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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y Processo nº... RAFAELA, menor impúbere, neste ato representada por MELINA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., inscrito no RG sob o nº... e no CPF sob o nº..., portador do endereço eletrônico (e-mail completo), residente e domiciliado na Rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., inconformado com a r. decisão interlocutória de fls..., indeferida nos autos de ação em epigrafe que move em face de EMERSON, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., inscrito no RG sob o nº... e no CPF sob o nº..., portador do endereço eletrônico (e-mail completo), residente e domiciliado na Rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., vem perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 1.015 e seguintes do CPC, interpor recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO tendo em vista as razões abaixo. DO PREPARO E DA TEMPESTIVIDADE De início, destaca a agravante que o comprovante de recolhimento do preparo se encontra anexo, bem como é tempestivo o recurso, considerando a data do protocolo, o prazo legal e a data da intimação da decisão agravada. DO NOME E ENDEREÇO DOS ADVOGADOS Em atenção à exigência contida no artigo 1.016, IV, do CPC, segue abaixo a indicação do nome e endereço dos advogados do processo: ✓ Nome do advogado do Agravante..., endereço... ✓ Nome do advogado do Agravado..., endereço... DA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO O instrumento anexo é composto por todas as peças obrigatórias (artigo 1.017, I, CPC) e necessária a apreciação do mérito recursal além de outras peças facultativas (artigo 1.017, III, CPC). Outrossim, o advogado que subscreve o presente recurso declara, sob sua responsabilidade pessoal nos termos do artigo 425, IV do CPC, que as peças que formam o instrumento a conferem os originais. DOS FATOS O presente recurso trata-se de agravo de instrumento c/c pedido de antecipação de tutela, tendo em vista a respeitável decisão de fls..., que indeferiu o pedido de prestação de alimentos pela Agravante, sob o argumento de que o nome do Agravado não conta na certidão de nascimento e que o exame de DNA é prova extrajudicial, e considerou também o gato do Agravado não possuir emprego formal. A mencionada ação foi proposta visando a prestação de alimentos indispensáveis a Agravante, que constantemente sofre prejuízos em seu sustento, pois precisa arcar com despesas que são de obrigação do Agravado. Entretanto, mesmo estando preenchido os requisitos para a concessão da medida liminar, quais sejam fumus boni iuris e o periculum in mora, o MM. Juízo indeferiu a liminar pleiteada. Portanto, a respeitável decisão não merece prosperar, visto que contraria a legislação, devendo ser reformada por este Egrégio Tribunal, conforme restará provado. DAS RAZÕES DE REFORMA O MM. Juízo de piso indeferiu os alimentos provisórios sob o argumento de ausência de verossimilhança e de possibilidade do alimentado, ora Agravado. Analisando o primeiro aspecto do indeferimento, tem-se que o exame de DNA que acompanha a inicial é prova suficiente para atrair alto grau de probabilidade do vínculo de parentesco. Ainda que se entenda pela necessidade de exame feito judicialmente, é inegável que o exame feito extrajudicialmente basta para o juízo de cognição sumária, próprio da tutela de urgência pleiteada. Passando ao segundo aspecto do indeferimento, o fato do Agravado não possuir vínculo formal empregatício, não quer dizer que o mesmo não tenha renda e, com isso, possibilidade de pagar pensão alimentícia. É pacífico na jurisprudência, que trabalhadores informais e, inclusive, desempregados, tem o dever de prestar alimentos, sendo certo que o entendimento jurisprudencial em foco, aplicado no caso dos autos, resulta no reconhecimento da possibilidade do Agravado, trabalhador informal, de pagar a pensão perdida. Cumpre salientar que o Agravante é menor impúbere, atraindo a presunção de necessidade em receber alimentos, com isso, resta presente o binômio necessidade e possibilidade, além, evidentemente, do periculum in mora, a medida que a verba pleiteada deve ser utilizada pata fazer frente a despesas básicas do Agravante, tais como moradia, vestuário, alimentação, entre outros. Portando, merece reforma a decisão interlocutória de fls... DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL O artigo 1.019, I do CPC, permite a concessão da tutela antecipada recursal. No caso dos autos, os requisitos para a antecipação da tutela recursal estão presentes, como será adiante demonstrado. O fumus boni iuris decorre da probabilidade da existência de vinculo de parentesco, decorrente do exame de DNA extrajudicial, e do binômio necessário e possibilidade, eis que o Agravante aufere renda e a Agravante é menor impúbere, como demonstrado no tópico anterior. O periculum in mora está alterado a natureza da verba pleiteada (alimentos), que se presta a fazer despesas básicas da Agravante, como alimentação, vestuários, lazer, saúde, educação, etc. Assim, presentes os requisitos legais, faz jus a Agravante à concessão da tutela antecipada recursal. DOS REQUERIMENTOS Ante o exposto, requer: a) A concessão da tutela antecipada recursal, fixando alimentos provisórios em 30% (trinta por cento) do salário mínimo, conforme pedido inicial; b) A intimação do Agravado para apresentar, no prazo legal, contrarrazões; c) A intimação do Ilustre representando do Ministério Público; d) Seja conhecido e provido o presente recurso para reformar a r. decisão interlocutória de fls..., a fim de confirmar a tutela antecipada recursal, impondo ao Agravado a obrigação de pagar alimentos provisórios de 30% (trinta por cento) do salário mínimo, conforme pedido contido na inicial. Local..., data... Advogado... OAB/UF nº...
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