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Slide Aula II Planejamento de Cardápios nos Ciclos da Vida

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Profa. Dra. Carolina Menezes
UNIDADE II
Planejamento de 
Cardápios nos Ciclos 
da Vida
 GESTAÇÃO
 Alterações fisiológicas impostas ao organismo materno e do aumento das demandas 
nutricionais.
 Constituída de 40 semanas: ou três trimestres.
 1º primeiro trimestre gestacional caracteriza-se por grandes modificações biológicas 
decorrentes da intensa divisão celular que acontece nessa fase da vida.
 2º e o 3º trimestres, o meio externo exerce forte influência direta na condição do feto.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
 GESTAÇÃO
 Há aumento de peso (feto, placenta, líquido amniótico), dos tecidos maternos (útero, mama, 
aumento do volume sanguíneo, fluido extracelular e tecido adiposo).
 O estado nutricional da gestante afeta tanto sua saúde quanto a de seu feto.
 O peso ao nascer (peso do recém-nascido) pode ser influenciado por: fatores ambientais, 
fetais e placentários, genéticos e pelo potencial biológico.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
 GESTAÇÃO
 Uma alimentação saudável, baseando-se nos preceitos do Guia alimentar (BRASIL, 2014) e 
nas recomendações específicas de micronutrientes (DRIs) é essencial para estabelecer um 
planejamento dietético de maneira a assegurar alimentos em quantidade e qualidade 
adequadas.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
 O GANHO DE PESO E A DIFERENCIAÇÃO CELULAR
 A velocidade de aumento de peso é muito diferente entre os trimestres gestacionais.
 Ganho de peso ideal recomendado (OMS): 12,5 kg.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
Idade gestacional
Tipo de 
crescimento
Velocidade
Peso médio do 
feto
1o trimestre
(12 semanas)
Hiperplasia Lenta
12ª semana
≅ 300 g
2o trimestre
(13 a 27 semanas)
Hiperplasia e
hipertrofia
Acelerada
27ª semana
≅ 1.000 g
3o trimestre
(> 28 semanas)
Hipertrofia Máxima
38ª semana
≅ 3.000 g
 PLACENTA
 É um órgão de alta complexidade metabólica.
 O seu aumento é proporcional ao período gestacional.
 Função: produzir os hormônios (hormônio gonadotrofina coriônica humana – HCG, 
estrógeno, progesterona, lactogênio placentário humano) necessários para a manutenção, a 
regulação e o desenvolvimento gestacional, tanto materno quanto fetal.
 Função: transporte de oxigênio e nutrientes da mãe para o feto, com o objetivo de suprir as 
demandas nutricionais e eliminar os produtos originários do metabolismo do feto.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
 HORMÔNIOS E FUNÇÕES NA GESTAÇÃO
 HCG
 Fundamental no início da gestação, enquanto a placenta não é capaz de produzir 
progesterona e estrógeno em quantidades suficientes.
 Detectado no sangue em oito dias após a fecundação, é usado para fazer a confirmação 
da gravidez.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
 HORMÔNIOS E FUNÇÕES NA GESTAÇÃO
 Progesterona
 Relaxa a musculatura lisa do útero.
 Interfere no funcionamento do intestino (diminuição da motilidade), alterando o tempo de 
absorção de nutrientes e possibilitando o quadro de constipação intestinal. 
 Favorece a deposição de gordura, aumenta a excreção de sódio, afeta o metabolismo de 
ácido fólico.
 Seu desequilíbrio pode contribuir para o processo de ganho de peso durante a gestação.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
 HORMÔNIOS E FUNÇÕES NA GESTAÇÃO
 Estrógeno
 Favorece a elasticidade da parede uterina e do canal cervical.
 Reduz proteínas séricas.
 Afeta a função tireoidiana.
 Interfere no metabolismo do ácido fólico.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
 HORMÔNIOS E FUNÇÕES NA GESTAÇÃO
 Hormônio Lactogênio Placentário
 Antagoniza a ação da insulina pela deposição de glicose no sangue a partir de glicogênio.
 Apresenta ação semelhante ao hormônio do crescimento (GH) e tem intensa ação 
anabólica e lipolítica.
Planejamento Dietético na Gestação e Amamentação
 NÁUSEAS E VÔMITOS (NV)
 Vômito ou êmese: é a expulsão do conteúdo gástrico pela boca, causada por contração forte 
e sustentada da musculatura da parede torácica e abdominal.
 Náusea: sensação desagradável da necessidade de vomitar, habitualmente acompanhada 
de sintomas autonômicos, como sudorese fria, sialorreia, hipotonia gástrica e refluxo do 
conteúdo intestinal para o estômago.
 Sintomas frequentes, principalmente, no primeiro trimestre de gestação.
 70% a 85% das mulheres relatam náuseas.
 50% sofrem de vômitos nesse período.
 25% dos casos de náuseas acontecem exclusivamente pela manhã (morning sickness). 
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 NÁUSEAS E VÔMITOS (NV)
 Sintomas apresentam-se por volta da sexta semana e raramente se estendem para além da 
20ª semana de gestação.
 A evolução do quadro com necessidade de tratamento farmacológico situa-se em torno de 
10% das gestações. 
 Quadros mais graves de vômitos nas gestantes, denominados de hiperêmese gravídica 
(1,1% dos casos).
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 NÁUSEAS E VÔMITOS (NV)
 Teoria endócrina
 Hormônios: HCG, o aumento do estrogênio e da progesterona. 
 A progesterona e o estrogênio: reduzem o tônus da musculatura lisa e a atividade 
peristáltica de todo o trato gastrointestinal (estímulos eméticos).
 Teoria da infecção pelo Helicobacter pylori
 Associação entre padrões mais elevados de infecção por 
Helicobacter pylori (HP) em mulheres com NV.
 95% dos exames histológicos das mucosas das gestantes 
com NV são positivos para esse agente, contra 50% do 
grupo de controle.
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 NÁUSEAS E VÔMITOS (NV)
 Teoria genética
 Sucessivas gestações apresentam as mais elevadas recorrências dessa complicação.
 Fatores genéticos hereditários.
 Teoria psicogênica
 Manifestação de uma doença psicossomática na qual o processo emético seria a forma de 
exteriorizar esses conflitos intrapsíquicos.
 Questões de ordem comportamental.
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 NÁUSEAS E VÔMITOS (NV)
 Orientações Nutricionais 
 Apoio psicoemocional e terapias não convencionais ou complementares (como florais de 
Bach, acupuntura e aromaterapia);
 Realizar refeições pequenas e mais frequentes (de seis a oito vezes ao dia);
 Consumir alimentos com baixo teor de gordura e abrandados (por exemplo, purês);
 Evitar frituras, alimentos gordurosos, com odores fortes ou muito temperados;
 Preferir alimentos sólidos e ricos em carboidratos (biscoitos, geleia de frutas) principalmente 
ao levantar-se (pela manhã);
 Aumentar a ingestão de líquidos, preferencialmente gelados, 
nos intervalos das refeições;
 Consumir gengibre ou biscoitos e bolos que apresentem esse 
ingrediente;
 Evitar deitar-se após as grandes refeições;
 Suplementar a alimentação com vitamina B6 (média de 25 mg, 
três vezes ao dia – manhã, tarde e noite).
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 PICA
 Desordem alimentar caracterizada pela ingestão persistente de substâncias inadequadas, 
com pequeno ou nenhum valor nutritivo, ou de substâncias comestíveis, mas não na sua 
forma habitual.
 Entre os tipos mais comuns, tem-se pagofagia (ingestão de gelo), a geofagia (ingestão de 
terra ou barro), a amilofagia (ingestão de goma, principalmente a de lavanderia), o consumo 
de miscelâneas (combinações atípicas: melancia com margarina; tomate com chocolate, por 
exemplo) e frutas verdes. 
 A etiologia é desconhecida, tendo como possíveis hipóteses o 
alívio de náuseas e vômitos referidos pela mãe; assim como o 
suprimento de deficiências (cálcio, ferro), presentes na maioria 
das substâncias alvo dessas compulsões alimentares.
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 PICA
 Orientação Nutricional 
 Substituir essa substância por um alimento da preferência;
 Realizar o café da manhã;
 Procurar não associar as variações de humor a determinados alimentos– uma opção é se 
distrair longe da cozinha, em um passeio ao ar livre ou conversando com uma amiga, por 
exemplo;
 Realizar exames bioquímicos para avaliar os nutrientes e 
assim, se necessário, suplementá-los;
 Fazer pequenas refeições, o que, com frequência, ajuda a 
reduzir os picos glicêmicos e a conter os desejos estranhos.
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 PIROSE
 Manifestação da doença do refluxo gastresofágico (DRGE).
 Ocorre, frequentemente, no terceiro trimestre da gravidez, comumente após as refeições.
 Decorre da pressão do útero sobre o estômago, fazendo com que parte dos alimentos 
misturados ao ácido clorídrico (HCl) retorne para o esôfago, causando uma sensação de 
desconforto e queimação.
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 PIROSE
 Orientação Nutricional
 Realizar refeições pequenas e mais frequentes (de seis a oito vezes ao dia);
 Comer devagar e mastigar bem os alimentos;
 Ingerir líquido gelado durante a crise;
 Não ingerir líquidos durante as grandes refeições;
 Evitar alimentos gordurosos;
 Não utilizar leite puro como forma de neutralizar o sintoma (ele tem efeito rebote sobre a 
secreção ácida);
 Evitar álcool, fumo, café, chá-mate, frituras, pastelarias, doces 
e alimentos que causem desconforto;
 Evitar consumir alimentos ácidos (frutas cítricas) durante a 
crise, pois pode comprometer a ingestão de vitaminas sem 
necessidade, já que a acidez das frutas não é maior do que a 
do HCl;
 Evitar deitar-se logo após as refeições;
 Manter a cabeceira da cama elevada.
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
 Problema digestivo muito comum.
 Frequente a partir da 20ª semana de gravidez.
 Aumento da progesterona relaxa a musculatura intestinal, diminuindo o peristaltismo.
 Outros fatores, tais como alimentação, nível de atividade física, ingestão de água e 
quantidade adequada de fibras também estão associados à constipação intestinal em 
gestantes.
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
 Orientações Nutricionais 
 Aumentar a ingestão de água (mínimo de quatro copos ao dia);
 Aumentar o consumo de frutas e hortaliças;
 Consumir alimentos fonte de fibras (frutas laxativas, frutas com bagaço, frutas secas nos 
lanches e vegetais crus);
 Incentivar o consumo de alimentos integrais;
 Evitar o consumo de alimentos flatulentos (ricos em enxofre);
 Praticar exercícios físicos (exemplo: caminhadas regulares, 
três vezes por semana);
 Não fazer uso de laxantes.
Situações e Sintomas Durante a Gestação: Práticas Alimentares
Uma gestante foi atendida apresentando fraqueza, sonolência, mucosa hipocorada e 
diagnóstico de anemia ferropriva. A conduta nutricional adotada deverá levar em conta a 
biodisponibilidade do ferro dietético. Que alimentos deveriam ser incluídos no cardápio desta 
gestante? 
Interatividade
Uma gestante foi atendida apresentando fraqueza, sonolência, mucosa hipocorada e 
diagnóstico de anemia ferropriva. A conduta nutricional adotada deverá levar em conta a 
biodisponibilidade do ferro dietético. Que alimentos deveriam ser incluídos no cardápio desta 
gestante? 
 Grupo das Carnes (fonte de ferro heme): Carne vermelha e/ou vísceras.
 Grupo das Leguminosas (fonte de ferro não heme): feijão, lentilha, grão-de-bico, outros. 
 Grupo das Hortaliças: hortaliças verdes (fonte de ferro não heme).
 Grupo das Frutas: frutas cítricas (auxilia na absorção do ferro).
Resposta
 Demandas nutricionais aumentadas. 
 Maior oferta de energia, proteínas, vitaminas e minerais para suprir as necessidades básicas 
e formar reservas energéticas para a mãe e o feto.
 Necessidades energéticas
 Maior quantidade de calorias para suprir o elevado gasto energético ocasionado pelo 
aumento da TMB e para formar os depósitos de energia dos tecidos materno e fetal.
 Recomenda-se um adicional de energia para a gestante (WHO; FAO, 2003), de 85 kcal no 1o
trimestre, a partir do segundo, 285 kcal, e 475 kcal no terceiro trimestre de gestação.
Recomendações Nutricionais
 Necessidade Energética
 Deve-se avaliar o estado nutricional pré-gravídico segundo o IMC e estimar, assim, as 
demandas energéticas, somando-se o adicional requerido para o ganho de peso.
GET na gestação = GE + adicional energético gestacional
 Cálculo da TMB da gestante, recomenda-se utilizar o peso pré-gestacional, caso o IMC seja 
considerado saudável (eutrófico).
Recomendações Nutricionais
 Exemplo:
 Gestante, dona de casa, com atividade física leve, 28 anos, idade gestacional de 20 
semanas, peso pré-gestacional de 57 kg*, peso atual de 63 kg e 1,65 m de altura. 
 1º passo: verificar o estado nutricional: 
 IMC= 57*/ (1,65) ² = 20,94 kg /m² (eutrófica) 
 2º passo: calcular a TMB 
 GEB = (14,81 x 57*) + 486,6 = 1330,77 Kcal 
 3º passo: calcular o GET
 GET = GEB x FA (fator de atividade) 
 GE = 1330,77 Kcal x 1,53 = 2036,07 Kcal 
 4º passo: acréscimo de energia (WHO; FAO, 2003)
 2º trimestre = 2036,08 + 285 = 2321,08 Kcal 
 3º trimestre = 2036,08 + 475 = 2511,08 Kcal 
Recomendações Nutricionais
 NECESSIDADES PROTEICAS 
 Elevada síntese de proteínas: aumento das demandas nutricionais, com o intuito de 
contribuir com o crescimento fetal, placentário e dos tecidos mamários.
 Armazenamento proteico próximo a 925 g [60% destinam-se ao feto e placenta e 40%, aos 
tecidos maternos (mama e útero)].
Recomendações Nutricionais
 NECESSIDADES LIPÍDICAS 
 Não devem ultrapassar 30% do VET.
 A dieta deve ser composta de gorduras “saudáveis” (poli-insaturadas, de alimentos fonte de 
ácidos graxos ômega 6 e 3).
 200 mg/dia de DHA (ácido docosaexaenoico – tipo W3) exerce funções no cérebro e nos 
tecidos do recém-nascido durante os períodos de desenvolvimento.
Recomendações Nutricionais
 NECESSIDADES DE MICRONUTRIENTES 
 Ferro
 O período de maior demanda: último trimestre da gestação, em virtude do aumento das 
necessidades de oxigênio do binômio mãe/bebê.
 Recomendação: 27 mg/dia de ferro (2º e 3º trimestres da gestação).
 Zinco
 Importante em processos de fertilização (relacionados à reprodução), diferenciação celular, 
crescimento, desenvolvimento, reparação tecidual e imunidade.
 Cálcio
 Formação de ossos e dentes, no processo de contração 
muscular, na transmissão de impulsos nervosos e na 
coagulação sanguínea.
 Recomendação: 1000 mg/dia.
Recomendações Nutricionais
 NECESSIDADES DE MICRONUTRIENTES 
 Ácido Fólico
 Multiplicação celular, sendo, portanto, imprescindível durante a gestação.
 Importante no crescimento normal, na fase reprodutiva (gestação e lactação) e na 
formação de anticorpos.
 Recomendação: 600 μg/dia (requer suplementação medicamentosa).
 Vitamina A
 Diversos processos metabólicos: diferenciação celular, o 
ciclo visual, o crescimento, a reprodução e para o 
funcionamento dos sistemas antioxidante e imunológico.
 Recomendação: 770 μg/dia.
Recomendações Nutricionais
 NECESSIDADES DE MICRONUTRIENTES 
 Vitamina C
 Alimentação rica em frutas e hortaliças.
 Recomendação: 85 mg/dia.
 Vitamina D
 Recomendação: 5 μg/dia.
 Mulheres com exposição regular aos raios solares não necessitam de suplementação.
Recomendações Nutricionais
 Orientações Nutricionais Gerais
 Adequar a oferta energética conforme o período gestacional, verificando o estado nutricional.
 Fracionar a alimentação em 5-6 refeições/dia.
 Aumentar o consumo de alimentos in natura e evitar o consumo de alimentos 
ultraprocessados.
 Ingerir líquidos (entre 6-8 copos de água/dia).
 Aumentar o consumo de alimentos do grupo do leite e queijo, consumindo-os, pelo menos, 
três vezes por dia.
 Ingerir alimentos fonte de vitamina C nas refeições principais 
para facilitar a absorção de ferro.
 Aumentar a ingestão de hortaliças e frutas.
 Elaborar cardápios que contenhamalimentos como vísceras, 
carnes, verduras de folhas (principalmente verde-escuras), 
vegetais amarelo alaranjados, e/ou leguminosas, assegurando 
assim o aporte necessário de micronutrientes e fibras.
Recomendações Nutricionais
 Orientações Nutricionais Gerais
 Aumentar a ingestão de peixes (no mínimo duas vezes por semana).
 Priorizar técnicas de preparo, tais como: refogar, assar, cozer, grelhar.
 Reduzir o consumo de alimentos fonte de açúcar, sal e gordura em excesso (alimentos 
ultraprocessados).
 Evitar o uso excessivo de adoçantes.
 Limitar o consumo de cafeína (refrigerante, café e chás) a menos de 300 mg/dia.
Recomendações Nutricionais
 Os hábitos alimentares nos primeiros anos repercutirão de diferentes formas ao longo de 
toda a vida dos indivíduos.
 O planejamento dietético e a alimentação saudável na infância possibilitam o adequado 
desenvolvimento e crescimento, evitando carências nutricionais e prevenindo problemas de 
saúde influenciados pela alimentação na fase adulta.
Planejamento Dietético na Infância: Lactente, Pré-escolar, Escolar
 Lactentes são os indivíduos em fase de amamentação.
 Recomenda-se o aleitamento materno até os 2 anos de idade, e como alimento exclusivo até 
os 6 meses de vida do bebê (OMS, 2010).
 O LM é fonte de nutrientes básicos, além de benéficos, que promovem o crescimento e 
desenvolvimento adequado do bebê.
 Antropometria: peso do lactente duplica (nos primeiros 6 meses de vida) e triplica até um ano 
de idade. A estatura dobra desde o nascimento até o primeiro ano de vida.
Planejamento Dietético na Infância: Lactente
 Necessidades nutricionais do lactente 
 AM exclusivo até o sexto mês de vida.
 A partir dos seis meses, atendendo ao desenvolvimento neuropsicomotor do lactente, é 
possível iniciar a introdução de outros alimentos.
Planejamento Dietético na Infância: Lactente
Alimentação Complementar: conjunto de todos os alimentos, além do leite materno,
oferecidos durante o período em que a criança continuará a ser amamentada através do
seio, embora sem exclusividade.
 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
 Oferecer alimentos em diversidade de cores, sabores, texturas e cheiros.
 As práticas alimentares da família exercem papel importante na formação dos hábitos 
alimentares saudáveis para toda a vida e influenciarão sua relação com a comida.
 Respeitar o ritmo da criança, bem como os sinais de fome e saciedade.
Planejamento Dietético na Infância: Lactente
 INTRODUÇÃO ALIMENTAR
 Deverá receber o alimento/preparação amassado com o garfo.
 Depois deve-se evoluir na consistência, deixando os alimentos mais picados e em pedaços, 
raspados ou desfiados para que a criança aprenda a mastigá-los.
 Respeite a quantidade de alimentos a ser oferecida para a criança e aumente o volume a 
servir com o tempo. 
Planejamento Dietético na Infância: Lactente
Fonte: BRASIL. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Ministério 
da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. p. 101. 
6 meses 8 meses 12 meses Adulto 
 12 Passos para uma Alimentação Saudável
 Amamentar até dois anos ou mais, oferecendo somente leite materno até seis meses.
 Oferecer alimentos in natura e/ou minimamente processados, além do leite materno a partir 
dos seis meses.
 Oferecer água própria para consumo à criança ao invés de sucos, refrigerantes e outras 
bebidas açucaradas.
 Oferecer comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do 
leite materno.
 Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que 
contenham açúcar à criança até dois anos de idade.
Planejamento Dietético na Infância: Lactente
 12 Passos para uma Alimentação Saudável
 Não oferecer alimentos ultraprocessados para crianças.
 Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família.
 Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências 
positivas, aprendizado e afeto junto da família.
 Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a 
refeição. 
 Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.
 Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também 
fora de casa.
 Proteger a criança da publicidade de alimentos.
Planejamento Dietético na Infância: Lactente
A mãe de um bebê de 7 meses de idade procurou um nutricionista em uma unidade básica de 
saúde para solucionar algumas dúvidas em relação à alimentação do seu filho. Baseando-se 
nas orientações do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos (Ministério da 
Saúde, 2019), sugira um esquema básico de introdução de alimentos e/ou grupos alimentares.
Interatividade
Alimentos e/ou grupos de alimentos a 
introduzir:
 (1) Alimentos do grupo dos cereais ou 
raízes e tubérculos; (1 ou mais) 
alimentos do grupo dos legumes e 
verduras; (1) alimento do grupo das 
carnes e ovos; (1) alimento do grupo 
dos óleos e gorduras; (1) alimento do 
grupo das leguminosas.
Resposta
Fonte: BRASIL. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. 
Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. p. 110. 
Figura 35 –
Exemplo de prato com 
alimentos de todos os grupos
Carnes e ovos:
Carne bovina, carne 
de frango, carne de 
suíno, carne de 
cordeiro, peixe, 
miúdos, ovos e 
outras carnes.
Legumes e 
verduras: abóbora, 
abobrinha, cenoura, 
chuchu, couve-flor, 
quiabo, maxixe, jiló, 
espinafre, couve, 
bertalha, agrião, 
entre outros.
Feijões: feijão-
fradinho, feijão-
preto, feijão-rajado, 
feijão-vermelho, 
feijão-de-corda, 
lentilha, ervilha, 
grão-de-bico.
Cereais, raízes e 
tubérculos: aipim, 
inhame, batata-inglesa, 
batata-baroa, batata-
doce, cará, angu, 
milho, arroz, entre 
outros.
 Pré-escolar: entre 2 e 6 anos de idade.
 Redução na velocidade de crescimento e no apetite.
 Demonstra grande interesse pelo ambiente, reduzindo, assim, seu interesse pelos alimentos.
 A partir do 2º ano de vida, a criança torna-se mais independente, possuindo maiores 
habilidades em se comunicar.
 Possui diversos dentes.
 Sistema metabólico e digestivo com capacidade igual ou semelhante à dos adultos. 
Planejamento Dietético na Infância: Pré-escolar
 A fome e a vontade de comer podem variar a cada refeição e a cada dia.
 Ofertar porções menores de alimentos e esperar que a criança solicite mais, caso deseje.
 É importante, além disso, encorajar a criança a perceber os sinais de saciedade e fome e 
não obrigá-la a comer toda a comida no prato.
Planejamento Dietético na Infância: Pré-escolar
Atividades relacionadas às refeições e habilidades em pré-escolares
2 anos 3 anos 4 anos 5 anos ou mais
Ajudam a colocar e
retirar a mesa;
lavam hortaliças e
legumes
Misturam
ingredientes frios;
jogam restos de
alimentos no lixo
Amassam alimentos
com utensílios;
descascam ovos
cozidos; colocam a
mesa
Medem
ingredientes; cortam
com a faca (cega);
servem o próprio
prato; usam garfo e
faca
Fonte: Adaptado de: Philippi e Aquino (2015).
 Necessidades nutricionais do pré-escolar
 As demandas nutricionais são estimadas com o objetivo de contribuir com o adequado 
crescimento e desenvolvimento.
 Para a distribuição dos macronutrientes, tem-se diferença de valores entre idades.
Planejamento Dietético na Infância: Pré-escolar
Macronutrientes Percentual de energia 
(%)
1-3 anos
Percentual de energia 
(%)
4-18 anos
Carboidratos 45-65 45-65
Proteínas 5-20 10-30
Gorduras totais 30-40 25-35
Ômega 6 5-10 5-10
Ômega 3 0,6-1,2 0,6-1,2
Fonte: Adaptado de: IOM (2002).
 Micronutrientes
 Atenção: ferro e zinco, o cálcio, vitamina D e A.
 Deficiências de ferro: prejudicar o desenvolvimento físico e mental, além de prevenir a 
anemia ferropriva.
 Cálcio: contribui para o desenvolvimento e crescimento ósseo.
 Zinco: processos cognitivos, imunológicos e sua deficiência pode comprometer o adequado 
desenvolvimento do pré-escolar. 
 VitaminaA: acuidade visual e o menor risco de determinadas doenças.
 Vitamina D: estimula a absorção de cálcio. 
Planejamento Dietético na Infância: Pré-escolar
 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
 3 refeições principais, intercaladas por lanches.
 Incluir na dieta do pré-escolar alimentos de todos os grupos, incentivando o consumo dos in 
natura e minimamente processados e evitando o consumo dos ultraprocessados.
 Alimentação colorida, com diferentes texturas, sabores e formas.
 Evite enfeitar e mascarar os alimentos a serem ofertados. 
 O consumo de líquidos deve ser controlado, principalmente durante as refeições, pois podem 
promover saciedade precoce. 
Planejamento Dietético na Infância: Pré-escolar
Planejamento Dietético na Infância: Lactente, Pré-escolar, Escolar
INAPETÊNCIA DO PRÉ-ESCOLAR
Queixa mais comum dessa fase e deve ser avaliada tanto pelo pediatra quanto pelo
nutricionista, por meio de uma criteriosa anamnese alimentar, adequações do peso à
estatura e exames físicos e laboratoriais.
Planejamento Dietético na Infância: Lactente, Pré-escolar, Escolar
INAPETÊNCIA COMPORTAMENTAL
Relaciona-se à dinâmica familiar, na qual a criança deixa de comer para chamar a atenção
dos pais. Ao perceber que tal atitude funciona, instala-se o círculo vicioso difícil de ser
rompido, já que os pais ou responsáveis têm medo de que a criança não coma nunca mais e
assim permitem que ela consuma alimentos de fácil aceitação, sem restrição de horário. E
assim a criança vai recusando as refeições.
Planejamento Dietético na Infância: Lactente, Pré-escolar, Escolar
INAPETÊNCIA ORGÂNICA
Está associada à deficiência de micronutrientes, em especial ao ferro. A alimentação, nesse
caso, é deficiente em qualidade e quantidade, e a criança apresenta apatia e desinteresse
pela alimentação de modo geral e independente da presença dos pais e/ou responsáveis.
Principais causas da inapetência:
 Utilizar somente aqueles que são da preferência da criança.
 Apresentar sempre sob a forma de sopas, papinhas e purês.
 Maior interesse pelo ambiente.
 Ansiedade dos pais em relação à alimentação da criança.
 Estratégias para fazer a criança comer (TV, celular, tablet, fazer “aviãozinho” com a colher ou 
garfo).
 Substituição de alimentos sólidos por outros de mais fácil aceitação e aumento da ingestão 
de bebidas açucaradas.
 Chantagens como resposta às primeiras recusas da criança.
 Horários rígidos com a alimentação.
Planejamento Dietético na Infância: Pré-escolar
 Idade escolar: entre 7 anos até a puberdade (aproximadamente 10 anos de idade).
 Período de crescente independência da criança.
 Maior sociabilização.
 Maior e melhor aceitação dos alimentos. 
 Apetite voraz, que deve ser compatível com a atividade física e o estilo de vida dela.
 Período de maior acúmulo de massa óssea, músculos mais fortes.
 Habilidades motoras mais desenvolvidas, coincidindo com o início de atividades físicas 
regulares e aumento do interesse pelos esportes. 
Planejamento Dietético na Infância: Escolar
 NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO ESCOLAR
 Suficientes para suprir as demandas de macro e micronutrientes em quantidade e qualidade 
adequadas, contribuindo com o crescimento e desenvolvimento desejáveis.
 A recomendação das DRIs para o consumo de gorduras trans, colesterol e gorduras 
saturadas deve ser a menor possível, bem como o consumo de açúcar (não ultrapassar 25% 
do total de energia consumido).
Planejamento Dietético na Infância: Escolar
 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS ESCOLARES
 O planejamento alimentar deve respeitar os hábitos alimentares da família e as 
características regionais.
 Deve incluir todos os grupos de alimentos. 
 3 refeições principais, intercaladas por lanches. 
 Estimular o consumo de leite e derivados.
 Restringir a ingestão de bebidas açucaradas.
Planejamento Dietético na Infância: Escolar
 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS ESCOLARES
 Evitar AUP ricos em gorduras, sal e açúcares, incluindo enlatados, embutidos, salgadinhos, 
condimentos e comidas congeladas. 
 Restringir o tempo de atividades sedentárias para, no máximo, 2h/dia.
 Atentar-se às necessidades de ferro.
 Incentivar o consumo de alimentos fonte de vitamina C.
Planejamento Dietético na Infância: Escolar
ATÉ A PRÓXIMA!

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