Buscar

Atividade Discursiva - Modelo Multiportas e Meios Integradores de Resoluções de Conflitos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

MODELO MULTIPORTAS E MEIOS INTEGRADORES DE RESOLUÇÕES DE 
CONFLITOS 
 
ATIVIDADE DISCURSIVA 
 
“A expressão ‘acesso à justiça’ por muito tempo foi entendida apenas como acesso aos 
tribunais, já que a Constituição Federal Brasileira de 1988 prevê a inafastabilidade do 
controle jurisdicional e a garantia da via judiciária. 
Esse entendimento fez surgir a função jurisdicional que dá ao Estado o poder de julgar 
as pretensões apresentadas pela sociedade. 
Isso demonstra que, culturalmente, a tendência da sociedade é adotar uma postura 
adversarial; ou seja, é natural, e quase automático, que todos recorram ao Poder 
Judiciário por meio de uma ação judicial. Hoje se busca a intervenção do Poder 
Judiciário por causas insignificantes, o que acaba abarrotando os Tribunais que, 
congestionados, atendem em passos lentos a expectativa do jurisdicionado. 
Neste cenário cultural de litigiosidade, surge a mediação regulamentada pela Lei de 
Mediação nº 13.140/2015 e pelo Código de Processo Civil (Lei. 13.105/2015) como 
instrumento de mudança dessa cultura, o que exigirá de todos os operadores do direito 
compreensão, assimilação e disseminação desse instituto para a sociedade em geral, 
buscando-se uma prática mais colaborativa para lidar com os conflitos, com foco na 
pacificação social. 
Desse modo, a sociedade contemporânea, cada vez mais complexa, demanda múltiplas 
portas de acesso à justiça, haja vista a sobrecarga do Poder Judiciário e as exigências 
democráticas. Qualquer pessoa poderá optar pela mediação, seja no ambiente 
comunitário, no escolar, no empresarial, no internacional, no familiar, no dos ilícitos, 
bem como no ambiente judicial ou extrajudicial.” 
(Manual Prático de Mediação para Advogados. Disponível em: 
http://www.oabgo.org.br/arquivos/downloads/4733a-cartiha-comissao-de-mediacao-
317141617.pdf Acesso em: 18/02/2020.) 
Considerando que o texto acima descrito têm caráter motivador, redija um texto 
dissertativo sobre a mediação na realidade brasileira, identificando em qual tipo de 
composição de conflitos a mediação se encaixa, as alterações trazidas pelo Código de 
Processo Civil e sobre a mediação online no Brasil. 
 
 Atualmente, o Brasil se apresenta como o país com o maior número de processos na 
Justiça em todo o mundo. Nesse sentido, a instauração de métodos alternativos de solução de 
conflitos provocou uma verdadeira revolução processual, atenuando o cenário de tribunais 
entupidos de ações litigiosas que poderiam ser resolvidas de forma pacífica, sem a 
intervenção direta do Poder Judiciário. 
 Como um dos métodos de solução de conflitos, a mediação tem a finalidade de 
recuperar o diálogo entre as partes. Dessa forma, as partes chegam a um acordo sozinhas, não 
havendo a necessidade de interferência, sendo o mediador apenas o facilitador do encontro. A 
mediação é, geralmente, utilizada em conflitos mais complexos e de relação continuada 
(vínculo anterior entre as partes), como causas de família, vizinhos etc. 
 O Novo Código de Processo Civil (Lei n. 13.140/2015) trouxe grandes alterações para 
a mediação. Entre as principais mudanças está a ampla instigação à autocomposição como 
forma de resolução de conflitos, devendo ser estimuladas pelos juízes, advogados, defensores 
públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo. O CPC/2015 
também prevê a criação de centros judiciários de solução de conflitos, estabelece princípios e 
regulamenta o procedimento da audiência de conciliação e mediação, faculta ao autor da ação 
decidir se quer ou não participar da audiência de conciliação/mediação e recomenda a solução 
consensual nas controvérsias de família. 
 Outra grande inovação que vem ganhando muito espaço no Brasil é a instituição da 
mediação online. Com o auxílio da tecnologia, essa ferramenta objetiva tornar o processo 
mais ágil, amigável e informal. É indicada em qualquer situação em que a mediação 
presencial é utilizada, podendo atuar em conflitos consumeristas, trabalhistas, familiares etc. 
A mediação online é feita por meio de uma plataforma, onde o mediador cria uma 
videoconferência para que as partes dialoguem e cheguem a um acordo que atenda aos 
interesses de ambos. Entre as principais vantagens dessa ferramenta, podemos citar a 
economia de despesas, a flexibilidade de comunicação, a participação mais ativa dos 
envolvidos, uma célere solução do conflito, entre outras. 
 Diante do exposto, é notável que a mediação como método alternativo de solução de 
conflitos é imprescindível na busca pela desobstrução do Judiciário. Além de ser uma 
ferramenta que facilita o acesso à justiça, também é um meio de resolução construtiva de 
soluções, restabelecendo o diálogo e harmonizando as relações interpessoais. Portanto, fica 
evidente a necessidade de ampliação de incentivos à autocomposição, como a criação de mais 
centros judiciários e plataformas onlines de mediação, a fim de reduzir a quantidade de 
processos que estão no Judiciário há muitos anos e facilitar o acesso à Justiça para toda a 
população.