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Pênfigo Vulgar Aluno: Vinicius Vilela Silva Turma: 1º Período de medicina 2020.2 Pênfigo Vulgar Entende-se como Pênfigo a designaçao de um conjunto de entidades patologicas de etiologia auto-imune, de incidência rara, caracterizada pela formação de bolhas intraepiteliais na pele e em mucosas, clinicamente, apresentam-se como erosões e ulcerações superficiais, distribuídas ao acaso na mucosa bucal. Tendo o Pênfigo Vulgar como o mais comum dos tipos de penfigos, visto que existe quatro principais tipos: foiláceo, eritematoso, vulgar e vegetante. O Pênfigo Vulgar caracteriza-se pela formaçao de vesículas, cujo diâmetro é variavel, de ocorrencia superficial ou profunda, de conteúdo seroso claro, purulento ou sanguinolento, uma vez que rompidas, originam erosões superficiais irregulares, com coloração avermelhada. https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/d oencas-e-problemas/penfigo/17/ Estrutura Celular envolvida: Desmossomos O desmossomo é um tipo de especialização da membrana plasmática. A sua função é manter as células unidas umas às outras. São encontrados em vários pontos da superfície da membrana plasmática de células epiteliais da pele e do músculo cardíaco. Eles são visualizados como placas isoladas, e possuem o formato de uma placa circular e unem-se em outra estrutura idêntica na superfície da célula mais próxima. Podemos comparar os desmossomos a um botão de pressão, formado por duas metades complementares que se encaixam, uma em cada célula. Assim, ao unirem-se juntam células adjacentes. Tecidos envolvidos? Epitelial Conjuntivo Tecidos Tecido Epitelial A presença de anticorpos contra as ligações intercelulares epiteliais pavimentosas, se ligam principalmente em proteínas de superfície dos queratinócitos e são predominantemente do tipo IgG1 e IgG4. Eles reagem contra componentes dos complexos desmossomo-tonofilamento epiteliais. Os sítios moleculares específicos das subclasses de glicoproteínas de superfície são identificados como sendo a desmogleína 3 e desmogleína 1, duas das várias proteínas da família desmossômica cadherina (Dsg1 e Dsg3) (Fig. 1). As referidas proteínas, quando destruídas, provocam a desintegração ou perda da aderência celular, produzindo assim a separação das células epiteliais conhecida como acantólise, com consequente formação de bolhas ou vesículas intraepiteliais. Tecido Conjuntivo Presença de fenda intraepitelial (acantólise) e tecido conjuntivo com infiltrado inflamatório crônico, que pode ser leve a moderado. células de Tzank), que são muito importantes no diagnóstico através de citologia, ajudam no diagnóstico. Mecanismo Celular da doença O sistema imunológico, que normalmente protege o corpo contra invasores estranhos, ataca por engano as células do próprio organismo, neste caso, da pele. Os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico atacam as proteínas específicas que unem as células epidérmicas (as células da camada superior da pele) entre si. Quando essas uniões são interrompidas, as células separam-se das camadas inferiores da pele e formam-se bolhas. Bolhas de aspecto parecido ocorrem no penfigoide bolhoso, um distúrbio da pele menos perigoso. Manifestações clinicas mais comuns O Pênfigo Vulgar geralmente começa com bolhas na boca e depois na pele. As bolhas às vezes afetam as membranas dos órgãos genitais. É responsável por provocar bolhas dolorosas na pele e membranas mucosas. O sistema imune equivocadamente ataca seus tecidos saudáveis, agravando ainda mais o quadro o afetado. Tratamento Corticosteroides (por via oral ou intravenosa) Antibióticos e compressas protetoras para bolhas rompidas Com frequência, imunossupressores ou imunoglobulina para reduzir o uso de corticosteroides As pessoas com a doença moderada ou grave são hospitalizadas. Num hospital, a superfície da pele em carne viva requer uma atenção especial, semelhante aos cuidados de pessoas com queimaduras graves. Pode ser necessário administrar antibióticos para tratar as infecções nas bolhas rompidas. Curativos podem proteger as áreas com supuração e em carne viva. Altas doses de corticosteroides são a base do tratamento. São administrados por via oral ou, se a pessoa estiver hospitalizada, por via intravenosa. Se a doença for controlada, a dose de corticosteroides é reduzida aos poucos. Pessoas com pênfigo vulgar grave também podem ser submetidas a troca de plasma, um processo no qual os anticorpos são filtrados do sangue. REFERÊNCIAS AMORMINO, S. A. F; BARBOSA, Antônio A. A. M. Pênfigo vulgar: revisão de literatura e relato de caso clínico. Periodontia, v. 20, n. 2, p. 47-52, 2010. BERNABÉ, D. G, et al. Tratamento do pênfigo vulgar oral com corticosteróides tópico e sistêmico associados a dapsona e pentoxifilina. Revista de Odontologia da UNESP, v. 34, n. 1, p. 49-55, 2005. NEVILLE, B.W.; DAMM, D.D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J.E. Patologia Oral e Maxilofacial. Trad.3a Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, p. 972, 2009. WOO, S.B. Atlas de patologia oral. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 456 p. http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com/2014/05/penfigo-vulgar.htmll https://www.saudedica.com.br/penfigo-vulgar-o-que-e-sintomas-e-tratamentos/
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