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direito do trabalho2

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Mauro, empregado celetista desde janeiro o ano 2000, foi dispensado sem justa causa em agosto de 2020. O empregador opta pela concessão de aviso prévio na modalidade trabalhada. Pergunta-se: 
1.1. Quantos dias de aviso prévio devem ser outorgados a Mauro de acordo com a legislação trabalhista? 
Aviso prévio na modalidade trabalhada é quando o empregado permanece trabalhando durante o período do aviso prévio, e só sai da empresa após o final desse período. No caso em questão , Mauro terá direito a 30 dias de aviso prévio (art.487,II da CLT) acrescido para cada período de 12 meses trabalhado 3 dias, entretanto o limite é 90 dias (art.1º,§único da LEI Nº 12.506, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011.). Ademais, o empregado poderá escolher se prefere redução de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral ou redução 7 (sete) dias corridos no final.
1.2) Quantos dias devem, no máximo, ser cumpridos na modalidade trabalhada, de acordo com a jurisprudência do TST. 
O período máximo a ser cumprido será de 90 dias no caso de demissão sem justa causa.
Joana, enfermeira empregada da Clínica Terceira Idade, cumpriu o período aquisitivo de férias entre maio de 2018 e maio de 2019. Perto do fim do período concessivo, em meados de março de 2020, o hospital resolve conceder as suas férias, porém as suspende 72h depois, baseando-se no art. 7º da Medida Provisória 927/20, hoje já caduca. Argumentou o hospital que Joana, que presta serviço essencial, deveria participar da força-tarefa contra a COVID-19 no hospital. Joana, então, só pôde gozar as férias, em novembro de 2020, quando a situação voltou à integral normalidade.  Joana, porém, dirige-se ao RH do hospital e exige deste o pagamento em dobro das férias, com base no artigo 137 da CLT, uma vez que suas férias estão sendo gozadas fora do período concessivo (encerrado em maio de 2020). Afinal, Joana tem direito ou não à dobra das férias? Justifique. 
Joana não poderá solicitar o pagamento em dobro, pois há a previsão na MP de que as férias poderiam ser suspensas. Pois, apesar de a MP não está mais em vigor, seus efeitos permanecem para os atos que foram praticados durante sua vigência. 
3) José teve a sua função desnaturada, sofre constante assédio moral e já está com os salários atrasados há quatro meses. Nesse caso, qual a modalidade de extinção do contrato de trabalho que melhor preserva as suas verbas rescisórias e qual a fundamentação na CLT?   Justifique apontando o dispositivo jurídico específico. 
 
José deverá pleitear a rescisão indireta do contrato de trabalho. O art.483 da CLT lista alguns motivos, entre eles está a prática de ato lesivo da honra e boa fama praticados pelo empregador. Além disso, José poderá pleitear a devida indenização. Portanto, para caracterizar a rescisão indireta é necessário que o empregador tenha cometido falta grave, gerando prejuízos para o empregado e tornando inviável a manutenção da relação empregatícia.

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