Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (FLX1230) –Seminário Interdisciplinar VII - 18/10/2020 Keuri Anaiara Souto Tuchtenhagen¹ Lilian Soares Alves Branco² 1. INTRODUÇÃO O objetivo desta pesquisa é mostrar como o uso do lúdico deve ser valorizado na prática pedagógica, possibilitando a aprendizagem e desenvolvimento integral das crianças. Brincar ou jogar, ajuda a desenvolver integralmente a crianças, reduz muitas vezes sua agressividade pois tem contato com outros pares, e auxilia na sua inserção a sociedade, e construção do seu conhecimento. Durante o jogo é possível comparar, analisar, calcular, criar, pensar, trazendo o mundo para a realidade da criança, possibilitando assim o desenvolvimento de sua inteligência. Será abordado visões te teóricos sobre o uso das atividades lúdicas, a importância do uso de jogos na alfabetização, como eles podem ser realizados. Aliar as atividades lúdicas na prática pedagógica é de suma importância para agregar ainda mais o desenvolvimento do aluno, como o jogo. Momentos de integração em sala de aula, como rodas de conversa, rodas cantadas, novidade, são momentos lúdicos que tem uma finalidade pedagógica e não estão ali somente para passar um tempo entre uma atividade e outra. Por muitas vezes as crianças mostram-se cansadas e desmotivadas no processo da alfabetização, justamente por algumas vezes estas atividades lúdicas serem substituídas por exercícios repetitivos que levam a exaustão e resistência, muitos alunos apresentam dificuldades no início do processo de aprendizagem, atividades de repetição não contribuem de forma positiva neste momento, pois o aluno fica cada vez mais resistente e com uma barreiras em sua frente. As atividades lúdicas como jogos e brincadeiras, proporcionam para estas crianças momentos de descontração, diversão e prazer, onde podem usar sua criatividade livremente e não se sentirem pressionados a prender somente de uma forma, podendo expor suas dificuldades ao grupo, de forma que não sinta uma pressão de não saber ou não entender. Sentindo-se livre para expor suas vivências e conhecimentos, que podem ser acrescidos com a contribuição do restante do grupo. ALFABETIZAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA. 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Vários estudos Piaget (1976) diz que os jogos e outras atividades lúdicas tornam-se significativas, conforme O jogo como promotor de aprendizagem e do desenvolvimento para a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que coloca o aluno diante de situações lúdicas como o jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-los dos conteúdos culturais ase rem vinculadas na escola. (KISHIMOTO, 1994, P.13) São nas Brincadeira que as crianças entram no mundo dos adultos, e compreendem suas características brincando, e é desta forma que elas também podem entrar no mundo da escrita. Na Educação Infantil sempre propomos que tenham situações de convívio com a escrita, porém tais situações, no entanto estão muitas vezes se tornando um fardo para as crianças. Na educação infantil, temos atividades de roda de conversa, contação de histórias, hora da palavra, novidade do dia, entre outras atividades que buscam o estimulo do desenvolvimento da linguagem principalmente em grupo. Nos anos 1960 do Século XX, no brasil era predominante o discurso da “maturidade para a alfabetização” que deveria acontecer entre os seis e sete anos. Ainda se acreditava que as crianças não teriam interesse pela escrita e leitura até esta idade, e que tentar alfabetizá-las seriam em vão e prejudiciais para seu desenvolvimento. Como o trabalho na Educação Infantil não poderia ter qualquer contato com a escrita e a leitura, deveria apenas ter o desenvolvimento de habilidades de coordenação viso-motora, memória visual, auditiva, boa alimentação, entre outros. Vários estudos ao longo da história, se mostraram positivos a eficiência do uso do lúdico e o letramento, a importância dos jogos e brincadeiras na escola. A criança se desenvolve, com o uso de materiais variados, ela pode construir e reconstruir suas vivências, objetos de seu cotidiano. Em todas as disciplinas é possível trazer atividades com jogos e brincadeiras, auxiliando as crianças na transposição entre a língua oral e a escrita. Assim buscando a eficácia através de momentos divertidos e prazerosos para todos. Os jogos didáticos tem um benefício altamente importante, e são mais que um passatempo, são meios indispensáveis para promover a aprendizagem. Com eles é possível estimular e desenvolver as crianças em diversas situações educacionais, sendo um meio também para avaliar e analisar as aprendizagens específicas e potencialidades das crianças. Durante as brincadeiras e os jogos as crianças obtêm diversas experiências, tem integração com o outro, toma decisões, conseguem ampliar o desenvolvimento abstrato e procuram diversas maneiras de jogar, produzindo e contribuindo duas vivencias. Os jogos ainda auxiliam o desenvolvimento motor, linguagem, memória, equilíbrio, apropriação de signos sociais tornando suas transformações significativas. Vygotsky (2007) fala que é importante mencionar a língua escrita, ela sendo uma aquisição de um sistema simbólico de representação da realidade. Contribuindo para este processo o desenvolvimento dos desenhos, gestos e brinquedo simbólico. Assim a aprendizagem não se faz apenas copiando do quadro ou prestando atenção no que professor está falando, mas sim nas brincadeiras, no jogo, nas vivências. O brincar permite a criança ter a liberdade de pensar, de se desenvolver com criatividade e autonomia. O professor deve-se permitir utilizar novas técnicas, desde que as mesmas sigam sua linha pedagógica escolhida, realizando atividades, oficinas sem medo de críticas. 3 O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e o do o complexo processo d transição de um tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar tão somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e mão apenas a escrita de leras. (VIGOTSKY,2007, p.134) Não se trata de defender a alfabetização na Educação infantil, mas sim sendo possível envolver as crianças em situações que elas possam compreender e aprender alguns sistemas de escrita alfabética, dando início ao seu processo de alfabetização de forma divertida e prazerosa, inserindo-as em paralelo nas práticas sociais em que esta parente a escrita. A criança conhece o mundo enquanto a cria e, ao criar o mundo, ela nos revela a verdade sempre provisória da realidade em que se encontra. Construindo seu universo particular no interior de um universo mais retificado, ela é capaz de resgatar uma compreensão plofônica do mundo, devolvendo, através do jogo que estabelece na relação com os outros e com as coisas, os múltiplos sentidos que a realidade física e social pode adquirir. Por isso enriquece permanentemente a humanidade com novos mitos. (JOBIM E SOUZA, SOLANGE. A infância e linguagem; Bakhtin, Vygotsky e Benjamin,13. Ed. Camina: Paparius, 1994.p. 160.) É durante a interação que ocorre a comunicação com o outro, isso porque ocorre a transição do pensamento para a palavr4a, passando pelo significado. Ocorrendo também através desta interação a comunicação verbal e não verbal. A alfabetização com qualidade nos anos inicias contribuirá de forma positiva na aprendizagem e desenvolvimento das crianças. O professor pode propor isso através de métodos ou oficinas, mantendo o conhecimento de que o aluno é parte importante deste aprendizado. [... não é obrigatório dar aulas de alfabetização na pré-escola, porém é possível dar múltiplas oportunidades para ver a professora ler e escrever; para explorar semelhanças e diferenças entre textos escritos; para explorar o espaço gráfico e distinguir entre desenho e escrita; para perguntar e ser respondido; para tentar copiar ou construir uma escrita; para manifestar sua curiosidade em compreender essas marcas estranhas que os adultos como nos mais diversos objetos. (FERREIRO, Emilia. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1993.) É necessário ter na sala de aula o alfabeto, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental. Trata-se de um material de consulta e apoio, e tudo precisa estar à disposição do aluno. Fala-se que as letras devem sempre manter um padrão, como uma letra bastão, para ser de fácil entendimento para todos sem ocorrer confusões. Ainda os alunos devem manusear livros, revistas, jornais, tendo contato com diversas formas de escrita, podendo depois até contribui para a criação de um alfabeto para especial para a sala. Para Solé (2003), não se trata de acelerar nada, nem de substituir a tarefa de outras etapas com relação a esse conteúdo (a leitura); trata-se simplesmente de tornar natural o ensino e aprendizagem de algo que coexiste com as crianças, que interessa a elas, que está presente em sua vida e na nossa e que não tem sentido algum ignorar.( p75). 4 3. MATERIAIS E MÉTODOS Leal, Albuquerque e Leite destacam, assim como os demais autores já citados anteriormente, que os jogos de faz de conta “fazem com que as crianças experimentem a vida em sociedade e exerçam papéis sociais diversos, de modo que as regras sociais são o alicerce das brincadeiras”. (Leal, Albuquerque e Leite 2005, p.114). Concebemos que, ao brincar, a criança aprende “sobre si mesma e sobre os homens e suas relações no mundo, e também, sobre os significados culturais do meio em que está inserida”. (BORBA,2009, p.70). 3. MATERIAIS E MÉTODOS Para este artigo foi realizada uma pesquisa qualitativa em livros e sites de pesquisas na internet sobre jogos. Após foi realizado a leitura de todo material selecionado, de todos os textos, e a partir disso foi elaborado um resumo sobre o que foi entendido dos materiais selecionados, logo foram realizadas pesquisas sobre modelos de jogos de alfabetização na escola, e por último elaborado do texto. Como registro fotográfico selecionou-se o jogo apresentado na Figura 1, que trata de um a jogo, que pode ser usado nos anos iniciais do ensino fundamental, utilizando sucata, e sua confecção podendo ser feita somente pelo educador ou com contribuição dos alunos. FIGURA 1: Jogo de Sílabas em material reciclado FONTE: http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com/2016/02/jogos-de-alfabetizacao-com-material.html O uso de jogos durante as atividades pedagógicas contribui para o aprendizado e desenvolvimento de todos as crianças, principalmente para aquelas que apresentam de alguma forma, resistência ou dificuldades perante uma atividade. A construção do jogo com materiais diversos permite que o professor possa fazer de forma simples jogos e brincadeiras para inserir em sua rotina. Podendo além de no momento de o jogo inserir seu aluno, mas também na construção do mesmo. 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5. CONCLUSÃO Primeiramente, ao investigar o que as crianças pensam, sabem, abre oportunidades de o professor colocar as atividades lúdicas em prática na sala de aula. A escrita e a leitura não são encontradas em apenas uma determinada matéria, mas sim em todas. Não devemos ficar presos a um único processo de ensino, o processo deve estar aberto a novas práticas para auxiliar o desenvolvimento das crianças. Usar jogos e brincadeiras proporciona momentos de integração com o grupo, por muitas vezes nas escolas, nos deparamos com algumas crianças que tem dificuldades, justamente nesse processo de alfabetização. E muitas vezes apresentam estas dificuldades pois quando chegam na alfabetização são atividade muito repetitivas e monótonas, que acabam levando a criança a fadiga e descontentamento. Durante os jogos o professor pode despertar o interesse das crianças de diversas formas, seja diretamente com o jogo, seja com a proposta da construção coletiva de um jogo, nestes momentos a única regra é a diversão, e isso é o mais natural possível nas crianças. As crianças devem ir conhecendo a escrita da forma mais natural possível, pois elas já convivem com isso diariamente, como exemplo com palavras nos rótulos de produtos. Os jogos e brincadeira construídos podem ser dos mais diversos, sempre priorizando em qual nível de conhecimento as crianças estão, pode-se construir um alfabeto móvel em sala de aula com rótulos de produtos usados em casa, brincadeiras em ambiente aberto que permitam que as crianças aprendam e também se sintam livres, livres para se desenvolverem sem barreiras. Nos momentos de jogo, mobilizam-se saberes acerca da lógica do funcionamento da escrita, fortalecendo aprendizagens já realizadas, ou aprimorando conhecimentos novos. Podem socializar seus saberes com os demais colegas compreendendo os princípios do sistema alfabético. Assim, os momentos de atividades lúdicas, podem substituir aquelas atividades de treinos enfadonhos que acabam representando para as crianças algo como uma obrigação a ser feita. Os jogos vêm se mostrando eficazes na prática pedagógica, pois através deles os professores podem até mesmo conhecer um pouco mais as crianças, nos momentos de brincadeiras são compartilhadas cm o grupo vivências que somente a criança tem individualmente, podendo expressar para o restante do grupo. Além disso, atividades lúdicas proporcionam o desenvolvimento das habilidades motoras, o jogar passa a ser não somente uma brincadeira, mais de extrema importância para o desenvolvimento da criança e suas habilidades, pois tem contato com diversas situações que envolvem e estimulam sua linguagem oral, também favorecendo o desenvolvimento de sua afetivo, social, motor e moral. Os profissionais da educação não devem ver o lúdico apenas para passar por tempo entre uma atividade e outra, é necessário usa-lo como uma finalidade pedagógica com objetivos traçados. A criança nunca cessa seu aprendizado, está sempre em constante evolução e construção do seu conhecimento, e para isso ela usa e se espelha muito nos adultos. Com isto falamos que não comente as crianças, mas os professores devem estar em constante construção de suas práticas pedagógicas, levando em consideração que não é somente na Educação infantil que pode-se trabalhar desta forma, atividades lúdicas podem ser incluídas também nas práticas do ensino fundamental, tornando as aulas mais ricas, divertidas e construtivas. 6 REFERÊNCIAS KISHIMOTO, T. M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis: RJ: Vozes, 1993. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. Petrópolis: RJ: Vozes, 1993. VYGOTSKY.L. S. A formação social da mente. São Paulo: fontes, 2007. FERREIRO, Emilia. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1993. SOLÉ, Isabel. Leitura em educação Infantil? Sim, obrigada! In: TEBEROSKY, A, et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento. São Paulo: ArtMed, 2003. BORBA, Ângela M. A brincadeira como experiência de cultura. In: CORSINO, Patrícia (Org.). Educação Infantil: cotidiano e políticas. Campinas: Autores Associados, 2009 LEAL, Telma; ALBUQUERQUE, Eliana B. C.; LEITE, Tânia Maria R. Jogos: alternativas didáticas para brincar alfabetizando (ou alfabetizar brincando?). In: MORAIS, Artur; ALBUQUERQUE, Eliana B. C.; LEAL, Telma F. Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. JOBIM E SOUZA, Solange. Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. 13. Ed. Campinas: Papirus, 1994. JOGOS DE ALFABETIZAÇÃO COM MATERIAL RECICLADO. Alfabetização CEFAPRO, Disponível em: <http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com/2016/02/jogos-de- alfabetizacao-com-material.html>. Acesso em: 18, outubro de 2020.
Compartilhar