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Aeroportos e Ferrovias Prof. Ms. Alexsander Amaro Parpinelli Aula 6 FERROVIAS Método Moderno e Conservação Métodos Modernos de Construção Considera-se como Superestrutura Moderna aquela construída com dormentes de concreto, trilhos longos soldados e fixações elásticas. Superestrutura com dormentes de concreto e trilhos soldados Métodos Modernos de Construção Fonte: Bastin, apud Michas (2012) Superestrutura Vinculada à Infra-Estrutura Sistema Shinkansen (“Reinforced Concrete Roadbed System” – RCRS) Países: Japão e Itália (IPA) Extensão: 3.044km 1970 – Shinkansen 1984 - IPA 1990 - RCRS Métodos Modernos de Construção Fonte: Rail One (2011) Sistema Rheda (1972) Países: Alemanha, Holanda, Taiwan, Espanha, China, Grécia e Inglaterra Extensão: 2.200Km Um dos sistemas mais utilizados no mundo atualmente Métodos Modernos de Construção Fonte: ZÜBLIN, apud Michas (2012) Sistema Züblin (1974) Países: Alemanha, Áustria, Suíça Extensão: 606 Km Métodos Modernos de Construção Sistema de laje pré fabricada Bögl (1977) Fonte: Max Bögl (2012) Jang et al. (2008) Ligação entre as lajes por argamassa grout. Países: Alemanha, Holanda, Taiwan, Espanha, China, Grécia e Inglaterra Extensão: 4.391 Km Sistema mais utilizado no mundo Métodos Modernos de Construção Sistema de laje pré fabricada Bögl Fonte: Max Bögl (2010) Suspensão de placas pré-fabricadas Moldes de fundição Métodos Modernos de Construção Via em Laje de Trilho Embutido “Embeded Rail System” (ERS) Fonte: Innotrack (2008) Métodos Modernos de Construção Via em Laje de Trilho Embutido “Embeded Rail System” (ERS) Fonte: Innotrack (2008) Métodos Modernos de Construção Via em Laje de Trilho Embutido “Balfour Beatty Embeded Rail System” (BBERS) Fonte: Innotrack (2008) Métodos Modernos de Construção Via em Laje de Trilho Embutido Fonte: Innotrack (2008) Concretagem in loco Métodos Modernos de Construção Via em Laje de Trilho Embutido Fonte: Innotrack (2008) Placas Pré-fabricadas Métodos Modernos de Construção Via em Laje de Trilho Embutido Fonte: Innotrack (2008) Formas deslizantes Métodos Modernos de Construção VANTAGENS - manutenção desnecessária (compactação, limpeza do lastro, e alinhamento da via); - custos em manutenção ente 20-30% dos custos das vias em lastro; - menores gastos com impedimento do tráfego; - maior vida útil: por volta de 50-60 anos (via em lastro é de 30-40 anos), e possibilidade de reposição quase total após o fim da vida útil; - posicionamento mais eficaz da linha, devido à possibilidade de curvas mais estreitas; - maior segurança contra forças laterais e acomodação de maiores cargas nos eixos; - freios por corrente de Foucault podem ser usados a qualquer momento; Métodos Modernos de Construção - veículos de emergência e brigada de incêndio podem locomover-se facilmente sobra via em laje em túneis; - custo para controle de vegetação é excluído ou muito reduzido; - quase máxima disponibilidade para tráfego normal, pois os trabalhos de manutenção são escassos e podem ser feito durante a noite; - não há força de arrasto do lastro com a passagem de trens de alta velocidade; - possibilidade de correções verticais de até 26mm e horizontais de até 5mm para compensar pequenas deformações; - peso e altura da estrutura reduzidos; - melhor distribuição de cargas para as camadas subjacentes; Métodos Modernos de Construção - menor desgaste nos eixos dos veículos devido à melhor geometria da via; - possibilidade de maiores forças de frenagem. - supre a falta de disponibilidade de material granular para o lastro; - providencia acessibilidade para veículos rodoviários; - diminui os ruídos por vibrações; - previne a emissão de poeira do lastro para o meio. Métodos Modernos de Construção DESVANTAGENS - maior custo de construção; - maior reflexão de ruído aéreo; - maiores alterações no posicionamento e superelevação da via só são possíveis através de grande quantidade de trabalho; - menor adaptabilidade a deslocamentos da camada de aterro; -no caso de descarrilamento, reparo demanda muito mais tempo e trabalho; - transições entre via em lastro e via em laje necessitam de atenção especial; Métodos Modernos de Construção - maior controle do processo construtivo devido a dificuldade e alto custo de reparo; - não há muitas possibilidades de se aplicar inovações ou atualizações futuras após a construção; - reparos são caros e fecham a via por longos períodos devido à cura e endurecimento do concreto; - a camada protetora contra congelamento deve ser aplicada em qualquer caso e é mais grossa em relação à do lastro. - o custo de reconstrução da via em laje não é considerado; - em muitos casos, novos mecanismos são necessários para produção e reparo. Métodos Modernos de Construção Tempo estimado de construção para 1km de via Fonte: Jang et al. (2008) Métodos Modernos de Construção Custos anuais €/m Esveld (1999) Métodos Modernos de Construção Trilhos Longos Soldados – TLS ou “Continuous Welded Rail” - CWR Métodos Modernos de Construção A utilização de TLS é indispensável para ferrovias de alta velocidade, além das condições geométricas previstas de curvas com raios maiores que 3.000m. • Soldagem dos TLS: 1º Estágio – Os trilhos são pré-soldados em estaleiro, por processo elétrico ou oxiacetilênico, em peças de comprimentos entre 150 e 300m; 2º Estágio – Na instalação “in-situ”, as barras pré-soldadas, devem ser ligadas em ambas as extremidades, aos trilhos adjacentes, por solda de arco voltaico ou aluminotérmica. Métodos Modernos de Construção Sistema Drouard – grades pré montadas - Montagem de grades de trilhos e dormentes (concreto); - Transporte em veículos especiais até a frente de construção; - Lançamento e instalação com a utilização de guindastes, treliças lançadoras ou pórticos móveis sob trilhos, providos de talhas manuais que são usadas para a suspensão e colocação das grades em seu local definitivo. Métodos Modernos de Construção Sistema Drouard – grades pré montadas Manutenção ferroviária A manutenção abrange três tipos distintos de atividades: a) Trabalhos de conservação: b) Trabalhos de remodelação c) Trabalhos de renovação Manutenção ferroviária a) Trabalhos de conservação: - limpeza de faixa (roçada, capina – manual ou química); - correção de bitola; - substituição de dormentes; - requadramento e re-espaçamento de dormentes; - pregação e repregação; - puxamento da linha; - nivelamento contínuo da linha; - nivelamento, somente, das juntas; - construção ou desobstrução de valetas de crista, cortes ou aterros; - limpeza e/ou recomposição de lastros; - substituição de trilhos gastos ou deficientes; - reparação de cercas; Manutenção ferroviária - reparação dos AMVs; - reparação, limpeza e pintura de obras de arte (pontes, pontilhões, viadutos, etc.); - limpeza de bueiros, valetas e sarjetas; - ronda da linha. b) Trabalhos de remodelação - substituição integral de trilhos existentes por outros (novos ou recuperados); - recuperação de trilhos existentes, através de soldagem e esmerilhamento, no local; - correção de juntas deformadas; - substituição de dormentes, em grande quantidade; - grandes serviços de drenagem da plataforma. Manutenção ferroviária c) Trabalhos de renovação são, geralmente, executados por firmas empreiteiras e que devem ser programados, somente, quando o desgaste ou fadiga do material estejam onerando em demasia, as despesas de conservação; Manutenção ferroviária MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO Método de Conserva Cíclica Programada (CCP) Objetivos: -a racionalização dos trabalhos; - obtenção de uma superestrutura tão perfeita quanto possível, capaz de suportar com segurança e eficácia o tráfego de composições velozes e pesadas; - permitir a circulação dos trens dentro das melhores condições de conforto; - evitar que determinados componentes ou trechos de linha sejam submetidos a esforços de fadiga, excessivos, acarretando degradação rápida e irreversível dos mesmos. Obrigado! Prof. Ms. Alexsander Amaro Parpinelli e-mail: alexsander.parpinelli@anhembi.br