constroem o próprio conhecimento - daí a palavra construtivismo 
Transferir o foco da escola - e da alfabetização em particular - do conteúdo ensinado para o sujeito que aprende, ou 
seja, o aluno processo de conhecimento por parte da criança deve ser gradual 
Utilizar esses esquemas internos, e não simplesmente repetir o que ouvem, que as crianças interpretam o ensino 
recebido 
Emilia Ferreiro critica a alfabetização

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