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Introdução às Neurociências

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Introdução às Neurociências 
Surgimento da relação mente / cérebro: 
- Críticas ao modelo biomédico; 
 O ser humano passa a ser considerado bio-
psico-social. 
- Contradição das ciências da saúde; 
 Ser humano não era visto integralmente, 
excluindo as esferas psíquicas e sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Atuação em equipe; 
- Perspectivas futuras. 
Aspectos históricos: 
 Diógenes de Apolônia (século IV a. C.): 
- Primeiro a oferecer uma explicação unificadora 
para as funções fisiológicas, psíquicas e cósmicas. 
 Alcmeon: (médico, Cotrona, séc IV a.C) 
- Primeiro a associar os pensamentos, emoções e 
cérebro que eram anteriormente associados ao 
coração (teoria cardiocentrica). 
 Hipócrates: (460- 355 a.C.) 
- Considerou o cérebro como a sede da inteligência. 
- As descordenações dos aspectos da inteligência, 
poderiam ser consideradas como doenças mentais 
que eram tidas como possessões. -> Desequilibrariam 
os 4 humores básicos necessários para a estabilidade 
da saúde para eles. 
- Quatro humores ou líquidos corporais: Bile amarela, 
a bile negra, fleuma e o sangue. -> Ocasionava a 
falta da fluidez da saúde. -> Necessidade de 
intervenções (invasivas). 
- Craniotomia: Remoção de uma secção do crânio 
visando a exposição do cérebro para a drenagem. 
 Se desconheciam as possíveis séquelas. (Primeiro 
momento na história que se correlacionava as 
intervenções nas estruturas cerebrais a 
reorganização comportamental.) 
 Platão: (428/7 – 347 a.C) 
- Inatista, racionalista: Ideias inatas, a realidade não 
existia no mundo do objeto apenas no mundo as 
ideias. 
- A medula (Cérebro + medula espinhal) era a parte 
mais importante do corpo. 
- Alma tríplice: Coração - alma afetiva, cérebro – 
alma intelectual e ventre – apetite sexual. 
 Aristóteles: (384 – 322 a.C) 
- Teoria cardiocêntrica; 
- Empirista; 
- Realidade situada no mundo dos objetos; 
- As formas intelectuais de platão são apenas 
derivações de objetos concretos. 
 Pensamos em seres que transformam e são 
transformados o tempo todo. 
 Galeno: (129 – 200 a.C.) 
- Enxerga que o cérebro consegue controlar e se 
comunicar com qualquer parte do nosso corpo, 
para além das inteligências e emoções. 
- Nervos originam-se no cérebro e na medula. 
- Nervos: Condutos que transportavam flúidos 
secretados pelo cérebro e pela medula para a 
periferia. 
 Hoje sabe-se que os dutos na verade são fibras 
axonais nervosas e não são líquidos mas sim produtos 
de trocas iônicas (potenciais de ação). 
 Renné Descartes: (1596 – 1650) 
- Alma: Substância consciente do pensamento; 
- Alma – indivisível / corpo divisível; 
- Alma interagia com o corpo através da glândula 
pineal (escolhida por ser uma das poucas partes não 
duplicadas do cérebro. 
 
 
Não podemos excluir a esfera bio e 
supervalorizar a psico-social, seria fazer uma 
psicologização das leituras e das 
interpretações a cerca do ser humano. Seria 
se contradizer, já que lutamos contra a 
valorização extrema da esfera bio e o 
reconhecimento igualitário da psico-social. 
 Isso não é o mesmo que defender o 
determinismo biológico. 
Ser humano ± Aglomerado de células. 
Deve-se considerar igualmente os 
aspectos socias, psicológicos e biológicos. 
 
- Erro de descartes: Acreditava que o corpo era 
como uma máquina, e que se ouvesse erroem 
alguma peça, a intervenção seria apenas naquela 
peça. -> O ser humano é um ser indivisível. 
 
 
 
 
Primeiros estudiosos nessa direção: 
 Franz Joseph Gall (1758 – 1828): 
- Considerado um dos percursores da 
neuropsicologia; 
- Médico e neuro anatomista alemão; 
- Criador da teoria localizacionista ou frenologia: 
 Mesmo as faculdades mentais mais complexas 
eram resultantes da atividade de regiões específicas 
do cérebro. 
- Tais áreas se expandiriam a partir do 
desenvolvimento da função e poderiam ser 
mensuradas a partir de bossas e cristas na parte 
externa do crânio; 
- Divisão da capacidade: 35 faculdades intelectuais 
e emocionais e o estudo. (Depois ele expandiu para 
64); 
- Alterações cranianas permitiriam estabelecer o 
caráter das pessoas. 
 Pierre Flourens: 
- Oposição à frenologia; 
- Hipótese do campo agregado (globalista); 
- A partir de estudos em laboratório com animais 
buscou demonstrar que as funções complexas eram 
desempenhadas pelo cérebro como um todo. 
- O cérebro funcionava de maneira global 
- Serviu de base para entendermos a capacidade 
do nosso cérebro de se integrar, processando a 
informação de forma seriada e paralela. 
 
 
 
 Jean Paul Broca: (1824 – 1880) 
- Relação entre lobo frontal esquerdo e linguagem. 
(1874) 
- Por meio dos estudos da afasia ele estabeleceu 
essa relação. 
- O caso TAM Ele acompanhava um indivíduo 
que sofreu uma lesão cerebral e que não conseguia 
articular os movimentos necessários para expressão 
da fala e resumia o seu palavreado ao termo “tam”. 
 
- Reconheceu uma das áreas responsáveis pela 
linguagem, mas não todas. 
 
 
 
 Carl Wernick: 
- Relação entre primeiro giro temporal e uma das 
formas de afasia; 
 
 
- Uma das áreas responsáveis por coordenar a 
compreenção da linguagem. 
 
 
 
 
 
 
 
“De que maneira o cérebro regula funções 
complexas, elementos tão únicos?” 
 
Apesar dos equívocos dos iniciais, a 
neuropsicologia avança pelos 
estudos dos seus seguidores. 
Ajudou a chegar aconclusão de que o ser 
humano posuia áreas distintas para processar 
partes da função, ou seja o ser humano 
funciona a partir de sistemas funcionais 
interconectados de forma seriada e paralela. 
 
Pensar em linguagem é pensar em: Expressão, 
compreensão, meta cognição, em repetição e 
processamento mútuo. 
 
Outros estudos evidenciando relações cerebrais e 
funções não-linguísticas: 
 - Panizza: Cegueira X região occipital. 
 
- Caso Phineas Gage: Foi atingido pela explosão 
provocada por uma faísca que Phineas fez pelo 
atrito durante a implantação da pólvora, e uma 
barra de ferro de cerca de um metro e meio de 
comprimento atravessou a cabeça de Gage 
passando pela bochecha esquerda, olho esquerdo 
e lobo pré-frontal de seu cérebro. Mesmo com a 
gravidade do acidente, Phineas Gage 
surpreendentemente sobreviveu, aparentemente, 
sem sequelas porém com acentuada mudança em 
seu comportamento, e por esse motivo se tornou 
objeto de estudos entre os neurocientistas. 
 
O caso de Phineas Gage atualmente é considerado 
uma das primeiras evidências científicas que 
apontavam que lesões nos lóbulos frontais eram 
capazes de alterar as emoções, interações sociais e 
até mesmo a personalidade de um indivíduo. 
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/

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